Capítulo 57
Bia
A viajem foi longa, cheguei no aeroporto exausta, mas pude reconhecer de longe aquela imagem maravilhosa na minha frente, era a Camila, linda como sempre. Sai correndo e a abracei forte.
A saudade era tanta que as duas começaram a chorar.
Eram duas malucas sorrindo e chorando abraçadas no meio do aeroporto.
Depois de minutos abraçadas sentindo o cheiro dela, ao nos separarmos do abraço e olharmos nos olhos, o beijo foi inevitável.
O beijo era apressado e molhado pelas lagrimas de saudade chamou a atenção de todos, mas não estávamos nem ai pro mundo lá fora, só queríamos viver aquele momento.
Fomos nos separando do beijo com um sorriso enorme no rosto.
-- Quanta saudade eu estava de você. – Cah
-- Muita saudade, mas estamos aqui juntas agora. – eu
-- Se prepare garota, esses dias aqui serão um inferno pra você. – Cah
-- Mas por que?
-- Por que eu não vou desgrudar e nem tirar os olhos da senhorita nem um segundo.
-- Mas o inferno é o paraíso então.
-- haha Vem, vou te levar pra pousada.
Fomos pra pousada em que todos os outros médicos estavam hospedados.
Era um lugar simples, mas muito bem organizado pelos médicos que ali estavam.
Como eu cheguei já era noite, fomos direto pros quartos descansar para começar os atendimentos no outro dia.
-- Bia, esse é o seu quarto. O meu é aqui do lado, mas vou ficar aqui com você essa noite, nem que seja pra ficar te olhando.
-- Mas eu não deixaria você sair daqui de jeito nenhum mesmo.
Ela me olhava com um sorriso que nem cabia em seu rosto, a felicidade estava estampada em sua face.
-- Eu senti tanto a sua falta nesses dias aqui. – Cah
-- Eu também estava sentindo a sua.
Ela ainda me olhando, passou o dedo na minha boca, passando por todo o meu rosto e foi se aproximando lentamente até nos beijarmos.
O beijo agora era calmo, sem pressa nenhuma, só queríamos aproveitar cada momento querendo eternizá-lo.
Ela foi me encaminhando até a cama e foi beijando todo o meu corpo enquanto tirava a minha roupa devagar e eu tirava a dela.
Ela passava as mãos pelo meu corpo e parecia querer reconhecer um território que foi dela a tanto tempo, mas que estava a tempos sem estar.
Voltou a me beijar de uma forma que me deixa em êxtase e nesse êxtase ela me penetrou me fazendo ir ao céu em seus braços.
Depois deitou ao meu lado e ficou ali me olhando e passando os dedos nos meus cabelos.
-- Isso tudo parece um sonho, ter você aqui comigo.
-- É verdade, eu queria poder eternizar tudo isso.
-- Bia, tem uma vaga pra você aqui. Você pode ficar, a gente pode continuar nossa vida aqui. Eu quero casar com você, e não importa o lugar que isso aconteça, eu só quero dormir e acordar todos os dias ao seu lado. Aceita a vaga pra trabalhar aqui e ficar comigo? – Cah
Eu não sabia o que responder a ela. Era o momento de decidir a minha vida.
-- Ai Cah, você me pegou de surpresa. – eu
-- Tudo bem, pense nisso nos dias que estiver aqui. – Cah
-- Ta certo.
-- Agora vamos dormir por que amanha o dia vai ser agitado. – Cah
Fiquei deitada sobre seu peito pensando no que fazer.
Como mudar a minha vida de uma hora pra outra?
Sem contar o que mais me perseguia, a Natália. Ela não saia mais da minha cabeça.
Tudo me diz que a Camila é a pessoa perfeita pra mim, mas no fundo eu sei que é a Natália que me completa.
Depois de muito tempo peguei no sono e antes do sol nascer a Camila já estava me acordando.
Nos arrumamos, tomamos um café reforçado enquanto eu tentava conversar com alguns médicos de Nova York, mas meu Inglês estava meio enferrujado.
Fomos para o local dos atendimentos e eu me surpreendia a cada pessoa que chegava na minha frente.
Crianças extremamente doentes e os pais nem sabem da gravidade e nem tem o que fazer, além de esperar o filho morrer e enterra-lo no quintal de casa.
Era impossível ajudar completamente a todos. Podíamos dar o atendimento básico, mas o tratamento que eles precisavam realmente não tínhamos estrutura ali.
O dia passou rápido e a noite fomos para a pousada. O jantar era servido em um refeitório para todos.
Me sentei ao lado da Camila que me contava algumas histórias sobre seus pacientes, mas algo me distraiu.
Uma mulher elegantérrima passou com um ar de superioridade olhando descaradamente para a Camila.
-- Cah, quem é aquela mulher?
-- Ah, é a Cardiologia daqui, super conceituada e é brasileira.
-- Vocês se conhecem?
-- Tentei conversar com ela uma vez, mas ela é meio metida e nem deu bola.
-- Mas parece que esta te dando muita bola agora.
-- Como assim?
-- Ela passou por aqui agora te comendo com os olhos.
-- Não viaja Bia.
Terminamos de jantar e estávamos indo para o meu quarto e quando estávamos entrando a Drª Bonitona la passou por nós e nos viu entrando no quarto juntas.
Ela deu um sorrisinho sarcástico olhando pra Camila, mas a Cah disfarçou fingindo não ter visto nada.
Eu posso ser bobinhas as vezes, mas essa mulher ta afim da Camila.
Entramos no quarto e eu nem toquei no assunto.
Estávamos tão cansadas que tomamos banho e desmaiamos na cama. Acordamos no outro dia com o despertador e la começou mais um dia.
Fim do capítulo
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