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Entre olhares e sorrisos: encontrei você por Gi Franchinni

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Palavras: 4706
Acessos: 8047   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 20

 

O dia amanhecera e Clara não havia conseguido pregar o olho por nenhum minuto. Nunca esteve tão presa a um pensamento como na noite anterior. Por mais que tentasse todos os seus artifícios, não conseguira parar de pensar nas decisões que teria que tomar. Pensou e chorou durante toda a noite e quando sentiu que os primeiros raios de claridade entravam em seu quarto, finalmente definiu o que iria fazer. Permaneceu deitada na cama procurando formas de se convencer que tal decisão seria o melhor para as duas.

 

 

- Por que fui me apaixonar por uma mulher? Por que Senhor, me diz? Se sou tão fraca para enfrentar as coisas. Isso tudo aconteceu para nos fazer sofrer. Eu tinha que ter sido mais forte e resistido a isso tudo. - A voz de Clara já não saia mais trêmula, e sua vontade de chorar tinha perdido espaço para a raiva que sentia de ter que optar por apenas um dos caminhos. - Agora estou aqui, me sentindo totalmente impotente diante da minha própria vida, ai que raiva... e a Mari... ai, a Mari não vai me entender nunca, achará que apenas brinquei com seus sentimentos. Mas, eu não posso falar nada, esse filho da puta pode arruinar com a vida dela... ele ameaçou claramente.

 

 

Clara pegou um travesseiro e colocou sobre sua cabeça, porém, os pensamentos continuavam como um turbilhão

 

 

- "Como pode, em tão pouco tempo, existir um sentimento tão forte assim? NÃOO, pare de pensar nisso... não posso pensar nesse sentimento, se não jamais terei coragem de prosseguir com minha decisão... Ai meu Deus, como isso dói... O pior de tudo é que eu sei dos sentimentos da Mari em relação a mim. Quantas vezes eu senti que ela queria me falar algo... ainda bem que nunca deixei que ela falasse, ou seria tudo ainda mais difícil."

 

 

Clara conseguiu calar seus pensamentos, mas assim que sua mente se aquietou a imagem de Mariana surgiu como uma miragem em seu quarto. A loira aparecera sorrindo, com o olhar brilhante e extremamente verde, capaz de encantar qualquer pessoa sem precisar dizer uma palavra sequer. Ao contemplar aquela imagem em sua mente, Clara sentiu seu coração se oprimir e a vontade de chorar que antes fora controlada, agora voltara com força dobrada.

 

 

A morena precisou pegar novamente o travesseiro e colocá-lo por cima da boca, de forma a abafar aquele choro triste. O coração de Clara doía de forma aguda, por saber muito bem o que queria, mas por não ter coragem suficiente para enfrentar suas vontades. Levantou-se da cama de forma brusca e foi em direção ao banheiro, entrou debaixo do chuveiro e voltou a pensar em sua covardia. Sentiu raiva de si mesma por ser daquele jeito e começou a pensar em diferentes formas de enfrentar e superar aquela situação. Porém, acabou decidindo por seguir o caminho aparentemente mais fácil: faria de tudo para esquecer aquele sentimento por Mariana... simplesmente iria agir como se ele nunca tivesse existido, como se tivesse vivido uma aventura insana, da qual se sabe que não dura por muito tempo.

 

 

Saiu do banho e ficou um tempo tentado melhorar sua aparência, antes de ligar para a loira e definir, de uma vez por todas, seus destinos. Mas seus olhos continuavam extremamente inchados, denunciando o quanto chorara naquela noite. Não poderia deixar Mariana ver o quanto estava sofrendo, pois se a visse assim a loira não acreditaria em sua versão de que estava apenas vivendo uma aventura.

 

 

Na verdade Clara tinha certeza de que Mariana não iria acreditar, independentemente se seu rosto acusasse o contrário. Isso por que tudo o que elas viveram fora mais do que concreto, sabia que seria complicado fazer a loira acreditar que tudo aquilo tinha sido uma ilusão. Sempre se entregara de coração a ela e como chegar agora e simplesmente fingir que não significou nada? A morena voltou a se olhar no espelho e disse para si mesma:

 

 

- Hoje, mais do que nunca preciso ser forte. Preciso ser convincente! Serei firme e não olharei para trás. Está decidido! Mas, um dia eu vou descobrir quem está causando todo esse sofrimento e eu com certeza vou acabar com a vida dele. Se ele pensa que tem minha vida nas mãos, pode ter certeza que tudo isso que ele está me causando virá em dobro para ele. - Clara tinha ódio no coração, um tipo de sentimento que é capaz de transformar negativamente as atitudes de qualquer pessoa, por melhor que ela seja. - Me perdoa Mari, mas preciso agir assim.

