Capítulo 38
-- Se for desse jeito, faço questão de fazer sofrer muito antes. – veio me beijando, e dessa vez eu que queria ver ela sofrer.
Inverti as posições e fiquei por cima dela.
-- Aé? Vai pagar então...
A provoquei a ponto dela suplicar e então nos amamos mais uma vez e ficamos namorando até as 20:00 quando a Bia deu um pulo...
-- Nat, temos que nos arrumar, marquei de encontrar com a Camila no bar as 21:00
-- Vixi... Vamos nos atrasar então, sinto lhe informar, mas não sei me arrumar assim rápido.
-- Então coooooorre...
Fomos tomar banho juntas e por mais que eu tenha insistido a Bia não deixou passar de beijos, sabia que se passasse disso a gente não sairia mais de casa naquela noite.
Chegamos no bar as 22:15, atrazadérrimas .
-- Achei que você não viriam mais.
-- Desculpa Camila, perdemos o horário.
-- Não tem problema. – Camila - Natália, que bom vê-la, como esta?
-- Muito bem. Dormi por cinco meses, com um sono de beleza desses qualquer um fica bem. – eu
Todas riram e pude notar a presença de outra pessoa na mesa e me apresentei.
-- Muito prazer, Natália. – eu
-- Nossa, quase me esqueci. Essa é a minha namorada, Renata. – Camila
-- Muito prazer Natália, ouvi muito sobre você. – Renata
-- O prazer é meu, fiquei famosa então? – eu
-- Nem imagina, mas vamos nos sentar e pedir alguma coisa. – Renata
Ficamos conversando e bebendo, a Camila nos contava das grandes aventuras que já tinha passado como médica e nós escutávamos atentas a tudo quando ouço uma voz conhecida:
-- Vocês aqui? – Dani
-- Dani? – as 4 disseram juntas
-- Vocês se conhecem? – perguntei a Camila e a Renata
-- Longa história Natália, acredite se quiser, mas a culpa é sua haha – Camila
-- Gente, que loucura.
Nessa hora a Karol se aproxima da mesa.
-- Oi meninas.
Todas a cumprimentaram, mas Bia fechou a cara na hora.
-- Sentem conosco. – Renata
Isso não vai prestar.
A Karol se sentou ao meu lado para o meu desespero e a raiva da Bia aumentar.
Eu comentei o quanto a Karol estava linda? Estava com um vestidinho branco que realçava suas curvas, os cabelos soltos e uma maquiagem que realçava seus olhos. Mas eu não deveria estar admirando a beleza dela não é? Em fim...
Ficamos conversando por um tempo, estava tudo indo bem e a Bia já tinha tirado a cara fechada.
De repente a Karol virou seu copo com refrigerante na minha blusa.
-- Meu Deus, me desculpa Nat, como eu sou atrapalhada. – Karol
-- Relaxa, acontece. Licença gente, vou ao banheiro. – eu disse indo ao banheiro
-- Eu te ajudo. – a Karol disse me seguindo
Chegamos la e o banheiro estava vazio, comecei a me secar e ela se pronunciou.
-- Deixa que eu limpo, afinal, eu que fiz a cagada.
Eu estava com uma blusa branca degotada e o liquido ia escorrendo pelos meus peitos e a blusa já estava transparente deixando evidente meu sutiã.
Ela ia secando o refrigerante que molhava meus peitos. Confesso que aquilo estava me despertando sensações. Ela olhou em meus olhos e ficamos nos olhando por alguns instantes.
-- Eu to tentando Natália, mas não to mais aguentando segurar – ela foi me empurrando pra uma das cabines.
-- Karol... Melhor a gente voltar.
-- Não da Natália, impossível resistir a você, estou louca pra sentir o gosto da sua boca. – ela veio se aproximando cada vez mais e por mais que eu quisesse eu não conseguia sair dali, aquela garota tinha alguma coisa, ela me dominava de um jeito que eu não conseguia explicar.
Fui sentindo seu hálito quente na minha boca, com uma mão ela segurou na minha cintura e a outra na minha nuca e me puxou para um beijo intenso.
