Capítulo 22 - Efeitos
Com a boca seca fiquei encarando aqueles olhos azuis, me dando um tempo para ter certeza de que eu não havia entendido errado, e o seu desejo era aquele mesmo. Era até difícil pensar, tentar reunir tudo em minha cabeça quando em me sentia tão excitada. E olha que ela não fez nada, porém, imaginar como seria atender ao desejo dela estava mexendo de todas as formas com o meu íntimo.
Apesar de estarmos juntas há um bom tempo, Giovanna tinha alguns limites, e eu, sempre respeitei isso, até porque, eu também tinha os meus. Confesso que seu desejo sempre fez parte de meus fetiches sexuais, porém, jamais forçaria minha mulher a fazer algo que não se sentisse confortável para fazê-lo.
Agora, Giovanna estava me confessando que queria fazer o que sempre desejei. Aquela vontade tinha até adormecido, não me fazia falta e nem me passava mais pela cabeça, mas agora que ela falou, voltou com força total, fazendo meu corpo tremer por inteiro.
-- Sério? Você ta falando sério mesmo?
-- E eu tenho cara de quem brinca assim, amor? É claro que é sério, eu quero fazer. Não sei como me veio essa vontade, mas, é uma vontade louca, que me faz pensar nisso o tempo todo, me faz ansiar.
-- Você nunca demonstrou interesse nisso amor.
-- Eu sei Luíza, mas agora eu tenho vontade. Que foi? Agora você não quer mais, é isso? - perguntou arqueando a sobrancelha ruiva.
-- É claro que quero amor, só estou surpresa.
-- A é?
A ruiva não perdeu tempo, logo ela estava sobre o meu corpo. Sentada em minha barriga, me dando a visão mais perfeita. Meus olhos jamais teriam visão mais bela do que aquela.
-- Eu demorei, mas eu entendi que quero o amor com você de todas as formas possíveis. Te quero de todos os jeitos, e quero ser sua da mesma maneira.
Giovanna pronunciava as palavras de forma cadenciada e sensual. Uma declaração de amor sensual. Eu tentava absorver cada palavra que saia daquela boca carnuda e bem desenhada, só que a mulher em cima de mim tornava isso impossível. Os seus movimentos sobre o meu corpo estavam tirando completamente a minha capacidade de raciocinar.
Ela rebol*va, mordia o cantinho da boca, olhava em meus olhos com uma intensidade tão grande que eu me perdia neles. Giovanna cobriu os meus seios com suas mãos e os apertou, me fazendo fechar os olhos por uns segundos.
-- Eu amo cada parte desse teu corpo maravilhoso. – ela falou baixinho, tão próxima da minha boca que eu pude sentir o seu hálito.
-- Eu te amo, inteiramente e intensamente.
Sua boca tomou posse da minha. Um beijo cheio de amor, paixão, desejo e tesão. Meu corpo já estava em chamas, e com aquele beijo tudo saiu do controle. Girei nossos corpos ficando por cima do corpo menor.
Fiquei de joelhos na cama, bem a sua frente. Amarrei meus cabelos em um coque frouxo e sorri de lado. Aquele sorriso sacana, que me denunciava até a décima geração. Segurei firme em suas volumosas coxas, deixando minhas unhas arranharam de leve a pele alva.
Olhei bem em seus olhos e não precisei pronunciar em uma única palavra, com o olhar nos entendemos. Ela sabia que eu queria a certeza de que ela queria prosseguir com aquilo, com o sex* anal. Em resposta, me veio aquela mordidinha no canto da boca. Estremeci antevendo o prazer que eu sentiria, e claro, me esforçaria ao máximo para proporcionar a ela o máximo de prazer.
Segurando firme em suas coxas, girei seu corpo deixando-a de barriga para baixo. Alcancei um dos travesseiros da cama e o coloquei debaixo dela. Dei um pequeno tapa naquele bumbum, deixando um tom rosado. Giovanna gem*u baixinho.
Eu estava literalmente com água na boca. Sempre fui tarada no sex* anal, só que minha tara aumentou terrivelmente depois que conheci Giovanna. Aquela era uma das partes do corpo dela que me deixava ensandecida. Giovanna era perfeita, seu corpo era escultural.
