Capítulo 6
Na segunda-feira, quando as primeiras luzes da manhã começaram a entrar pela janela do nosso quarto, acordamos abraçadas, coladas, pele com pele e fizemos amor novamente antes de levantarmos.
- Bom dia meu amor (falei risonha).
- Bom dia! E nosso dia começou muito bem (falou feliz).
- Podemos tomar café da manhã em uma padaria? Assim temos tempo de tomar banho juntas.
- Eu topo (respondeu ela já me puxando para o banheiro).
Namoramos mais um pouco embaixo do chuveiro, depois nos arrumamos e seguimos para uma padaria próxima da empresa.
-Pilar, almoça comigo? (pedi).
- Uau, estou amando esta nova Rúbia (brincou surpresa).
- Eu já estou almoçando fora da empresa têm uns dias.
- Aposto que isso é coisa da Dona Duda, amo essa minha sogrinha.
- Foi ela mesma (confirmei rindo).
- Então ao meio dia te encontro na recepção.
- Combinadas!
Depois do café da manhã, seguimos para nossas salas, o trabalho foi árduo naquela manhã e conforme o combinado fomos almoçar juntas.
- Eu ainda nem acredito que estamos indo almoçar juntas, que alegria!
- Pilar, eu já estava com saudades (falei roubando um selinho dela).
- Rúbia, depois de tantas novas atitudes lindas, se eu não fosse apaixonada por você, certeza que estaria de quatro por ti.
- Que tal mais tarde você ficar nesta posição hein
- Ai que danada! (galhofou).
Após o almoço, acompanhei minha mulher até a empresa.
- Amor, eu não vou entrar agora, tenho terapia (avisei).
- As sessões estão te ajudando muito né
- Estão sim e eu tenho terapia segunda e quarta.
- Entendi. Meu bem, saiba que quando quiser eu posso te acompanhar viu e também se sua psicóloga sugerir terapia de casal, também estou a disposição.
- Você é mesmo um anjo, obrigada!
- Até mais tarde!
- Bom trabalho e até!
Nos despedimos com beijos, Pilar entrou e eu fui para a clínica. A sessão foi muito boa, desta vez eu não chorei, pelo contrário, eu estava muito feliz, contei sobre os últimos acontecimentos e felizmente meus avanços estavam sendo positivos.
Voltei para o trabalho e no final da tarde Pilar foi até a minha sala.
- Rúbia, com licença, posso entrar?
- Pilar, claro que pode. Tudo bem?
-Tudo sim e contigo?
- Bem também. O que devo a honra da visita?
- Eu já terminei meu expediente e é, então, talvez...
- Ei amor, pode falar, algum problema?
- Você vai demorar? Digo, eu já vou indo embora.
- Só vou desligar meu computador e também já vou embora princesa.
Ela abriu um sorriso lindo e deixamos a sala juntas. Chegamos em casa rapidamente, trocamos de roupa e fizemos alguns exercícios.
- Amor, você vai querer jantar? (Pilar perguntou quando estávamos indo tomar banho).
- Não. Acho que vou fazer uma vitamina e você?
- Vou querer tomar vitamina com você.
Nós duas tomamos um banho rápido. Enquanto eu preparava a vitamina, Pilar estava checando o que precisávamos comprar no mercado.
- Prontinho! (falei servindo para ela).
- Muito bom! (falou depois de tomar um gole).
- Quer mais açúcar?
- Não, esta ótima.
Tomamos tudo e subimos para o nosso quarto. Eu até pensei em checar meu e-mail e fechar algum relatório, mas acabei me policiando e achei melhor evitar.
- Rúbia, você quer mesmo me ver naquela posição? (perguntou toda sensual enquanto tirava a colcha da cama).
- Pilar. Quero muito (respondi e em seguida comecei a beija-la).
Eu fui a empurrando devagar com a mão na sua cintura até a cama, começamos a retirar nossas roupas e eu fiquei boquiaberta quando ela se posicionou de quatro. Eu comecei tocando aos poucos o clit*ris dela e os grandes lábios, minha amada gemia baixinho. Notei que ela estava bem molhada, então introduzi nela dois dedos, no movimento vai e vem, fiz alguns movimentos intensos e logo ela gozou. Nem esperei ela se recuperar e comecei a ch*pa-la, desta vez eu também g*zei, o sabor dela é delicioso e embriagador.
