“As juras mais fortes consomem-se no fogo da paixão como a mais simples palha.”(William Shakespeare)

            Acordei com o toque insistente do meu celular. Peguei o aparelho ao lado da cama e olhei nome no visor. Sorri ao ver a foto de Júlia com aquele sorriso doce me encantava tanto. Olhei o relógio que marcava 8:30hs da manhã. Atendi a chamada com voz ainda sonolenta.

            - Oi – disse bocejando.

            - Bom dia Flavinha – respondeu com a voz alegre.

            - Tinha formiga na sua cama hoje? – perguntei rindo. Você já ouviu a frase “Quem pergunta o que quer escuta o que não quer?”. Pois é isso acontece comigo as vezes.

            - Você preferia que fosse aquela loira do barzinho? – respondeu.

            - Eu não preferia nada – respondi fechando minha cara do outro lado da linha – É você quem tem que preferir ela ou não – disse fingindo indiferença.

            - Humm... bom saber disso por que na verdade, eu preferia muito que fosse uma certa baixinha morena, bravinha e emburrada – respondeu me zuando.

Júlia e eu tínhamos saído na noite anterior para um barzinho alternativo. Tudo estava ótimo, a noite divertida, nós estávamos naquele flerte gostoso uma com a outra, toques de mãos estrategicamente calculados, olhares insinuantes, tudo estava perfeito até que Júlia foi abordada por uma loira no balcão do bar. Mulherzinha atrevida viu. Só faltou se jogar no colo dela. E Júlia pareceu adorar aquela paparicação toda. Nem preciso falar que minha noite acabou ali né. Eu fechei a cara até a hora de irmos embora e quando Júlia me convidou pra dormir na casa dela eu neguei, é claro. Foi assim que acabamos cada uma na sua cama. E agora ela estava me acordando em pleno sábado pra falar sei lá o que.

- O que ta fazendo acordada tão cedo? – perguntei me revirando na cama e deitando de lado colocando o celular no viva voz.

- Quero te convidar pra tomar café comigo – ela disse.

- Café? – pensei e meu estomago já revirou de fome – Me deu fome agora! – respondi.

- Ótimo. Então sai da cama que estou no portão do seu prédio já – ela disse.

- Você tá ficando muito parecida com sua irmã! – eu disse me referindo ao fato de Ana sempre aparecer sem nem avisar antes. Me sentei na beirada da cama e peguei o aparelho. Caminhei ate a sala e avisei ao porteiro para liberar sua entrada. Enquanto isso fui ao banheiro e fiz minha higiene matinal. Prendi os cabelos num rabo de cavalo e antes que pudesse trocar de roupa ouvi a campainha tocar. Fui ate a sala e abri a porta dando de cara com Júlia. Ela usava uma calça leg preta e verde, uma blusinha colada que realçava seus belos seios, tênis e óculos de sol. Dei passagem para ela e assim que entrou fechei a porta.

- Você atende porta vestida assim pra todo mundo? – perguntou. Eu estava de camiseta e calcinha apenas.

- Nunca precisei me preocupar em ser atacada por isso – respondi sorrindo.

- Deveria começar a se preocupar agora – disse se aproximando de mim e eu colei meu corpo na porta ficando sem saída. Aproximou seu rosto do meu e eu tentei desviar mais sua mão me impediu, me fazendo olhar para ela – Não vou deixar você fugir de mim de novo! – ela disse – Fui boazinha com você ontem a noite e passei a noite inteira arrependida por isso – seus dedos deslizaram por meus lábios – Não vou cometer o mesmo erro duas vezes... quero o beijo que desejei a noite inteira! – seus lábios tocaram os meus e eu entreabri a boca esperando que ela avançasse. Senti sua língua me invadir e delicadamente ganhar espaço em minha boca, encontrando na minha uma parceira de dança, que seguia o ritmo ditado por ela. Meus braços buscaram seu pescoço envolvendo-se nele e ela puxou minha cintura para junto dela. Nos beijávamos com calma, com carinho, aproveitando cada segundo que nossas bocas se mantinham unidas, se buscavam e se entregavam uma a outra.