Deitei sobre o seu corpo, deixando meu sex* tocar seu bumbum propositalmente. Me esfreguei ali enquanto mordia e lambia sua nuca. Eu já não conseguia controlar a minha umidade. Meu sex* chegava a doer tamanho o tesão que eu sentia.
Minha ruiva suspirava, gemia e se remexia debaixo de mim. Ela estava tão ansiosa quanto eu. Sentei sobre o seu bumbum e comecei a distribuir beijos molhados por suas costas. Dava para ver os pelinhos arrepiados.
Fui descendo, seguindo a linha de sua coluna até chegar ao seu bumbum. Suspirei fortemente. Outro tapa, dessa vez mais forte. Em seguida, mordidas, algumas fracas, e outras um pouco mais fortes. Deixei um rastro quente e molhado com a minha língua. Consequência? Gemidos mais altos e mais fortes.
Sentei sobre suas pernas, na altura de seus joelhos. Ergui um pouco o seu bumbum e quase tive um orgasmo somente com aquela visão. Ela estava completamente abertinha pra mim.
Levei dois dedos até o seu sex*. Totalmente molhado! Brinquei com seu clit*ris até senti-lo completamente durinho e inchado. Com o dedo úmido de seu líquido fiz o trajeto que levava até o seu ânus. Passei o dedo por ali, em um vai e vem torturante.
Giovanna empinava o bumbum e o empurrava contra mim. Eu queria muito penetrar ali, mas, ela ainda não estava preparada, eu precisava de um item muito importante, afinal era a sua primeira vez.
O tesão que ela estava sentindo era visível, o meu nem se fala, então eu precisava de muito auto controle.
-- Vai amor, por favor. – sua voz rouca, cortada pelo tesão era algo indescritível. Arrepiou cada pelinho de meu corpo.
-- Calma amor. – me esforcei para conseguir dizer.
Com cuidado e carinho, passei meu dedo com mais intensidade, quase forçando a sua entrada. Minha respiração estava descontrolada e ruidosa, aquilo era demais pra mim.
Do nada, ecoou pela casa um grito estridente e assustador. Vinha da parte debaixo. Giovanna e eu nos assustamos. Agilmente levantei-me e alcancei um roupão que estava ao lado da cama.
-- Aonde você vai? – perguntou se enrolando nos lençóis com uma carinha assustada.
-- Vou ver o que foi isso.
-- Amor, não.
-- Eu já volto amor, fica quietinha aqui ta?
Ela apenas balançou a cabeça em concordância. Sai do quarto fechando a porta de forma silenciosa, da mesma maneira passei a caminhar pelo extenso corredor da casa. Estava quase chegando à escada quando vejo a porta do quarto onde as meninas estavam se abrir.
Vejo Elisa sair do quarto, ela ainda amarrava o roupão. Os cabelos assanhados não deixavam dúvidas, as duas estavam fazendo a mesma coisa que eu segundos antes. Balancei a cabeça para tentar afastar as cenas que começavam a se formar em minha mente.
-- Acho que foi a Alice. – ela disse com uma feição assustada.
-- Alice?
Voltei a caminhar apressadamente na direção das escadas quando vejo um vulto vir ao meu encontro. Não deu tempo para muita coisa, nem mesmo para pensar. Quando dei por mim, eu estava no chão, com Alice igualmente descabelada sobre mim, porém, nua.
-- Alice, o que..o
-- O que foi isso? – Giovanna enrolada em um lençol perguntava da soleira da porta.
Seus olhos por fim pararam em mim e claro, na mulher nua sobre mim. Alice parecia não se dar conta de que estava despida, porque a única coisa que ela fez foi se abraçar a mim. Giovanna ascendeu a luz do corredor.
-- Alice você está nua? Luíza! O que é isso?!
Elisa parecia se divertir com a cena. Seus lábios tremiam na tentativa de segurar o riso eminente. Levantei rapidamente, trazendo Alice comigo. Agora, eu também tentava não rir. Elisa foi até o quarto e trouxe um roupão para Alice.
