Capítulo 69. Preparando a armadilha.
Márcia e Andressa foram dormir depois da saída do coronel Adamastor e dos pais. A coronel estava com o coração nas mãos em ter que se separar da esposa e dos filhos, mas sabia que isso era necessário e Andressa também compreendia que a decisão de Márcia era o melhor para ela e os filhos. Percebendo que ela estava triste Andressa perguntou:
-- O que te aflige meu amor?
-- Eu ter que me separar de você e das crianças. Isso me deixa com os nervos a flor da pele e tudo por causa daquele canalha que tanto confiei.
-- Mas a culpa não é sua amor, eu estou disposta a ficar esse tempo longe de você para que possa agir com a cabeça fresca e com calma. Por outro lado será bom porque você terá tempo para planejar como pegar essa ratazana pelo rabo.
-- É verdade querida, e como sempre você está com a razão. Mas eu não queria que fosse dessa maneira.
-- Eu sei anjo, mas agora de momento essa é a decisão mais acertada que você já tomou e esse sacrifício será temporário. Pense nisso e não se esqueça que eu e seus filhos te amamos muito.
-- Eu também amo muito vocês e vou resolver essa questão no mínimo tempo possível e te dou um prazo de quinze dias para acabar com essa raposa felpuda.
-- Eu sei que você conseguirá meu amor e tem mais, você não estará sozinha e quanto a mim e as crianças, nós estaremos em segurança, pois o seu cunhado Samir, a sua irmã Francesca e o Rachid que é irmão do marido dela estarão comigo e com as crianças. Não há com o que se preocupar e além do mais, meu irmão e o Junior também estarão por lá. É só questão de tempo.
-- Está bem amor, eu vou me acalmar.
Olhando para Márcia, Andressa pediu que elas fizessem amor, pois na manhã seguinte ela iria viajar com as crianças e tudo já estava pronto e acertado. A coronel Monteiro tinha um amigo que trabalhava na Polícia Federal que servia no aeroporto de Cumbica e como ele lhe devia vários favores, ela resolveu cobrar.
-- Coronel Cláudia Monteiro, que bom revê-la amiga. Mas o que te trás aqui em Cumbica?
-- É um prazer também revê-lo doutor delegado Aldo Montenegro, mas eu preciso de um pequeno favor seu. E eu sei que você pode conseguir.
-- Mas o que está acontecendo Monteiro? Você está tão séria!
-- E não é para menos. Você se lembra da Márcia Mantovanni?
-- Se eu me lembro da Marcinha? -- Mas é lógico que sim, ela se casou com a Celina e depois infelizmente aconteceu tudo aquilo que nós já sabemos.
-- Pois então Aldo eu preciso de um grande favor seu. Preciso que confirme uma passagem para Portugal , de preferência São Paulo/Lisboa com escala em Nova Iorque.
-- Mas o que está acontecendo Claudinha, assim você está me deixando assustado!!!
A coronel então explicou ao delegado o que estava acontecendo e este entendeu o que a amiga queria.
No dia seguinte tudo já estava pronto e Aldo entrara em contato com a coronel Monteiro e explicou como seria o embarque de Andressa com as crianças ou seja, para todos os efeitos ela havia viajado para Portugal com os filhos, a mãe e o padrasto.
-- Obrigada Aldo e quando precisar de algo estarei a sua disposição.
-- Eu é que agradeço Cláudia e logo vamos comemorar essa vitória e diga para a Márcia que ela pode ficar tranqüila e se precisar, é só chamar.
-- Beijos meu amigo e mais uma vez obrigada por tudo.
-- Não há de quê, eu é que agradeço.
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Na manhã seguinte, Andressa e as crianças embarcavam para Santa Rita do Passa quatro. A coronel encontraria com o coronel Vaz Amorim, na entrada da rodovia Anhanguera e de lá o coronel iria embora com a família da coronel.
Quando Márcia chegou com a esposa e os filhos, o coronel Vaz Amorim já os esperava no local combinado. Márcia sabia que a hora de se separar da família havia chegado. Entregou os filhos para o coronel e virando-se para Andressa disse:
-- Que Deus acompanhe vocês meu amor, eu vou sentir muito a falta de vocês, mas eu não posso tê-los aqui ao meu lado, não nesse momento.
-- Eu sei meu anjo, se cuida e logo nos encontraremos novamente. Tenho certeza que você irá acabar com tudo isso. E quando acontecer de sentir saudades nossas, lembre-se que estaremos sempre junto de você. Eu te amo.
-- Eu também te amo amor.
-- Até breve meu anjo.
-- Até breve minha primeira dama.
-- Vamos embora gente porque precisamos ir logo enquanto o trânsito ainda está bom.
Após entrarem no carro, o coronel deu a partida e lá se ia à família da coronel. Márcia sentou em um banco que estava próximo ao carro e começou a chorar. Como pode ter sido tão idiota a ponto de acreditar que tinha o controle da situação em suas mãos. Por um deslize seu a esposa e os filhos estavam sendo separados dela por motivo de segurança. Não havia outra decisão a tomar. Agora só restava armar as ratoeiras e deixar que os ratos se matem.
Naquela semana depois da viagem da esposa e dos filhos, teve um pouco de paz e já estava mais conformada porque havia falado com Andressa pelo MSN e ela dissera que tudo estava bem e que as crianças as vezes perguntavam dela, mas sem problemas.
-- Parece até que elas entendem a situação! Explicou Andressa para a coronel que estava mais calma e assim poderia colocar o plano em prática já que toda a estratégia estava armada no papel. Agora, era só ganhar tempo e reunir os mocinhos porque a guerra iria começar e a promessa feita ao major Clóvis, estava começando a ser cumprida.
Fim do capítulo
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Em: 13/09/2015
fiquei com dó da coronel Márcia. mas a sacrificios que sao necessarios....
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