CAPÍTULO 36: Recepção.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rachel assim que ficou apenas de camisa e calcinha de forma preguiçosa ergueu a mão pegando na de Manuela que dobrava sua calça e a puxou para a cama.

 

 

 

-- Fica aqui comigo – sua voz saia baixa.

 

-- Eu já vou ficar, deixa só eu terminar de dobrar sua calça.

 

-- Deixa a calça pra lá, fica aqui – a puxou mais e encaixou seu corpo no dela.

 

 

 

Manuela soltou um suspiro pesado e recebeu Rachel em seus braços começando a acariciar seus cabelos fazendo um cafuné.

 

Sem demora a garota de cabelos castanhos adormeceu mesmo com as cortinas da imensa janela abertas, Manuela se desvencilhou do corpo da morena e fechou as cortinas para depois se acomodar novamente junto ao corpo de Rachel voltando a acariciar os cabelos castanhos, pouco tempo depois também pegava no sono.

 

 

 

 

 

Rachel durante o sono se mexeu um pouco na cama e acabou despertando com uma dor forte no olho que estava machucado, se afastou de Manuela e vociferou em pensamentos xingamentos devido a dor.

 

 

 

“Mas que droga!” pensou se levantando da cama com uma mão cobrindo entre sua sobrancelha e a maça do rosto, evitando tocar diretamente no canto do olho onde doía com intensidade.

 

 

 

Foi até o banheiro e jogou água sobre o rosto tentando aliviar a dor mas nada parecia adiantar. Seguiu para suas malas e de lá tirou uma calça de um tecido leve e a vestiu, saindo logo em seguida do quarto.

 

 

 

 

 

 

 

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Amanda permanecia na sala com Júlia sentada em seu colo quando Lara se juntou a elas e começaram a conversar.

 

Lara queria saber com riqueza de detalhes como estava indo a vida de sua menina, queria saber de tudo desde que ela saiu da mansão até aquele momento. Passaram algum tempo conversando sobre diversas coisas e Amanda participava da conversa junto delas.

 

A senhora gostou da ruiva pelo simples motivo de perceber que a sua presença trazia felicidade a sua menina, e não precisou perguntar qual papel ela representava na vida de Júlia, pois pelos olhares que ambas trocavam deixava tudo claro que ali existia alem de cumplicidade um amor, talvez imaturo pela idade de ambas, mas ainda assim era um amor.

 

A senhora era uma boa observadora.

 

Interromperam a conversa quando viram Rachel descer as escadas até onde elas estavam.

 

 

 

-- Desculpa atrapalhar – se aproximou de onde elas estavam sentadas – eu queria saber se podem me arrumar um pouco de gelo, o meu olho esta doendo.

 

-- Claro menina, vou até a cozinha pegar – Lara se pôs de pé e seguiu até outro cômodo.

 

-- Ta doendo muito? – Amanda perguntou fazendo menção em tirar Júlia do colo apertando um pouco sua cintura – amor levanta um pouquinho pra eu ver o rosto da Rachel.

 

-- Não precisa Amanda – Rachel falou antes de Júlia se levantar, o que não adiantou, pois a loira se levantou e sentou-se no sofá com uma expressão não muito boa.

 

-- Deixa eu ver – a ruiva ignorou a amiga e a namorada, se aproximando.

 

 

 

Tocou o rosto de Rachel e virou um pouco olhando direito o canto de seu olho, não estava muito inchado, mas a cor estava ficando de uma tonalidade mais escura.

 

Lara retornou entregando o gelo dentro de um saco plástico enrolado em um pano.

 

 

 

-- Menina tome o gelo.

 

-- Obrigada e me desculpem incomodar, eu vou voltar para o quarto.

 

-- Qualquer coisa chama – Amanda disse voltando a sentar-se no sofá ao lado de Júlia.

 

 

 

 

 

Rachel subiu as escadas e Lara também pediu alguns minutos as meninas para poder ajudar Giorgino na cozinha.

 

 

 

 

 

-- Amor senta aqui no meu colo de novo? – pediu vendo a loira com a expressão fechada.

 

-- Eu to bem aqui.

 

 

 

 

 

Amanda revirou os olhos e suspirou soltando um sorriso discreto, sabia que a garota ia fazer cena. Aproximou-se mais e beijou o pescoço de Júlia e esta se afastou querendo evitar o contato.

 

 

 

-- Amor vem aqui vai, para de birra. Ela estava com dor e eu só fui ver de perto como esta o olho dela, se fosse a Manuela você faria a mesma coisa.

 

-- Mas não é – falou de forma seca, cruzando os braços.

 

-- Se fosse você teria feito o mesmo – rebateu seria e viu a loira bufar – Para vai amor, vem aqui por favor.

