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O dia por thays_

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Palavras: 3531
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Capítulo 16 - Sem saída

 

 

- Não. Você tá louca?! – Carol andava de um lado para o outro no quarto – Você não vai sozinha.

- É arriscado demais você ir comigo. – Azizah mantinha um tom de voz baixo e calmo, tentando não entrar naquela energia.

- Não. – Disse firme. – Eu quero ir com você.

- E se eu precisar correr e fugir? Você não tem mais condições de fazer isso como antes. – Olhou para a barriga de Carol que tinha aumentado consideravelmente nos últimos meses devido à gestação. – Você precisa confiar em mim.

- Eu tenho medo que algo te aconteça. – Seu tom era dolorido.

- Não vai acontecer nada, Caroline.

- Você não vai! – Aumentou o tom de voz, parando em sua frente.

- Sinto muito, mas eu vou. Vou sair amanhã cedo antes do nascer do sol e voltarei no máximo até meio dia.

- A gente pode esperar mais um pouco, não tem necessidade de você ir agora.

- Carol. – Tentou tocar em seu rosto, mas ela se afastou irritada, cruzando os braços junto ao peito. – Não dá pra gente esperar. Ele pode nascer a qualquer momento e aí sim que eu não vou sair de perto de você. - Tentou beijá-la, mas ela virou o rosto.

- Me deixa sozinha. – Vociferou - Sai daqui.

E Azizah saiu do quarto, obedecendo à vontade da outra. Carol estava muito irritada naquelas últimas semanas, talvez por conta dos hormônios em ebulição, somado a todo estresse do mundo pós-apocalíptico e aos mantimentos estarem indo embora rapidamente. As brigas estavam freqüentes entre as duas, mas sempre acabava ficando tudo bem, a mais nova estava sendo bem compreensiva e lhe dando a sustentação emocional que precisava. Tomar aquela decisão de sair tinha sido difícil para Azizah. Ser dura dessa forma com Caroline machucava seu coração, mas precisava ser assim, precisava tomar conta das duas. Não existiam condições de a enfermeira ir junto, não quando sua gravidez já estava avançada naquele ponto.

Azizah sentou-se no sofá da sala, passando as mãos de maneira nervosa em seu rosto. Não existiria erro nenhum, nem poderia existir, ela estaria sozinha, não teria ninguém para salvá-la se algo desse errado. Ela precisava ser bem sucedida na missão e voltar inteira pra casa. O nível de dificuldade era mínimo, era só encher o carro de comida e dar o fora. Se é que ainda existisse algum tipo de mantimento no local...

Recapitulou o plano em sua cabeça obstinadamente vendo o sol ir embora pela janela da sala. Elas estavam evitando usar energia elétrica durante a noite após terem descoberto que os Invasores estavam próximos. Tinham adotado as mesmas precauções como quando aquelas coisas cercavam a casa para não chamarem atenção. Não sabia do que eles eram capazes. Temiam mais a eles do que aos zumbis.

Ouviu passos pelo corredor. Carol caminhou lentamente até ela no sofá, sentou-se de frente em seu colo, ajeitando-se com os joelhos em volta de seu corpo. Buscou seus lábios delicadamente. Ela usava uma camiseta azul comprida que ia até metade das coxas.

Sexy.

- Eu odeio brigar com você. – Disse manhosa, segurando em seus ombros.

- Vai ficar tudo bem, Carol. – Pegou em sua cintura.

- Eu sei, eu só fico com muitas coisas na minha cabeça...

- Que coisas?

- Tenho medo de você não voltar.

- Eu sou o máximo com meu novo taco de beisebol. Os zumbis até tremem quando me vêem.

- Deixa de ser besta. - Carol riu, segurando seu rosto, ficaram se olhando, Azizah beijou-a lentamente, roçando seus lábios, invadindo sua boca com a língua quente. Gem*ram. – Vamos pro quarto... Eu devo estar te esmagando agora.

- É bom ser esmagada por você. - Azizah correu as mãos por suas coxas desnudas, pela sua bunda bem formada, trazendo-a mais para perto, já sentindo aquela sensação gostosa de quando seus corpos estavam assim, bem perto.

- Não sei como ainda consegue sentir desejo por mim. Eu estou enorme. Parece até que são gêmeos.

