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A culpa é do destino por Chris V

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Palavras: 6243
Acessos: 3132   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 23 - A "reunião"

                A cama parecia querer me prender a ela a todo custo. O sono estava tão bom, que tudo o que eu queria naquele momento era mesmo me deixar ficar presa sob os lençóis. Porém, pequenos barulhos vindos da parte debaixo da casa chamavam a minha atenção. Passei a mão do lado esquerdo da cama em busca de Giovanna, e nada dela. Ela já estava aprontando.

                Mesmo resignada, com a preguiça impregnada em todo o meu corpo, resolvi levantar e dar uma olhadinha no que a ruiva estava fazendo.

Sentei na cama e estiquei meu corpo. O lençol branco escorregou por meu corpo revelando a minha nudez. Sorri no mesmo instante que fleches da noite anterior invadiram a minha mente com força. Que mulher era aquela? Sentia meu corpo gostosamente dolorido. Como podia uma mulher grávida ter tanto fogo e disposição daquela maneira?

Coloquei os pés para fora da cama e vi as roupas que usávamos na noite passada espalhadas ao pé da cama. Além das peças, havia resquícios de grama. Eu tinha que ter mais cuidado com aquela mulher. Na noite passada havíamos feito amor no gramado. Balancei a cabeça e finalmente levantei, indo até o banheiro.

Depois de um banho rápido, vesti uma regata branca e um shortinhho de algodão. Desci as escadas sorrateiramente, com o cuidado de não fazer barulho. Adentrei a cozinha silenciosamente e encontrei Giovanna cortando frutas no balcão da pia. Ela vestia aquela minha blusa favorita, do GunsN’Roses, seus cabelos estavam molhados e espalhados por suas costas. Suas pernas alvas estavam completamente despidas.

Caminhei devagar e me pronunciei para não assustá-la.

-- Bom dia amor da minha vida.

-- Oi meu amor. – falou vindo em minha direção e depositando um selinho em meus lábios.

-- Acordou cedo...

-- Acordei com muita fome. Aliás, tenho sentido muita fome ultimamente.

                Passei os braços por sua cintura, e ela passou seus braços por meu pescoço, aproximando os nossos corpos.

-- A pequena Anna Sophia está crescendo, é normal que sinta mais fome do que o de costume a partir de agora. Nesse período da gestação, a Anna Sophia deve estar do tamanho de um kiwi, e ela já tem as unhas dos pés e das mãos, que vão continuar crescendo até o dia mais esperado.

-- E como a senhorita sabe dessas coisas?

-- Tenho feito as minhas pesquisas, e, além disso, a Thaís me deu uns livros sobre gestação. Então meu amor, não se preocupe, a sua esposa sabe como cuidar de vocês.

-- Ai meu Deus, que mulher mais maravilhosa essa minha. – falou fazendo um biquinho em minha boca com as suas mãos, e depois encostando seus lábios nos meus. – Vamos comer? Eu preparei um café bem reforçado para nós.

-- Acho que estou precisando mesmo amor, estou morrendo de fome. – falei sentando-me à mesa.

-- Novidade...  – sorriu.

                Giovanna começou a montar a mesa para o café da manhã, e eu acabei me levantando para ajudá-la. Quer dizer, ela acabou sentada, e eu arrumando a mesa. Alice pegava no meu pé dizendo que eu estava mimando demais minha esposa. Ora! Eu ainda nem tinha começado.

                Servimo-nos e tomamos um café tranquilo. Uma hora conversávamos, outra hora ficávamos nos olhando, outra hora ríamos, e claro, parávamos para um beijinho ou outro.

-- Amor?

-- Oi.

                Olhei para Giovanna, e ela estava com uma cara de quem estava aprontando. Parei com a colher de iogurte a caminho da boca, olhei bem para ela, e torci para que não fosse nada de outro mundo.

-- O que você aprontou?

-- Eu? Nada...

-- O que ia me dizer?

-- Ah, nada não. Esqueci.

-- Fala Giovanna Klein!

-- Eu sei que eu disse que seria apenas uma reunião, e que eu chamaria só alguns amigos e a família, mas é que...

-- Eu já sei! Ao invés de uma reunião, daqui a pouco isso aqui estará repleto de gente, e se tornará uma verdadeira festa.

-- É... – disse fazendo cara de menina levada que foi pega no flagra.

-- Tudo bem.

-- Não vai brigar comigo? Tem certeza?

                Olhei bem pra ela, fiz cara de séria e observei bem seu semblante, ela foi ficando amuada e eu desisti de brincar e acabei sorrindo pra ela.

-- Claro que não vou brigar amor. Desde o início, quando você e a Alice começaram a falar disso eu tive certeza de que não seria uma mera “reunião” – disse fazendo aspas no ar.

-- Mas eu não gastei muito, tá?

-- Tudo bem meu amor, não fiquei com raiva e nem chateada.

-- Tem certeza?

-- Claro.              

                Ela levantou, parou bem a minha frente e com um sorriso tímido ficou me olhando. Eu sabia o que ela queria. Passei o braço em sua cintura, e a trouxe para mim, fazendo com que ela se sentasse em meu colo.

-- Eu já disse que você é a melhor mulher do mundo? – perguntou.

-- Deixe-me pensar. Não, eu acho que você ainda não me disse isso. Deveria dizer?

