Aos beijos deixamos a sala e subimos para o nosso quarto, acredito que estávamos com abstinência de beijos e trocamos inúmeros.

A sensação foi maravilhosa e comecei a recordar nossos primeiros anos de namoro, nosso primeiro beijo foi no cinema, em um feriado estávamos assistindo uma comédia romântica, daquelas bem açucaradas e a Pilar me surpreendeu com um selinho, em seguida intensificamos o beijo e foi simplesmente delicioso. Nossos lábios se completam perfeitamente. Trocamos outros tantos beijos, a maioria das vezes no meu quarto ou na faculdade, durante alguns intervalos dos nossos estudos.

Voltando aos tempos atuais, quando deitamos na nossa cama ainda estávamos nos beijando e eu notei que Pilar estava muito cansada, ela tinha retornado de viagem naquele dia, fiz cafuné nela, que sempre gostou deste tipo de carinho e logo ela adormeceu.

Eu fiquei admirando seu belo semblante e para o meu contentamento ela estava serena e feliz, há muito tempo eu não observava minha amada com tanto carinho.

Demorei um pouco para dormir e eu me sentia bem mais leve depois da conversa que tivemos, fui sincera e tudo que eu mais quero é que a paz, o amor, a amizade e a união voltem a prevalecer no nosso relacionamento.

No dia seguinte acordei bem cedo e ao invés de malhar preparei nosso café da manhã, fiz suco de laranja, assei pães de queijo, aqueci a torta que eu tinha preparado no dia anterior, esquentei leite e também lavei algumas frutas para nós.  Quando retornei para o quarto segurando a bandeja, minha amada abria os olhos e espreguiçava.

- Bom dia! Dormiu bem? (perguntei sorrindo).

- Bom dia! Sim, muito bem e você?

- Eu também e em excelente companhia. A senhora aceita o desjejum que preparei?

- Rúbia, você preparou o café da manhã, quanta gentileza!

- Você merece e é sempre você que prepara, quis fazer diferente.

- Estou gostando muito de ser surpreendida por você meu bem (disse alegre).

Comemos juntas e ficamos na cama por um bom tempo curtindo a preguiça matinal dominical.

- Já fez ginástica? Não ouvi o barulho do chuveiro.

- Hoje não fiz e quero me habituar a fazer à tarde contigo, assim ficamos mais tempo juntas.

- Se você não se acostumar eu posso tentar fazer de manhã contigo.

- Obrigada! Hoje, podemos almoçar na casa dos meus pais?

- Claro! Vou adorar.

- Vou ligar para sua sogra então.

- E eu vou escovar meus dentes (falou levantando).

Liguei para minha mãe que adorou e prometeu um almoço delicioso. Minutos depois Pilar voltou para a cama e ficamos deitadas por um bom tempo ouvindo música, posteriormente nos arrumamos e seguimos para a casa dos meus pais. Ela estava linda e usava um macacão florido. Eu optei por usar bermuda e regata.

No trajeto ouvimos rádio e ela admirava a paisagem. Logo que chegamos papai abriu o portão.

- Minhas filhas entrem e fico muito feliz em recebê-las (disse meu pai enquanto abria a porta).

- Rubens, boa tarde! (falou Pilar enquanto o abraçava).

- Pai, boa tarde! Tudo bem? Nossa que cheiro bom.

- Filha tudo sim e sua mãe caprichou, ficou toda feliz depois que recebeu sua ligação, preparou tanta coisa gostosa que eu não via a hora da chegada de vocês.

- Homem não exagere. Pilar, quanto tempo, tudo bem?

- Dona Duda, bastante tempo mesmo, estou bem e a senhora?

- Bem também minha querida, me dê um abraço!

As duas sempre foram bem próximas, pareciam mãe e filha. Eu adoro o carinho que existe entre elas.

- Filhota, boa tarde! Tudo certo?

- Sim, felizmente.

- Agora você esta mais tranquila com o retorno dela?

- Claro e muito feliz.

- Vocês duas se acertaram?

- Sim! (respondemos juntas).

- Graças a Deus e ainda estão em sintonia, que lindas (analisou minha mãe toda sorridente).

Pilar entregou os presentes da viagem para os meus pais que adoraram tudo, nós quatro almoçamos, minha mãe tinha preparado um delicioso nhoque e tinham tantas sobremesas que ficamos até perdidas, não sabíamos qual deveríamos comer primeiro. À tarde de domingo foi bem agradável em família e no final do dia resolvemos voltar para casa.

- Amor, posso dirigir? Estou com saudades e hoje à cidade esta tão sossegada (pediu Pilar).

- Claro que pode (respondi entregando a chave para ela).

- Amei o almoço com seus pais, eles são uns amores.

- Eles gostam muito de você.

- E eu deles, admiro muito os dois. Eles são casados há quanto tempo?

- Quase uns trinta anos.

- Será que a gente chega lá (questionou apreensiva).

- Se depender de mim vamos ultrapassa-los.

- Que assim seja! (afirmou esperançosa).

Chegamos em casa e decidimos fazer ginástica, Pilar reclamou que nas férias mal se exercitou, malhamos um pouco e tomei a liberdade de pedir:

- Amor, toma banho comigo?

- Claro!

- Aposto que nosso banho será delicioso.

- Já tem anos que não tomamos mais banho juntas.

- Lembro que você me chamava, mas eu sempre arrumava uma desculpa e nossos horários também não batiam.

- Verdade. Depois de tanto tempo fico até tímida (falou com certa vergonha).

- Você fica ainda mais sexy quando esta tímida (mexi com ela).

Subimos para o quarto e entre beijos começamos a tirar nossas roupas, estávamos suadas e precisávamos de um bom banho com urgência. Tomamos um delicioso banho juntas, eu a ajudei a se ensaboar, esfreguei suas costas e ela fez o mesmo comigo.

Em seguida nos secamos e eu não deixei ela se trocar, a deitei com cuidado na cama e passei a beijar cada parte do corpo dela, enquanto minha morena suspirava demonstrando muito desejo.

- Amada, faz amor comigo? (pedi sussurrando em seu ouvido).

- Sim! (ela respondeu arranhando as minhas costas).

Nós fizemos amor devagarinho, com muita delicadeza e carinho. A paixão que sentimos percorria nossos corpos e nos arrepiava, foi tão embriagante, inebriante e fascinante. Ela gemia bastante e eu queria que aquele ato de fazer amor durasse para sempre, a beijei diversas vezes, sussurramos inúmeras palavras amorosas e passamos horas nos curtindo. Ficamos deitadas de conchinha, algo que nem lembro quando o fizemos pela última vez, exaustas de fazer amor adormecemos juntinhas.

Fim do capítulo