 

 

 

Júlia mesmo contrariada cedeu e voltou para o colo da ruiva, sendo abraçada novamente pela cintura e rencostando suas costas no corpo da namorada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Quando Manuela voltou para o quarto se sentou na beirada da cama e pressionou de forma leve o gelo entre o canto de seu olho e sua maça do rosto. De inicio não aliviou, mas depois ajudou a diminuir a dor.

 

 

 

Nem percebeu quando Manuela acordou.

 

 

 

-- O que aconteceu? – Manuela perguntou chamando sua atenção.

 

-- Nada.

 

-- Nada e esta com gelo no olho? Isso é gelo não é?

 

-- É sim.

 

-- E então o que aconteceu? – repetiu a pergunta e se sentou aproximando-se.

 

-- Nada demais, eu me machuquei dormindo.

 

-- Como? – colocou a mão sobre a de Rachel e afastou o gelo para olhar.

 

-- Não sei, acordei com uma dor enorme e desci pra pedir gelo, agora ta aliviando bastante.

 

-- Isso deve ta doendo mesmo, me desculpa – pediu chateada, sabia que a culpa era sua.

 

-- Não tem que se desculpar Manu.

 

-- Tenho sim, você ta assim por minha culpa.

 

-- Estou assim na verdade por culpa do irmão da Júlia, ele machucou.

 

-- Rachel! – Manuela mudou o tom de voz como se pedisse para que ela falasse serio.

 

-- Princesa não liga pra isso, a culpa não foi sua.

 

-- Foi sim.

 

-- Não foi, fui eu que tomei minhas próprias atitudes ok?

 

-- Mas foi pra me...

 

-- Shii – a interrompeu pondo um dedo em seus lábios – não foi, não quero mais ouvir isso por favor, você não tem culpa disso nem de nada.

 

 

 

Manuela suspirou balançando a cabeça de forma negativa, ainda com uma expressão chateada.

 

 

 

-- Deita na cama e tenta relaxar, deixa que eu seguro o gelo.

 

-- Não precisa Manu pode deixar que eu me viro, ta melhorando já.

 

-- Deixa eu cuidar de você Rachel, eu quero cuidar de você, me deixa ajudar.

 

 

 

Rachel sentiu que ia travar com as palavras de Manuela, engoliu em seco e começou ficar um pouco nervosa, puxou o ar e tentou descontrair a situação antes que travasse sem reação e sua asma desse o ar da graça fazendo com que sua respiração sumisse.

 

 

 

-- Vem, deita aqui – Manuela bateu na cama do seu lado.

 

-- A ultima vez que eu deixei você me ajudar você apertou o gelo me machucando.

 

-- Você mereceu, fica se assanhando com a mulher da lanchonete.

 

-- Você com ciúmes é uma gracinha sabia? – falou brincando com a situação apesar do efeito que as palavras de Manuela causaram em si.

 

-- Ninguém falou de ciúmes aqui, não viaja, agora deita logo.

 

 

 

Rachel rindo da feição brava da outra, se deitou e teve Manuela lhe dando atenção e colocando de leve o gelo contra seu rosto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Depois de um tempo Lara retornou a sala se sentando novamente com as meninas e seguiu mais uma hora de conversas.

 

 

 

Amanda estava cansada mas não queria atrapalhar a conversa das outras duas, de forma inconsciente seus braços que estavam envolta da cintura da loira foram afrouxando o aperto e Júlia percebeu.

 

 

 

 

 

-- Quer ir deitar amor? – perguntou virando um pouco seu corpo para observar o rosto da ruiva.

 

-- Não, ta tudo bem – mentiu, estava louca para se deitar e descansar, seu corpo pedia por uma cama.

 

-- Júlia leve sua namorada para o quarto, ela esta com uma carinha de cansada – Lara disse se levantando – depois nos falamos meninas, vou voltar aos meus afazeres, bom descanso.

 

 

 

 

 

A governanta se retirou mais uma vez da sala deixando as duas garotas sozinhas, Júlia se levantou do colo da ruiva e lhe estendeu a mão para que a namorada também se colocasse de pé.

 

 

 

 

 

-- Vamos amor, esta com uma carinha cansada mesmo.

 

 

 

Amanda assentiu pegando na mão da loira e se levantou.

 

 

 

Seguiram para o antigo quarto de Júlia de mãos dadas, parecia que a cada passo dado Júlia apertava um pouco mais a mão de Amanda, e esta percebeu sua tensão mas nada falou.

 

 

 

Assim que entraram uma enxurrada de sentimentos diversos atingiram a loira que ficou alguns instantes calada, aqueles segundos na porta segurando a mão de sua namorada foram longos enquanto seus olhos batiam e observavam tudo a sua volta.