 

 

Clara seguiu em direção a sala, pegou o celular e ligou para a loira, sem mais nada pensar ou sentir... mais parecia um robô agindo de forma programada. O celular chamou duas vezes e logo a voz de Mariana surge alegre do outro lado da linha:

 

 

- Clarinha!! Bom dia, minha linda, que surpresa sua ligação logo de manhã. Tudo bem?

 

- Oi Mari, precisamos conversar, tem como você vir aqui em casa agora? - Clara falava com a voz extremamente seca, deixando Mariana preocupada.

 

- Clara, o que aconteceu? Por que você está falando dessa forma?

 

- Mari, vamos conversar pessoalmente, é melhor, pode ser?

 

- Tu-tudo bem, vou agora mesmo para sua casa, em meia hora chego aí. - Disse Mariana, com a voz embargada.

 

- Ok, estou te esperando. Beijo.

 

- Bei.. - Antes mesmo de Mariana conseguir mandar o beijo, Clara já havia desligado o celular.

 

 

Seu coração começou a acelerar muito, pois temia que algo de muito grave tivesse acontecido. De forma ligeira, trocou de roupa e seguiu em direção a casa da morena. Tão logo já estava na portaria do prédio de Clara tocando seu interfone. Escutou o barulho do portão se abrindo, sem ao menos escutar a voz da morena no interfone. Correu para dentro do prédio e chamou o elevador. Sentia seu coração na garganta de tanto que ele batia. Entrou no elevador e começou a sentir uma sensação muito ruim, como se uma tragédia estivesse prestes a acontecer.

 

 

- Calma.. calma... por favor Mariana, seja otimista. - Escutou a porta do elevador se abrindo e seguiu para o apartamento da morena.

 

 

Tocou a campainha e logo Clara abriu a porta com um olhar frio e distante.

 

 

- Entra - Disse a morena friamente. Abriu passagem para que uma Mariana tensa entrasse e acabou tendo um rápido pensamento vacilante. - "Ai meu Deus, não vou conseguir, olha como ela está sem nem ao menos ter ouvido o que vou falar."

 

- Clara, por favor me fala o que está acontecendo, estou preocupada com você. Agora eu estou aqui... fala para mim. - Disse a jovem se aproximando da morena para dar-lhe um abraço. Porém antes de conseguir encostar em Clara, esta se esquivou.

 

- Er.. Mari... senta ali no sofá, me espera só um minuto, pois preciso ir ao banheiro. - Clara saiu às pressas da sala. Chegou ao banheiro e começou a respirar rapidamente encostada na porta. - Calma, calma... eu vou conseguir falar... é só falar tudo e ela já vai embora... fim da história! FIM DA HISTÓRIA????

 

 

Clara levou a mão a boca ao perceber que havia falado alto.

 

 

- Ai meu Deus... fim da história?? Da nossa história?? Não posso fazer isso... não posso... - Voltou a recostar-se na porta procurando se acalmar e repensar o motivo de ter que fazer tudo aquilo. - Não tenho escolha... não tenho... Vamos Clara... é agora ou nunca.

 

 

A morena abriu bruscamente a porta do banheiro e retornou para sala. Ao chegar lá avistou a loira com a cabeça apoiada nas duas mãos em sinal de preocupação.

 

 

- Clara...por favor, já estou ficando assustada. O que aconteceu? - Disse a loira já se levantando do sofá.

 

- Mariana, não posso mais ficar te enganando... precisamos nos afastar.. eu não quero mais ficar com você. - Sua voz saia firme, enquanto seu coração estava dilacerado.

 

- O-oque? Para, Clarinha... para com isso... não gosto dessas brincadeiras... - Respondeu Mariana com um sorriso forçado no rosto, como se aquilo fosse uma mera brincadeira da morena.

 

- Mari, não estou brincando. Percebi que nosso lance estava ficando sério demais, não quero isso para minha vida, eu gosto muito de você, mas não passa disto, de uma amizade.

 

- AMIZADE???? Você só pode estar brincando com a minha cara... como pode falar que não sente nada mais que amizade?? Clara... isso é um absurdo, nós nos entregamos de coração uma à outra... é impossível você negar isso. - Mariana falava num misto de espanto e nervosismo.