- Você ta cada dia mais linda.

- É? – Perguntou passando a mão em seus cachos.

- É. - Beijaram-se novamente. Subiu uma das mãos para os seios de Carol que riu se esquivando, segurando a mão da outra.

- Tá muito sensível, não encosta...

- Desculpa... - Azizah buscou novamente sua boca. - É que você é irresistível...

Carol riu.

- Qual é a piada?

- Lembro de uma amiga minha, a Telma, falando que quando engravidou o marido nem ligava mais pra ela. Eu morria de medo que isso fosse acontecer comigo, que deixasse de ser vista como mulher e passasse a ser uma mãe virgem e pura. E convenhamos que isso é última coisa que sou...

Elas riram.

- Já ouvi essa história também. Mas acho que tem o medo também de machucar, sei lá...

- Tem que saber fazer...

- E eu sei?

- Direitinho... – Carol rebolou de leve no colo da outra, provocando. – Sempre muito prestativa...

- Prestativa?

- Em tudo, principalmente em termos sexuais.

Elas riram novamente.

- Não tem como não ser... com uma mulher gostosa desse jeito na minha frente...

- Fala mais. – Carol pediu.

Azizah beijou seu pescoço, sussurrando em seu ouvido:

- Quero te comer aqui... Assim. - Puxou aqueles quadris em direção aos seus.

- Eu que quero te comer. - Carol lambeu seu ouvido. - To louca pra te ch*par... – Azizah gem*u. - Faz muito tempo... Com essa barriga não da pra fazer quase nada. Só você que tem se aproveitado de mim.

- To aqui só pra atender seus desejos.

- Só pra isso? - Carol brincou, mordendo sua boca de leve.

- Só. Deus me colocou na sua vida pra realizar todas as suas fantasias.

- Então eu quero uma barra de chocolate.

- Vou trazer uma amanhã pra você.

- Não, eu quero agora.

- Posso te dar um orgasmo agora. É tão bom quanto.

- Prefiro o chocolate. Já enjoei de você.

- Ahhh, e aquele discurso todo que acabou de fazer? Você reclama, mas não vive sem mim...

Carol sorriu de maneira doce, como se confirmasse a última frase. Correu as mãos pelo rosto da mais nova, compenetrada por alguns instantes, olhando-a pensativa.

- Você é tão atrapalhada, Azizah. Eu tenho medo de você fazer alguma merd* amanhã e não conseguir voltar.

- Ahhh... bom saber que você pensa isso de mim. – Fingiu irritação.

- Você sabe que é verdade.

- Eu só finjo que sou assim pra você pensar que é a fodona que sempre me salva. É tudo um plano bem articulado.

- Ta, é sério agora. – Carol mudou o tom de voz. – Você precisa tomar cuidado. Não quero que fique se arriscando a toa, você tem umas idéias meio malucas de vez em quando. Você só vai lá, pega o que tem que pegar e volta aqui. Nada de ficar vasculhando a vizinhança ou procurando sabe-se lá o que. Igual a ultima vez que saímos, quando aquela zumbi quase arrancou sua cabeça pra você pegar esse seu taco de beisebol idiota.

Azizah respirou fundo, aborrecida, mas sabia que a outra estava falando a verdade.

- Primeiro, ele não é idiota. Segundo... Eu vou tomar cuidado.

- Jura pra mim?

- Juro.

Beijaram-se, selando aquele pacto.

- Vem, vamos pro quarto agora. – Carol pediu levantando-se.

E foram.

Com apenas uma vela iluminando o ambiente, Azizah fez Carol sentar-se na beira da cama. Beijou seus lábios de leve e ajoelhou-se em sua frente, entre suas pernas, cheia de segundas intenções, correu as mãos por suas coxas, indo até sua calcinha, prestes a puxá-la para baixo.

- Já te disse o que eu quero... – Carol disse num tom sério enquanto segurava aquelas mãos ansiosas.

- Chocolate? – Brincou.

- Te comer.

Azizah estremeceu sentindo uma pontada deliciosa em seu ventre.

- Como? – Sua voz saiu quase inaudível.