-- Pronto. Agora você pode nos dizer o que houve. – falou beijando os cabelos da namorada.
-- Eu desci para buscar aquelas coisas amor, – disse olhando bem para Elisa que ficou ruborizada – e quando cheguei à cozinha, ouvi um barulho vindo lá de fora, eu fui até aquela janelinha de vidro que fica sobre a pia, e fiquei na ponta dos pés, tentando ver algo, mas estava muito escuro, forcei bem a visão quando me apareceu um homem bem na janela. Eu gritei, tentei correr, mas esbarrei em algo e acabei caindo, quando consegui me levantar voltei correndo aqui pra cima, e ai dei de cara com você, Malu.
-- Um homem? Tem certeza?
-- Claro que tenho Malu. Apesar de não ser capaz de reconhecer o rosto, eu sei, deu pra ver bem que era um homem.
Giovanna parou ao meu lado e agarrou meu braço, fazendo uma leve pressão. Coloquei minha mão sobre a sua tentando passar tranquilidade para ela.
-- Eu liguei os alarmes da casa, a cerca elétrica está ligada. Não entendo, como ele entrou aqui?
-- Esse bairro tem fama de ser tão tranquilo e pacífico amor.
-- Eu vou dar uma olhada.
-- Amor! – falou puxando meu braço – Liga pra polícia, não vai lá não.
-- Eu só vou dar uma olhada, prometo que nem saio da casa.
-- Eu vou com você.
-- Não precisa amor, a Elisa vai comigo.
-- Eu?! – perguntou esbugalhando os olhos.
-- Sim, a senhorita.
-- Olha Malu, minha namorada não é muito corajosa não, é melhor a Gio ir com você.
-- Quem disse que eu não sou corajosa? Vamos Malu, vamos dar uma olhada lá embaixo!
Ri da tentativa falha de Elisa vencer o medo apenas para mostrar para namorada que ela não tinha medo. Elisa se colocou ao meu lado, praticamente subindo em meu colo, e descemos as escadas. O andar debaixo da casa estava completamente escuro.
Fomos direto para a cozinha, mais necessariamente para a janela sobre a pia que Alice mencionou. Quase encostei meu rosto ali, olhei para todos os lados possíveis, mas parecia tudo dentro da normalidade. Nenhum movimento estranho ou homem desconhecido.
-- Acho que Alice viu coisas demais. Deve ter sido a bebida, ela não está acostumada a beber. – comentou Elisa.
-- Concordo, deve ter sido uma visão proporcionada pelo álcool.
Ascendi às luzes da cozinha e vi dezenas de morangos espalhados pelo chão próximos a geladeira. Ela devia ter descido para buscar isso. Não quero nem imaginar quais eram os planos que as duas tinham para eles.
Como não vi nada, preferi não ligar para a polícia. Apaguei as luzes novamente e subimos as escadas. Encontramos Alice e Giovanna paradas no corredor, no mesmo lugar em que as deixamos.
-- E aí? Vocês viram algo? – perguntou Alice.
-- Não. Olhei para todos os lados, fiquei um tempo lá na janela, mas não vi nada.
-- Você tem certeza do que viu?
-- É claro que tenho Elisa, eu vi um homem lá fora. E aliás, ele me viu pelada. – falou cruzando os braços diante do corpo.
-- Não dava para ver nada aqui dentro Alice, estava tudo escuro.
-- Bom, então já que está tudo certo, tudo calmo, é melhor irmos dormir.
-- Giovanna tem razão, é melhor irmos dormir.
Despedimo-nos no corredor, e fomos para os respectivos quartos.
-- Amor você acha mesmo que alguém entrou aqui?
Giovanna estava debaixo das cobertas enquanto eu estava dentro do banheiro, passando uma água no rosto na tentativa de fazer com que aquele tom avermelhado causado pelo tesão sumisse de meu rosto.
-- Não acredito muito nisso, Alice não se dá muito bem com a bebida, então...
-- Mas e se ela tiver visto alguém mesmo?
-- Fica tranqüila amor, eu estou aqui com você. – falei deitando ao lado dela, passando meu braço por seu ombro – Vou tomar umas providências.