- Bom dia! – ela disse baixinho ao afastar-se, com sua testa colada na minha e sua boca ainda próxima.

- Você já me deu bom dia – eu respondi.

- Mas não foi como eu gostaria de ter dado. Agora foi! – disse e eu sorri. – Posso ter você só pra mim hoje?

- Pode! – respondi ainda sem acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo. Júlia parecia cada vez mais se envolver pelo que tínhamos, seja lá o que fosse a nossa relação, mas eu estava adorando esse jeito dela.

- Café primeiro então – disse me dando um beijo leve nos lábios – Troca de roupa. Não quero correr o risco de alguma maluca agarrar você – disse me fazendo sorrir. Sai de seus braços e fui até meu quarto. Como estava sol coloquei uma saia jeans e uma blusinha azul. Completei comum all star preto básico e um perfume cítrico, mas suave.

- Tá bom assim? – perguntei.

- Linda! – disse apenas. – Vamos? to com vontade de comer na Galeria dos Pães. Já foi lá?

- Ainda não. Mas falam muito bem de lá.

- É uma delicia. Cada coisa gostosa. Você vai amar! – peguei minhas chaves segui em direção a porta. Fechei e entramos no elevador. Estávamos uma ao lado da outra quando senti a mão de Júlia segurar a minha. Olhei para ela e encontrei seu rosto com um sorriso tímido. Sorri para ela como se concedesse permissão para ela continuar e ela entrelaçou seus dedos nos meus. Quando a porta se abriu Júlia saiu na frente me conduzindo, de mãos dadas, ela me levou ate onde seu carro estava estacionado e assim que destravou o alarme abriu a porta para que eu entrasse. Passei o cinto de segurança sobre meu corpo e ela seguiu dirigindo até a padaria.             Sempre que parava em algum semáforo sua mão direita buscava a minha que repousava sobre minha perna mantendo-as unidas até o semáforo se abrisse. Eu me perguntava o que estava fazendo Júlia agir dessa maneira. Depois do que houve com sua mãe e aquele beijo em sua casa não havia acontecido mais nada entre nós. Nos falamos todos os dias naquela semana, e somente ontem é que havíamos voltado a nos ver. E então tinha acontecido aquele lance da loira oferecida e hoje de manhã ela aparece assim, toda encantadora.  Resolvi não pensar muito nisso e aproveitar o tempo ao lado dela.

- Então o que vamos fazer depois do café? – perguntei.

- Eu pensei em darmos um pulo até Embu das Artes. Dizem que lá é lindo. Almoçamos por lá e depois voltamos. E a noite podíamos jantar e sair pra dançar o que acha?

- Acho que você já programou tudo – disse rindo e ela sorriu também.

Tomamos café e como Júlia disse eu adorei o lugar. Comi tanta coisa que devo ter engordado uns 3 kilos. De lá seguimos até Embu das Artes e fizemos um tour pela cidade. A cidade é pequena e nos finais de semana as ruas do centro ficam lotadas de turistas que visitam a feira de artesanato. Almoçamos num restaurante chamado Empório São Pedro, um confit de pato acompanhado de ravioli de pera e gorgonzola delicioso. Nossa tarde fori muito gostosa e o tempo todo Júlia se mostrava atenciosa e carinhosa. Ela não soltava sua mão da minha pra quase nada, exceto quando fomos comer, outras vezes me enlaçava pela cintura e andávamos assim, e sempre que parávamos para tirar alguma foto com o celular sua boca buscava a minha para um beijo, as vezes mais quente, outras apenas um selinho delicado. Chegamos em São Paulo por volta das 18:30hs da tarde e ela me deixou na porta de casa. O clima tinha mudado e um vento frio cortava a rua. Desci do carro e ela desceu também, caminhou ate meu lado e encostou seu corpo na porta me puxando para perto dela e me abraçando.

- Te busco as 20:00hs pro jantar?

- Sim. Devo usar algo especifico? - perguntei sentindo meu corpo começar a tremer. Júlia me apertou ainda mais em seus braços. Ela tinha o corpo muito quente.

- Pode usar algo sexy que eu vou adorar – disse com malicia em meu ouvido e eu dei um tapinha em seu ombro.