- Fica de pé. – Carol ordenou. Ela obedeceu, encarando aqueles olhos que pegavam fogo. Tirou a camiseta da outra, beijando sua barriga, seu umbigo, com suas mãos indo até o feixe traseiro do sutiã. – Sinto falta de te encontrar sem nada por baixo... – Carol brincou, tirando a peça, beijando, ch*pando os mamilos de olhos fechados, enquanto arrancava com firmeza a calça, junto com a calcinha, de uma só vez. Azizah gem*u com o ato.

- Senta no meu colo.

- Eu vou te machucar.

- Eu to mandando, não to pedindo.

Carol a puxou para perto, forte. Fazendo-a sentar-se de pernas abertas em seu colo, os joelhos apoiados em volta de seus quadris. Desceu uma das mãos para onde mais queria naquele momento, passando um dedo suavemente por sua entrada, sentindo-a úmida, quente, encharcada. Ambas gem*ram. Azizah não conseguia tirar os olhos dela, a boca entreaberta, a respiração ofegante. Carol tinha um sorriso safado, satisfeito nos lábios, como se adorasse essa sensação de poder, de saber como mexia e revirava as emoções e desejos da outra.

Subiu a mão, buscando seu clit*ris, fazendo movimentos circulares, lentos. A mais nova mexia o quadril, tentando aumentar o ritmo, queria urgência no toque, enquanto a enfermeira postergava ao máximo.

Beijavam-se, entre gemidos.

- Eu não aguento mais... – Agonizou.

- Eu adoro te ver assim. Entregue pra mim. Com seu corpo implorando. – Desceu novamente a mão, deslizando o dedo pela fenda. – Você ta escorrendo...

Azizah gem*u, descendo o quadril em direção a Carol, sendo preenchida. A outra permaneceu parada dentro dela, deixando-a mover-se, saboreando aquela cena da mais nova rebol*ndo deliciosamente em seu colo, enlouquecida.

- Coloca mais um...

E Carol o fez, invadindo-a, fazendo-a gem*r ainda mais alto, dessa vez com ela comandando a velocidade, os movimentos. Não demorou muito tempo, Azizah já sentia as ondas de prazer aumentando de intensidade.

- Quero goz*r na sua boca... – Sussurrou.

Carol gem*u com a proposta.

- Como?

- Deita.

Deitou e a outra subiu devagar por seu corpo, puxou-a com ansiedade pelo quadril ao entender o que ocorreria. Azizah ajoelhou-se entre sua cabeça e encaixou-se em sua boca sedenta, segurando em sua cabeça, urrando de prazer ao sentir aquela língua quente vasculhando seu sex* molhado. Sentiu um tapa estalado em sua bunda, gem*ndo ainda mais, rebol*ndo, descontrolada. E aquele foi o ápice, gozou olhando naqueles olhos castanhos, mal conseguindo aguentar o peso de seu corpo.

Saiu daquela posição, com o corpo pesado, completamente relaxado, sendo acolhida por Carol em seus braços.

- Vem... – A enfermeira buscou sua boca, beijando-a, com as línguas se enroscando sensualmente. – Sente seu gosto...

- Prefiro o seu... Posso?

- Deve.

E Azizah desceu pelo corpo de Carol, beijando cada pedacinho de sua pele. Agora com ela deliciando-se entre suas pernas. E assim avançaram a noite, até serem vencidas pelo cansaço.

 

****

 

Azizah partiu com a Ranger pela rodovia ao amanhecer. Estava focada e concentrada em seu plano. Tudo daria certo. Viu alguns zumbis perdidos pelo meio do caminho, mas nada que lhe causasse problema. Andando a 120 km/h pela principal chegou ao mercadinho localizado em um bairro residencial em pouco menos de uma hora.

Chamava-se “Supermercado 4 irmãos”. Havia um pequeno letreiro azul e vermelho na frente. Os comércios mais próximos onde moravam já estavam vazios. E então pensou que a cada dia que se passasse ia ser mais difícil ainda encontrarem mantimentos. Uma tristeza enorme bateu em seu peito e lhe veio algo que até então não tinha pensado, se não fossem morrer por alguma mordida, seria de fome. Precisavam pensar em alguma solução, não podiam se tornar nômades.