BIA
Desde que a Nat sofreu o acidente a minha vida não foi mais a mesma. Eu passava a maior parte do tempo no hospital com ela, pois queria que quando ela acordasse eu fosse a primeira pessoa que ela visse. Foram 5 longos meses que aconteceram muitas coisas, fato que eu não conseguiria suportar tudo isso sem a Camila que era a médica da Nat. Ela é incrível, atenciosa, delicada, inteligente, sem contar que é linda. Desde o começo eu notei que ela dava em cima de mim, mas eu fingia que não sabia o que estava acontecendo, eu não podia me distrair e mesmo a Nat tenha terminado comigo na noite antes do acidente eu me sentiria traindo ela. Com toda aquela atenção e carinho que ela estava me dando eu já sentia algo diferente por ela, se eu não amasse a Nat com certeza a Camila seria a pessoa perfeita. Um dia ela se declarou, falou com todas as letras que me amava, eu fiquei feliz e triste em saber disso. Feliz por saber que ela tinha esse sentimento tão puro dentro dela para mim e triste por não poder retribuir, por mais que ela merecesse.
No dia que iria desligar os aparelhos da Nat eu não conseguia acreditar que tudo terminaria assim, meses de desespero e luta para ela acordar e então, tudo acaba. Naquela noite não dormi, passei a noite chorando e lembrando dos momentos que passei com a Nat, momentos bons, mas a cena que ela dizia que nunc amais queria me ver sempre vinha em minha cabeça e me quebrava por dentro por saber que eu iria perder a Nat e ela me odiava e eu nem tive a chance de tentar mudar as coisas.
O dia chegou e ao meio dia desligaram os aparelhos, eu sentia como se fosse a minha vida que estivesse sendo levada, abracei ela e gritava seu nome tentando trazê-la de volta pra mim e de repente aquela aparelho começa a apitar e ela fala quase sem voz o meu nome. Foi uma sensação surreal, eu não estava acreditando, na verdade ninguém ali naquela sala estava acreditando. Ela estava vida. Depois de muitos exames e mais alguns dias no hospital ela foi pra casa. Eu e a Dani ficávamos revezando pra ficarmos com a Nat, ela estava fraca e depois de 5 meses em uma cama tinha algumas dificuldades.
Depois as aulas começaram e eu voltei pra minha e a Nat pra dela. Em um dia eu iria almoçar com ela quando ela me liga dizendo que iriamos pra casa dela e a Dani e uma tal deu Karol iria também, não liguei muito e fui pra casa dela.
O que me surpreendeu mesmo foi chegar na cozinha e ver uma garota quase beijando a Nat. Eu senti um ódio tão grande mas só me limitei em perguntar de eu estava atrapalhando elas. A Nat parecia assustada e veio logo pra perto de mim.
Almoçamos em um clima bem tenso, eu não fui com a cara dessa garota e tinha meus motivos né? E ela ficava olhando o tempo todo pra Nat, aff.
Depois do almoço fomos pra piscina e eu fiquei em um canto com a Nat e as duas no outro. Fui tirar satisfação do que tinha acontecido na cozinha quando cheguei, mas acho que exagerei falando que a Nat estava me traindo por não aguentar ficar sem sex*. Ela ficou chateada e saiu da piscina. Eu fui atrás dela, mas ela se trancou no banheiro. Fui até a cozinha beber um copo d’água e a Karol aparece por la.
-- O que houve com a Nat? – Karol
-- Nada. – eu
-- Hei, sobre aquilo quando você chegou, desculpa, eu não sabia que ela namorava. – Karol
-- Hum. – eu
-- Se bem que ela também não parecia ter namorada por que estava gostando. – Karol
Genteee, alguém me segura!
-- Olha só, não me importa o que você me diga, eu conversei com ela e sei que ela me ama e se aquilo aconteceu foi por fraqueza dela, e na verdade não aconteceu nada, então se toca. – eu
-- Não aconteceu nada por que você chegou. – Karol
-- O que você esta querendo com isso heim? – eu
-- O mesmo que você. – Karol
-- Então desista e fique longe da Natália. – eu
-- E se eu não ficar, você vai fazer o que? – Karol
-- Você acha que eu estou te ameaçando? Não vou descer ao seu nível garota, eu estou sendo educada e pedindo pra você ficar longe dela, por que se você quer competir comigo pra ver quem fica com a Natália é por que você é muito idiota e infantil, ela é minha namorada, eu a amo e ela me ama, então cresce e fica longe dela. – eu
-- Vamos ver quem ganha então. – ela disse indo em direção da piscina
Ela realmente tinha me tirado do sério e tudo que ela falou me fez pensar, mas eu já tinha brigado com a Nat por não acreditar nela e ela tem mostrado que me ama e eu tenho que acreditar nela quando ela me diz que não aconteceu nada entre elas.
