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Entre olhares e sorrisos: encontrei você por Gi Franchinni

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Palavras: 3989
Acessos: 6735   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 31

Nas semanas seguintes as coisas não estavam melhores para nenhuma das duas jovens. Embora Mariana soubesse que se afastar de Clara era o melhor a se fazer, a todo tempo tinha vontade de procurá-la. Conhecia bem as fraquezas da morena e temia que ela jamais tomasse a coragem de lutar contra sua própria covardia. Não queria correr o risco de perder aquele amor, queria tentar convencer a jovem a se assumir. Porém, Fred sempre estava por perto e não deixava que a amiga tomasse nenhuma atitude precipitada. Até por que ele sempre recebia informações de Alex e sabia que não era o momento de procurar a Clara, ela precisava valorizar a loira e provar que realmente a amava.
 
Mariana acordava todos os dias com a esperança de que Clara a procurasse, porém quando chegava à noite e ela percebia que nada havia acontecido, o seu coração entrava em desespero. Por várias vezes pegou o celular para ligar para a morena, queria ouvir a voz dela, saber se ela estava bem. Seu coração dizia para insistir naquilo, tanto que continuava presa àquela vontade que tinha de procurar Clara, mesmo sabendo que a errada da história era ela. Nem mesmo Mariana acreditava que fosse capaz de amar alguém assim.
 
Já a morena procurou distrair seus pensamentos mergulhando ainda mais no trabalho. Assumiu importantes casos no escritório em que trabalhava e também evitou ir até a casa de seus pais, pois não queria encontrar com Sr. Antônio nem mesmo escutar a mãe reclamando de seu sumiço. Durante o dia até conseguia controlar os pensamentos, porém não teve uma noite em que conseguiu evitar as lembranças que tinha da loira.
 
Nos finais de semana o sentimento de tristeza era ainda pior, pois desde que começara o namoro com Mariana, os sábados e domingos já estavam reservados a ela, porém agora estava sozinha. A situação piorou ainda mais quando Manuela chegou de viagem e descobriu todo o ocorrido. Ela falou poucas e boas para a Clara e achou que a imprudência da morena em levar a Mariana para a casa de seus pais havia passado do limite. Ressaltou ainda que romper a relação com a loira foi a melhor coisa a se fazer, pois não seria possível ela viver uma vida escondida, ainda mais agora que seu pai já sabia.
 
A falta de apoio de Manuela fez Clara fraquejar ainda mais, em vários momentos pensou em procurar Mariana, pedir perdão novamente por ser tão covarde, mas no fundo ela sabia que se procurasse a jovem iria causar ainda mais sofrimento, não era capaz de oferecer garantias naquele namoro, pois sabia que qualquer coisa que voltasse a acontecer e que envolvesse sua família ela iria fugir mais uma vez.
 
Por sorte Clara se aproximara novamente de seu primo Alex e este era agora o amigo no qual ela podia falar tudo.  O jovem não contara para Clara, mas estava também muito amigo de Fred. Desde que aceitara o convite do jovem para almoçar, os dois se tornaram muito próximos, eles sempre trocavam informações sobre as jovens e ficavam bolando estratégias para tentar solucionar aquele problema. No entanto, sabiam que não poderiam fazer muita coisa, até por que a decisão estava nas mãos de Clara e não de Mariana. Bem que Alex tentou convencer a prima a enfrentar a situação, mas ela sempre acabava o convencendo da dificuldade que seria de enfrentar os pais.
 
Assim, as semanas foram se passando triste para as duas jovens. No dia da formatura de Mariana ela tentou ao máximo se divertir. Todos seus amigos estavam presentes, incluindo a Duda e o Pedro, que também estavam se formando, entretanto, sua felicidade não estava completa. Queria que Clara estivesse presente, planejava vivenciar aquele dia ao lado da morena, contudo, a jovem nem sequer ligara ou aparecera para lhe parabenizar pela formatura. Realmente tudo estava indo de mal a pior no aspecto afetivo, até mesmo Sr. Augusto e Andréa ficaram decepcionados com a atitude de Clara e começaram a torcer para que a loira encontrasse outra pessoa capaz de fazê-la feliz.
 
