Capítulo 38. Manoel
Dois meses se passaram desde a chegada do tio de Andressa. Manoel era o irmão caçula do finado sogro da coronel e ambos nunca se deram bem. Depois que o major descobriu que o irmão era gay, fez de tudo que pode para que o avô de Andressa o expulsasse de casa. Manoel foi embora e não voltou nem para o enterro dos pais e agora depois de vinte anos ele retornava ao Brasil. Vinha juntamente com o marido Saulo com quem era casado há dez anos. No dia em que se encontraram no aeroporto internacional de Cumbica em Guarulhos, toda a saudade fora deixada de lado.
-- Andressa minha menina, que saudade de você, do seu irmão e da sua mãe.
-- Tio Manoel que bom revê-lo novamente. Eu também estava com saudades, mas o senhor sumiu e nos deixou sem nenhum endereço, sem contato!
-- É! -- Eu sei querida, mas eu não queria nenhum contato com os seus tios e principalmente aquele traste do seu pai. Mas mesmo de longe e sem estar em contato com vocês eu acompanhei toda a história. Fiquei sabendo sobre o seu casamento, o nascimento das crianças, a morte do seu pai, o casamento de sua mãe entre outras coisas. E a sua esposa onde está?
Andressa fez sinal para que Márcia se aproximasse. Ela estava cuidando das crianças e Nicola estava olhando Gabriel. Assim que ela se aproximou Andressa falou:
-- Tio eu quero te apresentar a minha esposa coronel Mantovanni e os meus filhos André, Celina, Nicola, Antônia e esse é o pequeno Gabriel meu caçulinha.
-- É um prazer conhece-la coronel e os seus filhos devem ser crianças adoráveis.
Márcia esticou a mão e cumprimentando o tio da esposa, respondeu:
-- Eu também fico feliz em conhecê-lo tio Manoel. A Andressa me falava muito do senhor. E realmente os meus filhos são adoráveis. Às vezes fazem muita arte, mas são maravilhosos.
O tio de Andressa concordou com Márcia e logo já estavam saindo do aeroporto. Manoel ficaria uns dias na casa de Severina que fora sua cunhada. Eles sempre se deram bem e muitas vezes chegou a brigar com o irmão por causa dela e das crianças. Mas o velho major sempre se dava bem.
Quando chegaram em casa dona Severina logo veio recebê-los. Quando viu o ex-cunhado, não acreditou e disse:
-- Manoel que bons ventos o trazem ao Brasil? – Há quantos anos não nos vemos!
Manoel abraçou Severina e respondeu:
-- É Severina faz muito tempo mesmo. Mas e você? – Já vi que está muito bem e sempre jovem. Mas me diga sei que casou novamente e o seu marido também é policial. Mas não é igual aquele traste do André?
-- É Manoel eu me casei novamente, estou muito bem e graças a Deus ele é totalmente diferente do seu irmão. A propósito ele acabou de chegar.
-- Ainda bem que aquela peste está queimando no inferno! Disse a coronel que estava sentada ao lado da esposa com o pequeno Gabriel no colo.
Os demais não falaram nada, mas Manoel percebeu a raiva e o ódio que Márcia tinha do ex-sogro.
Assim que Raimundo entrou na sala logo viu que tinha visita. Severina foi até o marido e depois de beijá-lo foi apresentar Manoel.
-- Raimundo meu amor esse é o Manoel meu ex-cunhado e ele vai ficar uns dias aqui em casa até arrumar um apartamento para morar.
O coronel abraçou Manoel e respondeu:
-- Seja bem vindo Manoel, sinta-se em casa. A Severina já havia me falado sobre você. Espero que consiga realizar todos os seus planos. E agora se me derem licença vou tomar um banho para jantarmos. Fique a vontade.
Na hora do jantar a conversa era geral. André estava na casa da mãe juntamente com o marido e assim que viu o tio foi logo abraçando o velho. Trocaram muita conversa lembranças. Mas o assunto principal foi o pequeno Giuseppe Junior. A casa estava cheia e isso deixava Márcia muito feliz. Uma porque ela gostava de casa cheia e a outra por ver a felicidade da esposa e dos filhos. Isso para ela não tinha preço porque o importante era o bem estar de todos.
