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O dia por thays_

Ver comentários: 8

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Palavras: 3201
Acessos: 2902   |  Postado em: 00/00/0000

Notas iniciais:

* Esse capítulo contém cenas de tortura.

Capítulo 17 - A Evasão

 

 

Mal dormiu naquela noite, estava em um misto de desespero, culpa e raiva. Será que aquilo poderia ter sido evitado? Será que se tivesse sido mais rápida eles não teriam aparecido? De qualquer maneira, ainda bem que estava sozinha, se Caroline estivesse com ela naquele momento… Suspirou, sentindo aquela dor dilacerando seu peito. Só de imaginar Roberta encostando um dedo se quer em Carol sua vontade de acabar com aquela mulher ruiva só se intensificava. Precisava achar um jeito de sair daquele lugar e voltar para casa. Sua enfermeira deveria estar pensando que ela tinha morrido e que tinha virado um deles. Ou pior, que a tinha abandonado.

Ela não merece passar por isso novamente.

Azizah já tinha chorado até não poder mais, não lhe restavam mais lágrimas, apenas aquela dor sufocante de estar à mercê daqueles estranhos, e pior ainda, de Roberta. E se eu morrer aqui? Como Caroline vai seguir sozinha? Não tinha se quer tocado no prato de comida, nem no remédio que Alfredo lhe deu. Deitada em posição fetal na cama, via o sol nascer pela janela. A noite já tinha chegado ao fim e logo começou a ouvir barulhos no andar de baixo. Estava desacordada quando chegou até ali, mas a casa parecia ser grande para conseguir abrigar a todas aquelas pessoas.

Levantou-se e caminhou até a janela, viu alguns mantimentos sendo descarregados do furgão, talvez ainda do dia anterior. Ela teve muito azar. Não entendia porque aquilo tinha que ter acontecido. Olhou para os muros de madeira, eram seguros por estacas cravadas no chão. O pátio era grande, contou quinze pessoas do lado de fora. Quem eram elas? Será que eram parentes ou amigos antes do Dia? Ou o apocalipse que as uniu? Eram apenas pessoas, quem sabe tão desesperadas quanto Azizah e Caroline, apenas buscando sua sobrevivência como Alfredo comentou. Ela ficou observando o local durante um tempo, não havia guaritas, talvez conseguisse fugir quando ninguém estivesse olhando. Talvez durante a noite. Mas como ia sair daquele maldito quarto?

Sentou-se no chão de madeira, sentindo o sol quente em seu rosto e foi acompanhando ele se recuar no piso do quarto conforme as horas se arrastavam. Havia um vazio enorme dentro dela, um desespero sem medida. Rezou todas as orações que conhecia, pedindo a Deus uma chance de sair dali. Pensou estar sendo punida por ter matado seu padrasto. Será que isso era possível?

A porta se abriu nesse exato momento e ela deu um pulo. A ruiva entrou. Estava sozinha, mas imaginava que o grandalhão estaria do lado de fora a esperando.

- Bom dia, A. - Ela disse em um tom falso de cordialidade. Aproximou-se dela, Azizah rastejou para trás. Sentiu a mão fria de Roberta segurando seu queixo, virando seu rosto. – Pelo visto Alfredo de um jeito em você, aquele pamonha. – Afastou-se e olhou em volta. Avistou o prato de comida intacto. - O menu não foi de seu agrado? – Levantou o tom de voz nesse momento – Saiba que aqui não desperdiçamos o menor grão de comida, temos muitas bocas pra alimentar. Até comer essa, não vou mandar trazer mais nada pra você.

- Tanto faz. - Azizah deu de ombros, fazendo a outra se aborrecer.

- Gustavo! - Ela gritou, olhando ainda para a mulher sentada no chão. A porta se abriu. - Amarre-a na cadeira. Vou brincar um pouco com ela. - Ordenou.