Dessa forma, as semanas se passaram e finalmente chegara o dia de Mariana ir para a Itália. Tudo estava pronto e a jovem já estava seguindo para o aeroporto na companhia de Fred, que se ofereceu para levá-la.
 
- Fred, eu espero voltar bem lá da Itália.
- Vai voltar sim querida, você vai para um país que ama, vai fazer um curso que tem tudo a ver com sua área de pesquisa, tenho certeza que você voltará outra pessoa.
- Tomara, amigo. - Disse com a voz triste. - Até agora eu não acredito que a Clara não me procurou, Fred.
- Ei, pode ir parando, Mariana! Você está a caminho do aeroporto, prestes a embarcar para a Itália!!! - Disse empolgado. - Nem pensar que vai ficar triste. Vá e aproveite tudo de bom que aquele país tem a te oferecer! E aí sim, quando você voltar pensaremos no que fazer em relação a isso.
- Obrigada por não ser mais um que quer me fazer esquecer a Clara.
- Não quero mesmo fazer isso Mari, mas quero que tanto ela quanto você aprendam algumas coisas.
- Eu também?
- Sim, você também!
- Mas, o que eu fiz de errado?
- Você sempre aceitou tudo, Mari, não pode ser assim. Por medo de perder a Clara você aceitava tudo o que ela queria, está na hora de você aprender a se impor também. Não é por que você ama, que deve aceitar tudo o que a pessoa quer. Amor requer renúncia de ambos os lados.
 
Mariana ficou quieta. Pela primeira vez entendera de fato o que o amigo queria dizer quando falava para ela se valorizar.
 
- Mari, vá para a Itália e volte uma nova mulher, volte firme, segura de si. Somente assim você será capaz de levar a Clara a mudar sua postura. Porém, se mesmo com isso ela não optar por você, meu amor, deixa tudo para trás e segue sua vida.
 
 Mariana continuava quieta, pois ainda não conseguia pensar na possibilidade de perder Clara definitivamente. No entanto, sabia que Fred tinha razão, pois do jeito que estava fraca, era capaz de procurar Clara e mostrar para ela o quanto estava sofrendo e o quanto queria ela de volta. Seria humilhante passar por isso, sendo que ela era a certa da história.
 
- Queria que o amor fosse simples. - Lamentou a jovem.
- Minha flor, todos nós queríamos.
- Aii Fred, espero um dia poder rir disso tudo.
- Vamos rir sim Mari, a vida é irônica, tem vezes que chega a ser cômica. Olha meu caso, meu namorado virou meu amigo e agora eu estou louco para que meu novo amigo vire meu namorado!
- Aii meu Deus, Fred, você está mesmo gostando do Alex??
- Estou Mari, não dá para fugir nem negar isso. Não paro de pensar nele, mas ele é um enigma.
- Ai Fred, dá até vontade de te aconselhar a cair fora, ele é da família da Clara, você já sabe a complicação que é.
- Relaxa amiga, estou com os dois pés no chão e também nem sei se as atitudes dele são por algum interesse em mim ou se é por causa de seu jeito de ser mesmo. Só sei que estamos muito próximos.
- E o Anderson? Ele não quis voltar? - Perguntou a loira referindo-se ao fato de Fred ter terminado o namoro há pouco tempo.
- Não, Mari, realmente viramos amigos, acho que ele está em outra já.
- Nossa, como vocês gays são rápidos.
- Ele né meu bem, por que eu estou só na troca de olhar.
- Ai, nem me fala isso.  - Pediu a loira ao se lembrar de como começou a se apaixonar por Clara.
- Tudo bem, esquece isso que falei. - Falou Fred rapidamente ao perceber que a amiga se lembrara de Clara.
- Er... Fred, a Clara sabe que você e o Alex sempre se encontram?
- Acho que não Mari, mas não tenho certeza. Porque?
- Por nada. - Mentiu. Na verdade, ela queria saber se a Clara perguntava por ela, mas acabou desistindo de pensar nesse assunto. O jovem também não insistiu, pois sabia onde a loira queria chegar com aquela pergunta. Assim, rapidamente deu um jeito de mudar de assunto.
- Bom, mas me diga gata, vai ficar só um mês mesmo na Itália né?
- Acho que sim Fred e semana que vem o Pedro também estará lá. Vai ser bom ter alguém conhecido. - Falou a loira mais animada.
- Nossa, vocês são muito sortudos, por que não escolhi turismo ao invés de administração?? - Brincou.
- Pois é, deu mole. Mas pode deixar que vou trazer para você uma blusa bem estilosa de Milão. Lá é a capital da moda, meu filho!
- Ai que invejaaa boaaa, eu quero mesmo Mari, você já conhece meu gosto.
- É, conheço sim, mas não espere que eu traga uma blusa brilhosa, ok? - Brincou a loira, já se sentindo mais animada e no clima da viagem.
 