 

- Mariana... eu não nego que foi muito bom estar com você... mas, tudo isso não passou de uma aventura. As fichas caíram, sei que não posso seguir em um relacionamento assim... Somos maduras o suficiente para entender que um relacionamento assim não daria certo.

 

 

A loira se aproximou de Clara e segurou-a pelo braço.

 

 

- Clara, por favor, não estou conseguindo entender. Até ontem estávamos juntas, vivendo tudo isso de forma sincera e em sintonia. Não é possível alguém mudar de ideia assim, da noite para o dia. - Sua voz saia presa, como se estivesse prestes a começar a chorar.

 

- Mariana, entenda isso... foi muito bom estar com você, mas acabou. Não dá para continuar, não quero enganar ninguém, não quero prolongar isso, tente entender que se não acabarmos com isso agora, depois será muito mais dolorido. - Insistiu Clara, soltando seu braço das mãos de Mariana e procurando manter certa distância dela.

 

- Cla- Clara, não faz isso comigo. Eu... você... você me conquistou... eu... eu preciso de você, por favor, diz que tudo isso é apenas uma confusão... por favor, não me deixa. - Mariana aproximou-se novamente da morena que estava virada de costas para ela.

 

- Mariana, me desculpa, não quero te fazer sofrer, mas não dá... a decisão já está tomada. - Clara continuava de costas para Mariana, procurando esconder o rosto abatido e conter a vontade que tinha de dizer que tudo aquilo era uma mentira, que estava sendo ameaçada. Porém, sabia que precisava se afastar, então reforçou: - Mariana, não quero nada sério com você, me desculpa, nunca quis brincar com seus sentimentos.

 

- Então fala isso olhando nos meus olhos. Diz Clara, diz que não me quer mais - Mariana segurou novamente os braços da morena fazendo-a se virar de frente para ela.

 

- Eu.. eu.. não posso... não dá Mari, por favor, entenda. - Clara olhou para aqueles olhos verdes e quase acabou se rendendo à loira. - Por favor, vá embora, não dificulte as coisas, acabou Mari.

 

 

Mariana sentiu que os olhos de Clara estavam lacrimejantes e voltou a insistir.

 

 

- Não acredito em nenhuma dessas palavras.Não é verdade, Clara, posso ver em seu rosto que não é isso que você quer.

 

- VAI EMBORA! - Clara estava desesperada e acabou falando alto, sentia que se ficasse mais alguns minutos na frente de Mariana seu coração não iria aguentar. - Mariana, pare de se iludir, nós não...

 

- Eu amo você! - Disse a loira em meio as lágrimas, cortando o que Clara iria dizer. - Eu te amo Clara, como nunca amei ninguém nessa vida. O que eu sinto por você é o sentimento mais puro e sincero que um ser humano poderia ter.

 

- NÃOOO, VOCÊ NÃO ME AMA, MARIANA... - Disse Clara apavorada ao ouvir aquela declaração. - Você está enganada, isso não passa de um carinho especial... isso... isso é apenas afinidade entre amigas.

 

- Não rebaixe meus sentimentos, Clara, eu sei muito bem o que sinto.Olha para mim. - Mariana mais uma vez puxou Clara para perto de si fazendo com que ela olhasse em seus olhos. - EU AMO VOCÊ. NÃO TENHO MEDO DE DIZER ISSO, POIS NUNCA TIVE TANTA CERTEZA DO QUE SINTO.

 

 

Clara não segurou e acabou deixando uma lágrima escapar em seu olho.

 

 

- Eu quero você, eu quero namorar com você. Eu te amo Clara...

 

- CHEGAAA... chega Mariana... vai embora... - Clara correu em direção a porta e abriu-a  - Sai, por favor Mariana, vai embora.

 

 

Suas mãos tremiam e a loira pôde ver que Clara estava completamente alterada. Caminhou até a porta e disse olhando para ela:

 

 

- Eu não vou desistir de você. Tem algo acontecendo e eu vou descobrir o que é, Clara.

 

- Não tem nada acontecendo. Aceite que acabou Mariana, não me procure mais. - Mariana sentiu uma pontada forte no coração ao ouvir sua amada falando que não queria mais vê-la.

 

- Nem sei mais o que dizer. Isso tudo é loucura...eu... eu não acredito em suas palavras.

 

- Não tem mais nada a ser dito, Mariana. Vá embora. Espero que você seja feliz. - Falou Clara olhando para o chão.