Azizah levantou-se do chão rapidamente após ouvir aquela última frase. Puta que o pariu. Olhou em volta. Não havia nada para se defender, não havia nenhum lugar para correr. Fugiu para o banheiro e trancou-se. Ouviu as batidas fortes de Gustavo tentando arrombá-la. Abriu a porta do armarinho e arrancou-a da base junto com o espelho. Um tiro arrombou a fechadura e o grandalhão surgiu, no mesmo instante foi recebido por um espelho sendo espatifado em seu rosto. Ele levou as mãos aos olhos, xingando, ela o empurrou abrindo espaço e saiu do banheiro, trombando seu corpo contra o da ruiva que atingiu o chão.

Azizah saiu em disparada pela porta, não sabia para onde estava correndo, só precisava correr. Seguiu pelo corredor vazio até alcançar as escadas, viu a porta da frente aberta e saltou os degraus o mais rápido que pode. Ao chegar ao quintal, viu o portão de entrada coberto por placas de madeira, correu em direção a ele, mesmo sabendo que poderia estar trancado, que seria inútil, só precisava fazer alguma coisa, qualquer coisa. Trombou com os moradores que olhavam a cena assustados e logo foi capturada por um homem alto, tão forte quando Gustavo. Ela olhou em seus olhos, chorando, se debatendo, sentindo seus ombros serem esmagados por aquelas mãos grandes.

- Por favor, me deixe ir, por favor, não me entregue a ela, eu não quero morrer... por favor... – As lágrimas escorriam em abundância por seu rosto. Remexia-se querendo se soltar, mas logo mais dois homens ajudaram a imobilizá-la.

- Essa cabritinha pula hein, Betão? – O mais velho riu.

- Deve estar no cio. – Ouviu uma voz grave atrás de si seguida de muitas risadas masculinas. Olhou em volta e reparou que havia um número alto de homens e quase nenhuma mulher presente. Onde elas estariam? Seu medo aumentou mais ainda. Seu olhar encontrou-se com o de Gustavo, cujo rosto sangrava, ele a fuzilava. Se não for Roberta, ele quem vai acabar comigo. Não conseguia parar de chorar. Aquela sensação lhe era conhecida. Estar daquele jeito, indefesa, sem poder reagir. Tinha sido apresentada àquele tipo de desespero com Carlos e agora parecia que ele ainda estava vivo, olhando-a no meio dos outros Invasores com um sorriso sádico no rosto.

Sem escolhas, foi carregada de volta para o quarto. Com cordas ela foi presa a uma cadeira, os braços amarrados no encosto de mão, tal como os tornozelos, deixando-a imóvel. Ela se sentia fraca, sem vida, desolada, seu corpo inteiro doía e tinha vontade de vomitar. A ruiva sentou-se na cama após fechar a porta. Cruzou as pernas e tirou um maço de cigarros do bolso da jaqueta preta de couro, pousou um em seus lábios e acendeu.

- Eu sou uma pessoa bem teimosa, como já deve ter percebido. - Ela soltou a fumaça do cigarro lentamente a observando - Eu só vou sossegar quando descobrir a verdade. Te matar seria muito fácil, mas você tem informações e eu as quero. Eu preciso saber onde seu grupo se esconde e eu vou descobrir.

- Eu já te disse, eu não tenho um grupo.

- E aquele tanto de comida? – Ela levantou o tom de voz. - Você acha que tenho cara de idiota?

Tenho certeza.

Azizah ficou em silêncio de cabeça baixa, não seria louca de falar seus pensamentos. Sentiu o líquido biliar queimando sua garganta, virou o rosto para o lado, mas o vômito atingiu uma parte de sua camiseta. Ela estava imunda. Estava muito cansada. Tornou a chorar, se bem que até então não tinha parado.

- Deixa eu te ensinar uma coisa. – Ela levou o cigarro aos lábios. – Você nunca pode demonstrar fraqueza pro seu inimigo. Eu sou seu inimigo e sinto te dizer, mas você é uma pessoa muito, mas muito fraca. Olha seu estado, A., é deplorável. Eu demorei muito tempo pra esses caras me respeitarem depois que meu marido morreu, mas agora todos eles me temem. Você acha que eu demonstro fraqueza pra eles? O dia que eu demonstrar, eles vão acabar comigo.