-- Boba! – sorriu - Você é a melhor pessoa que eu já conheci na minha vida. E ainda bem que eu te encontrei primeiro.

-- Sabe o que eu penso às vezes?

-- O quê?

-- Aquele acidente, se ele não tivesse acontecido, nós nunca teríamos nos conhecido. Eu não precisaria fazer fisioterapia e nunca teria colocado os meus pés naquela clínica de esnobes.

                Ela me olhou com uma falsa expressão de ofendida e me deu um tapinha no ombro.

-- Ei! Aquela clínica de esnobes continua sendo minha tá?

-- Estou brincando. Agora, eu estava pensando em outra coisa?

-- O quê?

-- Que tal a senhorita, quer dizer, senhora – frisei bem a palavra – me dar um beijo parecido com aquele que me deu lá na clínica?

-- Você quer? – balancei freneticamente a cabeça em afirmação – Acho que não me lembro mais como foi.

-- Sendo assim, acho que vou ter que refrescar a sua memória.

                Coloquei a mão em sua nuca, envolvendo meus dedos nos cabelos acobreados, e puxei sua boca de encontro a minha. Fiz um charme, rocei meus lábios no dela, e me afastei. Ela entreabria os lábios e olhava em meus olhos. Fiz isso mais uma vez até capturar aqueles lábios perfeitos. Sua língua invadiu a minha boca, e o beijo já não era nada inocente. Apertávamo-nos uma contra a outra, nossas línguas se tocavam, e nós nos devorávamos.

                Desci minha mão livre até a sua coxa encoberta pela curta camiseta e arranhei de leve. Ela suspirou em minha boca. As coisas começavam a esquentar, porém, para nossa total tristeza, a campainha soou ecoando pela casa.

                Separamo-nos olhamos uma para a outra, sorrimos e falamos juntas.

-- Alice!

                Giovanna subiu para o andar superior da casa, e eu fui até portão abrir para a minha amiga. Alice às vezes aparecia em horas nada oportunas, e isso acontecia desde o início de meu namoro com Giovanna. Agora que ela estava namorando – uma pessoa agradável, claro – eu devolveria toda a frustração que ela já tinha me proporcionado. Olhei pelo olho mágico, e sorrindo abri o portão.

-- Olha só amor. Olha bem pra essa cara. – disse Alice olhando para Elisa que estava logo atrás dela.

-- O que tem Alice? – ela perguntou.

-- Tá vendo essa boca vermelha e esse sorriso rasgado no rosto?

-- O que tem Alice? – dessa vez eu perguntei.

-- Eu consegui mais uma vez. – sorriu – Interrompi o coito de vocês mais uma vez. Não tem jeito, eu sou mestre nisso. – falou colocando as mãos na cintura, tipo aqueles super heróis.

                Não teve outra, tive que rir daquela amiga sem juízo que eu tinha. Elisa sorriu e balançou a cabeça em negativa.

-- Pode entrar Elisa, deixa essa louca ai fora que eu não conheço.

-- Ei! Olha como fala comigo, eu sou a madrinha do seu filho.

-- Filha! – sorri, quase de orelha a orelha.

-- Ow mãe babona. – falou passando por mim e entrando.

-- Não sei como você aguenta isso. – falei baixinho para Elisa.

-- Eu ouvi isso viu?

                Elisa colocou as mãos sobre a boca em forma de concha, como se fosse me contar alguma fofoca, e sussurrou.

-- Ela adquiriu esse super poder, agora escuta tudo o que a gente fala.

-- Eu também ouvi isso! – gritou da porta da casa.

                Elisa e eu gargalhamos juntas!

                Quando entrei, Giovanna já estava devidamente vestida com um vestidinho solto e floral. Ela sorria enquanto Alice falava com a barriga dela. Minha amiga falava com tanta doçura e carinho que eu sempre ficava encantada quando ela fazia isso.

-- A dinda está ansiosa pra te conhecer viu? Você vai ter a melhor madrinha do mundo, só que você não pode contar para as suas mamães e nem para a sua tia que eu vou fazer todas as suas vontades. Elas são chatas, não vão entender... – ela falava bem próxima da barriga de Gio.

-- Só para constar, eu estou ouvindo tudo Alice. – disse uma Giovanna de sorriso aberto e emocionado.

                Sentamos à mesa outra vez, agora, para que as meninas tomassem café da manhã. Ansiosa como Alice era, eu tinha certeza de que ela não havia comido nada, tinha apenas caído da cama e arrastado a Elisa lá pra casa.

                Ficamos um bom tempo na mesa, até que com o adiantar das horas resolvemos finalizar os preparativos antes que os convidados da “reunião” começassem a chegar.

                Com a ajuda das meninas, consegui convencer a ruiva danada a ficar quietinha enquanto eu e elas trabalhávamos. Mas não tinha jeito, ela ficava perto da gente o tempo todo, monitorando o andamento das coisas e dando suas opiniões. Não sossegava por nada, queria participar de alguma maneira.

                Depois de certo tempo, tudo estava pronto, organizado e conforme os planos de Giovanna. Daqui a pouco os convidados começariam a chegar, sendo assim, subimos as quatro para tomar banho e nos arrumarmos para recebê-los.

                A hora do almoço se aproximava e os convidados começavam a chegar. Para a minha sorte, as primeiras pessoas que chegaram foram o meu irmão e a sua família. Murilo disse que ficaria responsável pelo “abastecimento” das bebidas e da carne.Ótimo, fiquei livre dessa, e livrei Giovanna.