Logo os dois chegaram ao aeroporto e Fred ajudou Mariana a descer com as malas.
 
- Meu Deus Mari, você realmente vai passar só um mês lá?
- Ahh nem vem Fred, quando você vai viajar leva horrores de bagagem.
- Ah, isso é, mas precisamos nos prevenir, temos que levar tudo o que possa ser importante e necessário.
- Aham, só o necessário - Falou irônica.
 
Os dois adentraram o saguão do aeroporto e esperaram a chamada do voo de Mariana aparecer no painel. Quando anunciaram o voo Brasil- Itália, Fred já ficara emocionado, pois detestava despedidas.
 
- Aii Fred, não vai chorar, né, só vou ficar um mês lá.
- Eu sei, mas, é que vai fazer falta.
- Own meu Deus, vem cá. - A loira puxou o amigo para abraçá-lo e aproveitou para agradecê-lo mais uma vez pela amizade, carinho e cuidado com ela. - Fred, obrigada por tudo, sem você eu nem sei como estaria. Você é raro, meu amigo!
- Aii, e ainda não quer que eu chore!
- Para, seu bobo! Em março já estarei aqui de novo. Se comporta hein! E me mantenha atualizada das novidades, me manda e-mail sempre!
- Pode deixar! Mas tenta se desprender um pouco do Brasil, pense em você, minha querida. Lembre-se, quero ver uma nova Mari aqui quando você voltar!
- Pode deixar, vou tentar, Fred! Te amo!
- Te amo Mari, boa viagem! Se cuida minha florzinha.
- Se cuida também!
 
A jovem saiu carregando sua bagagem de mão e adentrou no local de embarque sob o olhar emocionado de Fred. Ele realmente sentiria falta da amiga, ainda mais por que nesse último mês eles se viam praticamente todos os dias. Logo a loira sumiu do campo de visão de Fred e ele voltou para o carro, pensando e torcendo para que esta viagem realmente transforme sua forma de pensar e revigore suas forças.

 

 
 
----------xx----------
 

 


 
Clara estava sozinha em casa por mais um fim de semana. Não tinha vontade de sair e nem mesmo de estar na companhia de ninguém. A única pessoa que aceitava conversar era seu primo Alex, que, embora fosse extremamente sincero e lhe falasse tudo o que pensava a respeito de sua relação com Mariana, também sabia respeitar seu silêncio e muitas vezes apenas fazia companhia para a jovem para que ela não ficasse o tempo todo sozinha.
 
Diversas vezes sua amiga Laura lhe ligara, convidando-a para sair, porém, sempre inventava uma desculpa, para poder ficar trancada em casa. Contudo, naquele sábado à tarde decidira finalmente ir à casa de seus pais. Já tinha passado da hora de encarar novamente seu pai, mesmo que não fosse falar mais nada sobre o que havia acontecido naquela noite de ano novo.
 