 

Nada tinha mudado, tudo estava da forma que deixou quando foi embora. Seus olhos correram para uma parte da parede próximo as portas do seu closet onde tinham algumas fotos grudadas, fotos dela com alguns amigos de escola e baladas, de sua prima Caroline junto dela sempre estampando um belo sorriso, não pode deixar de sorrir junto olhando aquela foto.

 

Ao lado de sua foto com sua prima tinha a de três jovens felizes em um parque, Paul, Caroline e Júlia.

 

Engoliu em seco olhando a foto de seu irmão. Talvez aquele fosse um fantasma que nunca morreria, sempre estaria presente aquela sensação de saudade e culpa.

 

 

 

Os instantes se passaram e ela retornou sua atenção para aquele momento e para a ruiva que segurava sua mão aguardando sua entrada por completo no quarto.

 

 

 

 

 

-- Tudo bem? – Amanda perguntou a olhando dentro de seus olhos.

 

-- Tudo sim – assentiu baixo e balançando a cabeça.

 

 

 

Começou a puxar a ruiva para a cama e viu a curiosidade nos olhos da ruiva observando tudo ao seu redor.

 

 

 

-- Esse era seu quarto?

 

-- Era sim, por que?

 

-- Um pouco diferente do que eu imaginei.

 

-- É? E como você imaginou meu quarto, senhorita?

 

-- Ah sei lá, seu irmão me disse que você sempre foi rebelde, imaginei uma parede preta e alguns posters, talvez pichações.

 

-- Nossa – Júlia riu com vontade – o que você pensa de mim afinal?

 

-- Ah não sei amor, é que pensei que você fosse rebelde de verdade ué, com direito a essas coisas esquisitas.

 

-- Como é boba meu Deus – disse rindo mais – Eu nunca tive uma parede preta e nem quero, e também nunca fui de colar posters nas paredes porem tenho alguns em umas pastas guardadas no closet se ninguém tirou de lá.

 

-- Posso ver depois?

 

-- Claro – sorriu e observou a ruiva se deitar na cama.

 

-- To cansada, meus pés estão doendo bastante, acho que o sapato deve estar apertado, não sei.

 

-- Também, não sei qual é o problema de vocês em pedir um numero menor do que realmente usam ai acaba assim, se machucando.

 

-- Ei eu não pedi numero menor, eu calço 36 – disse com um ar de indignação.

 

-- Sei, 36 que na verdade é 37 – falou rindo e se aproximou dos pés da ruiva e tirando seus sapatos.

 

 

 

 

 

Começou a massagear os pés da ruiva que soltou um gemido de aprovação e ajeitou-se melhor na cama aproveitando o toque da loira.

 

 

 

 

 

-- Amor vai tomar um banho e já já você descansa – Júlia pediu assim que a viu fechar os olhos.

 

-- Ah não – impôs manha na voz – ta tão gostoso a massagem, continua amor, depois eu tomo banho.

 

-- Não senhorita, vai agora antes que durma, quando voltar eu prometo que faço uma massagem melhor – falou se abaixando e beijando sua perna -- de banho tomado você vai dormir melhor.

 

-- Só se sua massagem também incluir as costas, aquela poltrona do hospital acabou comigo.

 

-- Eu faço sua chantagista, agora vai – deu dois tapinha de leve na perna da ruiva e a viu se levantar de forma preguiçosa.

 

 

 

A indicou onde ficava o banheiro e se ainda estivesse tudo como se lembrava disse onde as coisas ficavam, toalhas etc. E se deitou aguardando a ruiva sair do banho.

 

 

 

Assim que a ruiva retornou, como prometido recebeu sua massagem nos pés e nas costas com direito a beijos por seu corpo todo.

 

Ela que estava deitada somente de toalha facilitando o contato das mãos de Júlia em sua pele recebeu beijos nos pés, o que estranhou e riu sentindo cócegas, e logo depois a loira foi subindo com beijos delicados por suas pernas, abrindo a toalha e beijando-lhe as coxas, bunda até chegar nas costas e de lá subir mais beijos chegando até sua nuca.

 

A pele da ruiva já se encontrava completamente arrepiada, porem não aconteceria nada, Júlia sabia que apesar de tudo, a namorada estava cansada. Apenas fazia um carinho e assim se seguiu uma massagem relaxante na garota que mantinha os olhos fechados aproveitando cada sensação daquele toque.

 

 

 

Não demorou muito para a ruiva pegar no sono ainda de toalha, Júlia a deixou na cama e foi até o banheiro também se arrumar para deitar-se, a sensação de cansaço ainda estava presente no seu corpo, mas a dor tinha diminuído bastante desde que tinha tomado a medicação no hospital.

 

Quando terminou o banho se secou saindo do banheiro e observando tudo ao seu redor, um suspiro lhe escapou, sentia saudade do seu quarto. Indo onde estavam as malas pegou um conjunto pijama para o frio de cor azul escuro e vestiu.