- Adorei o passeio – eu disse e afastei meu rosto para olha-la.

- Eu também – respondeu e sua boca colou-se a minha num beijo que fez meu corpo esquentar, apesar do vento frio que batia. Sua mão segurou minha nuca enquanto a outra deslizava pelas minhas costas, mantendo meu corpo colado ao dela. Quanto mais ela me beijava mais calor despertava em mim, era como se uma chama se espalhasse por todo meu corpo. Quando nos afastamos ambas estávamos quase sem ar.

- As 20:00hs em ponto! – Júlia disse me soltando e caminhei de costas, olhando para ela que permanecia encostada no carro com um sorriso lindo no rosto, ate chegar no portão do prédio. Entrei em casa como se eu andasse pisando em nuvens. Como era bom poder passar momentos assim com ela. Entrei no chuveiro e tomei um banho demorado e relaxante. Passei um hidratante suave no corpo e abri as portas do guarda roupas para escolher minha roupa. Escolhi uma lingerie preta, uma calcinha fio dental transparente com tiras de amarrar nas laterais, sexy e muito atraente, um sutiã preto que combinava muito bem com a calcinha. Como a noite tinha esfriado um pouco optei por uma calça montaria preta e bota carmim de bico fino e salto alto, uma blusa segunda pele branca e jaqueta de couro na cor da bota. Passei meu perfume e deixei os cabelos soltos. Fiz uma maquiagem marcante nos olhos, um gloss nos lábios e brincos pratas para completar meu visual.

As 19:55hs o interfone de casa já estava tocando. Isso era uma das coisas que eu gostava em Júlia, ela era extremamente pontual, as vezes até demais. Desci e ela me esperava no roll de entrada do prédio. Assim que viu abriu um sorriso encantador. Júlia estava linda também. Uma calça jeans preta e coturno preto de salto médio, uma blusa branca com a estampa de uma coruja na frente e casaco preto. Sua maquiagem era bem marcante, destacando-se pelo batom vermelho cereja nos lábios, dando-me uma vontade tremenda de tira-lo com os meus. Como sempre seu perfume me inebriou os sentidos quando ela se aproximou de mim e juntou nossas mãos.

- Está deslumbrante – ela disse.

- Você também – respondi.

- Fiz reservas para nós. – disse me dando um selinho carinhoso.

- Posso saber onde vamos jantar?

- Pode... assim que chegarmos lá – sorriu travessa. Eu nem precisei de muito mistério. Assim que Júlia parou o carro na frente do Circolo Italiano e entregou as chaves ao manobrista eu já sabia pra onde ela me levaria. O Terraço Itália é um restaurante famoso em São Paulo, tanto pelo visual incrível que se tem do alto, que fica a 43 andares do chão, quanto pelo seu preço elevado. Não era o tipo de restaurante que eu estava acostumada a frequentar.

Assim que entramos fomos recepcionadas pelo maitre, que nos acompanhou até a mesa. O lugar era espetacular e nossa mesa ficava num canto próximo da janela, dando vista para cidade de São Paulo. Havia um garçom que era responsável apenas pelo nosso atendimento. Escolhi meu prato e Júlia o dela. Ela também pediu uma garrafa de vinho rosé para acompanhar e duas aguas.

- Gostou daqui? – perguntou.

- É lindo – respondi olhando-a. – Podíamos ter ido a qualquer outro lugar você sabe ne? – sua mão buscou a minha por cima da mesa e seus olhos brilharam aos me olhar.

- Você não merece menos do que isso Flá. – disse e eu me derreti por ela. Se Júlia queria me deixar ainda mais apaixonada por ela, estava conseguindo. Nosso vinho chegou e o garçom colocou um pouco nas taças.

 - À que vamos brindar? – perguntei.

- À nós – disse estendendo sua taça – A uma noite repleta de possibilidades! – me olhava intensamente e toquei minha taça na sua levemente antes de bebermos o liquido. Nossos pratos não tardaram a chegar e comemos conversando tranquilamente em meio a olhares carinhosos e trocas de afagos. Quando terminamos de comer Júlia ainda me levou até o piano bar que fica acima do restaurante. E de onde a vista da cidade é ainda mais bela a noite. Era por volta de 23:00hs da noite quando saímos de lá. 