 

 

Nessa hora Mariana levantou o rosto de Clara e a beijou de forma surpreendente. A morena não conseguiu evitar o beijo, queria aquilo, queria sentir novamente os lábios da loira, o cheiro o carinho e acabou se deixando levar por aquele momento de fraqueza. As duas continuavam se beijando e as lágrimas desciam igualmente em seus olhos, tornando o beijo salgado e triste.

 

 

As jovens não conseguiam sair daquele beijo, pois temiam que de fato ele fosse o último, então permaneceram com as bocas grudadas por mais alguns minutos, até que finalmente Clara encontrou forças para se separar dos lábios de Mariana. Porém antes que ela voltasse a pedir para a loira se retirar de seu apartamento ela lhe diz:

 

 

- Minha felicidade é ao seu lado. Repito, não vou desistir de você. Esse beijo provou que você ainda me quer, Clara, não estou fantasiando nada. Quando eu começar a entender tudo o que está acontecendo eu voltarei. ­- Disse a loira enxugando suas lágrimas e demonstrando firmeza no que falava. - Simplesmente não dá para levar a sério algo que você sabe que não vem do coração.

 

- Não há nada para entender aqui. Adeus Mariana, por favor, não me procure mais. - Falou Clara de forma seca.

 

 

Acompanhou a loira sair de seu apartamento, totalmente rendida e desolada. Sabia que tinha pegado pesado com ela, porém não teria outra forma de fazer Mariana se afastar. Trancou a porta da sala, encostou-se a ela e foi deslizando até o chão entregando-se de forma desesperada à tristeza que sentia. Seu choro era compulsivo e a dor que sentia em seu peito era semelhante a dor de ter perdido para sempre um ente querido.

 

 

- Eu perdi. Aii meu Deus, eu a perdi.  - Clara não conseguia parar de chorar. Sentia vontade de correr atrás de Mariana, mas sabia que não poderia fazer aquilo. Permaneceu um bom tempo prostrada no chão de sua sala refazendo mentalmente toda conversa que tivera com a loira e relembrando de tudo que ela lhe falara. - Ela... ela me ama.Aii.... ela me ama... estou jogando fora um amor verdadeiro por causa de um infeliz desgraçado. Por que sou tão fraca assim? Por que????

 

 

A morena continuava chorando compulsivamente, até que finalmente decidiu se levantar do chão e tentar se controlar de alguma forma.

 

 

- A decisão já foi tomada, não posso ficar remoendo isso. Acabou, ponto final. Preciso seguir em frente, preciso aceitar isso. - Clara falava para si mesma enquanto caminhava para o quarto. Olhou para o canto, próximo a janela e avistou a caixa que fora mandada para ela no dia anterior. Sentiu o rosto queimar de tanta raiva. - COMO ACEITAR QUE UM FILHO DA PUTA COMO ESSE CONTROLE MINHA VIDA??? AIII QUE ÓDIOOOOO!!

 

 

Pegou a caixa com uma raiva assustadora e começou a rasgá-la em pedacinhos. Fazia com a caixa aquilo que ela sentia vontade de fazer com a pessoa que lhe enviara aquele embrulho. Depois de ter picotado a caixa e o bilhete que estava dentro em inúmeros pedacinhos, a morena pegou as fotos e decidiu guardá-las, pois pensou consigo que aquela seria a única lembrança que teria da loira depois de tudo que lhe falara.

 

 

- A Mari não vai mais querer me ver depois de tudo o que falei. Sei que ela teve dificuldades de acreditar, mas quando chegar em casa ela me achará um monstro, vai querer distância de mim. - Olhou para a foto e fez carinho sobre a imagem da loira. - Talvez seja melhor assim, se a pessoa que está causando tudo isso perceber que a Mari está vindo atrás de mim certamente não perdoará, temo pelo que esse infeliz possa fazer. Acabou... acabou!

 

 

Mais uma lágrima começou a rolar sobre o rosto de Clara, porém antes que voltasse a chorar de forma descontrolada, ela decidiu sair de casa à procura de um lugar que a fizesse esquecer de tudo aquilo que acontecera naquela manhã.

 

 

 

--------xx--------

 

 

 

Mariana saiu chorando do apartamento de Clara, ainda não estava acreditando em tudo o que ouvira da boca da morena. Parecia que estava vivendo um pesadelo no qual se quer acordar a todo custo, mas não consegue. Saíra de forma tão atordoada da casa de Clara que nem percebera que já estava dentro do carro. Olhou para varanda da morena ainda tentando entender sua atitude.