Ficamos quietas, caladas. Eu ouvia as batidas do seu coração, ele batia calmo, tranqüilo.
-- Pena que nosso momento foi interrompido, estava tão gostoso. – ela falou baixinho, parecendo envergonhada.
-- Eu que o diga.
-- Dorme abraçadinha comigo?
-- E precisa perguntar? – fiz careta.
Deitei atrás do corpo menor e a acolhi no meio de meus braços. Ela suspirou profundamente, soltando o ar devagar. Seus dedos esguios faziam carinho no braço que repousava sobre seu ventre. Fechei os olhos, puxando o ar, e trazendo com ele o cheiro dos seus cabelos. Ah!
-- Eu te amo. - ela falou baixinho.
Sorri com a pequena e singela frase que tinha um poder absurdamente grande em mim.
-- Quando penso no amor que sinto por você, me dá vontade de chorar. Não de tristeza, mas de alegria, de felicidade. Por saber da sorte que tenho viver um amor assim como o nosso. Quando penso no amor que sinto por você, me vem à certeza de que ele é o que tenho de mais valioso. Não me restam dúvidas, esse vai amor vai muito além da vida.
-- Você é meu tudo.
-- E você é o meu! Você e essa pequena aqui. – passei a mão por sua barriga.
-- A nossa princesa.
-- Dorme amor. – beijei seus cabelos e a abracei mais forte.
Em pouco tempo os carinhos em meu braço cessaram, agora ela ressonava. Serena. Linda. Meu anjo ruivo. Entreguei-me ao sono sentindo-me leve, de corpo e alma.
**********
Sexta feira a noite. Estava cansada, irritada, e consideravelmente preocupada. Giovanna estava a mil com os preparativos da “reunião” que faríamos no sábado. Alice e Elisa estavam ajudando, dando todo apoio, porém, ninguém conseguia segurar uma ruiva geniosa como a minha esposa, e toda essa correria, estava me deixando preocupada. Sem sombra de dúvidas aqueles preparativos todos não resultariam em uma reunião.
Quanto ao cansada e irritada, resumia-se a Gustavo que estava me dando mais e mais problemas, e cada vez mais sérios. O dia já estava sendo bem puxado pra mim, e o meu limite transbordou ao receber Gustavo em minha sala após ser expulso de uma aula de natação.
**********
Algumas horas atrás...
Pequenas e inconfundíveis batidas em minha porta tiraram minha atenção dos papéis em minhas mãos. Sorri já sabendo de quem se tratava.
-- Entra Thaís.
-- Com licença chefinha.
Thaís entrou em minha sala com o seu gentil e costumeiro sorriso. Mas, observando bem, eu podia notar que tinha um “Q” a mais naquele sorriso cativante, além de um brilho no olhar. Algo me dizia que tinha a ver com o convite para a reunião em minha casa, já que, ela poderia encontrar Marcela em um ambiente diferente daquele.
-- Oi Thaís. Que sorriso hein? – brinquei para logo enxergar um leve rubor mudar o tom de suas bochechas – Aconteceu algo?
-- Sim, e tenho certeza de que não gostará nem um pouco.
-- O que foi que o Gustavo aprontou dessa vez?
-- O professor de natação o expulsou novamente. Parece que dessa vez ele jogou algo na piscina que deixou a água azul, assim como qualquer pessoa que saia da água.
-- Esse menino está passando dos limites! – acabei me excedendo e batendo com as palmas das mãos sobre a mesa – Chame-o aqui! Imediatamente!
Aquela foi a gota d’água para mim. Eu vinha tratando a situação com todo o tato possível em consideração a Marcela, porém, toda aquela imparcialidade da minha parte parecia estar piorando as coisas. Sendo assim, eu tinha que tomar uma atitude.
Marcela deixou a minha sala lentamente e me deixou ali, tentando encontrar as palavras certas para falar com Gustavo. De uma coisa eu sabia, aquele garoto estava escorregadio, tinha as respostas “certas” na ponta da língua, e não fazia questão nenhuma de ser educado ou cordial.