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Passados alguns dias, Márcia foi juntamente com Manoel, a esposa e os filhos até a antiga padaria da família Pires Paiva. Quando abriram a porta do estabelecimento, a coronel voltara no tempo. Ali ainda estavam lembranças de mais de trinta anos. Olhou para as paredes atrás do balcão e viu pendurada a mesma foto que Andressa lhe mostrara alguns dias antes. Estava também ao lado da mesma, a foto daquele ano do time da Portuguesa, uma bandeira de Portugal e a do Brasil em homenagem a Copa de 82. Andou por todo o estabelecimento e se viu encostada no balcão como há anos atrás. Olhou em direção à praça e ela estava do mesmo jeito, porém, aquelas manhãs de 1982, com certeza não eram e nem seriam iguais porque tudo havia mudado e a magia já não estava presente para a então coronel da polícia militar. Aquela soldado PM Mantovanni já não existia mais. Dera lugar a uma pessoa totalmente diferente que tinha suas responsabilidades e uma família para cuidar. Andressa percebeu a nostalgia da coronel e perguntou:
-- Você também foi feliz aqui. Não foi amor?
-- Fui sim Andressa, muitas coisas aconteceram aqui nesse mesmo lugar há anos atrás. Foi uma época de ouro que não volta mais. Eu olho aquela cadeira e vejo o seu avô sentado nela, apreciando o fim de tarde. Ele gostava muito disso e a peste da sua avó no caixa contando até as moedas de um centavo. É meu amor acho que a minha vida sempre esteve ligada à sua. A cada dia que passa entendo que a minha Celina tinha que ir embora e nós tínhamos que nos encontrar. Por isso chegamos onde estamos, com uma família feliz, com filhos maravilhosos e eu com a melhor esposa que alguém poderia ter.
Logo o tio de Andressa voltou e depois de fazer o levantamento dos materiais falou:
-- Bom meninas, eu já fiz os cálculos e depois nós sentaremos Márcia para tratar das reformas. Sei que você é formada em engenharia e vou precisar de alguém em quem confiar. Dê o seu preço!
-- Manoel eu dou de presente a reforma para você. Por amor à sua sobrinha e aos meus filhos eu vou te ajudar. Prometi para a minha esposa que te ajudaria e a minha palavra é uma só. A coronel Mantovanni não volta atrás.
E assim ficou acertado que a coronel ajudaria o tio da esposa. Logo o celular tocou e Thesca estava do outro lado da linha.
-- Márcia você esqueceu que daqui a um mês é o aniversário de casamento dos nossos pais? – Temos que preparar tudo.Fim do capítulo
Oi meus amores.
Como prometido, estou postando mais um capítulo e espero que curtam.
Quero agradecer a todas que leram, comemtaram ou não. Quero agradecer também a escritora Flower que fez uma singela homenagem à minha noiva e futura esposa Patty_321. Obrigada.
Agora deixo mais um capítulo para vocês.
OBS: Se alguém tiver alguma ideia a mais, fique a vontade.
Bom domingo a todas.
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Lins_Tabosa
Em: 15/05/2016
Olá Catrina, chegando mais integrantes na família da coronel. Muito bom este cap. e o anterior, que o sossego continue para todos.
E que venha a continuação!!! rsrsrs
Abrs o/
Susana
Em: 15/05/2016
Oi :) parabéns to adorando. É a primeira vez que comento aqui. bjs
Resposta do autor em 15/05/2016:
Olá querida tudo bem? Fico agradecida pelo seu comentário. Continue acompanhando e se quiser dar alguma.sugestão, fique a vontade. Bom domingo.
Bjs.
Resposta do autor em 15/05/2016:
Olá querida tudo bem? Fico agradecida pelo seu comentário. Continue acompanhando e se quiser dar alguma.sugestão, fique a vontade. Bom domingo.
Bjs.
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patty-321
Em: 15/05/2016
Oi amor. Momentos família p Andressa e Márcia. A nostalgia da coronel me emocionou. Como a gente muda ao longo dos anos e só fica as lembranças. Obrigada. Um domingo abençoado pra todos nós. Bjs
Resposta do autor em 15/05/2016:
Oi amor bom dia.
Sabia que você ia gostar. Realmente a gente muda ao longo dos anos e as épocas de ouro vão ficando para trás. Eu também tenho saudade de muitas coisas, mas ficaram no passado. Vivamos o presente e esperemos o futuro. Se eu casar com você, melhor. Faz parte.
Obrigada meu amor, te amo.
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