 

 

- O que está acontecendo?? Não pode ser, não consigo entender - Mariana continuava parada em frente ao prédio de Clara, pois não tinha condições nenhuma de dirigir. Chorava copiosamente por sentir que estava perdendo o amor de sua vida. - Nãooo.... não posso ter perdido a Clara, ela me quer, eu tenho certeza. Tudo o que vivemos foi recíproco, TENHO CERTEZA, não pode ser verdade.

 

 

Mariana se sentia perdida. Nunca em toda sua vida precisou se rebaixar ao ponto de ter que pedir para que uma pessoa ficasse ao lado dela, se sentia em parte humilhada, mas o amor que tinha por Clara era maior do que qualquer outra coisa. Permaneceu por mais algum tempo em frente ao prédio da morena, na esperança de que ela viesse arrependida ao seu encontro, porém isso não ocorrera. Sem saber mais o que fazer, Mariana arrancou com o carro e seguiu sem rumo pela grande São Paulo.

 

 

Depois de ficar horas rodando por lugares nunca antes ido, a loira passou em frente ao Parque do Ibirapuera e decidiu parar um pouco por lá para tentar refletir calmamente sobre o que acontecera. Estacionou o carro e seguiu para uma parte tranquila do parque, sentou-se na grama e tentou fazer com que aquele ambiente tranquilo também invadisse sua mente e seu coração. Começou a respirar fundo como se estivesse meditando e controlando suas emoções. Assim que se percebeu mais calma, voltou a refazer mentalmente a conversa que tivera com Clara.

 

 

- "Não adianta, não consigo acreditar em nada disso, deu para ver nos olhos da Clara o quanto ela estava sofrendo. Tenho certeza que tudo foi fingimento." - Mariana continuava analisando a situação enquanto olhava para a tranquilidade da lagoa à sua frente - "Mas se é fingimento, tem que haver um motivo. Alguma coisa de muito grave deve ter acontecido"

 

 

A loira tentava a todo custo justificar as atitudes da morena, porém ao se lembrar de alguns pontos específicos da conversa, onde Clara afirmava ter apenas um sentimento de amizade por ela, a loira temia estar de fato se iludindo.

 

 

- "E se for tudo verdade? E se a Clara percebeu onde tudo isso nos levaria e começou a temer pela sua imagem? E se de fato ela não quiser uma mulher ao seu lado??? Aiii, não pode ser" - Mariana não conteve o choro. Abaixou a cabeça, repousando-a em seus joelhos dobrados e deixou mais uma vez a tristeza invadir sua mente e seu coração. Chorava muito, pois pela primeira vez passou a acreditar que de fato a morena não a quisesse mais. - "Por que, Clara??? Por que você fez isso comigo? Brincou com meus sentimentos, me fez acreditar que eu era a pessoa mais querida desse mundo, quando na verdade não passei de uma aventura".

 

 

Mariana levantou a cabeça novamente e começou a enxugar as lágrimas. Era incrível como sempre seus pensamentos se manifestavam de forma contraditória quando se tratava de Clara. Era como se houvesse um embate entre seu coração, que dizia para insistir na morena e não acreditar no que ela dizia, e sua razão falando para aceitar os fatos e esquecer a jovem.

 

 

- "Tudo me leva a crer que a Clara está mentindo, mas suas palavras foram tão cruéis, tão firmes. Eu jamais conseguiria agir assim com ela, mesmo se precisasse. Ela é o amor da minha vida..." - Mais uma vez começara a chorar. - "... não posso perdê-la sem pelo menos lutar por ela. Aquele beijo... aquele beijo não foi qualquer beijo, ela chorou comigo, ela estava sofrendo também."

 

 

A loira se levantou rapidamente

 

 

- "Vou descobrir o que está acontecendo, não vou deixar nossa história morrer assim, quero uma explicação decente. É o mínimo que a Clara pode me dar." - A loira retornou ao seu carro decidida a voltar para a casa da morena, porém um novo pensamento lhe veio à cabeça. - "A Clara sempre me impediu de falar meus sentimentos. Será então que é por isso?? Por que na verdade já estava brincando comigo?? Brincando de ter sua primeira experiência lésbica??".

 

 

Com esse último pensamento a loira perdeu a coragem de retornar à casa da morena. Colocou os óculos escuros de forma a esconder seus olhos inchados e dirigiu rumo à sua casa. Queria ficar trancada o dia todo sofrendo sozinha aquela mágoa, porém logo que chegou em casa deu de cara com Sr. Augusto.

 

 

- Mariana??? Onde você estava? Saiu de casa sem avisar nada e só retorna agora. Onde você almoçou?