- Por favor, me deixe ir embora. – Azizah soluçava. Roberta se levantou da cama lentamente.

- Por que precisa ir já que é sozinha? Não está gostando da sua recepção?

- Por favor...

Ela colocou o cigarro na boca de Azizah.

- Trague.

Azizah o fez.

- Eu gostei de você, A, de verdade, poderíamos ter sido boas amigas em outras circunstâncias, por isso eu vou te deixar ir embora se colaborar comigo, você só precisa me dizer aonde vocês moram, eles nunca vão descobrir que você os entregou.

- Pela última vez, eu estou sozinha! – Ela gritou e sentiu um tapa em seu rosto.

- Onde está seu grupo?!

- Você é surda?! – Azizah brandiu.

Levou um murro no nariz e doeu tanto que parecia ter sido quebrado.

- Vai continuar mentindo pra mim?

Ela não conseguia falar, estava doendo muito, tudo doía.

- Responde!

- Eu estou falando a verdade! Eu estou sozinha! - As lágrimas corriam loucamente. A ruiva deu mais uma tragada no cigarro e olhou nos olhos de Azizah, levou o filtro lentamente em direção as costas de sua mão. Ela começou a se debater, tentando se soltar.

- NÃO! - Urrou ao sentir sua carne sendo queimada pelo cigarro até apagá-lo totalmente, depois levou mais um soco no rosto. Roberta parecia furiosa por não estar conseguindo o que queria. Pegou uma faca de seu tornozelo, roçando levemente em seus dedos, como se fosse cortá-los, um por um. A faca estava afiada e o simples encostar já lhe tirou sangue.

- Eu quero a verdade!

- Eu venho de Ilha Bela! – Azizah gritou por fim. A ruiva parou totalmente o que estava fazendo e a olhou compenetrada, prestando atenção em suas palavras. – Eu vim atrás de mantimentos pra eles, por isso eram tantos. Eu tenho vivido lá desde o começo. - Azizah tentava soar convincente, mas ao pensar em Carol nem precisava se esforçar, principalmente ao dizer aquelas ultimas palavras. – Eu menti pra você não ir atrás deles. Por favor, não vá atrás deles, eles são minha única família.

- Típico, como não imaginei que você não vinha de lá?

A ruiva pareceu acreditar e um fio de esperança brotou no coração de Azizah.

- Gustavo! - Roberta gritou e ele entrou na sala dentro de segundos. A aflição tomou conta dela novamente.

- Fala, Betão.

- Nossa amiga A. tá dizendo que vem de Ilha dos Ursinhos Carinhosos. – Olhou pra ele – Você já a viu por lá antes de ir embora?

- Negativo.

Ele tinha vindo de Ilha Bela? Como assim? Betão lhe deu outro soco no rosto. Azizah mal podia enxergar de tanta dor que sentia. Cuspiu sangue no chão. Quando, por Deus, aquilo iria acabar?

- Essa função é específica para os militares, estou correta?

- Positivo.

Ela lhe acertou outro soco no estômago. A cabeça da tatuada pendia para baixo, a dor era insuportável, chorava de desespero.

- Ela mentiu pra mim novamente, não é verdade?

- Positivo.

- Eu te dei chances, inúmeras, mas você desperdiçou todas elas. - Olhou para Gustavo - Leve-a para o porão. Deixe-a lá até morrer, sem água e sem comida. Não deixe o idiota do Alfredo a ver.

Azizah gritava por dentro, mas não tinha forças para dizer uma só palavra, só conseguia chorar. Ambos saíram do quarto e dentro de pouco tempo, Gustavo voltou ao lado de mais dois homens. Eles cortaram as cordas que a prendiam e a empurraram, apática, até o local. Sentia que ia desmaiar a qualquer momento. Isso não podia estar acontecendo com ela, não agora, deveria ter dito a Caroline que a amava quando tinha tempo.