Assim, pegou o carro e seguiu para sua antiga casa, sem pensar duas vezes. Sua vida estava triste, sem sentido, não tinha vontade de fazer nada. Apenas trabalhava e ficava em casa, chegou até a cogitar a possibilidade de estar deprimida, foi então que decidiu ir para a casa dos pais, pois sabia como era difícil sair de uma depressão.
 
- Não posso me permitir ficar nesse baixo astral, se eu já tomei minha decisão, por que não consigo ficar em paz?? Por que não consigo esquecer?? - Falava para sim mesma dentro do carro.
 
Sempre que Clara tocava nesse assunto a imagem de Mariana surgia de maneira nítida em sua mente. Lembrava dos olhos verdes, do jeito delicado e educado da jovem, do carinho e atenção que a loira sempre dedicava a ela.
 
- Não vou te esquecer nunca Mariana. - A morena falava triste e continuava pensando em como era bom o tempo em que tinha a jovem ao seu lado. - Queria mesmo ser diferente, queria ser capaz de lutar por esse amor.
 
Clara foi o caminho todo se lamentando, porém em nenhum momento pensou em mudar sua postura. Chegou à casa de seus pais, desceu do carro e foi logo entrando, na tentativa de cortar seus pensamentos e medos de encarar novamente o pai. Entrou pela porta da sala e avistou o pai sentado no sofá, assistindo TV.
 
- Er.. oi pai.
- Cla-Clara?? - Falou assustado. - Filha, er... entra, que surpresa sua visita, você er... su-miu.
- É pai, estive trabalhando muito. - Respondeu dando um beijo no pai.
 
Sr. Antônio olhou para a filha e sentiu-se mal por vê-la naquele estado. Clara parecia ter perdido pelo menos uns 5 quilos. Queria poder sentar e conversar abertamente com ela sobre o que acontecera, mas achou melhor deixar tudo como estava, pois, acreditara que Clara realmente havia cometido um engano e, tocar novamente naquele assunto seria constrangedor.
 
- A mãe está na cozinha?
- Não filha, ela está lá no quarto passando roupa.
- Tudo bem, vou lá então. - A morena seguiu pelo corredor e ao passar por seu antigo quarto, foi inevitável não se lembrar de tudo o que acontecera no Ano Novo. Sentiu seu coração apertar ao se lembrar do último beijo que dera em Mariana, de como elas estavam felizes antes de Sr. Antônio surpreendê-las na janela.
- Clara??? - Disse Dona Ana surpresa ao ver a filha, interrompendo seus pensamentos.
- Oi mãe! - Respondeu Clara, indo até ela para abraçá-la.
- Filha, o que aconteceu com você?? Por que está tão magra??
- "Mãe é mãe, sempre percebe quando um filho não está bem" - Pensou Clara ainda abraçando a mãe. - Er mãe, perdi alguns quilos, andei trabalhando bastante nesse comecinho de ano.
- Meu Deus, Clara, mas isso não é normal, filha, olha, seu rosto está fino, me fala a verdade, o que está acontecendo?
- Clara virou o rosto para a sala e viu Sr. Antônio olhando para elas.
- Nada mãe, não está acontecendo nada, é cansaço mesmo, andei sem fome, por isso acabei emagrecendo.
- Não não, vem aqui. - Disse puxando a filha para a cozinha. - Tem comida do almoço, tem que se alimentar direito, meu amor, não faça isso com sua saúde.
- Não se preocupe mãe, estou bem de saúde.
- Mas, não parece!
 
Dona Ana serviu um prato de comida gigantesco para a filha e enquanto ela almoçava as duas conversavam sobre vários assuntos.
 
- Clara, você sumiu, não pode ficar tanto tempo sem vir aqui.
- Mãe, desculpa, é que janeiro foi bem apertado.
- É, eu imagino, a Manu veio aqui ontem, perguntou de você.
- Er, nem com ela tenho falado muito. - Falou desanimada.
- Clara, você não pode ficar isolada assim. Trabalhar faz bem, mas você precisa estar com a família, ir à igreja, namorar.
 
