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Abraça tua loucura por PerolaNegra

Ver comentários: 6

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Palavras: 3169
Acessos: 4148   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 2

 

 

Silêncio.

 

“Depois de tantos anos, ela ainda continua linda”

 

“Sarah! Meu deus, que loucura!”

 

Constrangido pelo silêncio das duas mulheres que se analisavam com o olhar, o garçom olhou-as de soslaio e pigarreou...

 

- Com licença, senhoritas. – E assim se retirou.

 

Trazidas a realidade pelo garçom, não sabiam o que dizer, como agir ou o que perguntar, até que, com o coração saltitando em um sambódromo, Sarah quebrou o silêncio.

 

- Cristina! Eu, sinceramente, confesso que estou num misto de susto e surpresa por te ver nestas circunstâncias. Sente-se, por favor.

 

A outra mulher tentou esconder o nervosismo e sorriu timidamente, sentando a frente da então juíza.

 

- Ah, é! Confesso que muita coisa mudou. – Desviou o olhar, aqueles olhos verdes estavam deixando a chef atordoada, assim como aquela pele e aqueles lábios. “Cá estou, pensando besteiras. Pare com isso, Cristina! ”

 

- Tem razão Cris, algumas coisas mudaram. No entanto, alguns sentimentos continuam os mesmos. – Fitou a chef com tanta intensidade, que nem percebeu quando esta prendeu a respiração.

 

Se observaram. Um par de olhos “Melhor eu voltar para a cozinha” – Pensou Cristina.

 

- Sarah, eu gostaria de ficar mais tempo com você, mas preciso voltar para a cozinha. Preciso orientar meus funcionários em algumas tarefas. 

 

- Claro, eu peço desculpas por tomar seu tempo. Cris, eu gostaria muito de poder conversar com você. Nos distanciamos de uma forma não muito agradável, e eu senti sua falta. Na verdade, eu ainda sinto muito sua falta.

 

“Essa mulher quer me matar, só pode” – Cristina sorriu sem jeito enquanto enxugava uma gota de suor que escorria de sua fronte.

 

- Tudo bem, Sarah, seria uma ótima ideia.

 

- Me passa seu contato. Estou morando nesse apartamento aqui da próxima quadra. Eu te ligo e nós marcamos alguma coisa.

 

Trocaram telefones, e ao se despedirem, Cristina estendeu a mão para Sarah, que a puxou e lhe envolveu um abraço apertado. Havia se passado muito tempo, e agora a dona do seu coração estava ali, a sua frente. Não perderia mais nenhuma oportunidade.

 

Puderam sentir os perfumes, a textura dos corpos sob a roupa. Cristina, involuntariamente, escondeu seu rosto na curva do pescoço de Sarah. Arrepio mútuo.

 

Se separaram e, sem mais palavras, cada uma seguiu seu rumo.

 

Cristina entrou na cozinha e se perdeu. O molho salgou, exagerou na pimenta, a massa passou do ponto. Depois de tanto tempo, aquela mulher ainda mexia com seus sentidos. Depois daquele beijo roubado, algo mudou, tudo mudou.

 

Deixou o restaurante sob as ordens do subchefe e foi pra casa. Cada vez que fechava os olhos, aquele par de esmeraldas, tão intensos e tão lindos dominavam seus pensamentos.

 

Chegou em casa e mal subiu as escadas, sentiu braços pequenos envolvendo sua cintura.

 

- Chegou cedo, mamãe! Vamos assistir os Minions!

 

Olhou para aquela figura pequena, de cabelos dourados e espetados. Sorriu. Depois de sofrer tudo o que sofreu, foi presenteada com o nascimento de Vinicius. Um acalento para sua alma sem cor.

 

Atendeu aos pedidos da sua cria e dormiram juntos em seu quarto. Novamente, seus sonhos foram tomados por uma mulher negra, de lábios carnudos, sorriso perfeito e os olhos, aqueles olhos tão perturbadores... suas preciosidades.

 

Não muito distante dali, Sarah virava de um lado para o outro. Ainda estava perturbada diante do encontro de mais cedo. Não esperava por aquilo, nem em seus melhores sonhos. Cris havia se tornado uma lenda, uma história apenas em seu coração. Sofria todos os dias silenciosamente, invejava Afonso, e morria cada vez que sua mente imaginava o corpo de Cristina sendo tocado por ele.