Alguns minutos após a saída de Thaís, entra em minha sala, um garoto com um capuz preto cobrindo-lhe o rosto. A cabeça baixa, encarando os próprios pés. Era difícil entender o que se passava dentro da cabeça daquele garoto.
-- Gustavo? – chamei-o.
-- O que quer comigo? – perguntou ainda de pé, parado a frente da minha mesa.
-- Quero conversar com você, mas antes, quero que sente-se. – indiquei a cadeira.
-- Quero ficar de pé. E eu não tenho nada para conversar.
Respirei fundo tentando manter a calma.
-- Você foi expulso outra vez de uma aula e acha mesmo que não tem nada para conversar comigo? – respirei fundo e continuei – Gustavo, sou eu, Malu, a mesma mulher que você sempre chamou de tia, sabe que pode conversar comigo. Me conte o que aconteceu com você, o que tem afligindo.
-- Não tenho nada para conversar com você.
Gustavo nem mesmo olhava em minha direção.
-- Isso está passando dos limites. Eu sei que tem algo acontecendo com você, mas se você não me contar eu não poderei te ajudar.
O silencio se instaurou dentro de minha sala. Um silêncio constrangedor. O garoto não me olhava, mas eu continuava a encará-lo, na esperança de que ele me falasse algo para que enfim pudéssemos dar um fim naquela situação toda.
Assustei-me quando enfim, ele olhou em meus olhos, pude ver raiva naqueles olhos castanhos. Sua face estava transfigurada, exibindo o mesmo sentimento que os olhos vermelhos e lacrimejantes.
-- Gustavo... – tentei falar.
-- Eu odeio o meu pai, eu odeio a minha mãe e odeio você! – esbravejou - Eu odeio você! A culpa é toda sua. Eu ouvi tudo, eu sei de tudo.
-- Do que você está falando?
-- Fica longe da minha mãe, fica longe de mim!
Fiquei ali, parada. Bestificada e encarando a porta que acabara de ser fechada com violência pelo garoto que saiu transtornado. Pisquei os olhos algumas vezes, tentando encontrar o que eu tinha perdido, porque eu não tinha entendido nada. Eu era culpada de quê? E por que eu fazia parte de uma maneira ruim da mudança de comportamento de Gustavo.
-- Está tudo bem aí? – Thaís acabara de entrar em minha sala, só então me tirando de minha letargia.
-- Pra ser bem sincera, eu não sei o que responder.
-- Ele saiu furioso daqui, o rosto e os olhos vermelhos.
-- E eu ainda não consigo entender. Ele me acusou de algo, disse que odiava a Marcela e o pai dele e depois disse que a culpa era minha, que ele tinha ouvido e sabia de tudo.
Deixei meu corpo cair, jogando-me em minha cadeira. Suspirei fundo, fechei os olhos e massageei minhas têmporas.
-- Acho que dessa vez eu vou tentar conversar com ele.
-- Faça isso Thaís, quem sabe ele não se abre com você.
-- Não sei se será uma missão bem sucedida, mas eu aceito. Vai para casa um pouco mais cedo, sua aparência não é das melhores. – falou com uma carinha divertida.
Sorri para ela achando a ideia maravilhosa.
**********
Agora...
O caminho de casa me pareceu longo. Talvez porque eu estivesse cansada, talvez por estar ansiosa para rever minha esposa. Não sei, mas quando enfim desci do carro dentro da garagem de casa senti um certo alívio.
Abri a porta de casa e pude sentir um cheirinho maravilhoso invadir minhas narinas. Era o cheirinho de comida mais maravilhoso que eu já senti na minha vida. Sorri. A ruiva sapeca estava cozinhando.
-- Oi meu amor. – ela vinha da cozinha.
Como não sorrir diante de uma mulher como aquela? Ela caminhou em minha direção com aquele sorriso todo especial, como se eu fosse a pessoa mais maravilhosa do mundo e ela estivesse feliz em me ver. Eu não sei se era assim para ela, mas para mim era, eu ficava em êxtase sempre que a via. Eu estava vendo a pessoa mais maravilhosa do mundo diante de mim. A minha pessoa favorita em toda a face da terra.
Ela colou os seus lábios nos meus em um beijo carinhoso, e eu senti o meu corpo relaxar. Ah! O meu calmante natural, eu melhorava em questão de segundos do lado dela.