                As pessoas iam chegando, e iam se acomodando pelo gramado, pelo deck e pela piscina. Eu já conseguia contar umas 15 pessoas por ali. Estava animado, tinha música, bebida, carnes e gente animada.  Alice me contou que tinham encomendado um almoço para a turma toda.

                Estava próxima da piscina, cumprimentando alguns amigos, e vi quando Thaís chegou. Sorri ao perceber que seu olhar procurava alguém. Pedi licença ao grupo, e caminhei até ela que ainda não havia me notado.

-- Procurando alguém moça?   

                Ela apenas sorriu.

-- Ela ainda não chegou, mas podemos ficar por aqui, assim, quando ela chegar, seremos praticamente as primeiras a vê-la.

-- Você está mesmo decidida a me jogar pra cima da Marcela, né?

-- Ah, não seja má. Eu estou apenas dando uma ajudinha. Algo me diz que vocês dão certo.

                Ela balançou a cabeça em negativa e depois olhou na direção do portão e esfregou as mãos uma na outra.

-- Estou nervosa, e não sei a razão. – ela disse.

-- É o rebol*do dela!

                Gargalhamos juntas.

                Ficamos paradas uma do lado da outra, não saímos do lugar. Acho que Thaís considerou uma boa ideia ficar por ali para ver quando Marcela chegasse. Ficamos conversando, olhando para a piscina, e uma vez ou outra ela olhava novamente para o portão.

                Vi Giovanna sair da casa com o meu sobrinho no colo, ela andou até a piscina onde estava o meu irmão e a sua esposa.

-- A Giovanna já está treinando. – me cutucou as costelas.       

                Fiquei olhando para os dois completamente encantada. Giovanna levava o maior jeito com crianças, seria mesmo uma ótima mãe. O pequeno Pedro a adorava, trocava os braços até dos pais para ficar nos braços dela.

                As vezes meu coração ficava repleto de sentimentos não tão bons, pelo menos nenhum que eu realmente quisesse ter. Eu ficava aflita, insegura e morrendo de medo de falhar. Eu podia errar com qualquer pessoa, mas não com elas, não com Giovanna e a minha filha.

-- Eu tenho medo de não ser uma boa mãe. – falei ainda olhando os dois.

-- Não tenha, eu tenho certeza de que será uma ótima mãe. E você sabe muito bem que eu não costumo falar as coisas da boca pra fora.

-- Eu sei disso. Aconteça o que acontecer, eu sempre me esforçarei, darei o meu melhor. – suspirei.

-- Já dá pra ver a barriguinha, está começando a aparecer.

-- E ela está cada vez mais linda!

-- Está sim.

                Nesse instante virei meu rosto na direção de Thaís, ela tinha um sorriso no rosto e olhava para a minha esposa. Coloquei as mãos na cintura, girei meu corpo todo e a encarei.

-- Ei! Tira o olho, aquela ruiva ali é minha. Procure uma pra você senhorita. Tire os olhos dela, não permito.

-- Calma, eu só estou olhando. E não há como negar vai, ela é linda!

                Eu mantinha a minha voz firme, a expressão séria, porém, era apenas uma brincadeira.

-- Vou perguntar à Giovanna o que ela faz para conseguir que duas mulheres lindas como vocês duas briguem por ela.

                Enrijece meu corpo e o girei na direção da voz. Thaís fez o mesmo, ela estava lívida e visivelmente nervosa. Ambas olhávamos para a mulher a nossa frente sem conseguir pronunciar uma única palavra. E eu tinha que admitir, ela estava linda.

-- Era brincadeira. – disse Thaís com a voz quase sumindo.

-- Olá Marcela.

-- Cheguei tarde?

-- Claro que não. Obrigada por ter vindo.

-- Eu que agradeço pelo convite. Confesso que fiquei até surpresa, não imaginava que você quisesse me colocar no mesmo ambiente que a sua esposa. – sorriu de canto.

-- Depois do que você fez por mim, já não tenho receios. Sei que você é comportada. – sorri.

                Thaís estava ao meu lado, parada, olhando para Marcela sem nem mesmo piscar. Bati com meu cotovelo em suas costelas em uma tentativa da tirá-la de sua letargia, e acho até que surtiu efeito.

-- Bom, fiquem a vontade, a casa é de vocês. Eu vou ver se Giovanna precisa de algo. Qualquer coisa,me chamem, estarei sempre por aqui.

                Sai apressadamente sem tempo para que as duas me respondessem ou perguntassem algo. Podia jurar que se deixassem as duas sozinhas, algum clima podia rolar. Tá certo, eu sei que isso não aconteceria de uma hora para a outra, mas, não custava tentar.

                Fui ao encontro de Giovanna que ainda estava próxima à piscina.

-- Oi meu amor. – falei beijando sua bochecha.

-- Oi. – me respondeu sorrindo daquele jeitinho que só ela sabia fazer.

-- Está precisando de algo?

-- Não. Está tudo bem amor.

-- Não acha melhor sair um pouco do sol e ficar sentadinha ali na sombra?

-- O Pedro está protegido.