 

Quando a então dona-de-casa foi agredida, sentiu raiva, quase a ponto de matar. Então decidiu protege-la, decidiu cuidar e zelar pela sua amada.

 

Não deu tempo. Cristina resolveu voltar pra casa e sumiu. Sumiu.

 

- Quantas e quantas vezes eu fiquei imaginando um possível reencontro? Quantas e quantas vezes eu me via frustrada pelas minhas próprias vontades.

 

Se questionava em voz alta enquanto observava a lua iluminando o mar.

 

- Não tenho nada a perder. Estou recomeçando minha vida nesta cidade e agora que a reencontrei, não vou desperdiças a chance que me foi dada. Seja o que Deus quiser.

 

Desistiu de dormir, aproveitou e foi separar e organizar os documentos da compra do apartamento.

 

Os dias se passaram bastante inquietos.

 

Sarah ocupou-se em tomar posse do cargo de juíza e depois da mudança. Quase não tinha tempo para comer, e agradeceu que houvesse sido dessa maneira.

 

Cristina focava-se em seu restaurante, e no fim de sua rotina de trabalho, mimava Vinicius.

 

A juíza se mudou para o seu apartamento, comprou alguns móveis e decidiu ir ao shopping comprar alguns itens para terminar a decoração.

 

Soltou os cachos imensos, vestiu um jeans e uma camiseta branca e foi às compras.

 

Andou por todas as lojas de decoração, comprou tudo o que achou essencial. Queria que seu cantinho tivesse a sua cara. Sentiu fome.

 

Encaminhou-se a praça de alimentação e escolheu matar a fome com um fast food. Sempre que ia ao shopping, adorava comer esse tipo de comida. “Uma vez na vida não mata ninguém”.

 

Entre uma mordida e outra, pensou na chef. “O que será que ela estaria fazendo agora?”. Pegou o celular e discou o número. Ele chamou algumas vezes, e quando estava para desistir, ouviu aquela voz que fazia seu coração balançar.

 

- Pois não?

 

- Cristina! Espero não estar incomodando. – Sarah falava de olhos fechados, tentando não demonstrar o nervosismo instalado em sua voz.

 

- Ah.. Err.. Oi, Sarah! Não, não me atrapalha. Estava fazendo alguns testes na cozinha e ouvi o telefone tocar. – do outro lado da linha, uma chef de cozinha estava atrapalhada, nervosa.

 

“Merda, Cristina! Mantenha a calma, é só uma ligação! É Sarah, sua amiga, esqueceu?”

 

De imediato parou o que estava fazendo, soltou a colher do molho e se sentou.

 

- Bom, então. Eu gostaria de te fazer um convite. Me mudei para o apartamento novo e estou saindo do shopping com algumas decorações. Gostaria de te convidar para jantar, e pra conhecer meu novo esconderijo. – A juíza tentava a todo custo acalmar a própria respiração.

 

Cristina ficou muda, não sabia o que dizer. Na verdade, sabia sim, só não conseguia emitir algum som para a mulher do outro lado da linha.

 

- Cristina, você está aí? Alô?

 

- Sim, estou aqui.

 

- Me desculpe, eu sei que você é uma pessoa bastante ocupada e se não puder...

 

Cristina riu do nervosismo de Sarah e a interrompeu

 

- Eu vou, Sarah – Tentou acalmar a mulher do outro lado da linha, mas esta continuava a falar nervosamente

 

- A gente marca outro dia, um almoço talvez. É porque eu pensei que..

 

- Sarah! – falou mais alto

 

- O que foi?

 

- Eu disse que vou. Eu janto com você hoje.

 

- Sério?! Er, quer dizer... que bom. Me desculpe, falei sem parar... – “Como eu sou retardada”  a juíza repreendia a si mesma.

 

A chef soltou uma gargalhada. Lembrou de alguns momentos, quando conversava e flagrava a juíza a encarando. Ela ficava bastante nervosa, e disparava a falar.

 

- Tudo bem, sem problemas. Posso chegar às nove?