 

 

 

Foi para cama e se deitou observando o corpo da ruiva que ainda permanecia com a toalha aberta, puxou um lençol para cobri-las. Um tempo depois as duas dormiam.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Manuela deixou um pouco o gelo sobre o rosto de Rachel e depois tirou colocando ao lado da cama, percebeu que a garota já estava quase dormindo novamente mas dessa vez vestida, o que lhe era um alivio.

 

 

 

Ia se levantar para levar o pano até a cozinha, mas foi impedida por Rachel que se enroscou em seu corpo aproximando a cabeça em seu colo e se apoiando ali, seus braços rodearam o corpo de Manu que permanecia sentada, e sua cabeça foi para o colo da morena.

 

Logo Manuela desistiu de se levantar para levar o pano, deixaria para outra hora, no momento o que faria era ficar junto de Rachel, começou a acariciar os cabelos castanhos que estavam espalhados sobre seu colo e nem percebeu o tempo passar.

 

 

 

Um bom tempo depois de ficar a observando e lhe fazendo carinhos em seu cabelo acabou pegando no sono assim mesmo sentada, apenas com as costas apoiada na cabeceira da cama, seu sono não durou muito pois Rachel logo acordou ouvindo barulhos no corredor, e acabou a acordando também quando levantou a cabeça de seu colo tentando entender o que acontecia.

 

 

 

Alguém gritava e batia em uma porta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Júlia dormia com um dos braços de Amanda passados em sua cintura e a cabeça próxima de seu ombro e pescoço, acordou se assustando com um grito e batida em sua porta, antes que aquele barulho pudesse acordar sua ruiva, se levantou devagar e foi até a porta para ver quem fazia esse escândalo.

 

Assim que abriu se surpreendeu.

 

 

 

Uma bela morena de olhos azuis estava em sua porta a esperando.

 

Era sempre bom ver aquele rosto.

 

 

 

Caroline lhe sorria, o mesmo belo sorriso da foto que estava em sua parede.

 

De imediato um abraço foi dado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

-- Carol! -- Júlia exclamou sorrindo -- o que faz aqui?

 

-- Nossa que recepção é essa tigrinha? Só vou dar um desconto por causa desse sorriso lindo.

 

-- Que saudade -- Júlia disse ainda sorrindo e recebendo o abraço de sua prima.

 

-- Eu também senti saudade -- no abraço seus olhos bateram dentro do quarto de Júlia e na cama avistou alguém deitado, viu que era uma mulher pela silhueta.

 

 

 

Tinha estranhado o fato da porta do quarto esta fechada assim que chegou ja que a loira nunca o trancava e agora estava explicado, Júlia estava acompanhada.

 

 

 

-- Por que a porta do quarto estava trancada? -- investigou.

 

-- É que eu, eu estava dormindo e... eu... é que não queria ser incomodada -- sempre fora uma péssima mentirosa e sabia que a prima não tinha caído em sua conversa então tratou de desconversar -- vamos lá pra sala Carol?

 

-- Ué porque não no seu quarto? -- disse tentando dar um passo para a frente mas foi impedida -- o que foi? Algo de errado com seu quarto?

 

-- Nada... quer dizer, não, não tem nada errado é só que eu queria realmente ir pra sala, me cansei de ficar no quarto, então... é... vamos pra sala? -- pedia já ficando vermelha pelo embaraço de seu nervosismo.

 

-- Tudo bem -- se deu por vencida, e pegou no colarinho do pijama que Júlia trajava e a puxou para si -- não sem antes isso.

 

 

 

Terminou de falar invadindo a boca de Júlia em um beijo saudoso.

 

 

 

 

 

 

 

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Manuela e Rachel pararam de ouvir o barulho de batidas em uma porta, a garota de cabelos castanhos percebeu a preocupação que a outra ao seu lado tinha então depois de um tempo que ficou aguardando ouvir alguma coisa, resolveu se levantar e ir ate a porta ver o que estava acontecendo.

 

 

 

Quando chegou ate a porta e abriu não acreditou no que viu.

 

Era impossível isso, uma raiva cresceu dentro de si a ponto de apertar tanto a maçaneta da porta e seu rosto ficar em uma tonalidade rosada.

 

 

 

-- Eu não acredito -- deixou escapar baixo de forma nervosa.

 

 

 

Sua mente dava voltas, como era possível aquela loira dizer que amava a Amanda e ficar trocando beijos com outras pessoas dessa forma? Não conseguia acreditar. Já Amanda não ficou com ela e nem ousava em sequer pensar em trair a loira, talvez isso que a incomodasse tanto.

 

A lealdade da ruiva com alguém que nem se importava, que não era fiel.

 

 

 

-- O que foi? -- Manuela perguntou se levantando da cama e se aproximando.