-- Eu sei, o Murilo deve ter enchido o menino de protetor solar, e eu tenho até que dizer esse chapéu é meio estranho. – peguei a pequena e rechonchuda mãozinha – A tia vai dar um boné bem descolado e legal pra você, viu?       

                Giovanna sorriu largamente para mim.

-- Mas eu estava falando da senhorita, não fique muito tempo em pé e nem no sol amor, não te fará bem.

-- Tudo bem. – disse dando um beijinho na bochecha do meu sobrinho.

                Para a minha surpresa, Pedro estendeu os braços em minha direção. Olhei para Giovanna meio que sem saber o que fazer, ela sorriu me encorajando a pegá-lo no colo. Levei alguns segundos para finalmente estender meus braços.

                Mais uma vez Pedro me surpreendeu quando deitou a sua cabecinha em meu ombro. Ele nunca ficava tão tranquilo assim comigo. Não dava para entender o que tinha mudado para que ele agisse assim.

-- Vocês ficam tão lindinhos juntos, fico até imaginando como será você e os nossos filhos.

-- Ele nunca foi assim comigo, está tão quietinho. Deve estar com sono.

-- Não acho que seja sono.

-- E o que acha que é?

-- Depois eu te conto. Fica com ele um pouquinho? Vou pegar umas coisas lá dentro.

-- Não quer que eu pegue? Você fica com ele e...

-- Não precisa, esse colinho está gostoso demais. Não é Pedro? – perguntou olhando diretamente para ele.

                Giovanna saiu e me deixou ali com o pequeno. Mesmo estando todo protegido, fiquei com medo de expô-lo muito tempo ao sol, então acabei sentando com ele nas poltronas do deck. Não demorou muito e o pequeno rechonchudo dormia em meu colo. Praticamente deixei de respirar com medo de acordá-lo.

                Ele dormia segurando uma de minhas mãos, e aquilo me deixou completamente enternecida. Ele era muito lindo, irresistível. Sorri olhando para o seu rostinho delicado e angelical.

                Sentada ali no Deck, vi Thaís e Marcela sentadas na grama. Cada uma com uma garrafinha de cerveja na mão. Elas conversavam animadamente, sorriam uma para outra e nem parecia que tinha muita gente por ali, somente elas.

                Murilo estava sentado em uma espreguiçadeira à beira da piscina e tinha Letycia deitada em seu peito, ele fazia carinho em seus cabelos. Um amor daqueles só podia resultar naquele anjinho que eu tinha nos braços mesmo.

                Alice passava protetor nas costas de Elisa, essa tinha os olhos fechados enquanto sentia as mãos da namorada deslizar por seu corpo. No final, Alice deu um beijinho em sua bochecha e se jogou na piscina. Sendo seguida por Elisa. É, minha amiga tinha encontrado a pessoa perfeita para dividir a sua vida, não restavam dúvidas quanto a isso.

                Olhei em volta e vi alguns amigos e conhecidos conversando animadamente, e mais uma vez no dia, me surpreendi ao ver a minha adorável sogra ocupando uma mesa onde estavam os amigos e sócios de Giovanna, mas o meu baque mesmo foi quando eu vi a garrafinha de cerveja em sua mão. O mundo estava mesmo virado.

                Balancei a cabeça no exato momento que Giovanna se aproximou.

-- O que foi? – perguntou sentando ao meu lado.

-- Você já viu que a sua mãe está fazendo a maior social com os seus amigos, e, além disso, ela está bebendo?

-- Ela está muito diferente amor, em outros tempos eu jamais imaginaria cena como aquela – ela olhava para a mesa onde a mãe estava. Ela está completamente derretida por nosso filho. E ela até me confessou algo que você não vai acreditar.

-- O quê?

-- Ela disse que queria que o neto dela fosse forte assim como você.

-- Sério?

-- Seríssimo. Minha mãe acha que eu sou muito sensível, e que de nós duas, você é sempre a razão.

-- Por essa eu não esperava.

-- Nem eu amor. Mas dê um desconto, ela realmente mudou em muitas coisas, e agora, por mais que possa parecer tarde, ela quer fazer parte da nossa vida, da nossa família.

-- Estou de braços e coração aberto. Sempre cabe mais um! – sorri – Acho que vou colocar esse garotão aqui na cama, senão vai acabar acordando.

-- Tá bom.

 

**********

 

# Giovanna

 

                Existia alguma possibilidade de eu estar me apaixonando mais uma vez por Maria Luíza? Eu sentia que sim, eu me sentia como se estivéssemos no início da nossa relação mesmo estando ali, em uma casa nova, uma linda aliança em meu dedo anelar da mão esquerda e à espera de como Malu mesmo dizia, nossa princesinha.

                A cada vez que eu olhava para Luíza, eu sentia como se fosse a primeira vez que eu vi. Na primeira vez que nos vimos, ela estava completamente aborrecida, falava alto e grosseiramente com Amanda, mas, mesmo diante disso, algo naquela mulher havia chamado a minha atenção. Eu não tinha palavras para explicar, mas ela havia feito um reboliço dentro do meu peito quando nossos olhos se encontraram.

                Ninguém nunca foi capaz de arrancar suspiros meus com tanta facilidade como ela. Aquele jeito de mulher durona, mas que tinha o olhar mais doce que eu já vi na sua vida. Por fora ela tentava passar a imagem de uma mulher forte quando na verdade era sensível, carinhosa e muito amorosa. Eu reconhecia isso como uma proteção.  E eu sabia que eu fui uma das únicas a transpor essa barreira de proteção.