Parou o carro em frente ao local. Com o taco em suas mãos e arma na cintura olhou pela vidraça do local. Deu uma batida suave na porta e esperou alguns segundos para poder entrar. Depois de conferir que não havia nenhum morto presente abriu a porta e adentrou. Havia cinco prateleiras pelos corredores, a luminosidade vinha apenas do lado de fora.

Pegou um carrinho de compras e começou a enchê-lo de mantimentos e logo em seguida, fez o mesmo com mais um segundo. Levou-os até o carro e começou a descarregar as mercadorias, pensou em levar o máximo que pudesse, nem que fosse sentada em cima de um saco de arroz.

E então ouviu o barulho de um automóvel se aproximando. Seu sangue gelou. Tentou se apressar no descarregamento, mas não daria tempo. Viu aquele conhecido furgão branco se aproximando. Largou os carrinhos no mesmo local e bateu as portas. Entrou no carro o mais rápido que pode e deu a partida cantando pneus, alcançou um intervalo de pouco menos de dez metros e sentiu uma pancada forte na Ranger. A caminhonete subiu em cima da guia, colidindo contra o muro de uma casa.

Azizah bateu o rosto contra o volante, estando sem cinto de segurança. Logo ouviu gritos. Um homem abriu a porta do carro e a puxou para fora com violência. Ela caiu de joelhos no chão e sentiu o cano de uma arma em sua cabeça.

- Levante-se lentamente. – O homem lhe ordenou e ela o fez. Ele era grande, tinha músculos enormes saltando pela sua camisa. Sentiu o sangue escorrendo pelo seu rosto, seu supercílio ardia. – Alfredo, reviste a menina. – Ele mandou.

Um homem franzino se aproximou dela, ele tinha o cabelo comprido e tatuagens pelos braços.

- Com licença, moça. - Ele disse apalpando seu corpo de maneira tímida e retirou todas as armas e facas que ela trazia consigo. O primeiro homem abaixou a arma e segurou seus braços para trás, imobilizando-a.

- Pegamos a ratinha, Betão, queria roubar nossa comida.

Azizah sentiu um arrepio na espinha. Aquele nome. Uma mulher ruiva aproximou-se dela. Tinha olhos claros, eram... Verdes? Não sabia dizer. Era bonita. Estava toda de preto, usava uma jaqueta de couro, botas de motoqueiro.

- Como se chama, meu bem?

- Azizah.

- A, o que?

- A-zi-zah.

- Vou te chamar de A, ok?

Sentiu uma pontada em seu peito. Só Caroline podia chamá-la assim. Caroline. Precisava se livrar daquelas pessoas. Precisava voltar pra casa.

- Não. É Azizah pra você.

A ruiva se aproximou lentamente e olhou para ela. Sem que tivesse esperando por isso, sentiu aquela mão em seu rosto lhe batendo. Se não estivesse sendo segurada pelo homem teria atingido o chão. Sentiu sua pele arder.

- Primeira lição: Eu te chamo como eu quiser. Se eu quiser te chamar de A, de Verme ou de Puta, você vai atender, porque eu quem mando aqui. Sou a Roberta, me chamam de Betão, mas pra você é senhora.

Azizah olhou em seus olhos e sentiu medo. Ela tinha um olhar frio, cruel, tão sem vida quanto o olhar dos mortos.

- De onde você vem, A.?

- Da capital.

Betão se aproximou, ela abaixou a cabeça se encolhendo. Mas ao invés de outra agressão, a outra inspirou em seu pescoço, depois tocou em seu cabelo suavemente. Azizah virou o rosto com repulsa.

- Você tem certeza de que vai mentir pra mim? – Fez uma pausa. - Eu vou te dar só mais uma chance: de onde você vem?

- Da capital.

Roberta sorriu, olhando para seus comparsas e então Azizah sentiu uma dor terrível em seu nariz. Gem*u, sentindo novamente o líquido quente escorrer até sua boca. Nunca tinha levado um soco em sua vida. A dor era tamanha que seus olhos se encheram de lágrimas no mesmo instante. Jamais diria a eles sobre Caroline, eles iriam atrás dela, tinha certeza absoluta.

- Você acha que me engana?! - Ela gritou. - Com essa aparência limpinha e esse cabelo bem cuidado? Você acha que eu sou burra?!