O porão era úmido, amplo e sombrio. O ar era pesado e Aziazah sentiu cheiro de morte ao adentrar no ambiente. Havia três máquinas de lavar roupa e ferramentas para arar a terra, como pás, enxadas, rastelos e dois carrinhos de mão encostados em um canto. Existia uma porta que levava a um quarto, com uma pequena janela de vidro com pouco mais de trinta centímetros que permitia ver seu interior. Gustavo bateu na porta com os nós dos dedos e de repente ouviram aquele baque contra a madeira maciça seguido daquele grunhido agonizante. Havia um zumbi lá dentro com as mandíbulas arreganhadas e as unhas compridas roçavam na pequena janela de maneira decrépita. Azizah então sentiu Gustavo pegá-la pelos cabelos com força e aproximou seu rosto do vidro, esfregando-o enquanto ela gritava, tentando se soltar.

- Tá vendo isso?! Olha bem. Esse é seu futuro, sua putinha. Vai se transformar em um deles daqui a pouco tempo.

- Deixa a menina em paz, Gustavo. – Um dos brutamontes falou.

- Não se mete, Fernando. Mata logo essa coisa ai.

Fernando abriu a porta e meteu uma faca na cabeça do morto com destreza. Ela foi jogava em cima do corpo dentro do quarto, que na verdade parecia uma cela, só que pior, pois não havia cama nem banheiro. Ela se afastou do zumbi, se encolhendo contra a parede, abraçando seu corpo que tremia. Gustavo esperou que os dois se afastassem para dizer:

- Você ainda vai pagar pelo que fez com meu rosto. Não pense que vai ficar barato, sua vadia imunda. Vou te fazer uma vistinha de madrugada.

E aquelas últimas palavras lhe deram um frio na espinha. Ele bateu a porta, deixando-a sozinha. Azizah estava em pânico. O ambiente estava escuro, mas podia ver o corpo estendido ao seu lado. Fez várias respirações profundas, tentando se acalmar. Não sabe quanto tempo se passou até sentir firmeza em suas pernas. Precisava fazer alguma coisa. Não podia se entregar a dor e se não fosse sobreviver por si mesma, seria por Carol.

Aproximou-se do zumbi morto e começou a revistá-lo. Havia uma faca em sua cintura e ela a pegou. Revistou os bolsos em seguida e encontrou uma carteira, ao abrir encontrou três cartões de crédito, cerca de cem reais em dinheiro e uma foto. Azizah pegou-a tentando ver, era uma garotinha negra com pouco mais de cinco anos, usava um vestido rosa florido e tinha um sorriso enorme em seu rosto. Suas mãos tremiam, deixou a foto cair no chão e encaixou-se novamente na parede sem conseguir parar de pensar em Carol e no bebê. Será que o veria crescer?

O que vou fazer?

Seu rosto latej*v* de tanta dor, o sangue ainda escorria. Sentiu novamente ânsia de vômito, aquele cheiro lhe enojava. Vomitou, mas ao invés de se sentir melhor, sentiu-se ainda pior. Segurou a faca bem forte em suas mãos, se Gustavo viesse, o mataria. Não se importaria se sofresse algum castigo divino no futuro, mas ele não encostaria um só dedo nela. Ia matar aquele desgraçado e depois mataria Roberta.

Adormeceu em meio a lágrimas. Acordou algum tempo depois e a dores ainda eram dilacerantes. Conseguia perceber que seu rosto estava mais inchado ainda, apesar de não ter espelho. Ficou naquele estado de adormecer e acordar, temerosa que o homem surgisse a qualquer momento. Não sabia se estava claro ou escuro do lado de fora. Não fazia ideia se a madrugava já havia chegado ou não e então as luzes da sala se apagaram.

Sua respiração acelerou, tal como as batidas de seu coração. Segurava com força o cabo da arma branca, sua vida dependia disso. Muitos minutos se passaram e quando pensava que ninguém mais apareceria, ouviu passos. Encolheu-se na parede e escutou o barulho da fechadura sendo arrebentada. Seu corpo tremia como nunca. A porta se abriu e a luz de uma lanterna a cegou. Ela não sabia o que fazer, estava paralisada.

- Sai daqui! – Gritou temerosa, a voz falhava.

- A., é você?