                Vê-la com o sobrinho nos braços encheu o meu peito de ternura. Maria Luíza havia mudado muito, tanto ela como eu. E a maior razão para nossas mudanças, era a outra, ela era a minha razão, e eu a dela. Crescemos juntas!

                Sentei na cadeira que antes minha esposa ocupava, e me permiti fazer uma breve viagem por toda a nossa estória. Passamos por muita coisa, muitas boas, e outras nem tanto assim. Mas sempre estivemos juntas.

                Olhei para a mesa onde a minha mãe estava, e me recordei de tudo o que ela nos fez, de todas as suas tentativas de nos separar, e agora, ela estava ali, tentando se reaproximar não só de mim, mas da nora e da neta que estava a caminho.

                Eu não podia estar mais feliz do que agora. Jamais imaginei estar onde estou. Tudo o que conquistei ao lado daquela mulher forte sempre foi mais do que eu cogitei. Luíza era tudo pra mim, era meu apoio, meu porto seguro, meu eterno amor.

                Suspirei com tantas lembranças fervilhando em minha mente.

                Fechei os olhos por um instante e o mundo me pareceu girar. Um pouco atordoada eu abri os olhos lentamente, na expectativa de que tudo ficasse em seu devido lugar. Aos poucos tudo foi se normalizando, mas uma sensação estranha ficou.

                Essa não era a primeira vez que eu ficava severamente tonta, nas últimas semanas estava cada vez mais freqüente, porém, eu preferi não contar nada para Luíza. Na próxima consulta eu daria um jeitinho de conversar com a médica sem ela por perto. Não queria deixá-la preocupada com bobagens.

-- Amor? - ouvi ela me chamar ainda dentro da casa – Amor, amor, amor... Vamos para a piscina? – perguntou parando a minha frente.

                Olhei para ela e não consegui conter o sorriso que enfeitou o meu rosto. Encarei o belo e moreno corpo exposto a minha frente. Ela vestia um biquíni branco, um shortinho florido, e em seu ombro esquerdo uma toalha.

                Ah! Aquele sorriso estonteante um dia acabaria comigo!

-- Vai na frente amor, daqui a pouco eu vou.

-- Está sentindo algo ruiva?

                Eu me odiava por não conseguir disfarçar certas coisas com tanta facilidade da minha esposa. Ela me conhecia tão bem!

-- Nada demais amor, só me deu um pouquinho de cansaço. Vou me recuperar uns minutinhos e te acompanho num bom banho de piscina.

-- Tem certeza de que não é nada, amor? – falou se agachando a minha frente e segurando a minha mão.

-- Tenho sim. – toquei seu rosto – Vá se divertir!

-- Daqui a pouco, vou ficar um pouquinho aqui com você.

                Luíza sentou aos meus pés, ficando entre as minhas pernas. Ela se encaixou ali e eu passei a fazer-lhe carinho em seus cabelos. Vez ou outra ela virava o rosto em minha direção, como se quisesse ter certeza de que eu realmente estava bem. Sempre que ela me olhava eu sorria, era inevitável.

                Depois de um tempo, já me sentindo melhor e com a maior pena da minha esposa que só assistia os outros se divertirem, eu avisei que iria para a piscina com ela, e subi para vestir um biquíni.

                Quando nos dirigimos para a piscina e Luíza retirou o seu short, instintivamente e automaticamente eu busquei o olhar de uma única pessoa. Marcela. E eu não estava errada ao pensar que ela olharia e secaria o corpo dela. Ela não sustentou o olhar por muito tempo, logo voltou a sua atenção para Thaís, que conversava animadamente, e até bobamente com ela.

                A água estava gostosa. Luíza até parecia uma sereia, uma linda e envolvente sereia. Ela nadava como ninguém, ia de uma ponta a outra da piscina com agilidade e habilidade, mergulhava e emergia com aquele sorriso estonteante nos lábios. E o que me encantava é que os olhos dela buscavam sempre os meus.

                Sim! Decididamente eu estava me apaixonando por aquela mulher. Mas não era mais uma vez, era sempre mais uma vez, a cada novo dia.

                Ficamos um bom tempo naquela piscina. Ate namoramos, porém nada muito ousado, não queríamos fazer com que a minha mãe tivesse um treco à beira da piscina, era apenas alguns selinhos, carinhos e demonstrações de afeto.

                Quando enfim saímos da água, a incansável Maria Luíza armou uma rede de vôlei, dividiu um grupo de amigos em dois times e logo já estava completamente empolgada e frenética em uma partida de vôlei. Eu amava vê-la sorridente daquele jeito.

                Enrolei-me em ma toalha grande e sentei junto a minha mãe. Assistíamos à partida juntas. Vez ou outra meu coração ficava pequenino quando eu via Luíza forçar o joelho. Aquilo me deixava aflita.            

                A tarde foi caindo, e com isso alguns dos convidados começaram a se despedir. Pra falar a verdade, quase todos foram embora, ficando na casa apenas Alice, Elisa, Débora – minha sócia, Thaís, Marcela, Murilo e a esposa. Pouquíssimas pessoas, porém, incansáveis.

                Era noite, Elisa, Letycia e eu havíamos feito um jantar caprichado, e foi aprovado por todos. Pedrinho comeu após um banho, e logo dormiu novamente.