 

- Pai... me deixa... não estou em um bom dia. Quero ir me deitar - Respondeu a loira ainda com os óculos escuros no rosto para esconder os olhos vermelhos.

 

- Ei... espera Mariana. Sou seu pai, quero saber o que aconteceu, quero te ajudar, filha. Por que não está em um bom dia? - Disse Sr. Augusto preocupado.

 

- Pai, infelizmente não dá para o senhor me ajudar. Só preciso me deitar e esquecer essa manhã horrível. - A loira começou a subir as escadas com Sr. Augusto a acompanhando.

 

- Mariana,volta aqui... vamos conversar. - Logo o pai da jovem percebeu que já estavam dentro do quarto de Mariana. - Filha, quero saber o que aconteceu. Parece que foi algo muito grave, nunca te vi desse jeito.

 

- Pai, por favor, me deixa sozinha. - Sr. Augusto olhou para filha e percebeu que realmente não iria conseguir arrancar nada dela. Então decidiu fazer o que a jovem lhe pedira.

 

- Tudo bem, filha, mas, eu estarei lá embaixo, se precisar conversar me chama. - A loira nem conseguiu responder, apenas retirou os óculos do rosto e deitou-se em sua cama cobrindo todo o corpo com o edredom. - Vou deixar a porta encostada, qualquer coisa estarei aqui.

 

 

Sr. Augusto saiu do quarto extremante preocupado. Não conseguia imaginar o que poderia estar errado, pois no dia anterior vira a filha partilhar toda a felicidade que sentia com as coisas que estavam acontecendo em sua vida. Porém, com toda sua experiência preferiu respeitar o tempo da filha e deixá-la sozinha. E assim fez durante o sábado todo, apenas ia de vez em quanto no quarto para ver se a jovem estava precisando de alguma coisa, mas Mariana permanecia quieta na cama com o semblante triste desejando apenas ficar sozinha.

 

 

 

 

--------xx--------

 

 

 

Clara desceu pelo elevador com uma expressão que dava dó. Seus olhos estavam fundos e vermelhos e até mesmo sua postura estava curvada. Chegou a portaria e percebeu que não tinha condições nenhuma para dirigir, então resolveu caminhar. Porém, logo que chegou à porta de saída avistou Mariana ainda parada com o carro em frente à entrada do prédio.

 

Seu coração instantaneamente se acelerou, fazendo com que a morena voltasse correndo para seu apartamento. Chegando lá, seguiu direto para seu quarto e abriu uma pequena fresta da janela que dava de frente para rua. Pode ver que Mariana permanecia com o carro desligado e fazia alguns gestos com a mão, como se estivesse conversando consigo mesma. Acompanhou com os olhos cada expressão que a loira fazia e logo se deu conta de que ela estava chorando. Chorava tanto que até precisou apoiar a cabeça ao volante

 

 

Clara virou-se de costas para a janela e sentiu um aperto forte no coração por ver a pessoa que ela tanto gostava daquela forma, especialmente por ser ela própria a causadora daquele sofrimento. Olhou novamente para a janela e viu que Mariana continuava chorando. Assim, não aguentou mais ver a loira naquela situação e saiu correndo em direção a ela. Aproximou-se do elevador e apertou o botão de forma apressada, esperou impacientemente o elevador chegar e desceu até a portaria. Chegando lá correu em direção a entrada do prédio, porém não avistou mais a loira... ela já tinha ido embora, fazendo com que a dor no peito de Clara se tornasse ainda mais aguda.

 

 

- "É tarde... cheguei tarde. A Mari já foi" - Pensou a morena tentando engolir o choro -"talvez tenha sido melhor assim, não posso voltar atrás, esqueça isso, Clara. Pense que o pior já passou".

 

 

A morena voltou a subir para seu apartamento, já não tinha mais vontade de sair, ver pessoas. Queria poder simplesmente esquecer, não pensar mais em como seria sua vida longe de Mariana, porém sabia que isso seria algo difícil e doloroso. Entrou novamente em seu apartamento e a primeira imagem que viera à sua cabeça fora o primeiro beijo dela e Mariana.

 

 

- NÃO,O PIOR NÃO PASSOU. COMO VOU SUPERAR ISSO?? - Disse Clara em voz alta, já prevendo que não seria nada fácil esquecer Mariana.