Aquela voz. Ela estava sonhando? Ou já tinha morrido e ido para o céu? A pessoa se aproximou na velocidade da luz, a lanterna caiu de lado e viu aqueles olhos castanhos que tanto adorava. As lágrimas tornaram a escorrer. Aquelas mãos pousaram em seu rosto.

- Meu Deus, o que fizeram com você?

E então ela sentiu aqueles braços fortes a envolvendo com ternura, seu corpo parou de tremer, ela se experimentou a segurança pela primeira vez desde que pisou naquele inferno. Aquele cheiro de maçã verde lhe invadiu as narinas. Era ela, Caroline, não podia ser verdade. Retribuiu o abraço de maneira urgente enquanto as lágrimas ainda caiam.

- Como me achou?

- Eu nunca mais vou te deixar sozinha. – Ainda estavam abraçadas. - Nunca mais, você ta ouvindo? Nunca mais vamos nos separar, por nada.

- Como chegou até aqui?

- Depois eu te explico, precisamos fugir o mais rápido possível, antes que o fogo tome a casa.

O que? Fogo? Foi levantada por Carol. Era ela. Era real.

Entregou uma arma para a refém e saíram do porão subindo as escadas. Carol as guiava com a lanterna. Logo ao atingirem o térreo sentiram o cheiro de fumaça e ouviram gritos do lado de fora. A casa estava escura.

- Eu cortei a energia. – Ela sussurrou.

A porta de entrada estava aberta e havia uma claridade estranha entrando por ela. Ao alcançarem o beiral, Azizah avisou as labaredas tomando conta de dois galpões de madeira grudados a casa. Os Invasores tentavam apagar o fogo tirando água de um poço artesiano, mas era praticamente impossível realizar aquela façanha.

Azizah sentia o calor do fogo em seu corpo, percebeu que as chamas já atingiam o andar superior da casa. Ao olhar novamente para os moradores, seu olhar se cruzou com o de Gustavo que largou o balde no chão ao avistá-la. Sua mão foi puxada no mesmo instante por Caroline, a levando para os fundos, rapidamente enxergaram partes do muro de madeira que tinha sido derrubado por Carol e elas já viam a Ranger, toda caindo aos pedaços, mas que ainda estava lá. A tatuada sentiu um tiro passar próximo ao seu corpo, que por sorte não a pegou. Ela tropeçou atingindo o chão e Caroline começou a atirar no sentido contrário. Um dos tiros atingiu o peito de Gustavo que caiu de joelhos, largando a arma ao lado de seu corpo. Carol atirou novamente, atingindo sua cabeça e ele beijou a terra, imóvel.

- Não! – Roberta surgiu correndo na direção dele, olhou para seu corpo inerte e então mirou sua arma para as duas de longe.

- Que bosta de grupo é esse em que mandam uma grávida para um resgate? – Disse em um tom sarcástico. Carol lhe mirou o rifle. Ela se aproximava.

- Se eu fosse você, abaixava essa arma. - Carol gritou.

- É sua amiguinha, A.?

- Sou a namorada dela. - Destravou o gatilho, furiosa. Azizah a olhou com um sorriso bobo no rosto. - E só eu posso chamá-la assim.

- Namorada?! – Roberta riu. – Agora sim fiquei surpresa, não imaginava que você era sapatão, A. – Frisou o apelido. Carol disparou, atingindo sua perna. Ela rugiu de dor, caindo ao chão,. – Todos nós estamos infectados, sua vaca! Você pode estar criando um monstro dentro de você, ele pode te comer por dentro e... – Ela alcançou o chão como uma pedra, Alfredo surgiu por trás dela, tinha lhe acertado a cabeça com o cabo de sua arma.

- Alfredo? – Carol perguntou incrédula reconhecendo o rapaz.

- Fujam daqui! Rápido!