Resolvi ir pra casa pra não ter que ficar olhando pra cara dessa garota, deixei uma mensagem no celular na Nat e fui embora.
No outro dia fui na casa dela me surpreendi quando cheguei. Havia um caminho de rosas e alguns bilhetes espalhados pela casa até chegar na cama da Nat. Ela nunca tinha feito nada assim pra mim, e me emocionei, ela me abraçou e então disse 3 palavras que eu nunca tinha ouvido da boca da Nat e que entraram pelos meus ouvidos como se fosse o som mais lindo do mundo. “Eu te amo”.
Naquela noite eu não tive duvidas, a Nat era a pessoa perfeita pra mim, que eu amava e que me amava também, então não tive duvidas, era pra ela que eu iria me entregar.
Ela foi perfeita, toda atenciosa e me beijava com um carinho inigualável, fizemos amor naquela noite e meu amor por ela se intensificava a cada dia mais.
Os dias seguintes não poderiam ser melhores, ela estava a cada dia mais atenciosa e carinhosa comigo, me sentia nas nuvens a cada beijo que dávamos.
Um dia recebo uma ligação que me surpreendeu.
-- Camila? Quanto tempo. – eu
-- Pois é, você some e não me da mais noticias, como você esta? – Camila
-- Muito bem e você? - eu
-- Muito bem também. Então, quando você vai me dar o prazer de te ver de novo?
-- oraas, quando você quiser.
-- Ok, fim de semana?
-- Perfeito, posso levar a Nat?
-- Claro, vou levar a Renata então.
-- Ta namorando Dra?
-- rsrs to sim.
-- Fico feliz por você, vou conversar com a Nat então e nos encontramos sábado as 21:00 no bar perto do hospital, pode ser?
-- Sim senhora, estaremos la.
-- Até mais então, beeijos.
-- Até, beijos.
Fiquei feliz em conversar com a Camila, ela me acalmava me trazia paz e segurança. O resto da semana passou tranquilamente e no sábado fomos para o bar, claro que chegamos atrasadas por que a Nat não sabe se arrumar em menos de 2 horas.
A noite estava muito divertida, o lugar era ótimo e então a Dani a aprece la e logo depois a Karol ¬¬
Fechei a cara na hora, não estava gostando nada dela ali, era pra ser uma noite agradável, mas ela estava estragando tudo.
Eu estava conversando com a Camila e quando vejo a Nat estava toda molhada de refrigerante que a Karol tinha virado “sem querer” nela. As duas foram pro banheiro pra Nat se secar e eu fiquei conversando com a Camila enquanto a Renata falava com a Dani.
-- Quem é essa garota? – Camila
-- É uma garota que estuda com a Nat. – eu
-- E você não vai com a cara dela né?
-- Como você sabe?
-- Da pra ver que seu olhar mudou quando ela chegou.
-- Pois é, no dia que eu conheci ela, ela estava quase, mas quase beijando a Nat. Acho que se eu não tivesse chegado naquela hora elas teriam se beijado.
-- Você acha que a Natalia faria isso?
-- Não. Quer dizer, não sei. Eu confio nela, mas é que não foi fácil ver aquela cena sabe.
-- Imagino.
E nesse mesmo dia eu discuti com a Nat e depois essa garota veio falar varias coisas pra mim, que a Nat estava gostando dela quase ter a beijado, ai eu fiquei confusa.
-- E você vai acreditar nela ou na Natália?
-- Na Nat, mas eu tenho medo. Eu sei como a Nat era antes e ela pode ter uma recaída.
-- Ela seria muito burra se te traísse, ter uma pessoa tão maravilhosa como você e deixar isso por causa de uma qualquer é burrice.
-- Todo mundo podia ser como você né? Você é tão fofa.
-- haha é que são poucos que merecem alguém como você, e quem tem essa sorte tem que saber cuidar.
-- haha boba
Fim do capítulo
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