 

 

 

A voz de Manuela a trouxe de volta para aquele quarto.

 

 

 

-- Rachel? -- se aproximou mais e tocou-lhe o braço -- o que foi?

 

 

 

Ela apenas balançou a cabeça como se dissesse nada, porem Manuela olhou para fora e viu a mesma cena.

 

 

 

-- O que esta acontecendo? – perguntou sem entender, com uma expressão incrédula.

 

 

 

Rachel observou a expressão de Manuela e olhou uma ultima vez para a cena das duas garotas se beijando no corredor e fechou a porta atrás de si não querendo mais ver aquilo.

 

 

 

-- Sua amiga traindo a minha amiga, é isso que esta acontecendo.

 

-- Deve ser um mal entendido.

 

-- Não tente defende-la Manuela -- sua voz ficou mais dura e seria -- aquele beijo era de duas pessoas que tem intimidades suficientes para ele acontecer.

 

-- Eu não estou defendendo apenas não sei o que aconteceu, pode ser um mal entendido, a Júlia não seria capaz.

 

-- Pode ser um mal entendido e blá blá blá  -- repetiu o que a morena disse debochando e falando mais serio em seguida demonstrando seu nervosismo -- Não seria capaz Manuela? Eu vi bem do que ela é capaz, estava no maior beijão lá fora com aquela garota. Mal entendido uma ova! Ela é capaz sim de trair a Amanda e é tanto que fez.

 

 

 

Aquela forma que Rachel se encontrava estava aborrecendo Manuela.

 

 

 

-- Isso te incomoda tanto Rachel?

 

-- Sim me incomoda! -- exasperou.

 

-- Ótimo, fique bem com o seu incomodo e com seus pré-julgamentos sobre algo que não sabe o que aconteceu.

 

-- Não são pré-julgamentos Manuela, eu vi! E você também viu.

 

-- Eu vi algo que pode ser um engano, mas não estou tão incomodada dessa forma.

 

-- Ah francamente Manuela, se fosse você que tivesse visto Amanda beijando outra e não a Júlia você estaria agindo do mesmo jeito.

 

-- Ficaria sim irritada pela traição com a minha amiga e não por outros motivos envolvidos -- acusou também se exaltando porem tentando manter sua voz normal. -- fique ai remoendo coisas as quais nem sabe.

 

 

 

Se virou dando-lhe as costas e indo até o banheiro.

 

Rachel ficou na porta estática, o que estava acontecendo? O que foi aquela forma de falar de Manuela? E o que ela quis dizer com "Fique ai". Não estava entendendo, e parou sua divagação quando viu a garota saindo do banheiro e indo em sua direção passando por si até a porta.

 

Ela estava irritada e queria sair igual como tinha feito no hotel quando a sujou com o bolo e quando a beijou. Ela ia embora assim como fez das outras vezes e essa constatação fez Rachel sentir uma pontada no estômago.

 

Suas mãos criaram vida antes mesmo de seu cérebro lhe mandar qualquer comando, segurou um dos braços de Manuela a impedindo que passasse por aquela porta.

 

 

 

-- Solta Rachel -- Manuela disse com uma voz normal, mas que demonstrava sua irritação.

 

-- Manu...

 

-- Só me solta Rachel -- insistiu.

 

-- Espera, vamos conversar.

 

-- Não quero conversar com você.

 

-- Manu -- tentou mesmo com a outra não querendo lhe ouvir -- olha só, a Amanda é minha amiga esta bem? Eu fiquei brava sim pela cena que eu vi, mas é porque... porque a Amanda não merece, eu sei que exagerei mas... -- soltou um suspiro e passou uma mão em seu pescoço como se isso a relaxasse e a ajudasse a prosseguir, aquelas palavras saíram de forma baixa -- Me desculpa.

 

 

 

Manuela escutou tudo e mesmo assim aquelas palavras não a convenceram cem por cento, e ainda assim sem acreditar em tudo, algo a fez ficar a ouvindo.

 

 

 

-- Vai ficar calada? -- Rachel perguntou com uma voz que afinou um pouco.

 

-- Não estou calada -- tentou manter-se seria -- pode me soltar agora?

 

-- Eu... eu me desculpei e você, você vai continuar nessa de "me solta" e vai sair? É isso mesmo? -- novamente se deixou irritar e elevou seu tom de voz.

 

-- Eu pedi para me soltar e não disse que ia sair, porem com você falando desse jeito, nesse tom, não merece que eu fique.

 

-- Não mereço Manuela?! -- perguntou ainda aumentando o seu tom de voz de modo indignado o que acabou afinando mais sua voz.

 

-- Baixa o tom, porque você não esta na sua casa e nem em um lugar reservado, não esqueça que estamos na casa da Júlia! E não, você não merece ter a companhia de ninguém por agora, alias eu não mereço essa sua forma de agir, então fique ai sozinha e pense no que faz.