Após o jantar ficamos no deck, conversando e dando risadas. Alice tinha cada assunto, que arrancava sorrisos fáceis de todos nós.

-- Alguém aqui tem a pretensão de ir embora ainda hoje? – Alice perguntou chamando a atenção de todos.

-- Eu até pretendia ir, mas acho que meu namorado me deu bolo e não vem me buscar. – disse Débora.

-- Eu posso ficar. – foi a vez de Marcela.             

                Olhei para Thaís e ela tinha um pequeno e discreto sorriso nos lábios, assim como a minha esposa. Aquelas duas estavam aprontando algo, eu tinha certeza. Balancei a cabeça em negativa.

                No fim, aquele grupo que estava ali ficaria ali, ninguém queria ir embora, principalmente porque todos suspeitavam que a doida da Alice estava prestes a aprontar mais uma.

-- Bom, já que ninguém aqui vai embora, podemos fazer uma brincadeirinha, e quando eu digo uma brincadeirinha, eu quero dizer algo que envolva álcool. Claro, que a única que pode, e deve ficar fora da brincadeira é a Giovanna, ela vai de suco e refrigerante.

                Mais uma vez eu sorri balançando a cabeça.

-- Ih, a Giovanna vai ser café com leite. – disse Murilo.

-- Chato. – falei jogando uma tampinha de cerveja nele.

-- Eu proponho algumas rodadas de Sueca. E a bebida vai ser vodka. Quem topa?

                Todos levantaram as mãos com uma efusividade tão grande que eu podia jurar que todos ali já estavam bêbados.

-- Ok. Malu, você pega os baralhos e eu vou pegar os copos e a bebida. Ah, mas antes de qualquer coisa, eu quero dizer que eu farei algumas mudanças especiais na nossa brincadeirinha.

-- Eita! Lá vem bomba. – Murilo outra vez.

-- Engraçadinho. Alguém tem alguma dúvida de como o jogo funciona? – ninguém questionou nada - Ah! Não será permitido ir ao banheiro de maneira nenhuma, a não ser a Giovanna. – todos me olharam e deram uma risadinha. - Como só temos um homem brincando conosco, não vale dizer que quando o “reis” sair na mesa os homens vão beber. Sendo assim, quando o “reis” sair na rodada, a pessoa que tirou a carta tem o direito a uma pergunta comprometedora, que obrigatoriamente terá que ser respondida. E para ficar justo, quem tirar “damas” tem o direito de pedir um beijo de quem quiser. Caso alguém se negue ao beijo, terá que beber três doses. Fechado?

                Todos concordaram. Até eu me vi concordando com aquela brincadeira.

                As duas correram para dentro da casa enquanto todos nós nos sentávamos da melhor maneira no chão mesmo. No sentido horário, o círculo ficou formado assim: Thaís, Marcela, Murilo, Letycia, Débora, Elisa, ao seu lado ficaria Alice, depois Malu e eu ao seu lado.

                Alice ocupou o seu lugar e distribuiu os pequenos copos cheios de vodka para cada um de nós, quer dizer, o copo delas continha vodka, o meu, apenas suco.

-- Estão todos prontos? – Alice perguntou animada.

-- Sim. – responderam.

-- Que os jogos vorazes comecem, e que a sorte esteja sempre em seu favor. – falou Luíza fazendo referência ao filme “Jogos Vorazes”. Ela amava aqueles filmes.

                E o jogo começou. Era engraçado assistir a todos, vez ou outra bebendo daquele copinho, eu seria a única que provavelmente lembraria de tudo no outro dia.

                O sorriso estampado no rosto de todos deixava claro que todos estavam felizes, e o sorriso mais lindo, que me chamava toda a atenção, claro, era o da minha esposa. Eu sabia que nunca mais veria sorriso como aquele, seria impossível. Tá bom, eu estava falando como uma boba apaixonada. Certo, mas era isso mesmo que eu era. Uma eterna apaixonada.

                Conforme as horas iam se passando, eu via que a bebida alcoólica naquele grupo de pessoas já estava falando mais alto.

Alice estava ainda mais falante e animada do que o normal, se é que isso é possível. Elisa parecia uma mulher ainda mais apaixonada. Meu cunhado estava cheio de carinhos e amores com a Letycia. Débora estava alegre, falante e piadista. Thaís não conseguia nem mesmo disfarçar as olhadas nada discretas em direção à Marcela, e esta, por sua vez não conseguia evitar, acabava sempre com os olhos sobre a minha esposa.

Naquele momento eu tinha segurança o suficiente para não me deixar levar por um ciúmes bobo. Claro que me incomodava, afinal, eu não sou de ferro. Porém, eu sabia que o amor que Luíza e eu tínhamos, jamais seria abalado por uma brincadeira boba, e olhares “despudorados”.

-- Olha só a carta que eu tirei! – Luíza falou exibindo a sua carta com um enorme sorriso no rosto. Era um “reis” de copa.

-- Opa! Parece que você tem direito a fazer uma pergunta comprometedora Malu. – disse Elisa.

-- Olha lá! Aproveite bem maninha.

-- Deixe me ver. Para quem você acha que eu devo fazer essa pergunta amor? – falou olhando para mim.