 

 

Começou a chorar novamente ao relembrar de todas as sensações geradas por aquele primeiro beijo, o sabor maravilhoso dos lábios de Mariana, a forma suave e carinhosa que ela lhe tocava. Era praticamente impossível se esquecer de tudo isso. Caminhou para seu quarto, ainda chorando e olhou para o chão que estava cheio do papel que fora picotado por ela há minutos atrás, sentiu que sua vida ficaria daquela forma, uma bagunça. Tinha certeza que longe de Mariana se sentiria perdida, fora dos eixos, mas não tinha coragem de lutar por sua felicidade. A dor que sentia poderia ser resumida por essas duas vertentes: sua covardia para enfrentar a situação e pelo vazio causado pela ausência da loira.

 

 

Na verdade, não era possível precisar o que causava mais dor. Nem mesmo a morena conseguia entender por que se submetia a sofrer daquela forma, muito menos entendia como tivera coragem de ser tão cruel com a loira. Porém tem coisas na vida que são difíceis de se explicar, como diria o filósofo Blaise Pascal "o coração tem razões que a própria razão desconhece". No caso da morena, talvez pudéssemos dizer que a razão acata alguns sentimentos que o próprio coração desconhece.

 

 

E foi nessa total confusão que Clara continuou o restante do dia. Ficara trancada em seu quarto, tentando entender as complicações que sua vida se transformara. Porém, a única conclusão que não conseguira chegar é que, no final das contas, não era de compreensão que sua vida precisava, mas sim de coragem!

 

Fim do capítulo


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Comentários para 20 - Capítulo 20:
Anastacia
Anastacia

Em: 09/05/2019

Ei Gi, tudo jóia! Essa coragem da Mariana sempre me surprende! "Pai, eu sou lésbica" não é uma das frases mais fáceis de se dizer na vida... sobretudo direcionada a alguém de uma outra geração. Mas a Mari sempre demonstrou que não se acovardaria por nada. E a conclusão dela para o pai " se um dia o senhor entender que isso não interfere em nada na pesso que sou, no meu caráter e em tudo aquilo que eu aprendi com o senhor, pode me procurar, pois a porta da minha casa sempre estará aberta", foi sempre sombra de dúvidas sensacional. Com o tempo aprendemos que o que é verdadeiro permanece. Ela certamente optou por acreditar no sentimento que a unia ao pai e não quis viver envolta numa mentira. Viver escondido é sempre muito ruim. Requer que renunciemos a muita coisas importantes. 

"Sair do armário" é um processo que mexe com a cabeça da gente, ainda mais quando passamos um longo tempo de nossas vidas vivendo de forma diferente. Mas, também, é um processo de autoconhecimento muito grande. Algumas pessoas saem de sopetão. Acreditam que tem que ser um ato rápido, como retirar um esparadrapo, rsrs. Outras requerem maior tempo, porque o grande problema delas talvez não seja os outros, mas elas próprias. 

No final das contas o ato da Mari nos mostras que não é tão difícil assim... basta não se acorvardar... E no final, quem nos ama verdadeiramente, estará ao nosso lado. 

 

Beijos, Gi, se cuida! 

 

P.S.1. espero que um dia publique o desfecho da saga "Universo Particular". 

P.S.2. Seu niver está chegando, espero que seja um dia especial! Você merece o melhor dessea vida...


Resposta do autor:

Ei, Anastacia, tudo bem? 

Vejo que sua empreitada em comentar todos os capítulos continua... Rs... =)

Nossa, quem dera se todas as descobertas afetivas fossem encaradas assim como a Mari encarou, né? Ela de fato foi valente por não fugir de quem ela realmente era e, mais corajosa ainda por falar para o pai com a sabedoria de quem compreende que o amor atravessa a pior das tempestades.

Como você bem disse, o que é verdadeiro permanece, nada é capaz de destruir. A Mari tomou a decisão com a certeza em seu coração de que uma hora as coisas se ajeitariam.

Eu também penso assim... Tô meio que influenciada por Game Of Thrones, então, como disse um dos personagens: "todo caminho que trilhei me trouxe até aqui, estou onde deveria estar", rs...

Acho  que a Mari já tinha essa convicção, de que iria sofrer no início, mas jamais perderia o amor de seu pai.

Os processos de descobertas não são fáceis. Para algumas pessoas é libertador logo de cara, para outras é lento, sofrido, cheio de fugas e subterfúgios. Mas, penso que é uma trilha necessária, leve o tempo que precisar. No final, é isso mesmo que vc disse, o monstro não é tão grande assim.. quem nos ama verdadeiramente permanece ao nosso lado, perdoa as confusões, respeita o processo de autoconhecimento, entende que cada processo é único e inerente àquela pessoa. A questão toda é saber viver tudo isso sabiamente.