Naquela noite fizemos sex* e amor por um bom tempo, novamente dormirmos felizes e juntinhas.
A semana transcorreu muito bem, eu e Pilar estávamos em clima de lua de mel, no final de semana combinamos de sair com algumas amigas e fomos a um barzinho LGBT no sábado, o passeio foi bem divertido, já no domingo voltamos a almoçar com meus pais, desta vez numa churrascaria.
Após o almoço, minha querida mãe fez um comentário um pouco indigesto, que acabou abalando a Pilar.
- Minhas filhas e quando vocês nos darão netos? Já estamos passando da idade, não é mesmo Rubens?
- Maria Eduarda, verdade você tem razão (concordou meu pai).
No mesmo instante minha mulher ficou me olhando esperando alguma atitude da minha parte.
- Deixa disso vocês dois, somos novas e vocês dois também estão novos para serem avôs (tentei minimizar brincando).
- Nós somos dois cinquentões filha (destacou minha mãe).
- E nossos amigos estão cheios de netos (lamentou papai para o meu desespero).
- Com licença, vou ao banheiro (falou Pilar, deixando a mesa).
E eu não sabia o que fazer, pensei em ir atrás dela, mas acabei desistindo.
- Mãe e pai, por favor, sem pressão, ok?
- Mas qual o problema, vocês não pretendem ter filhos ou adotar? (questionou meu pai).
- Vamos mudar de assunto, daqui a pouco a Pilar volta (tentei desconversar). Mãe, como está o projeto social? (perguntei sobre a atividade que ela faz financiada pela empresa em uma ONG).
- Você tentando mudar de assunto é um fracasso Rúbia (alfinetou antes de começar a narrar sobre o projeto).
Para minha sorte minha mãe adorava comentar sobre suas atividades e quando Pilar retornou dona Maria Eduarda ainda falava toda animada.
Um tempo depois, nos despedimos dos meus pais e deixamos a churrascaria. Já dentro do carro, Pilar estava muda, ficou o tempo todo encostada no banco de olhos fechados e quando chegamos em casa ela foi direto para o quarto em absoluto silêncio. Quando entrei no quarto ela mexia no guarda-roupa.
- Amor, tudo bem? Você esta tão quieta (falei tentando puxar assunto).
- E você sabe muito bem o motivo (respondeu ríspida).
- Deixa isso pra lá, meus pais estavam apenas brincando (disse sem perceber que eu estava piorando a situação).
- Rúbia, eu estou cansada da sua apatia e eu achei que você queria mudar, doce ilusão a minha (falou chorando antes de sair do quarto em direção ao banheiro).
Eu fiquei muito chateada por vê-la chorando, estávamos tão bem e eu acabei repetindo o mesmo erro. Tentei entrar no banheiro, porém ela tinha trancado a porta, permaneci no quarto aguardando ela sair.
Uns quarenta minutos depois ela voltou para o quarto e estava visivelmente triste.
- Pilar, em momento algum quero que você se sinta iludida com relação as minhas atitudes, eu te amo e não quero te ver triste.
- Rúbia, você sabe que eu sempre sonhei em ser mãe (falou voltando a chorar).
- Nós já conversamos sobre isso, ainda é cedo... (relutei e ela me interrompeu).
- Você e suas desculpas, nós já temos estabilidade financeira e eu não falo isso por conta da sua empresa e sim por conta dos nossos trabalhos, eu tenho economias suficientes para uma inseminação.
- Amor, você esta nervosa, melhor conversarmos sobre isso depois.
- Sempre você quer deixar para depois e eu estou cansada disso.
- Calma, por favor!
- E você ainda quer que eu tenha mais calma? (gritou).
- Eu tenho medo, eu não sei como seria, fico apavorada toda vez que você começa a falar sobre e eu não sei o que te dizer (desta vez eu comecei a chorar e comecei a confessar minhas inseguranças).
Ficamos um bom tempo sem dizer nada e nós duas chorávamos angustiadas.
- Posso te abraçar? (implorei).