-- Está tudo bem? – perguntou tocando meu rosto.
-- Agora está. – falei envolvendo a sua cintura.
-- Fiz o jantar. – falou sorridente.
-- Estou sentindo o cheirinho bom que está vindo da cozinha. E isso está me dando uma fome que você nem imagina.
-- Eu sei, conheço a mulher que eu tenho.
Giovanna beijou delicadamente meu queixo e em seguida olhou em meus olhos.
-- Não preciso nem perguntar, estou vendo que está cansada e que tem algo te perturbando. Então, te proponho um banho, depois o jantar e depois podemos namorar um pouquinho lá fora. O que acha?
-- Huuum. Adorei a ideia amor. Vou tomar logo o meu banho. – falei já animada indo em direção a escada.
-- Ei!
-- Oi. – parei nos primeiros degraus e olhei para ela.
-- Quem disse que você vai tomar banho sozinha? – perguntou colocando as mãos na cintura e arqueando as sobrancelhas.
-- Ah não?
-- Claro que não!
Voltei até ela, segurei a sua mão e subimos as escadas praticamente correndo. Espalhando as roupas e sorrisos pelo corredor. Quando chegamos ao quarto já estávamos completamente nuas. Colei meu corpo ao dela, tomei a sua boca e caminhamos dessa maneira até o banheiro.
O cansaço que eu sentia desapareceu por completo, porque naquele momento tudo o que eu queria e necessitava era amar aquela mulher, e cansaço nenhum me impediria de fazer isso.
Amamos-nos dentro daquele pequeno espaço do Box por algumas horas. Sem pressa e sem vontade nenhuma que acabasse. Amamos-nos completamente entregues uma à outra, sem reservas e sem medo de deixar o amor mútuo transbordar.
Sai do banheiro primeiro, peguei uma toalha seca e voltei para o banheiro, envolvendo o corpo menor e secando-o com carinho. Eu amava aquele olhar doce que ela me lançava depois que eu fazia um pequeno gesto de carinho ou atenção. Era um olhar repleto de ternura. Me inebriava.
O jantar esfriou, passamos tempo demais dentro do banheiro. Giovanna esquentou a comida enquanto eu arrumava a mesa lá no deck. A noite estava linda, e seria maravilhoso um jantar com todo o brilho e esplendor da lua e das estrelas.
Nem preciso dizer que a comida estava divina, e eu só não repeti pela terceira vez porque não havia mais comida. Giovanna não perdeu a oportunidade de brincar e rir da minha cara me perguntando para onde ia toda aquela comida, e eu mais uma vez respondi que eu era maior que ela, portanto precisava de mais comida.
-- Amor eu tenho uma ideia. – falei enquanto levávamos a louça suja até a cozinha.
-- E qual é?
-- Me espera lá fora, eu já volto.
Subi as escadas correndo. Fui até o guarda roupa e peguei uma manta verdinha. Voltei e encontrei a minha esposa de pé, no meio do gramado, olhando a lua.
-- Acho que você adivinhou a minha ideia. – falei fazendo-a olhar em minha direção.
-- A lua está tão linda. – sorriu e voltou a olhar para o alto.
Estendi a manta sobre o gramado e sentei-me.
-- O que acha de olhar pra ela aqui do meu ladinho?
Não precisei perguntar duas vezes, ela logo me fez companhia. Deitamos juntinhas. Ela repousou a sua cabeça em meu ombro e eu passei a fazer carinhos nos sedosos fios vermelhos.
-- Eu amo esse seu cafuné. – disse com a voz dengosa.
-- Eu não posso dizer o que eu amo.
-- Não? Por quê?
-- Não vai dar tempo de dizer tudo antes da lua desaparecer e dar lugar ao sol. Mas eu posso resumir assim: eu amo você e tudo que evolve você.
-- Sua boba. Está se sentindo melhor?
Suspirei fechando os olhos. Soltei o ar suavemente e acabei sorrindo. Ali, naquele momento, percebi que não tinha mais nenhum sentimento ruim me afligindo, não tinha dor, não tinha preocupação e nem cansaço. Não havia nada além de paz, alegria, felicidade e amor. Corpo, mente e coração leves.
