CapÃtulo 39
NAT
O beijo era quente, envolvente e irresistível.
O que eu estou fazendo? Eu não vou magoar a Bia.
Em um segundo de sanidade me separei do beijo e sai da cabine às pressas e fui para a mesa.
-- Nossa Nat, sua blusa esta toda molhada. Coloca o meu casaco – Bia
-- Cadê a Karol? Ela não foi la te ajudar? – Dani
-- Ficou por la. Bia, vamos embora? – eu
-- Mas já? – Bia
-- Eu to toda melada do refrigerante. – usei como pretexto
-- Tudo bem. Até mais meninas, marcamos alguma coisa qualquer dia de novo. – Bia
Nos despedimos de todas e quando já estávamos saindo da mesa a Karol aparece.
-- Já vão? Esta cedo. – Karol
-- A Nat ta toda melada do refrigerante. – Dani
- Hum, então ta. Até mais. – deu um beijo no rosto da Bia e quando veio dar uma em mim pegou na trave.
A Bia notou e apressou pra que saíssemos de la. No carro eu já sabia o que iria acontecer.
-- O que foi aquilo Natália?
-- Aquilo o que?... O que você viu?... – eu disse visivelmente nervosa
-- Aquele quase selinho que a Karol te deu.
-- Ah... isso...
-- O que mais seria?
-- Nada! Eeer, aquilo não foi nada, ela só virou o rosto sem querer e aconteceu, mas não foi nada, relaxa. – eu estava falando muito rápido e visivelmente nervosa
-- Natália, você esta me escondendo alguma coisa?
-- Não... Claro que não, para de neura Beatriz.
-- Sei...
Eu sei que não deveria mentir pra Bia, mas eu não podia estragar o nosso namoro agora que estava tão bom. O que aconteceu la com a Karol foi um momento de fraqueza e não vai mais acontecer.
Chegamos em casa e eu e a Bia já estávamos bem e fomos tomar banho juntas. Depois fomos dormir.
No outro dia era domingo então deveríamos acordar mais tarde, mas eu na verdade não preguei o olho a noite toda. O beijo com a Karol não saia da minha cabeça, eu não conseguia entender como ela conseguia me dominar daquela forma que eu nem conseguia resistir, mesmo amando a Bia. Fiquei a noite toda pensando se deveria contar para a Bia, mas eu sabia que se eu contasse ela iria ficar muito magoada e terminaria comigo, e depois de tanto tempo brigando e outras coisas nos separando eu não queria brigar e muito menos perder a Bia então resolvi não contar nada por que sabia que aquele beijo foi um erro, não significou nada e não iria se repetir.
Amanheceu e a Bia acordou e me viu acordada.
-- Já esta acordada meu amor? – Bia
-- Acordei cedo minha linda, o que vamos fazer hoje?
-- Não sei, o que você quer?
-- Eu quero te fazer feliz.
-- Ooouwn, minha linda, você já me faz feliz de mais.
-- Vamos tomar café então e ver o que vamos fazer.
-- Ta bem
Enquanto tomávamos café a Dani me ligou.
-- Fala gata.
-- Nat, nós vamos na danceteria hoje.
-- Vamos?
-- Vamos! As 22:00 eu to passando ai, vamos todas no meu carro.
-- Calma, eu tenho que saber se a Bia quer ir. Vou falar com ela e depois de ligo.
-- Ta bem, mas corre.
Desliguei o celular e fui falar com a Bia.
-- Era a Dani, ela ta convidando a gente pra ir na danceteria hoje, vamos? – eu
-- Ai amor.
-- Eu sei que você não gosta muito, mas eu to a anos sem ir em uma.
-- hahaha ta bem, então nós vamos. Mas para de me olhar com esse olhinho de cachorro sem dono e vem cá me dar um beijo.
Ai esse beijo que me mata, que me tira o folego e me desperta tantos sentidos e sentimentos, um beijo único e perfeito.
Depois liguei pra Dani confirmando nossa presença na danceteria a noite.
Eu e a Bia tivemos um dia perfeito, saímos pra almoçar no shopping e depois fomos ver um romance no cinema, depois ela foi me ensinar a andar de Skate. Fomos em uma pista que tinha por aqui com alguns garotos andando de skate e quando chegamos ficaram olhando e a Bia foi me mostrar algumas manobras. Ela andava muito bem, metades dos garotos que estavam por ali ficaram de boca aberta e garanto que poucos ali faziam o que a Bia fazia.
Depois ela foi me ensinar, eu era um desastre e mal conseguia ficar em cima do skate, depois de muitas gargalhadas e quase tombos que seriam tragédias se a Bia não tivesse me segurado em todos e consegui descer uma rampinha minúscula, mas que pra mim mais parecia uma montanha gigantesca e a maior manobra já feita na história do skate, comemorei horrores a minha conquista e já cansada do dia maravilhoso fomos pra casa nos arrumar pra noite.
-- Amor, quem vai nessa boate hoje? – Bia
-- Não sei, a Dani não falou nada, mas deve ser só ela mesmo, por que? – eu
-- Nada não.
Depois que a Bia falou isso que eu me toquei que provavelmente a Karol também iria, já que ela e a Dani não se desgrudavam mais. Essa noite não iria acontecer nada, eu só vou la com a minha amiga e a minha namorada dançar e depois vir pra casa.
Quando já estava quase pronta a Dani me ligou.