- Quer ir pra alguma balada especifica? – Júlia perguntou.

- Tenho uma ideia melhor – respondi – Me leva pra sua casa! – pedi.

            Eu havia passado a semana toda sem ver Flávia. Na sexta feira quando eu a convidei para ir num barzinho comigo minha intenção era a de passar a noite inteira ao lado dela. Flávia me fazia tão bem, ela estava despertando sentimentos em mim, com seu jeito carinhoso, sua presença sempre alegre, seu jeito de menina inocente que no fundo, escondia um furação quando estávamos na cama. Ela estava reconstruindo meu coração aos poucos. E eu estava gostando muito disso. Pensar na simples possibilidade de me apaixonar por ela já fazia meu coração bater diferente.

            Estava tudo indo bem até uma mulher me abordou no balcão do barzinho. Ela era linda sim, e muito simpática, mas não era nela que eu estava interessada. Fui educada com a garota e Flávia mudou seu humor de uma hora pra outra. No fim da noite ela preferiu dormir na casa dela e eu não quis forçar nada. Eu achei que tivesse deixado minhas intenções com ela bem claras naquela noite, mas pelo visto ela não percebeu isso. Me arrependi por não ter sido mais clara mas agora era tarde demais, eu já estava na cama e nada do sono aparecer. Eu só conseguia pensar naquele sorriso que ela me dava, nos seus olhos tão escuros, em como eu queria sentir seu beijo aquela hora.

            Acordei cedo no dia seguinte e depois de me banhar e trocar de roupa decidi colocar as coisas em pratos limpos. Não iria passar mais nem um minuto me arrependendo de não tê-la beijado. Depois de aparecer em sua casa e ela me atender apenas de camiseta e calcinha, eu praticamente a ataquei, beijando-a. E que beijo incrível. Foi diferente dos demais, foi como o mesmo beijo que demos na semana anterior, um beijo que tinha muito mais carinho, mais entrega do que apenas desejo. Entrega, era essa a palavra, no fundo eu sabia que eu estava me entregando à ela cada vez mais, e eu estava disposta a me entregar por inteiro se ela também estivesse. E eu daria o primeiro passo para fazer acontecer.

            Senti uma sensação tão boa quando minha mão segurou  dela  pela primeira vez no elevador. Era como se aquele fosse o meu lugar. Passamos uma tarde incrível juntas. O tempo todo dediquei minha atenção a ela, andávamos sempre de mãos dadas e eu lhe dando carinho, e ela retribuía meus afagos, meus beijos, minhas caricias. Era gostoso passar as horas ao lado dela, tudo parecia mais alegre, mais colorido. A noite iria leva-la para jantar e meu coração disparou ao vê-la sair do elevador. Estava perfeita. Incrivelmente linda. Depois de sairmos do Terraço Italia eu me surpreendi quando ela disse que preferia ir para minha casa ao invés de dançar. Mas como meu intuito era agrada-la eu faria o que ela me pedisse, então dirigi para minha casa.

            - Não entendi por que quis vir pra ca – perguntei assim que entramos. – Não queria dançar?

            - Quem disse que não vamos dançar? – respondeu com um olhar intenso – Pelo menos eu vou – disse com malicia e senti meu ventre se contrair de desejo.

            - Vai dançar comigo? – perguntei abraçando-a e minha boca percorreu seu pescoço. Ela se contraiu ligeiramente.

            - Vou dançar pra você – disse beijando meu pescoço me fazendo estremecer. – e se você se comportar enquanto eu danço pode pedir o que quiser depois – sussurrou.

            - Tudo que eu quiser? – sussurrei de volta já com os pensamentos a mil.

            - Qualquer coisa. – respondeu e me puxou até meu quarto.

            - Assim minha imaginação fértil pode imaginar muitas coisas – disse enquanto ela me puxava. Entramos no meu quarto e ela puxou uma cadeira que eu usava na escrivaninha, colocando-a na parte livre do quarto, aproximou-se de mim parando em minha frente e deslizou suas mãos pela minha barriga subindo para dentro das mangas de minha jaqueta, retirando-a de um jeito provocante. Enquanto suas mãos desciam pelos meus braços ela me olhava.