 

- Perfeito, vou te passar o endereço.

 

Cristina anotou o endereço e rapidamente se despediram. Cada uma com seu nervosismo, cada uma com seu medo.

 

“Ah, Cristina! Agora não é hora pra ter medo, vamos lá, é só um jantar” – A chef disse a si mesma, como se falasse um mantra.

 

Sarah chegou do shopping e aproveitou o pique para montar as últimas peças que faltavam para decorar o apartamento. Deu uma última olhada no ambiente e sorriu satisfeita. Pensou se Cristina gostaria de estar ali com ela.

 

- Não vamos pensar nisso, dona Sarah. Hoje temos um jantar para preparar e não podemos esquecer que ela é uma Chef, não aceito deslizes, heim! – Conversar consigo mesma já havia se tornado sua mania preferida.

 

Cristina passou parte da tarde preparando alguns molhos e temperos para o restaurante e depois tirou as horas restantes para descansar. Brincou por algum tempo com Vinícius e adormeceram juntos.

 

Acordou e viu aquele corpinho ao seu lado, dormindo tranquilamente. O pegou no colo e levou até o seu quarto. Falou com a babá. Stela estava com Cristina desde antes do nascimento do menino. Vinha de família muito pobre e um dia apareceu no restaurante procurando emprego. Mostrou-se eficiente, de confiança e quando nasceu Vinícius, Stela cuidava dele como se fosse um filho.

 

Tomou um susto quando olhou o relógio marcando 20:15. Apressou-se.

 

Banho, hidratante, vestido e maquiagem. Salto. 

 

Chegou ao endereço que a juíza havia lhe dado. Entrou no elevador, e a medida que este alcançava os andares, o coração sambava radiante, como que a frente de uma bateria de escola de samba.

 

As portas se abriram, e se viu diante daquele apartamento. Fechou os olhos, respirou fundo.

 

Tocou a campainha e quase instantaneamente, a porta se abriu. Sua mente se preparava para falar algo, mas foi interrompida pelo turbilhão de emoções que sentiu, ao vê-la a sua frente.

 

Todo o preparo psicológico, todas as falas treinadas, todos os mantras que usou para se acalmar, desapareceram o encarar aqueles olhos verdes, vivos e intensos. Seus olhos passearam por aquele rosto e aqueles lábios. “Saudade deles”. Seu corpo negro sob um vestido de seda branca e um decote que a fez que esquecer o mundo a sua volta.

 

“Concentre-se, Cristina, ou vai passar vergonha”

 

 - Você está linda! – Sarah quebrou o silêncio das bocas, pois os olhares continuavam a falar muito mais alto.

 

- Você também.. está.. muito linda. – Corou violentamente depois de gaguejar na frente da juíza e esta deu seu melhor sorriso.

 

- Mas que falta de educação a minha! Nem te convidei a entrar. Anda, vem... quero que se sinta à vontade. – Puxou delicadamente a chef pelas mãos para que ela entrasse no apartamento e fechou a porta.

 

Cristina olhou o ambiente a sua volta e sorriu satisfeita. “Esse lugar está a cara dela”. A juíza observou o rosto da chef e se aproximou por trás, falando em seu ouvido, quase em um sussurro.

 

- Espero que tenha gostado.

 

Cris suspirou e sentiu seus pelos se eriçando. “Controle-se, mulher! ”

 

- S..sim, eu gostei. – Respirou fundo buscando seu autocontrole – Na verdade, tudo nesse apartamento está a sua cara.

 

Sarah sorriu. Os olhos da Chef brilharam. “Por Deus, mulher. Pare de sorrir assim”

 

- Que ótimo! Agora vem, vamos jantar. Confesso que estou um pouco nervosa pela grande responsabilidade de preparar um jantar para uma Chef, mas de qualquer forma, o importante é que eu fiz com amor. – Frisou a última palavra.

 

- Não se preocupe, deve estar uma delícia. Já provei de suas receitas e nunca me desagradei.

 

Sorriram cúmplices. Sarah serviu o jantar e comeram entre conversas e sorrisos. Parecia que os 5 anos distantes uma da outra nunca existiram.

 

Terminaram de comer e dispensaram os pratos na pia.