- Claro! (ela respondeu de braços abertos).
- Eu me sinto tão protegida quando estou nos seus braços (revelei ainda chorando).
- Eu também me sinto protegida contigo (ela disse toda carinhosa).
Aos poucos fui me acalmando e ela também já estava mais calma.
- Pilar...
- Oi!
- Você não tem medo?
- Sim, tenho medo de nunca conseguir realizar este meu sonho. Sou tão feliz profissionalmente, sei que você é a mulher da minha vida, nosso amor me motiva e eu sempre sonhei em ser mãe.
- Adotar você nunca pensou (perguntei com curiosidade).
- Inicialmente não, eu quero mesmo gerar, sentir tudo, vivenciar todo o processo, é uma experiência única e até me imagino gestante.
- Amor, me acompanha na terapia amanhã? (falei com certo receio).
- Sim! Claro que eu vou. Você quer tentar superar este medo?
- A terapia tem me auxiliado tanto, eu só te peço um pouco mais de paciência.
- Serei paciente e faremos terapia juntas. Me desculpa por ter gritado contigo?!
- Não precisa pedir desculpas. Eu te amo!
- Eu também te amo! Vamos assistir um filminho?
- Vamos sim, só preciso lavar meu rosto.
- Vou estourar pipoca (avisou saindo do quarto).
Nós duas assistimos um filme de ação, comemos pipocas e no final da tarde nos exercitamos.
- Que tal um fast-food? (sugeri).
- Pode ser.
- Delivery ou drive-in?
Ela não respondeu, ficou pensando e começou a dar risada.
- Pilar?
- Eu sou uma boba, pensei besteira, pode ser delivery.
- O que pensou? (perguntei toda curiosa).
- Dia desses te conto, mas hoje não e nem insista (respondeu fazendo suspense).
No final daquele domingo nós lanchamos, tomamos banho juntas e estávamos nos acertando aos poucos.
Fim do capítulo
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Lea
Em: 28/07/2022
Essa situação sobre filhos tem que ser bem conversada. Uma quer a outra não,aí complica. Mas estão reaprendendo a os valores de família,creio que com a terapia a Rúbia irá ceder,e vai ser uma mãezona juntamente com a esposa.
Espero que a Pilar tenha condições de gerar,e se não que venha uma adoção cheio de amor!
Pelo o que parece,gerar está fora de cogitação para Rúbia .
Lea
Em: 28/07/2022
Essa situação sobre filhos tem que ser bem conversada. Uma quer a outra não,aí complica. Mas estão reaprendendo a os valores de família,creio que com a terapia a Rúbia irá ceder,e vai ser uma mãezona juntamente com a esposa.
Espero que a Pilar tenha condições de gerar,e se não que venha uma adoção cheio de amor!
Pelo o que parece,gerar está fora de cogitação para Rúbia .
Resposta do autor:
Verdade, quando existe incompatibilidades nas vontades é osso
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rhina
Em: 30/07/2016
Olá.
O amor quando é sincero e verdadeiro não se perde... renasce.
Sem orgulho.... e sim com cumplicidade e confiança.
Elas estão crescendo juntas como casal. Acertando as arestas.
Tudo fica melhor.
Beijos.
Rhina.
Resposta do autor:
Olá!
Rhina, exatamente e com os 4 C's: Cuidado, Carinho, Cumplicidade e Companheirismo, o Amor floresce =D
Beijos e abraços, May.
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Mille
Em: 18/05/2016
Assunto filhos para Rubia e meio preocupante mais ela tem que conversar com a Pilae demostrar o que sente e juntas procurar solucionar o problema não pode é "empurrar com a barriga" para amanhã ou depois. A terapia irá ajudar muito elas.
Bjus
Resposta do autor em 18/05/2016:
Querida Mille, obrigada por sua habitual companhia. Beijos e abraços, May.
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wood
Em: 18/05/2016
Será que vai pintar um bebezinho na vida desse lindo casal autora?Adorando ler sua estória 😚
Resposta do autor em 18/05/2016:
Será? Rs
Se depender da Rúbia acho não. Se depender da Pilar, ela já estaria com o baby nos braços rs
E eu estou adorando todos os comentários \o/
Beijos e abraços, May
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