            - Como eu já disse... o que quiser – disse mais provocante ainda e senti meu corpo se acender insanamente. Nunca imaginei que pudesse sentir tanto tesão assim por Flávia, mas ela estava conseguindo me enlouquecer.  Empurrou meu corpo com delicadeza me fazendo sentar, caminhou até a mesa e conectou seu celular nas caixinhas de som que eu mantinha sobre o móvel, e voltou parando em pé de frente para mim. Quando o som da música tão conhecida pra mim começou a tocar no quarto eu já sabia que seria impossível me manter comportada. Eu já tinha comentado com Flávia há muito tempo atrás que eu adorava We can make love, era uma música extremamente sexy, mas eu nunca imaginei que ela fosse dançar justo essa música para mim.

            Na introdução da música ela começou a rebol*r sensualmente enquanto retirava sua jaqueta devagar, jogando-a longe. Mantinha o queixo baixo e os olhos conectados aos meus enquanto eu sentia meu coração começar a bater apressadamente e minha respiração se alterar. Assim que primeira estrofe da música começou a tocar ela desceu seu corpo rebol*ndo e deslizou o zíper de suas botas, retirando-as.

I can be tender, I can be rough

I can do anything you care for, everything above

Assim como a jaqueta, elas foram parar em alguma parte do meu quarto. Apoiou as mãos sobre as bordas da cadeira e subiu seu corpo devagar, quase esfregando seus seios em meu rosto. Minhas mãos tentaram tocar a lateral de seu corpo, mas ela as afastou, me deixando com mais vontade ainda de toca-la, e boca me deu um beijo curto, mas que excitou-me.

Na segunda estrofe, afastou minhas pernas com as mãos pondo-se entre elas, virou-se de costas para mim descendo sua calça, e enquanto rebol*va desceu seu corpo esfregando-se em meu sex*, retirou-a e ainda de costas esticou as pernas lentamente me dando visão total de sua bunda. Deslizei meu corpo um pouco na cadeira, relaxando-o com aquela visão eufórica. Ela estava apenas com aquela calcinha minúscula e a uma segunda pele colada ao corpo, incrivelmente sexy. Respirei fundo quando minhas mãos tocaram suas coxas.

Baby, let me rock your body, ride your body

Kiss your favorite spot, tie your hands behind your back

Feel my fingertips above

Your shoulders, you'll like it when I drive it

Yeah I'll push the clutch

I just want it all, but no rush

Ela usava uma calcinha fio dental que mostrava apenas um minúsculo triangulo do tecido na parte de cima das costas. Essa mulher era uma verdadeira perdição, meus batimentos cardíacos já estavam a ponto de entrar em colapso. Quando se virou de frente desci meus olhos em direção ao seu sex*, coberto pelo tecido totalmente transparente, me dando uma visão muito desejada por meus olhos. Ela deslizava suas mãos pelo próprio corpo, pelos seios, barriga, cintura, em movimentos lentos que seguiam no ritmo da música. Na introdução do refrão ela apoiou as mãos na cadeira acima dos meus ombros e sentou-se sobre minhas pernas, começando a rebol*r sensualmente sobre mim, esfregando-se. Minhas mãos foram direto para sua bunda deslizando sobre ela, apertando-a, puxando-a contra meu corpo. 

So we can make love or we can just fuck

We can get romantic, dirty dancing,

Feel my hands until the sun comes up

Durante todo o refrão da música ela rebol*va sobre mim, devagar, provocante. Suas mãos seguravam na cadeira e ela forçava ainda mais seu corpo no meu. Me excitando, me levando a loucura. Fazendo com que minha calcinha molhasse de desejo, de tesão, fazendo meu corpo queimar pelo dela.

We can make love,

We can, we can just fuck

We can make love,

We can, we can just fuck

We can make love,

We can, we can just fuck

We can, we can just fuck

Um novo trecho começou a tocar e levantei meu corpo pegando-a no colo e invertendo nossas posições, sentando-me com as costas dela apoiada no encosto da cadeira. Ela continuava a mover seu corpo sobre o meu, num rebol*do cadente, e minha boca invadiu a sua num beijo urgente.