                Nesse momento eu tinha sim uma pergunta em mente. Eu sabia que essa pergunta em especial poderia ter um efeito “devastador”. Meu íntimo pedia para que eu fizesse isso, eu queria ver onde aquilo daria. Também tinha certeza de que a morena do meu lado pretendia fazer o mesmo.

                Porém, para não restar dúvidas, e não deixar a chance de aquele brincadeira pegar fogo, me aproximei de Luíza, e sussurrei baixinho em seu ouvido. Quando terminei, ela me olhou com uma carinha sapeca e sorriu largamente.

-- Já sei. – falou esfregando uma mão na outra.

-- Pergunta logo! – Alice, a curiosa pediu ansiosa.

                Luíza olhou em volta, para cada um daqueles rostos. Lentamente. Ela queria sim fazer suspense.

-- Ok. Vamos logo com isso.

-- Ah, lembrando, que o inquirido não pode fugir da pergunta, terá sim que responder, e com a toda a sinceridade do mundo.

-- Já sabemos! Vai logo Malu. – Murilo falou dessa vez.

-- Tá. Lá vai! Minha pergunta vai para a Thaís.

-- Eu? – perguntou arregalando os olhos. Provavelmente tendo uma noção da intenção da morena.

-- Vai. Pergunta de uma vez. – falei cutucando minha esposa.

-- Thaís, eu quero saber se aqui, nesta noite, no meio de todos nós aqui, tem alguém que te desperte o interesse. E claro, queremos saber o nome dessa pessoa.

                Thaís semicerrou os olhos, com uma expressão brava direcionada diretamente para Luíza, e ela, apenas fechou os olhos e sorriu. Se dando conta do teor da pergunta, Thaís, olhou disfarçadamente para Marcela, abaixou a cabeça e pareceu tomar coragem.

-- Vai ter que responder! – Alice gritou!

-- Eu respondo.

-- E então? Que resposta você tem para mim? – perguntou Luíza.

-- Sim. Tem sim uma pessoa que me desperta o interesse.       

                Todos sorriram e de forma sincronizada deram gritinhos.

-- E qual o nome? – Débora estava mesmo falante.

-- A regra não dizia que teríamos que responder apenas uma pergunta não?

-- Você está tentando fugir da brincadeira, não vale. – Murilo estava empolgado e curioso.

                Todos nós olhamos ansiosos para uma Thaís completamente acanhada. Fiquei até com pena no final das contas. Mas era apenas uma brincadeira. E eu sabia que Marcela entenderia como tal. Sim, eu sabia a resposta.

 

-- Ok. – suspirou – Essa pessoa é a Marcela. – disse abaixando a cabeça.

                Mais gritinhos e risadas. Olhei para Marcela e percebi seu rosto ruborizado.

Após o momento constrangedor, a brincadeira continuou. E estava claro que todos estavam de “marcação” com a pobre Thaís. As perguntas comprometedoras quase sempre eram direcionadas para ela.                        

                Era a quinta rodada que jogávamos.

Eu tirei “damas” e beijei Luíza. Débora já tinha bebido diversas doses. Elisa teve que responder a pergunta se já tinha feito sex* a três – a resposta foi não. Acho que Alice a mataria se fosse um sim a sua resposta. Marcela respondeu a pergunta se já tinha ficado com alguma mulher – a resposta também foi não. Eu tirei “9” e finalmente pude ir ao banheiro. Murilo teve a sorte de tirar a mesma carta. Thaís era a mais azarada e sempre acabava bebendo algo.               

Juntos pagamos micos imensos. Sei que jamais seriam esquecidos.

Pedro acordou chorando e Murilo subiu para tentar fazê-lo dormir novamente. A brincadeira não parou.

-- É a sua vez Marcela. – disse Thaís.

                Marcela pegou uma carta do barulho, e por alguns segundos ficou encarando a carta. Fazendo o maior suspense entre todos nós.

-- Eu tirei “damas”.

-- Eita! – disseram juntos.

                Essa era a primeira vez que essa carta era tirada cuja pessoa não tivesse boca certa para beijar, ou seja, não fosse entre casais.

-- E quem você escolhe? – perguntou Alice.

                Ela olhou para os lados, parou o olhar por um instante em minha esposa, e eu temi que ela escolhesse justo ela. Claro, eu não permitiria que isso acontecesse, a brincadeira terminaria no mesmo instante!

-- Thaís.

                Marcela disse aquele nome com tanta segurança que eu me surpreendi.

-- Eu?

-- Sim.

-- Agora não pode fugir. Você foi escolhida. – foi a vez de Débora falar.

-- Mas gente... – tentou Letycia.

-- Tem que cumprir. – Luíza deu o veredicto.

Sem que esperássemos, e até mesmo sem esperar a atitude de Thaís, Marcela tocou suavemente o seu rosto. Como estavam sentadas lado a lado, tudo o que ocorreu ali, entre elas, ficou mais fácil.

Pude ver uma doçura tão grande naquele toque de Marcela que quase tive certeza de que rolaria algo mais sério entre elas. Marcela tinha um sorriso doce no rosto e dividia o seu olhar entre os olhos e a boca de Thaís. Essa, por sua vez, estava visivelmente trêmula.

Pouco a pouco, Marcela aproximou-se dos lábios de Thaís. Quando os lábios se tocaram suavemente, foi como uma explosão. A mulher que antes parecia petrificada e sem ação, levou a mão até a nuca de Marcela. O beijo se aprofundou, e ficamos todos nós admirados, olhando de boca aberta aquele beijo tão envolvente.