Eu sabia responder aquela pergunta.
-- Estou ótima, completamente renovada. Quer saber de uma coisa?
-- O quê?
-- Eu nunca consegui compreender os efeitos que você tem sobre mim. São tantos que não consigo nem enumerar. São tão bons que não faço nem questão de entendê-los, apenas de sentir. Você parece a mulher maravilha sabe?
Ela soltou uma pequena gargalhada e virou o rosto olhando pra mim.
-- Mulher maravilha amor?
-- É! Mas a minha mulher maravilha! Aquela que Deus criou exatamente pra mim, que por mais que procure ou tente, só encaixará com perfeição a mim. Você supre cada necessidade minha amor. É meu ponto de equilíbrio.
-- Não preciso me encaixar em outras pessoas, só em você. E os efeitos que eu tenho sobre você, são reflexos dos que você tem sobre mim.
É, a lua testemunhou mais uma declaração de amor, e não foi apenas as palavras que pronunciamos, ela presenciou a entrega de corpos e alma. Nos amamos ali, sobre a lua e as estrelas.
Minha noite não tinha como acabar melhor.
Fim do capítulo
Gente estou até sem jeito, não sei como pedir desculpas a cada uma de vocês pela minha demora. Eu sei que eu dei uma sumidinha, mas espero, de coração que vocês possam me desculpar por isso, e que não tenham me abandonado. Bom, aqui está mais um capitulo, espero que gostem. Aproveitem a leitura.
Um beijo pra cada uma de vocês.
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Dedicatória ao meu amor: VIH BENÍCIO
Amor meu, não tem como negar, a cada dia que passa, apesar de algumas pedras em nosso caminho, eu estou muito feliz. E sim, a razão do sorriso bobo e feliz em meu rosto é você. Eu tenho muito a te agradecer. Te agradeço por me apoiar, por ser um porto pra mim. Por me ouvir sem julgar e por puxar minhas orelhas quando é preciso. Obrigada por me incentivar a escrever, e mais ainda, obrigada pela inspiração que me faz escrever. Aproveitando o título do capítulo, queria dizer que você tem afeitos absurdos sobre mim. Eu te amo amor meu!
Da SUA Chris!
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Comentar este capítulo:
Mille
Em: 22/05/2016
Ola Chris, tudo bem? Feliz dia do abraço, saudades....
"Um ABRAÇO é a forma perfeita de mostrar o AMOR que sentimos! Faz se sentir bem! É só abrir os BRAÇOS e o CORAÇAO."
Bjus linda autora
Resposta do autor em 30/05/2016:
Ai meu Pai! Que vergonha! Olha eu aqui chegando super atrasado. Fiquei super contente com o seu carinho viu? Um abraço pra você, e em dobro, que é para compensar o atraso. Bem apertado! Oh, eu estou muito bem, e você, como é que está?
Beijos linda!
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Amandha12
Em: 01/05/2016
Realmente, o.amor está no ar! Felicidades
Esse homem pode ser o Gustavo, o pai dele ou o Henrique... E a Marcela gente? O Gustavo não tá bem, ótimo capítulo! ! Ah Chris, gostaria que você postasse fotos de como seriam as personagens pfv :-D
Beijão
Resposta do autor em 03/05/2016:
Concordo plenamente! Obrigada Amandha!
Mais um mistério para desvendarmos, não é? Quem será este sujeito? Quanto a Marcela, o que eu posso dizer, é que coisas boas acontecerão para ela, e ela não perde por esperar. Gustavo precisa de atenção, houve uma grande mudança de caráter nesse garoto.
Deixa eu pensar aqui...tá certo, prometo tentar trazer no próximo capítulo uma capa com as fotos de como seriam as personagens. Combinado?
Beijos!