You love when I'm sweet babe

I love when you bite

You love it when I cover up your eyes

For a minute, but only some nights

I love when you ask me

To tickle your back

You love when I reach up underneath

And grab between your thighs, like that

Sua boca buscou meu pescoço, explorando-o com os lábios e a língua, arrepiando-me. Minhas mãos desceram por suas pernas, segurando-as pelo joelho, enquanto meu quadril se encaixava no dela, e dessa vez o controle era meu. Segurei minhas mãos na cadeira pressionando meu quadril no dela fazendo-a gem*r de uma forma altamente prazerosa aos meus ouvidos.

Quando a música voltou para o refrão minha boca passou a explorar seu pescoço ch*pando-o, beijando-o com vontade, com prazer. Eu me deliciava no corpo dela e enlouquecia só de imaginar tudo mais que aquela noite ainda nos traria. Envolvi seus braços em volta do meu pescoço e retirei-a da cadeira, levando-a até minha cama e deitando seu corpo sobre ela.

Retirei minha blusa, assim como a calça que eu usava, sem tirar meus olhos dela. A música ainda tocava nos envolvendo em seu ritmo sedutor. Ela mordeu os lábios provocante e subi meu corpo sobre o dela. Passei a mexer meu quadril sobre o seu, movimentando-me para frente e para trás, contorcendo meu corpo de forma lenta, sensual. Suas mãos buscaram meu quadril e deslizaram até minha barriga. A música encerrou-se, dando início a uma outra.

Flávia virou meu corpo sobre a cama com uma facilidade incrível, já que eu era um pouco mais alta que ela. Com seu corpo encaixado entre o meu voltou a movimentar-se sobre mim. Eu já sentia meu sex* completamente molhado, meu clit*ris pulsava de desejo. E quanto mais ela se remexia sobre mim, mais eu queria senti-la. Puxei sua boca para um beijo quente e nossas línguas se buscaram com ansiedade. Nossas bocas se mantinham unidas o tempo todo, nosso beijo aumentava o desejo, fazia minha pele quase implorar para sentir sua boca deslizando por ela.

- Ahh Flávia – gemi fechando os olhos quando sua boca deslizou por meu pescoço novamente. Aos poucos, ela percorria a língua pelo meu colo, mordendo-o levemente. Com uma das mãos, abriu o fecho do meu sutiã com facilidade e retirou a peça enquanto me direcionava um olhar fogoso.

- Você é incrivelmente linda! – Ela disse e dei a ela um sorriso largo, Flávia me deixava cada dia mais encantada.

- Se continuar sendo assim, tão perfeita, eu corro um risco sério de me apaixonar por você! – Disse abrindo meu coração para ela, o que era a mais pura verdade, se é que já não era realidade. Meus sentimentos por ela mudavam mais a cada dia, eu queria sempre estar em sua companhia, sentia falta de seus beijos, dos seus abraços apertados, eu queria o calor de suas mãos nas minhas quando andávamos de mãos dadas, eu a queria só para mim, e meu peito sentia uma sensação estranha só de imaginar que outra pessoa poderia ter aquela mulher além de mim. E se isso não fosse paixão, eu não saberia dizer o que era! Mas eu tinha medo. E se apenas eu estivesse me sentindo assim? Ela apoiou um dos braços na cama e aproximou seu rosto do meu deixando sua boca colada na minha e nossos olhos fixos um no outro.

- Então se apaixone... – roçou sua boca na minha me dando um beijo leve - Por que eu já estou apaixonada há muito tempo! – Respondeu baixo e senti meu coração acelerar mais ainda. Não era por desejo, não era por tesão, era pelo simples fato de ouvi-la me dizer que era apaixonada por mim. Envolvi seu rosto delicadamente com minhas mãos e a puxei para um beijo, um daqueles beijos que eu tanto adorava, um beijo carinhoso, com sentimento. Um daqueles beijos que fazia meu coração se aquecer no peito. Um beijo que demostrava que ela não estava sozinha nessa história e que se ela quisesse, eu escreveria novos capítulos, ao lado ela. 

Continua no proximo...

Fim do capítulo