-- Não acredito que perdi o início disso! – Murilo chegava chamando a atenção de todos que acabaram rindo com o comentário.

                As duas que antes se beijavam como se não houvesse mais ninguém ali, separaram-se sorrindo. Agora, as duas sorriam uma para a outra parecendo sem jeito, mas com um incrível brilho no olhar.

-- Você tinha que atrapalhar né cabeção?

-- Ah mana, passamos a noite jogando, tentando fazer essas duas se enxergarem, e ai, justo quando eu saio rola um beijo. Injusto!              

                Murilo sentou ao lado da esposa com uma carinha de cachorro sem dono.

Era fato! Passamos a noite jogando como se tivéssemos feito um acordo para que algo rolasse entre as duas. E olha que nem havíamos combinado nada previamente.

                Jogamos por mais algum tempo. Agora estavam todos ainda mais empolgados. Marcela e Thaís, depois daquele beijo, não paravam de se olhar. Até arriscavam alguns carinhos.

                Comecei a me sentir bastante cansada, e até tentei disfarçar, mas estava sentindo um grande incômodo e sonolência. Maria Luíza não demorou a perceber, e acabou sugerindo a todos que o melhor seria que nos retirássemos para descansar. Afinal, já se passava de 01hs da manhã.

Fim do capítulo

Notas finais:

Olha eu aqui! Eu sei demorei. Mas voltei com mais um capítulo e espero que vocês curtam. Se não gostarem podem me dizer. Ok?

Beijos


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Comentários para 23 - Capítulo 23 - A "reunião":
rhina
rhina

Em: 17/03/2017

 

Oi

Boa tarde

como não amar um capítulo mega especial como este...

É tudo muito saboroso......o gostar.....o carinho. ....o cuidado. ...a cumplicidade. ....a sintonia 

pirei na Thais e na  Marcela..

..luxo

rhina

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Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 06/06/2016

Eita que este casal é uma delícia. Como conseguem ser tão fofas e românticas? Puxa vida, amei! E olha, torcendo muito pra Marcela ficar bem com a Thais. Essa mulher merece ser feliz, ela é especial.


Resposta do autor:

Essas duas são fofas demais, despertam até uma inveja branca sabe? Essa missão toda para que pelo menos um beijo saísse, vai ter que dar certo e render bons frutos. A Marcela merece a falicidade, merece alguém do lado dela que corresponda todo o sentimento que ela trás no peito. E por que não a doce Thais?

Beijos Ana Clara.

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Ciely Alves
Ciely Alves

Em: 03/06/2016

Olá,adorei esse capítulo, foi puro romantismo...é sempre muito bom, ver o amor dessas duas...Malu sempre tão apaixonada pela Giovanna e agora mais cuidadosa do que nunca com sua gravidez...e a Giovanna se declarando a cada novo dia mais apaixonada pela Malu... adorei todos dando de cupido para juntar a Marcela e a Thaís, agora sim sai um romance entre essas duas, espero que a Marcela se apaixone pela Thaís e esqueça a Malu de vez,ela merece ser feliz.
Beijos, até.
Resposta do autor:

Olá Ciely!

Gente, tenho que admitir que essas duas me derretem inteira. É muito amor! Espero que essa missão cupido dê bons resultados, porque vamos concordar, as duas merecem a felicidade. E por que não encontrarem nos braços uma da outra, não é mesmo?

Beijos flor! Até já.

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Mille
Mille

Em: 02/06/2016

Amei o capítulo, Thaís até que fim beijou Marcela , não sei se o conteúdo alcoólico vai fazer elas lembrarem só beijo espero que sim. So mim preocupado com o Gustavo que está mega mudado com as pessoas próximas se souber que a Thaís e Marcela, será que vai entender???

Olha vilão quando está sumido deve estar apontando, o silêncio é perigoso, e a escritora dona Chris por favor faça esse traste ir para distante delas e da filha.

Bjus e até o próximo 


Resposta do autor:

Ai ai Mille, as duas precisam lembrar desse beijo, não pode esquecer não! Pois é, também me preocupo com a reação do garoto. Ele que á tem andado bastante mudado, com o humor super incostante, será que vai entender e aceitar talvez uma nova relação da mãe? É verdade, quando tudo está quieto, é sinal de que tem algo de errado acontecendo ou prestes a acontecer. Pode deixar Mille, vou dar um jeitinho nesse nojento. Quem sabe não chega a hora de Malu e Elisa conversarem pessoalmente com ele, não é mesmo?

Beijos flor!

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Shayenne
Shayenne

Em: 02/06/2016

Muito lindo,muito delicia este cap.Poxa já estava com saudades,mas entendo a falta de tempo...também nem sempre tenho.bjs linda.ADOROOOOOO sua história.


Resposta do autor:

Olá Shayenne!

A falta de tempo é horrível. Sabe aquela vontade louca de escapar por um tempinho, sentar na frente do computador, estralar os dedos e deixar a imaginação rolar solta? Tô com saudade disso. Apesar dos contratempos e de ficar chateada por não poder atualizar a estória frequentemente, como eu gostaria, fico super feliz em ler comentários como o seu. A compreensão, o carinho, e o apoio, são um combustível e tanto pra gente. Muito obrigada linda!

Beijos

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