- Eu não estou mentindo. – Disse com dificuldade, cuspindo sangue no chão e levou um soco no estômago. As lágrimas misturavam-se com o vermelho, sentia sua pressão abaixar pela dor. Debateu-se nos braços do homem forte, mas era inútil. Ele era enorme.

- Onde está seu grupo? Vocês são em quantos?

- Eu sou sozinha.

Levou outro murro no estômago e deixou todo o peso de seu corpo cair, sendo erguida novamente pelo homem. Mal conseguia se pôr de pé.

- Gustavo. – A mulher olhou para o grandalhão. – Algeme nossa amiga. Vou ensinar o que acontece com pessoas que mentem pra mim.

Azizah arrumando forças de não se sabe onde, começou a se debater novamente, dificultando o processo do tal Gustavo, pisou em seu pé, mas ele mal se mexeu e após uma dor forte em sua cabeça, tudo ficou preto.

Acordou algum tempo depois, o cômodo estava escuro. Sua cabeça parecia que ia explodir. Estava deitada em uma cama de solteiro. Tudo a sua volta rodou quando se sentou. Demorou alguns segundos para levantar-se por completo. Levou sua mão à sobrancelha e percebeu que havia um esparadrapo. Caminhou até a janela por onde entrava a luminosidade, tocando as grades de ferro.

Estava no segundo andar. Ao longe podia ver o cemitério. Estava naquela casa a qual tinha visto com Caroline. Carol devia estar muito preocupada, devia estar irritada, devia estar pensando que algo tinha lhe acontecido, que estava morta... Preciso fugir daqui. Só não sei como.

Sentiu o choro travando sua garganta. O que podia fazer? Foi até a porta, guiando-se no escuro. Chutou o criado mudo e xingou. Aquele tipo de batida que lhe renderia uma boa marca roxa. Segurou na maçaneta, estava trancada, era óbvio. Jogou seu peso contra a madeira, mas jamais conseguiria quebrá-la. Apoiou a testa na porta. Pense, Azizah, pense. Desceu a mão pela parede ao lado da porta e encontrou o interruptor. Acionou-o e o quarto se iluminou. Sentiu os olhos doerem pela luminosidade, mas dentro de pouco tempo se acostumou.

Olhou em volta. Era uma suíte pequena. Caminhou até o banheiro e olhou-se no espelho. Seu rosto estava horrível, inchado. Seu lábio estava cortado. Abriu o armário do banheiro. Não havia nada. As janelas eram pequenas demais para passar uma pessoa por lá.

No mesmo instante a porta do quarto se abriu. Aquele rapaz franzino apareceu. Alfredo. Ele trazia um prato de comida. A porta foi fechada por outra pessoa quando ele entrou.

- Com licença, eu trouxe algo para você comer.

Azizah continuou olhando para ele, sem dizer nada. Ele deixou o prato no criado mudo.

- Você está bem? – Ele deu um passo se aproximando, mas ela recuou, temerosa. – Eu fiz seus curativos. – Ele olhou em volta, como que ressabiado, disse em um tom de voz baixo após enfiar a mão no bolso da calça jeans – Trouxe um remédio para dor. – Mostrou a cartela no ar. – Vou deixar aqui. – Ele a colocou de baixo de seu travesseiro. – Acho que seria bom você colaborar com ela. – Ele aconselhou. – Ela vai querer tirar informações de você. Se ela não conseguir nada as coisas vão ficar feias. Sei que está tentando proteger seu grupo, mas de uma forma ou de outra ela vai descobrir onde você mora. Ela conhece tudo pelas redondezas e ela quer tudo pra ela. Ela quer ter o controle de tudo. E quando não tem ela não sabe lidar com a situação...

- Você tem medo dela. – Ela afirmou.

- Não é medo, é respeito. Ela me salvou. Estou bem alimentado e protegido. O que mais iria querer?

- Por que vocês não mataram meu amigo?

- O que?

- Eu conheço vocês. Vocês assaltaram a casa de um casal de amigos, mas não os mataram.

- Nós costumamos voltar aos mesmos lugares. Se deixarmos as pessoas vivas, elas vão dar um jeito de conseguir mais mantimentos, aí vamos lá e roubamos novamente.

- Isso é muito cruel.