 

Seguiram para a sala acompanhadas do vinho do jantar. Sarah parecia ansiosa, inquieta, e Cris notou.

 

- Sarah, pode perguntar. O que quiser saber, não me oponho a responder.

 

A negra a olhou, desviou os olhos para a taça de vinho que segurava e tomou tudo em um só gole. Olhou para a chef e perguntou:

 

- Porque foi embora?

 

Cris também sorveu todo o líquido da taça, serviu-se de mais vinho assim como também encheu o copo da outra.

 

- Eu tive medo. Tive medo por mim, por você. Achei melhor ir embora e apagar meus rastros daquela cidade. Ir embora foi a melhor ideia que tive na hora. Afonso não me encontraria nunca mais e não te perturbaria. Senti medo de que ele fizesse algo contra você.

 

Sarah a observou intensamente.

 

- E quanto ao que aconteceu entre nós?  Eu me declarei pra você, Cristina. Eu disse tudo o que estava entalado na minha garganta. Tudo o que eu sentia quando te via com aquele olhar triste, os ciúmes e raiva que sentia quando via aquele cretino te tocando, te abraçando. Eu desejava que fosse eu no lugar dele, assim tudo seria diferente, eu te faria feliz.

 

Cristina não sabia o que dizer, estava muda diante das palavras de Sarah. Olhou para aqueles olhos verdes e os viu inundando, mas antes que uma lágrima caísse, Sarah olhou para baixo e conteve-se. Suspirou fundo e observou a chef, como que esperando uma resposta.

 

- Eu... eu tive medo, Sarah. Afonso foi a única pessoa que conseguiu me tocar intimamente, e quando o fez, foi de maneira traumática. Eu aprendi que romance entre duas mulheres era algo errado, feio, sujo. Então eu senti medo, e como boa covarde que sou, preferi fugir.

 

Medo, vergonha, impotência. Cristina se sentia cada vez menor, toda que vez que encarava aqueles olhos verdes, que tentavam, em vão, não demonstrar a dor de todos aqueles anos em que estiveram afastadas.

 

- Cristina, não teve um dia em que eu não pensei em você. Não teve um só momento em que eu olhasse para a porta da minha casa sem esperar você chegar. Você disse que voltaria, que tudo ficaria bem, e eu sofri esses anos todos esperando. Então, quando eu vi que não voltaria mais, eu decidi mudar. Larguei tudo o que me lembrava você, e vim pra Fortaleza. – sorriu irônica – e grande foi a minha surpresa, quando fugi de você e acabei te encontrando.

 

O peito da chef parecia se desmanchar. Seu coração voltou a saltitar. Ela ainda a amava. Por todo esse tempo tentou se enganar, dizer para si mesma que tudo o que Sarah havia dito naquela noite, era pelo calor do momento, por querer protege-la. Mas estava enganada. Sarah ainda a amava. “Cinco anos! Cinco anos!”. Tomou coragem e olhou para a juíza. Ela estava de cabeça baixa e pode ver alguns pingos de lágrimas caindo em suas pernas, molhando seu vestido.

 

Aproximou-se mais, tomou a taça da mão da juíza e depositou as duas na mesa de centro. Sentiu que ela a observava curiosa. Depois, tomou as mãos da juíza e as observou, em seguida o seu rosto, aqueles lábios, e então os olhares se duelaram.

 

- Não teve um só dia em que eu não lembrasse daquele beijo. Não teve sequer uma noite em que eu não sonhasse com aqueles toques, com o seu abraço. Pela primeira vez na vida eu havia sentido amor, proteção, paz. Mas minha criação e as pessoas ao meu redor me ensinaram que duas mulheres juntas era totalmente errado, era sujo. Então, aquilo me deu medo, e como boa covarde que sou, fugi. Mas não adiantou, pois tudo o que eu senti, fugiu junto comigo e eu sofri. E esses anos todos eu pensei em você. Me perdoe Sarah, eu fui uma covarde.

 

Sarah olhava para a chef sem saber o que dizer. Não conseguia acreditar que aquilo era real, que aquela mulher, a dona dos seus sonhos, das suas lágrimas, da sua saudade, estava ali, dizendo tudo o que ela havia imaginado apenas nos sonhos. Abria e fechava a boca sem saber o que dizer, o que fazer.

