Oi!!!!
Mais um capitulo fresquinho, espero que gostem!
Agradeço os comentários, vocês são umas fofas!
Beijos e bom final de semana!
Capítulo 2 - Ela respondeu
--Quer parar de morder essa boca? Não tem nem dez minutos que você mandou a mensagem! – Fernanda tentava me acalmar, mas tudo que eu ouvia era blábláblá.
De repente meu celular virou, quase tive uma taquicardia quando vi o ícone do mensseger.
“Bom dia Jornalista! Vou bem e vc? Obrigada por ter me add.”
-- Fê, ela respondeu, ela respondeu! – Falei numa espécie de grito sussurrado!
-- Então responde de volta, retardada!
-- Não sei o que responder! Tô travada! – Fernanda simplesmente revirou os olhos e me deu um tapa na cabeça. Com as mãos trêmulas, digitei: “Vou bem tb! Nem precisa agradecer...” me senti uma idiota, mas nenhuma outra resposta me vinha a mente.
Em segundos ela respondeu: “Puts... preciso ir resolver umas coisas, dps a gente se fala! Bjo.”
Foi o que bastou para eu me arrepender de ter mandado o convite, a mensagem, tudo. Respondi ao beijo e em seguida joguei o celular dentro da gaveta.
-- Ai Fê, acho que ela não queria falar comigo. – Falei desanimada.
-- Deixa de ser idiota, você não sabe se de fato ela tinha algo pra fazer. Se você quer conhecer essa garota, vai em frente. Acho que ela pode ser a força que você precisa pra dar logo um chute na Juliana.
****
Naquela noite, Juliana sairia com umas amigas, sem hora pra voltar. Aproveitei o tempo sozinha pra stalkear o Facebook de Carol.
Percebi que ela tinha uma vida beeem agitada e que havia várias menininhas atrás dela, eram várias fotos, mensagens na linha do tempo. Dava pra ver que ela tinha todo um jeitinho cafajeste de ser, mas por mais incrível que fosse pra mim, isso me encantou e eu me peguei mordida de ciúmes daquela estranha.
Mais uma vez, fui dormir com o pensamento em Carol. Acordei horas depois com um toque lascivo em minha pele, me virei assustada e dei de cara com uma Juliana completamente bêbada que tentava me livrar de minhas roupas.
-- O que você pensa que está fazendo Juliana? – perguntei nervosa e assustada.
-- Eu quero você! – respondeu com a voz embolada.
-- Tira as mãos de mim! Eu não quero! – falei exasperada me cobrindo com os lençóis.
-- Você é minha mulher e eu vou te comer! Minha cadelinha!
Sem deixar que ela me tocasse novamente, saí do quarto enfurecida indo para a sala. Me joguei no sofá após trancar a porta, Juliana esmurrou a porta por um tempo ainda, até que se cansou e foi para cama.
Fiquei na sala lembrando da doçura dela no início do namoro, de quando decidimos morar juntas, não entendia o porque de ela ter se transformado naquele monstro. Estava cada vez mais difícil viver com ela.
Acordei na manhã seguinte e saí de casa correndo, não queria encontrar Juliana.
****
-- E aí? Falou com a fotógrafa de novo?
-- Bom dia pra você também Fernanda! Não, não falei e não vou me humilhar atrás de uma estranha! – Respondi ranzinza.
Foi quando senti meu bolso vibrar, abri a mensagem:
“Bom dia moça, só pra te deixar um beijo!”
Sorri bobamente e gastei uns bons segundos para conseguir pensar em responder.
-- Não precisa nem falar mais nada! Já sei que era a fotógrafa gata! – Fernanda ria da minha cara de boba.
Ao contrário do que pensei que aconteceria, Carol continuou falando comigo por um bom tempo, até que chegaram clientes no estúdio e ela precisou ir. Nesse tempo falamos de tudo e foi maravilhoso saber que tínhamos várias coisinhas em comum. Não tive coragem de contar a ela sobre Juliana, sei que não deveria esconder isso, mas não estava buscando nenhum envolvimento amoroso, queria apenas aproveitar esses momentos com ela, essas conversas descontraídas que me roubavam sorrisos involuntários.
****
--Preciso de dinheiro! – Era noite, eu estava deitada na cama lendo um livro, eu havia desligado a internet do meu celular e estava meio enlouquecida de ansiedade para saber se Carol havia enviado mais alguma mensagem.
--Simples, trabalhe! – Respondi friamente.
--Você trabalha, ganha bem, não é possível que não tenha alguns trocados para me dar! Amanhã quero sair com as meninas e não tenho quase nada já!
Juliana esbravejava e eu sentia uma raiva enorme, minha vontade era simplesmente sumir. Por dentro eu gritava, mas por fora eu tentava me manter calma.
--Sim, eu trabalho e ganho bem, mas não para entregar tudo para você! Cara, por que você não trabalha? Arruma um emprego! Larga de ser bancada! Desde a sua faculdade até as suas saídas, tudo é bancado por alguém! Você não acha que ta na hora de sair da minha saia e da saia da sua avó e viver um pouco por conta própria?
--Você sabe que no horário que eu estudo é difícil conseguir algo! Você sabe que eu já tentei!
-- Então pára de gastar, economiza e vive com o que sua avó te dá! Eu estou cansada!
--Ótimo! Ótimo! Eu pago com o cartão de crédito e me viro depois! Mas aqui olhando para sua cara sonsa é que não fico!
E saiu do quarto, eu agradeci mentalmente! Às vezes sentia nojo de Juliana, daquela vida, de mim! Eu não devia me sujeitar a isso, não era nem de longe o que eu havia planejado para mim.
Fim do capítulo
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BCanti
Em: 14/07/2016
comecei a ler Hj, uma amiga me indicou. Estou adorando, você escreve muito bem. Estou me vendo na sua estória.
Parabéns
Resposta do autor:
Muito obrigada, Bruna! Fico muito feliz que esteja gostando da estória.
Acho que todas já passamos por situações assim na vida, não é mesmo?! Algumas vezes há um final feliz, em outras, precisamos apenas seguir a vida.
Abraços!
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