- É a lei da sobrevivência.

- Vocês deviam deixar as pessoas em paz, ir atrás de suas próprias coisas.

- É a forma como estamos lidando com tudo isso. Cada um arruma sua maneira.

- Eu quero falar com ela. Eu quero ir embora daqui. Chame-a.

- Ela não vai te deixar ir.

- Chame-a. – Azizah caminhou em sua direção.

- Você devia se alimentar, se acalmar, ela vai vir te procurar quando quiser falar com você. Ela deve estar resolvendo suas coisas. Ou dormindo.

- Eu não tenho até amanhã! – Gritou.

A porta se abriu em seguida.

- Está tudo bem? – Gustavo, o fortão, entrou no quarto. Ele era mais velho do que pensava, olhando diretamente para ele nesse momento viu sua barba com fios brancos e seu cabelo ralo no alto da cabeça.

- Sim. – Alfredo respondeu.

- Não. – Azizah disse ao mesmo tempo - Eu preciso falar com a Roberta. – Azizah caminhou até a porta, enfrentando-o.

- Já não cansou de apanhar, criança? – Perguntou com sua voz grave.

- Eu não posso ficar aqui! Eu quero ir embora!

Gustavo entrou e a empurrou pelos ombros em direção à cama, como se fosse uma pena.

- Fique quieta, sua puta. Se não eu mesmo acabo com você. Coma sua comida e aprenda a esperar. Ela vai vir quando quiser.

Eu estou fodida.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 16 - Capítulo 16 - Sem saída:
Lea
Lea

Em: 11/04/2023

Thays,que malvada você é,nos dá uns momentos de alegria e depois nos tira a paz!

Pior que um macho escroto é uma mulher que espanca a outra. Isso não é a lei da sobrevivência,isso é crueldade.

E agora??

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lucy
lucy

Em: 29/10/2016

Caroline, vai enlouquecer pensando o pior....que azar logo dar de cara com BETÃO ?? iiixe

mas ou Carol vai com barriga grande mesmo tentar ajudar ou Azizah vai conseguir escapar...

mas a coisa tá complicadinha no momento, nota mil bjs estória fodástica, digo fantástica rs rs

xau fuiiiiii tô curiosa em saber o que vai rolar 


Resposta do autor: Imagina o desespero que a Carol deve ter ficado? E não é que vc acertou o que ia acontecer? Hahaha obrigada, Lucy <3

Responder

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itbyar
itbyar

Em: 12/05/2016

Tomara que ela mate todo mundo que nem a Carol assa de twd haha beijão
Resposta do autor em 15/05/2016:

Esse episódio foi MUITO foda! Ela é muito foda! E nossa Carol dessa história é tão foda quanto hahah vai acontecer algo semelhante  ;) beeijo

Responder

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Nikita
Nikita

Em: 11/05/2016

Nuss... Tenso!!! Carol deve estar louca com o desaparecimento de A.

Sempre acompanhando... Vc é fera escrita!!!

Bjs e não some, hein! ;-)

 


Resposta do autor em 13/05/2016: Oii Nikita!! Pois é menina, a Carol deve estar desesperada, como se a história com o Marco estivesse acontecendo novamente, né? Obrigada de coração por estar acompanhando <3 beeijo

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Pryscylla
Pryscylla

Em: 09/05/2016

Ela tem que ser forte e proteger a Carol,espero que ela se livre dessa maluca e que a Carol não faça bedteira.

Bjus =]


Resposta do autor em 13/05/2016:

Imagina como a Carol deve estar se sentindo, né? Como se a história estivesse se repetindo. A Azizah vai precisar ser muito mais forte ainda! Beeijo

Responder

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Penelope
Penelope

Em: 09/05/2016

Nuss esse capitulo foi bem movimentado, teve o momento love delas mas a Azizah teve que sair e acabou sendo captutada por vivos, deu dó dela querendo proteger o amor dela.

Tomara que ela consiga se livrar desse pessoal, não demora a postar por favor kkkk beijos querida.


Resposta do autor em 13/05/2016:

Oii Penelope! Muita do mesmo, ela já sofreu tanto e ainda mais essa agora, né? Em breve postarei a continuação ;) será mais movimentado ainda hahah Beeijo

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