Ao ouvir a última palavra Clara sentiu um incomodo muito grande e, antes que Dona Ana começasse a falar de Dr. Gustavo a morena foi logo mudando de assunto.
 
- Er mãe, o Alex veio aqui hoje com os tios?
- Não filha, mas acho que eles ainda virão aqui.
- Ah sim.
- Fiquei tão feliz de ver vocês dois se aproximando de novo! Vocês sempre foram unha e carne, o Alex é um menino muito bom.
- É sim mãe, também fiquei feliz com nossa reaproximação.
- E aquela sua amiga que veio aqui no Ano Novo? Ela nem se despediu para ir embora.
- Er... ah mãe, ela precisou sair urgente, tinha muita gente para despedir.
- Bom, ela me pareceu ser uma jovem muito boa também, traga ela aqui mais vezes.
- "Ai meu Deus, não mãe, por favor, para de falar nela." - Pensou Clara com um nó na garganta. - Tudo bem mãe.
 
Por sorte o celular da Clara começou a tocar, desviando o foco da conversa.
 
- Alô, Alex??
- Clara, tudo bem?
- Tudo sim, onde você está?
- Estou a caminho da casa de seus pais, queria ver se você não animava a ir para lá também.
- Já estou aqui, cheguei há pouco tempo.
- Nossa, jura??
- Alex!
- Tá, ok, já estou chegando, a gente conversa ai.
- Está bem, beijos.
- Beijo!
 
A morena desligou o celular e escutou a mãe perguntar:
 
- Era o Alex, Clara?
- Era sim mãe, ele está vindo para cá.
- Ele vem sozinho?
- Ai mãe, nem perguntei.
- Nossa, preciso terminar de arrumar aquela bagunça lá no quarto.
- Tudo bem mãe, vai lá, vou ficar na sala com o pai.
- Isso filha, fica lá com seu pai. - Disse Dona Ana, antes de chegar perto do ouvido da filha e falar em voz baixa. - Ele está sentindo muito a sua falta, não sei o que aconteceu, mas ele anda meio estranho.
- Estranho como, mãe?
- Não sei, talvez seja impressão minha, mas acho que peguei ele chorando um dia.
- Ai mãe, sério?
- Só pode ser filha, ele estava com os olhos vermelhos, lá no seu antigo quarto. Ai quando entrei ele começou a limpar os olhos, disse que estava procurando uma coisa. Mas eu não acreditei muito né. Para mim isso é coisa da idade, está se achando velho, sentindo falta de vocês quando eram pequenas, esse tipo de coisa.
- Ai mãe, pode deixar que vou ficar com ele. - Disse Clara sentindo outro aperto no coração.
 
Dona Ana sorriu para filha e saiu correndo para o quarto. Já Clara demorou um pouco mais de tempo na cozinha, até recuperar-se da vontade de chorar e seguiu para a sala. Chegou lá e encontrou Sr. Antônio quieto, vendo TV e sem pensar duas vezes, sentou-se ao lado do pai e disse em seu ouvido:
 
- Eu te amo muito pai, apesar de tudo.
 
Clara sentiu a respiração de Sr. Antônio ficar mais rápida e sem esperar que o pai falasse qualquer coisa, deitou a cabeça em seu ombro e ficou em silêncio assistindo TV com ele. Era difícil explicar aquela atitude, pois embora tivesse ficado com muita raiva do pai, por ter sido em parte o responsável por ela não estar mais com Mariana, também sentia o amor de filha tomar conta de seu ser. Era seu pai que estava ali, aquele que sempre lhe protegera, que sempre lhe desejou o melhor e cuidou para que ela tivesse tudo o que precisasse.
 