 

 

 

Puxou seu braço e passou pela porta esbarrando em Rachel e saiu resmungando.

 

 

 

-- Reclama da Júlia, mas faz igual -- resmungou baixo saindo por porta a fora.

 

-- Eu não sou igual a ela! -- disse alto para que Manuela ouvisse.

 

 

 

Fechou a porta e se sentou na cama colocando uma mão no rosto e respirando fundo.

 

 

 

-- Mas que droga de olho! -- exclamou com dor.

 

 

 

Sentiu-se irritada consigo mesma, não queria ter brigado com a Manuela, queria ela ali junto de si.

 

 

 

-- Culpa sua Júlia! -- exclamou ainda irritada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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-- Carol... -- Júlia falou se afastando do beijo e pondo suas mãos nos ombros da prima evitando outra aproximação -- a gente não pode... não dá.

 

-- Não entendi, seja clara Júlia, o que esta acontecendo?

 

-- É que... -- ouviu um barulho e vozes, fechou a porta atrás de si antes que acordasse a Amanda resolveu sair dali -- vamos sair daqui e depois a gente conversa, pode ser?

 

-- Tudo bem, mas por que... -- ia perguntando quando foi pega pela mão e começou a caminhar com Júlia a puxando.

 

-- Vamos sair daqui e já já conversamos.

 

 

 

 

 

Chegaram na sala e assim que se sentaram no sofá viram entrando na mansão Lorena que as olhou e não disse nada, apenas seguiu para as escadas, segundos depois Daniel também adentrava a sala repetindo  o mesmo que a irmã tinha acabado de fazer, subiu as escadas em silêncio sem trocar uma palavra com Júlia.

 

 

 

-- Não quer sair daqui para conversarmos? -- Carol perguntou observando o rosto da loira.

 

 

 

Era incomodo para Júlia seus irmãos a tratarem daquela forma, eram frios e deixavam claro em cada gesto que não gostavam dela. Eram sua família e mesmo assim ela não fazia parte da deles.

 

 

 

-- Não é preciso, não posso sair eu trouxe umas pessoas comigo.

 

-- Pessoas? – perguntou levantando as sobrancelhas e a encarando.

 

-- Sim, vieram comigo a... -- antes que terminasse mais uma pessoa entrou na sala, mas dessa vez vinha das escadas -- Manuela.

 

 

 

 

 

Manuela chegou até a sala chateada e irritada com Rachel, nem mesmo viu que Júlia e a morena que tinha visto na porta aos beijos com sua amiga, estavam lá, sua atenção foi chamada quando a loira pronunciou seu nome.

 

 

 

Caroline ficou olhando aquela garota de cabelos escuros que contrastava com sua pele clara a deixando com uma imagem que parecia ser feita de porcelana, nem sequer conseguiu ouvir o que sua prima falou assim que bateu os olhos na morena que descia os degraus, mas conseguiu ver quando ela parou assim que Júlia pronunciou alguma coisa.

 

 

 

-- Essa é a Manuela -- Júlia falou ganhando a atenção da prima -- Manu essa é a Caroline, minha prima.

 

-- Prima? -- Manuela perguntou surpresa.

 

 

 

"Mas não era ela quem estava a beijando lá em cima?" Pensou ainda confusa.

 

 

 

-- Sim minha prima, eu já comentei sobre ela com você e o Danilo, lembra?

 

-- Sim, me lembro de você falar sobre uma prima mas... é que não imaginei que ela fosse sua prima.

 

-- É sim -- Júlia disse rindo -- nada parecida comigo não é?

 

-- Não... quer dizer não é por isso, é que...

 

-- Prazer Manuela -- Caroline esticou uma mão a cumprimentando, gostaria de saber quem era aquela garota melhor, era linda -- sou eu mesma a Caroline, sei que não somos tão parecidas, alias não somos nada parecidas, porem apesar de não parecer com essa loirinha creio que sou tão bela quanto.

 

-- Claro -- Manuela falou rápido demais e engolindo em seco aqueles olhos azuis a olhando -- tão linda quanto -- completou observando as cores dos olhos de Caroline.

 

 

 

 

 

O aperto de mãos durou mais tempo que o necessário e Júlia observava a troca de olhares entre as duas e um sorriso enorme brotou em seus lábios com um pensamento passando em sua cabeça.

 

 

 

“Seria ótimo" pensou ainda sorrindo.

 

 

 

Manuela foi convidada por Júlia a se sentar junto delas e ficaram conversando, talvez fosse bom, pois assim as duas se conheceriam.

 

 

 

 

 

 

 

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Amanda despertou virando para o lado e não encontrando o corpo de sua namorada, viu pela janela que já era noite então se levantou e foi se vestir já que estava coberta apenas por um lençol.