-- Ja cheguei, estou aqui embaixo. – Dani
-- Ok, já estamos descendo.
Descemos e já avistamos o carro na Dani na frente do prédio. Quando entramos vi o que eu temia, a Karol estava sentada na frente ao lado da Dani.
-- Oi meninas. – eu
-- Nat, você ta um espetáculo. – Dani
-- É verdade, muito gostosa. – Karol
-- Oi. – a Bia disse seca
-- Bia, você ta de mais também heim, vocês vão botar todo mundo no chinelo hoje heim.
-- Oi – Karol
O clima era o mais tenso possível dentro do carro. Ainda bem que a danceteria não era muito longe e chegamos rápido.
Só quando entrei que notei que se tratava de uma boate alternativa. O lugar não estava nem vazio nem lotado, estava bem agradável.
Fomos até o bar, pegamos nossas bebidas e fomos pra pista.
Dançávamos todas juntas e a Karol não parava de me olhar, eu evitava olhar pra ela, mas quando olhava sem querer notava que ela me olhava.
Eu sabia que a Bia não curtia muito essas baladas, mas eu vi que ela estava se esforçando pra me agradar e eu sei que ela notava a Karol me olhando, mas não falou nada.
Depois de algum tempo dançando notei que a Karol não estava mais ali conosco e fiquei mais aliviada. Estávamos eu a Bia e a Dani dançando, a Dani e a Bia conversavam sobre algumas coisas então resolvi ir até bar buscar mais bebida.
-- Eu vou la no bar pegar mais bebidas, vocês querem alguma coisa? – eu
-- Eu quero uma água – Bia
-- Eu também. – Dani
-- Ta bem, já volto. – eu
A caminho do bar resolvi ir até o banheiro dar uma retocada na maquiagem, diferente do esperado pro banheiro de uma boate, estava vazio.
Eu estava retocando a maquiagem quando ouço a porta do banheiro se fechar. Não dei bola e continuei virada pro espelho.
-- Já estava na hora de largar daquela garota né. – Karol
Não gostei do comentário, mas também não queria brigar naquela noite, então só ignorei ela e continuei olhando pro espelho.
-- Vai me ignorar?
Continuei sem falar nada.
Ela foi chegando mais perto.
-- Ontem a noite você não estava me ignorando. – Karol
-- Aquilo foi um erro e não vai mais acontecer. – eu
Ela foi chegando mais perto e se encostou atrás de mim e falou ao meu ouvido:
-- E se eu fizer isso.
Ela apertou meus peitos o que fez com que eu desse involuntariamente um gemid* baixo.
-- Karolina, para. Já falei que não vai mais acontecer. – eu
Em um movimento rápido ela me virou pra frente dela deixando nossos corpos muito próximos e nossas bocas quase se tocando.
Eu tentava sair, mas ela me encostou na pia e me trancou com seus braços.
-- Me deixa em paz garota. – eu
-- O que aquela garota sem graça tem heim? Você não faz o tipo dela, a Dani já me contou suas histórias e eu faço o seu tipo, eu quero sex* e sei que você também quer.
-- Eu tenho a minha namorada e ela é maravilhosa.
-- Você é muita areia pro caminhãozinho dela, garanto que ela não da conta, mas eu posso te dar o que você quer.
Ela nem me deixou falar e avançou contra a minha boca, eu tentei resistir, mas ela tirou força não sei da onde e me segurava firma contra a pia do banheiro. Aos poucos mesmo sem querer fui me entregando ao beijo. Enquanto nos beijávamos ela ia me conduzindo até uma das cabines, ela apertava meus peitos, mordia meus lábios com uma intensidade que já estava me deixando louca. A todo momento eu queria resistir, mas eu não conseguia, acho que os antigos instintos ainda estavam presentes em mim.
Ela foi levantando meu vestido e sem demora me penet*ou e abafando meus gemid*s com um beijo quente. As estocadas iam aumentando, eu puxava seu cabelo, mordia seu pescoço e notamos que alguém tinha entrado no banheiro.
-- Ela não esta aqui também, o que será que aconteceu?
Ouvi a voz da Bia que me soava preocupada e meu coração se foi em pedaços.
-- Calma Bia, não aconteceu nada, ela teve ter ido na rua tomar um ar, vamos la ver. – Dani
Elas saíram e eu já ia saindo da cabine quando a Karol me segurou.
-- Natália, não se engane. Sou eu quem você precisa, deixa aquela idiota.
-- Não fala da Beatriz, ela é perfeita e me ama. Se tem alguma idiota aqui, sou eu.
Sai do banheiro às pressas e fui direto ao bar comprar uma água. Fiquei um tempo ali sentava pensando nas coisas que eu estava fazendo. Como posso ser tão fraca e idiota?
Tenho uma mulher linda ao meu lado, mas não consigo me controlar quando outra vem pra cima de mim.
Estava me sentindo a pior das pessoas e não merecia o amor da Bia, mas meu egoísmo falava mais alto.
Eu precisava da Bia, ela me fazia sentir bem e eu a amava. As lagrimas já rolavam involuntariamente pelo meu rosto e em meio a meus pensamentos a Bia aparece ao meu lado.
-- Nat? – Bia
Só de ouvir sua voz doce e aliviada por me encontrar já que partiu o coração e as lagrimas se intensificaram.
Fim do capítulo
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