Enquanto estava ali, com a cabeça apoiada no ombro do pai, desejou voltar a ser aquela criança, que não tinha preocupações, que apenas queria brincar, porém sabia que o tempo não iria voltar, que já era uma mulher adulta, cheia de responsabilidades. Mas seus medos pareciam com os de uma criança.
 
- "Por que o senhor não aceita isso, pai?? Por que precisa viver preso as tradições e aos princípios da igreja??" - Pensava a jovem
 
Os dois ficaram um bom tempo desse jeito, sem falar nada, até que ambos escutam a campainha tocar, despertando-os de seus pensamentos.
 
- Deve ser o Alex, pode deixar que eu atendo.
 
A jovem se levantou do sofá e foi até a porta para ver se realmente era o Alex.
 
- Oi prima! - Disse o jovem lá do portão.
- Oi Alex, entrai aí, está aberto!
 
O jovem entrou e foi até a prima.
 
- Bom te ver, Clara!
- Bom te ver também. - Disse sincera.
 
 O jovem entrou na casa e foi cumprimentar os tios. Os quatro ficaram conversando por mais de uma hora, até que Clara chamou o primo para ir ao shopping. Fazia tempo que não saia de casa, nem mesmo para ir fazer compras, coisa que adorava fazer. Alex foi logo aceitando, pois há muito tempo estava tentando fazer a prima sair de casa.
 
Sr. Antônio e Dona Ana nem insistiram para que os dois ficassem, pois sabia que os jovens adoravam um shopping. Assim deixaram que eles fossem, mas antes Dona Ana falou um monte no ouvido de Clara para que ela não demorasse a voltar lá. Depois de escutar a ladainha de sua mãe Clara seguiu em seu carro e Alex seguiu no dele em direção ao shopping.
 
Ao chegar lá os dois procuraram um local mais tranquilo, onde pudessem conversar. Clara reparou que Alex queria falar alguma coisa para ela, pois parecia estar ansioso. Logo avistaram um banco desocupado próximo à praça de alimentação e lá se sentaram para conversar.
 
- Alex, está tudo bem? Você parece ansioso.
- Está sim prima, mas realmente quero conversar com você. Er.. Clara, você sabe que a Mari está indo para a Itália hoje, né? - Disse sem enrolar.
- Meu Deus, j-já é hoje? - Disse assustada.
- Já Clara, ela vai ficar um mês lá, você realmente não vai procurá-la?
- Não posso, Alex, vai ser pior. - Disse com um nó na garganta.
- Como pode ser pior que isso, Clara?? Vocês estão sofrendo demais, olha para você, está super magra, não come direito, não dorme, nunca mais saiu.
- Alex, não dá, acredita que minha mãe pegou meu pai chorando?
- Nossa, sério?
- Sério, eu estava com raiva dele, mas quando ouvi minha mãe falar isso meu coração doeu.
- Imagino.
- Alex, se eu procurar a Mari só vou fazê-la sofrer ainda mais, pois não posso me assumir, então a escolha já foi feita, tenho que arcar com as consequências.
- Clara, você sabe que as consequências são sérias, né?? Você está renunciando a uma vida de amor verdadeiro é isso mesmo que você quer?
 
A morena abaixou a cabeça e tentou controlar o choro, porem uma lágrima acabou escorrendo de seus olhos.
 
- Para Alex, por favor, para de tocar nesse assunto, eu não vou aguentar.
- Ai, desculpa Clara, mas é por que sempre me vem a esperança de você mudar de ideia.
 
A morena ficou um tempo com o olhar perdido para o chão. Estar separada da loira já lhe causava uma dor horrível, mas ouvir agora que ela estaria em outro país a deixara ainda pior.
 
- Não fica assim, não falei isso para te deixar mal.
- Eu sei, Alex.
 
Os dois ficaram um tempo em silêncio, até que Clara voltou a falar.
 
- Como você ficou sabendo que a Mari vai viajar?? Er.. você conversa com ela?
- Er... na verdade eu converso sim, Clara, mas eu fiquei sabendo pelo Fred.
- Pelo Fred??? - Perguntou surpresa.
- Er... Clara, acabou que eu fiquei muito amigo do Fred.
 