- Obrigada, muito obrigada. – Azizah o agradeceu e as duas correram até o carro fugindo o mais rápido possível do local. Caroline acelerava ao máximo a Ranger afastando-se velozmente em segurança dali. Entretanto, tanto ela quanto Azizah, por mais que tentassem se concentrar no caminho, não podiam esquecer as últimas palavras de Roberta.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Meninaaas,

Agradeço muito a cada uma de vocês que está acomapanhando a história. É a primeira que posto por aqui e fico meio insegura. AMO cada comentário que recebo, leio eles com muito carinho. Peço desculpas se demoro pra responder, mas saibam que eles me dão muito incentivo pra continuar, vocês são llindas demais <3<3<3 Estamos chegando ao meio da trama, o que estão achando até agora? Gratidão a todas vocês! Beeeijo


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Comentários para 17 - Capítulo 17 - A Evasão:
Lea
Lea

Em: 11/04/2023

Que desesperador.

Caroline é porra louca!

Foram mexer logo com a mulher dela!

E Alfredo, é amigo ou algum parente da Carol?


thays_

thays_ Em: 13/04/2023 Autora da história
A Carol é sensacional!!


Responder

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lucy
lucy

Em: 29/10/2016

vc merece bons e muitos comentários, fazer uma estória ainda mais com este tema,e romance no meio deste caos é para poucos que tem dom , parabéns , Nota Mil !! 


Resposta do autor:

<333

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Penelope
Penelope

Em: 19/05/2016

Ai caramba, que tenso tudo isso, fiquei sem net mas já estou por aqui para ler comentar. Valeu.

Responder

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line7
line7

Em: 18/05/2016

Que capítulo  F##..rsss..Carol como sempre a heroína, agora a última  frase de Roberta!! Criou muitas dúvidas? ? Coitada da A, sempre se metendo em confusão, e essa tal Roberta e o cão sem rabo..rsss..até  mais linda fica na paz😊😙


Resposta do autor em 18/05/2016:

Oi Line! A Carol como sempre arrasando hahah A Roberta pegou pesado né? As duas ficaram aterrorizadas com essa possibilidade. Já pensou que tristeza para o casal? Gratidão pelo comentário e por estar acompanhando a história! <3 Beeijo

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Luzia S de Assis
Luzia S de Assis

Em: 16/05/2016

Capítulo maravilhoso! Carol como sempre arrasaando nessas aparições na hora certa! Amei 

E esse Alfredo? Qual é a dele?

beijos e Parabéns pelo capítulo!


Resposta do autor em 17/05/2016:

Oi Luh!! Como você leu rápido hahah A Caroline é demais, sempre salvando a Azizah das enrascadas da vida. E o Alfredo é só um desses caras bonzinhos que estão no lugar errado, sabe? Infelizmente as coisas não vão ficar muito boas pra ele depois disso... Gratidão por estar acompanhando <3 Beeijo

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Pryscylla
Pryscylla

Em: 16/05/2016

Que capítulo incrivel,que medo de acontecer algo com a A. Ansiosa pelo próximo capítulo.

Bjus =]


Resposta do autor em 16/05/2016:

Oi Pry!! Espero conseguir postar até o final dessa semana! Já estou escrevendo ;) Beeeijo

Responder

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Teresa
Teresa

Em: 16/05/2016

Olá =) é o meu primeiro comentáro aqui e eu queria dizer que estu gostando muito de ler esta história é maravilhosa.

Graças a deus que apareceu o alfredo eu já tava preocupada. bjão


Resposta do autor em 16/05/2016:

Oi Teresa! Ainda bem mesmo que ele apareceu, mas isso vai ter um custo bem sério pra ele. E que a Carol conseguiu encontrá-la, né? Vai ser explicado melhor como isso aconteceu no próximo! Fico muito feliz que esteja gostando da história e que tenha comentado! Beeijo

Responder

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itbyar
itbyar

Em: 16/05/2016

Quem é alfredo? Não entendi
Resposta do autor em 16/05/2016:

Ele apareceu pela primeira vez no capítulo anterior, é um dos comparsas de Roberta. Cuidou de Azizah no quarto em que estava inicialmente, limpando seus ferimentos, lhe dando alimento e remédios. De todos os que moravam lá, ele foi o mais gentil e preocupado com ela, desde que precisou revistá-la quando a encontrou junto com Gustavo e Roberta no supermercado. Beeijo.

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