 

Cristina riu diante do nervosismo. Entendeu a reação dela, mas agora, nenhuma palavra se fazia necessária. Podia ouvir perfeitamente a batida do seu próprio coração. Olhou para aqueles lábios e os beijou.

 

“Como eu sonhei com isso, como eu desejei essa boca... todos esses anos”

 

A juíza sentiu os lábios rosados tocando os seus e abriu passagem. Envolveu a chef pela cintura, com medo de que seus corpos se separassem. Soltou a respiração que nem se lembrava mais quando havia prendido.

 

A línguas travavam uma batalha intensa. Os corações pareciam pular, sambar, rodopiar. Cristina viu a necessidade de aumentar o contato e empurrou seu corpo contra do da juíza. Deitaram-se no sofá. O ar se fez necessário. As bocas se separaram. Sorriram.

 

- Me diz que isso tudo é real? Eu ainda não consigo acreditar. Parece loucura.

 

Cristina riu e os lábios voltaram a se colar. As línguas se tornaram mais intensas. Os suspiros diante das mãos inquietas. O desejo de decorar no tato, cada poro. Aquela pele negra, convidativa, fez Cristiane abandonar a boca e distribuir beijos pelo pescoço, braços e colo, enquanto observava os poros da juíza se eriçarem, e ela presenteá-la com seus gemidos tímidos.

 

De repente, Sarah levantou, empurrando o corpo da chef, que ficou sem entender. Em pé, sorriu puxou Cris pela mão, conduzindo-a em direção ao quarto.

 

Ao passarem pela porta, a chef sentiu os braços fortes da juíza lhe apertarem a cintura. Outro beijo. Mais urgente. Cristina podia, claramente, sentir suas entranhas inundadas. Com Sarah não era diferente.

 

Mãos urgentes e bocas sedentas. Em segundos, as roupas foram jogadas em um canto qualquer do quarto. Na cama, desnudas, Cris sentia o peso delicioso do corpo da juíza sobre o seu, e seu corpo sendo apertado, beijado, mordido. Sarah beijava e admirava aquele corpo branco com devoção. Demonstrava em cada beijo a saudade que sentia, o desejo. Sugou as auréolas rosadas enquanto sua mão explorava o centro de prazer da chef. Cristina sentia seu corpo assumir movimentos involuntários contra os dedos e a boca de Sarah. Estava prestes a atingir o clímax quando sentiu a língua quente em suas entranhas, judiando, fazendo a chef se derreter em gemidos cada vez mais altos.

 

Sentiu o corpo todo vibrar e quase sair de si. Gozou.

 

Sarah nunca mais esqueceria da imagem daquela mulher de pele alva, contorcendo-se sob suas carícias.

 

Mal se refez do orgasmo e puxou Sarah pela mão, e deitando sobre ela, iniciou as carícias de forma tímida, mas a medida que via aquela mulher negra arquear-se, gem*r e tremer, seus instintos a faziam enlouquecer. Provou daquela mulher de todas as maneiras. Nunca antes havia estado com alguém do mesmo sex*, mas ver Sarah se entregar daquela forma a fez agir por puro instinto, com desejo, com amor. Tomou aquele corpo lindo, e foi tomada. Poderia morrer naquele momento, e ainda assim, o faria feliz.

 

Desabaram exaustas quando os primeiros vestígios do dia atingiam a janela. Cristina se encaixou na frente da juíza, enquanto sentia esta afagando seus cabelos e acariciando sua pele.

 

- Eu te amo, Cris.

 

 

 

E assim, dormiram. 

Fim do capítulo

Notas finais:

E agora? Como vai ser? Taraaannn (música de suspense) kkkkkkk

Bom, espero que gostem. Tô um pouco nervosa ainda, mas acho que é algo normal pra uma marinheira de primeira viagem kkk.

Um abraço bem apertado em todas que comentaram e por gentileza, continuem! É isso que me dá coragem pra escrever mais.

O próximo capítulo será postado na sexta-feira, ok? Aguardem!

Pérola.