Quando nos damos conta de que o problema maior, em muitos casos, é nós mesmos, tudo fica mais leve, tudo começa a se encaixar e a vontade de viver isso livremente vem ao coração.

Obrigada, por comentar! Até o próximo! Beijos!

 

PS1: Creio que esse conto seja muito particular para postar aqui... mas, vou pensar sobre isso, ok?

PS2: Muito obrigada por se lembrar do meu aniversário! É um carinho muito importante para mim e fez diferença em meu dia!

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Anastacia
Anastacia

Em: 04/04/2019

Ei Gi, 

 

Quanto tempo, né? Mas lembre que para uma ariana, uma promessa feita, jamais é quebrada, rsrs. Irei comentar todos os capítulos dessa história linda que você escreveu, não importa o tempo que leve. 

Esse capítulo é daqueles que os escritores colocam para nos deixar com raivinha, aff... mas tudo bem, temos que confessar que apesar de ser exasperante, é necessário para dar mais emoção no que estar por vir.

Mas isso certamente não ameniza nossa vontade de pegar a Clara pelos ombros e dar uma chacoalhada! O cerne desse capítulo não está no fato de a Clara ter ainda tantos medos quanto a que sente pela Mari, mas sim em adotar uma postura de proteção que na verdade só machuca. 

E aí nos perguntamos: falar a verdade não é sempre a melhor saída?  Sem dúvidas que sim... a verdade, nesse caso, pouparia muitas lágrimas e sofrimentos... ainda bem que já li a história e já sei sobre os capítulos seguintes, rsrs... ok, mas nada de spoiler. 

Leitoras, leiam... garanto que vale a pena! :)

 

Até o próximo capitulo, Gi. Espero que esteja tudo bem com você. Sentimos falta de suas histórias por aqui... parou de escrever? E os contos que havia publicado aqui no lettera? Estão publicados em outro lugar?

 

 

 

 

 

 

 


Resposta do autor:

Olá, Anastacia!

 

Realmente tem muito tempo! Agradeço por seu empenho em retonar aqui para cumprir sua promessa ariana!

 

Realmente é uma parte da história desagradável. Concordo com você quando diz que a Clara merecia umas chacoalhadas... esse ato talvez teria poupado muito sofrimento. A verdade sempre deve ser dita e, creio que nesse caso, a atitude de proteção da Clara é muito mais um ato de covardia. Afinal, tem pessoas que não necessitam de proteção, mas sim de um ato de coragem, ainda mais quando se envolve tanto sentimento. Infelizmente, Clara ainda não teve essa percepção.

A Mari não precisava de proteção.. ela precisava da Clara. 

Sobre os contos, bom, por motivos pessoais acabei retirando do site... não estão postados em nenhum local público, somente em minhas lembranças e arquivos pessoais. Venho escrevendo algumas coisas sim, dentro da correria do dia-a-dia, inclusive tem um conto final dessa saga "Universo Particular", que foi escrito muito mais para mim. Talvez um dia eu retorne com uma história pronta. Quem sabe?

Obrigada pela atenção, espero que esteja bem tb!

 

Um beijo!

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thais
thais

Em: 14/07/2016

Eita que agora o  negocio ta ficando bom... ta na cara que é o otário do Thiago que esta fazendo isto... mas a Clara tbm né afff pelo amor... independente de tudo e de todos e não tem coragem !!! Enfim... cada um é cada um né... pior é que ainda tem muuiiiitaaa gente no armário que renega a felicidade por conta de principios e valores.... 


Resposta do autor:

Olá Thais,

 

Muito obrigada por deixar seu comentário aqui na história. O Thiago realmente é um otário e a Clara não sabe como agir nessa situação. Muitas vezes temos dificuldade de compreender as reações do próximo, mas se tratando de uma pessoa que sempre viveu de um jeito e cresceu pensando que isso fosse errado, fica difícil julgar.

 

Commmm certeza tem muita gente no armário, pq esse universo não é simples. Mas, estamos vivendo um novo momento, em que essas questões estão sendo discutidas mais abertamente. Cremos em uma mudança nesse panorama e que as pessoas se aceitem, cada qual segundo suas opões e seus jeitos.

 

Beijinhos, muito obrigada!

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Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 08/09/2015

Clara sempre medrosa!!! Afff, ainda bem que essa fase já passou!!! 😂😂😂


Resposta do autor:

Ô Clarinha, tanto medo, rsrs.... 

 

\o/ ainda bem, né? rsrs

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