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Vih_Benic
Em: 01/05/2016
Não sei ao certo por onde começar, então vamos tentar assim:
Capítulo simplesmente perfeito¹
Enrredo cada vez mais estigante e emocionante ²
Postado em uma data extremamente importante ³
Dedicatória de tirar o meu ars08;
E por fim e não menos importante :
Nada que eu escreva ou tente descrever, conseguiria expressar
O meu sentimento por vc, orgulha-se cada vez mais de vc. Pois o simples o fato de ser tua
"escolhida ", por me tornado e me permitido ser tua companheira, namorada, amiga,.. Me faz a criatura mais especial de toda existência!
Em você, encontro-me viva...
Perco-me em um mar de sensações inexplicáveis.
És minha e somente MINHA VIDA, que entrego em tuas mãos!
Amo muito e esse amor só nós entendemos. Nos pertencemos, Chris Viana!!
Tua VIH!
Resposta do autor em 03/05/2016:
Ai meu Pai, eu "escolhi" o último exemplar de mulher perfeita da face da terra. Além de me emocionar com esse amor todo que tens por mim, consegue me emocionar com suas palavras e gestos. Me deixa imensamente feliz, saber que o nosso amor é recheado de reciprocidade. Saber que posso contar com você não só como minha namorada, mas, como minha amiga, minha companheira, como meu anjinho bom, me traz a melhor sensação do mundo. Me sinto bem. Me sinto completa. Obrigada por tudo o que você é, e representa na minha vida. Eu amo você!
TUA Chris.
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Shayenne
Em: 30/04/2016
Eiii moça linda.Muito bom mesmo este cap.Aiii o amor está no ar.Nada como uma autora apaixonada kkkk,as coisas ficam mais picantes.bjs linda
Resposta do autor em 03/05/2016:
Oi moça linda! kkkkk vou te dizer viu? Quando estamos apaixonadas as coisas fluem de um jeito maravilhoso. Concorda? Agora picantes, pois é, a cabeça fica cheia de ideias...
Beijos! Até "daqui a pouquinho".
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patty-321
Em: 30/04/2016
Que inveja dessas duas. Q amor lindo. O Gustavo sabe q a mãe ama a diretora. E por isso tá descontrolado. Vai feder. Bj
Resposta do autor em 03/05/2016:
Essas são muito lindas mesmo, até eu me derreto aqui. O mundo precisa de mais amores assim! Será que ele sabe mesmo? Algo sério (pelo menos na cabeça dele) deve ter acontecido. De uma hora para a outra o menino surta com a mulher que ele chamava de tia? Ai tem viu? Com certeza vai acabar sobrando para a coitada da Malu.
Beijos Patty
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lis
Em: 29/04/2016
Boa noite Chris, tudo bem? Imagina abandonar essa sua história maravilhosa, vale a pena esperar por cada capitulo, parabéns esse está demais.
Resposta do autor em 03/05/2016:
Ihhh, demorei em responder. Mas vamos lá!
Boa noite/boa tarde Lis. Tudo ótimo comigo. E com você hein? Espero que muitíssimo bem. Pode fazer uma dancinha aqui? Fico muito contente quando leio comentários assim, que nem o seu. Dá um gás, uma vontade enorme de escrever por causa de pessoas assim como você. Obrigada minha flor.
Beijos
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Pryscylla
Em: 29/04/2016
Não acredito que na melhor parte um grito atrapalhou -_- kkkkkk
Que linda sua dedicatória para seu amor,tudo de melhor para vocês :)
Bjus.
Resposta do autor em 03/05/2016:
Pois é menina! Quando as coisas estavam começando a ficar quentes e cheia de tesão e...enfim. Um grito acabou com o clima delas. Agora a dúvida, quem será este homem que apareceu no quintal delas?
Ai Pryscylla, obrigada pelo seu carinho e pelo que deseja para nós.
Beijos
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Baiana
Em: 29/04/2016
O amor delas é tão lindo!
Será que a Marcela contou para o marido que é apaixonada pela Malu
Resposta do autor em 03/05/2016:
Lindo mesmo, e como eu disse uma outra vez por aqui, tem gente que vai precisar de insulina de tão doce que elas são juntas. Pra ser bem sincera, isso é bem possível de ter acontecido, ou talvez até não tenha acontecido, porém, Otávio deve ter percebido algo. A questão é que essa estória vai acabar sobrando para a Malu.
Um beijo Baiana.
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