 

 

 

Assim que entrou no banheiro já vestida, escovou seus dentes e lavou seu rosto para depois sair do quarto, na porta encontrou Rachel que também estava saindo com uma expressão fechada.

 

 

 

-- Tudo bem? -- perguntou querendo saber o porque daquela expressão.

 

-- Tudo.

 

-- Certeza? E porque me respondeu seca desse jeito?

 

-- Amanda eu to bem ta legal? Nao enche o saco.

 

-- Credo Rachel, você esta é grossa isso sim.

 

-- Desculpa – pediu suspirando e tentando conter sua irritação.

 

-- Tudo bem, você viu a Júlia por ai?

 

-- Ela não devia estar no seu quarto?

 

-- Acho que sim, mas não está.

 

-- Então a procure, eu não tenho que saber da sua namorada.

 

-- E também não precisa ser grossa! -- falou lhe dando as costas e seguiu em direção as escadas.

 

 

 

 

 

Assim que chegou na sala se deparou com a cena de uma morena que em nada lhe agradava, sabia muito bem das intenções daquela garota com a sua garota.

 

O que lhe aliviou foi ver a presença de Manuela junto delas, foi ai que sua ficha foi caindo.

 

 

 

"Será que a Rachel ta brava daquele jeito porque a Manuela esta aqui?"

 

 

 

 

 

 

 

Quando Júlia viu Amanda se aproximando sua respiração parou, nem teve tempo de contar para Caroline que estava namorando e ali estava a felizarda.

 

 

 

-- Posso me juntar a vocês? -- Amanda perguntou se aproximando de Manuela.

 

-- Cla-claro -- Júlia disse engolindo em seco, o olhar que a ruiva lhe deu foi como se perguntasse se ela tinha dito algo.

 

 

 

Ao contrário do que Manuela e Júlia pensavam a ruiva realmente sentou-se, mas foi ao lado de Manu ao invés do lado da loira como se costume.

 

Observando isso Júlia resolveu fazer algo, antes que desse margem para qualquer mal entendido.

 

 

 

-- Carol, caso não se lembre essa é Amanda -- suspirou e resolveu ser direta -- Minha namorada.

 

 

 

Aquelas palavras travavam qualquer reação que Caroline pudesse ter, quase se engasgou com sua própria respiração, apenas encarava a ruiva até ser tirada de seu torpor pela voz de Júlia novamente.

 

 

 

-- Amor, essa é a minha prima Caroline, vocês já se conhecem.

 

 

 

Um sorriso enfeitou os lábios de Amanda em aprovação a aquela apresentação.

 

 

 

-- Sim nos conhecemos, mas é um prazer vê-la novamente Caroline -- Amanda disse cínica e Júlia sabia disso, o que acabou também deixando um pequeno sorriso de canto lhe escapar com a atitude de sua namorada.

 

-- Namorada Júlia? -- Caroline perguntou sem ligar para o que a ruiva falou ou qualquer pessoa -- Que história é essa?

 

 

 

 

 

Júlia não esperava por aquela reação de sua prima e nem sabia o que responder e para lhe salvar Rachel apareceu na sala.

 

 

 

-- Carol eu te trouxe aqui para conversarmos sobre isso, mas depois falamos disso, essa é a Rachel -- tentou mudar de assunto apontando para a garota que se aproximou.

 

-- Outra namorada? -- perguntou em um tom seco o que foi percebido por todas.

 

-- Não querida, namorada da Júlia só sou eu -- Amanda disse sorrindo debochada.

 

-- Pelo menos é o que você acha -- Caroline rebateu.

 

 

 

Rachel não entendeu nada mas achou melhor dissipar aquele clima que se formou.

 

 

 

-- Bom, segundo alguns sites de fofoca, eu sou a mais nova namorada de Júlia San'Germany, mas pode relaxar que é só nos sites mesmo.

 

-- Preciso conversar com você Júlia -- Caroline falou encarando os olhos da prima com uma expressão que a outra sabia que viriam problemas.

 

-- Claro, mas podemos conversar depois? – não queria brigar e sabia que sua prima queria isso apenas pelo olhar que ela lhe direcionou.

 

-- Prefiro que seja agora.

 

-- É que Carol, eu não to me sentindo muito bem -- resolveu usar seu mal estar como desculpa -- meu corpo dói, minha cabeça também e eu to com enjôo.

 

-- Esta passando mal de novo? -- Amanda perguntou preocupada e se aproximou ajoelhando-se onde a loira estava sentada e tocando-lhe o rosto.

 

 

 

"Droga, Amanda também acreditou... ai meu Deus" pensou sem saber o que fazer e no fim acabou balançando a cabeça em concordância.