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Comentários para 2 - Capítulo 2:
rhina
rhina

Em: 28/05/2016

Oi Pérola. 

Que lindo. 

Apesar do tempo ambas guardou os sentimentos intactos. 

Um reencontro inesperado. 

A vida presentinhando um amot lindo e verdadeiro. 

Devo dizer... mas uma cena de amor que desperta algo entre... 

Vc é  demais. 

Até 

Responder

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wood
wood

Em: 21/05/2016

Ameeeiiii todo o sofrimento teve a recompenssa maravilhosa o Vinícius amor maior não há o de um filho.Passou um filme na minha cabeça conheço uma amiga que viveu a mesma historia da Cris um marido que violentava ela sempre embriagado.Se você conhecese ela diria que está escrevendo a história da vida dela,e por coincidência o nome é o mesmo Afonso foi o primeiro homem que ela se relacionou viveu por anos sofrendo.E mais tarde descobriu o verdadeiro amor da sua vida.adivinhe com quem?😀😀uma mulher ve se não é  pura coincidência. Parabéns autora 😚😚

Responder

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Mille
Mille

Em: 11/05/2016

Que capítulo, nossa fiquei mega feliz que as  duas poderão conversar e deixar os sentimentos as guiarem. E foi uma força maior para a Cris descobrir grávida e nasceu o pequeno príncipe.

Espero que a felicidade delas possam duram por muito tempo, mais do que esperaram para se reencontrar.

Bjus até o próximo


Resposta do autor em 14/05/2016:

Não é? Em toda luta há uma vitória. Apesar de ter sido gerado dessa maneira, Vinícios veio ao mundo pra dar cor à vida de Cris. E elas são um pouco "cabeçudas", mas se enxergarem o quanto podem ser felizes juntas, vai dar super certo.

Obrigada pelo comentário. Um grande abraço e até o próximo capítulo.

Pérola.

Responder

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line7
line7

Em: 11/05/2016

NOSSA ...o capítulo  nas batidas dos tambores...rss..muito romance com o encontro entre o casal, foi lindo com cada palavra dita, narrada por vc foi como se estivesse vendo a cena do casal como um filme dentro da cabeça.Kk..Ótimo.  até mais linda, indo muito bem.😊😙


Resposta do autor em 14/05/2016:

Disse tudo. De fato dá pra conseguir visualizar tudo, e você acaba sentindo até a ansiedade e o nervosismo das duas kkkk Um grande abraço, e até o próximo capítulo.

 

Pérola.

Responder

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Anandinhaly
Anandinhaly

Em: 11/05/2016

Muuuuuito bom esse segundo capítulo!

Que bom que elas ficaram juntas e Cristina pode sentir o amor *-*~

e que bom que de todo mal que foi feito a ela, pelomenos deu um fruto tão lindo que é o Vinicius! <3


E que chegue sexta pra continuar essa história que tá ficando tão linda e deixando as leitoras tão anciosas pelos próximos capítulos!*-*~


;*

 

 


Resposta do autor em 14/05/2016:

Coisa linda <3 Bem sabemos, que depois de toda a luta a gente consegue sentir o sabor da vitória, e Vinícus foi a vitória de Cris depois de tudo o que aconteceu.

Essas cabeçudas ainda vão dar o que falar.

Um xeiro <3 

Pérola.

Responder

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Lekanto
Lekanto

Em: 11/05/2016

Uau!!! Estava esperando com uma enorme espectativa.

Menina, vou parafrear Sarah e dizer: "Por Deus, mulher. Para de sorrir assim"; porque foi assim que li todo o capítulo. Não consegui tirar o sorriso dos lábios. 

Gostei da surpresa do Vinícius. Bem fofo. 

Bom, agora só esperar, anciosamente por sexta-feira para me deleitar como terceiro capítulo. 

Parabéns, mais uma vez. 

Fique bem. 


Resposta do autor em 14/05/2016:

kkkkk Eu adoro seus comentários, Lekanto! Realmente, pra nós que somos leitoras assíduas, ler um capítulo com um sorriso nos lábios é a melhor coisa que existe. Eu agradeço a força que você tem me dado e espero melhorar a cada palavra escrita.

Um grande abraço

Pérola.

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