Clara estava tão chateada com o fato de saber que em breve Mariana estaria longe dela, que nem chegou a cogitar a possibilidade de haver algo estranho no ar entre Fred e Alex. Apenas pensava no fato da loira estar em outro país, conhecendo pessoas novas, possivelmente a esqueceria. Talvez tenha sido a primeira vez que Clara pensou na possibilidade de Mariana encontrar outra pessoa.
 
- Acho que agora acabou de vez mesmo, Alex.
- Hum, então antes não tinha acabado?? - Falou o jovem perspicaz.
- Er... er... claro que tinha acabado Alex, eu me expressei mal. Só pensei que agora que a Mari vai para outro país, com certeza vai achar uma italiana.
- Para com isso, Clara, a Mari te ama, como você pode ser tão cabeça dura???
- Ela pode até me amar, Alex, mas que amor suporta tudo isso??
- Um amor verdadeiro suporta, Clara, mas, não por muito tempo, pense nisso!
 
A jovem se levantou do banco e começou a andar pelo shopping. Alex sabia que suas palavras estavam fazendo efeito em Clara, embora acreditasse que a jovem ainda não fosse fazer nada.
 
Correu até a prima e avisou que iria embora, queria deixá-la pensando, queria que ela sentisse a ausência de Mariana.
 
- Prima, vou embora, tudo bem?
- Ok.
- Qualquer coisa me liga?
- Sim, pode deixar.
 
O jovem deu um beijo no rosto de Clara e saiu em direção ao estacionamento, deixando a morena completamente envolvida em seus pensamentos.


Fim do capítulo


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Comentários para 31 - Capítulo 31:
Lana queen
Lana queen

Em: 25/09/2016

Oi Gi

Projeto terminar de ler kkk...Engraçado que sou apaixonada pela história e não consigo terminar...Também a pessoa não le só o capítulo...Eu leio os comentários alheios kkk e as suas respostas kkkkk.

Porque amar é tão difícil? Tão bom, porém complicado...pessoas diferentes que se encontram e aquele click acontece...vc está amando e enfrentará tudo por causa dessa pessoa que se torna maior a cada dia em sua vida e quando é sua alma Gêmea você tem certeza que vale a pena...

Seguindo para o próximo capítulo...beijos

 


Resposta do autor:

Ei Lana,

 

Kkkkkkk, "projeto terminar de ler" foi ótimo. Fico feliz que seja apega a minha história, sinal de que ela te tocou de alguma forma né... Sei que teve uma importância em sua vida, pois foi lendo os comentários que encontrou alguém especial, rs. Espero que tudo dê certo para vcs!

 

Pois é, amar é difícil sim... sentimento complexo, carregado de tantas variáveis, mas ao mesmo tempo, incrível. Resumindo: não dá para viver sem ele, rsrs

 

Beijos

Responder

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lucy
lucy

Em: 09/01/2016

O pai da Clara pode mudar sim por Amor à filha ou continuar sendo

cabeçudo rs ...mas a Clara que tem que escolher o que ela quer

pra vida dela,...

estória muito legal !! envolvente bjs 

nota mil !!


Resposta do autor em 13/02/2016:

O pai da Clara foi bem cabeçudo, né, rsrs... mas vc já viu o desfecho...

 

Pena que nem sempre conseguimos escolher o caminho a seguir sem sermos influenciados pela família ou pela sociedade...

 

Que bom que achou a história envolvente.

 

Beijinhos! Obrigada!

Responder

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Sophia L
Sophia L

Em: 22/09/2015

Estou relendo uma média de 2 capítulos por dia. O melhor nessa fase difícil é o Fred. Ele é um fofo um amigão. Mais tb adoro o Alex, esse casal promete, kkkkkk


Resposta do autor:

Fred é meu xodó, rsrs, e o Alex é um fofo né, rs... sem dúvidas esse casal promete, rs

Responder

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