 

-- Os efeitos dos remédios devem ter passado, acho melhor você se deitar amor, tem que ficar de repouso.

 

-- O que você tinha? -- Caroline perguntou estranhando e também se preocupando.

 

-- Tinha não, ela tem, esta com dengue -- Amanda quem respondeu sem desviar os olhos dos olhos verdes que a encaravam – vamos deitar amor?

 

-- Isso é grave? – Caroline perguntou sem conhecimento do que era aquilo e se virou observando melhor a loira.

 

-- Eu estou melhorando, não se preocupe – Júlia tentou tranqüilizá-la – é um pernilongo que te pica e você fica meio mal com dores no corpo todo enjôos etc. mas já estou melhorando.

 

-- Tem certeza? E porque ainda esta mal?

 

-- É que é recente, não se preocupa gatinha.

 

-- Tem que repousar Júlia – Manuela falou o que Amanda queria falar.

 

-- Acho melhor você escutar sua amiga tigrinha – Carol incentivou ainda um pouco preocupada – depois nós conversamos, eu também acabei de chegar de viagem e quando soube que você estava aqui vim direto te ver.  Vou em casa tomar um banho e depois passo aqui para ver como você esta.

 

-- Tudo bem Carol, eu vou ir deitar, até mais tarde.

 

-- Até – disse vendo a ruiva se por de pé e ajudar sua prima a irem para o quarto.

 

 

 

 

 

Quando viajou até o Brasil percebeu que sua prima e aquela ruiva estavam com um clima de paixão no ar, porem não quis acreditar e nunca imaginou que aquilo poderia dar em um namoro, e pela forma que sua prima a apresentou aquilo era serio.

 

Se não se distraísse sua cabeça ia ficar martelando essa historia a todo momento a perturbando, não queria que aquilo fosse verdade, precisava se distrair.

 

Antes de sair da mansão ainda trocou algumas palavras com Manuela.

 

Uma coisa que sempre teve foi um poder de “caça” enorme, sabia investir em uma garota, se ela fosse bonita conseguia o que queria, no caso de Manuela a garota lembrava uma boneca, não pode desperdiçar a chance de flertar com a garota.

 

Lembrou-se de quando ela e Júlia iam a baladas e como conseguiam ficar com quem quisessem.

 

 

 

Rachel ficou as observando não gostando de Caroline algo nela a deixava desconfortável, e aquela intimidade com Manuela estava a tirando do serio, deu graças a Deus quando a garota foi embora.

 

 

 

 

 

 

 

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-- Amor quer alguma coisa? – Amanda perguntou ajeitando a namorada na cama e deixando-lhe mais confortável possível.

 

-- Amor eu to bem, não se preocupe.

 

-- Como não me preocupar? Você acabou de dizer que não estava se sentindo bem.

 

-- É que... amor, na verdade eu só falei aquilo porque não queria conversar agora com a Carol, mas estou bem.

 

-- Não queria conversar e mentiu? – perguntou já erguendo as sobrancelhas, expressão essa que Júlia não gostou, sabia que teria que se explicar – Por que mentiu Júlia?

 

-- Amor eu só não quis conversar agora, por favor tenta entender e releva, não estou legal para discussões, não quero isso.

 

-- E sua prima iria discutir com você por qual motivo? – continuou seria.

 

-- Ah Amanda você sabe, eu estou namorando com você e nem tive tempo de falar isso para ela e de repente te apresentei assim, você sabe que eu e ela somos bem ligadas e ela deve ter se chateado.

 

-- Certeza que sim, mas não por serem ligadas e sim por ela querer algo a mais – alfinetou.

 

 

 

Júlia suspirou, não queria discutir também com a sua namorada, e qualquer coisa que dissesse tentando defender sua prima iria causar uma briga então resolveu se calar e abraçar a ruiva a trazendo para si.

 

 

 

-- Eu não quero brigar, fica aqui comigo vai, grudadinha em mim assim, porque eu senti saudade do seu cheiro, da sua pele, da sua presença.

 

-- Você esta pensando que vai me dobrar assim com essas palavras dona Júlia?

 

-- Não amor, só não quero brigar, e realmente senti sua falta, tive que sair do quarto e nem consegui te acordar com um beijo.

 

 

 

Amanda tentou prender um sorriso gostando do que ouviu e beijou os lábios da loira com carinho.

 

 

 

-- Também senti sua falta quando acordei, ah e a propósito, eu gostei da forma que você me apresentou.

 

-- Gostou é? – perguntou lhe dando mais um beijo e disse rindo – também se eu não fizesse isso o seu olhar me matava.

 

-- Ai de você mesmo se não fizesse.

 

-- Deixa de ser boba vai, fica assim agarradinha comigo – continuou rindo e distribuindo pequenos beijos pelo rosto, boca, pescoço da ruiva.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo