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O caminho da felicidade por stela_silva

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Palavras: 3774
Acessos: 5101   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 29

 

Capítulo 29.

 

Rebecca..

 

Quando vim para essa pequena cidade no interior do Brasil, não tinha muita pretensão, mas foi aqui que fui muito feliz... Conheci pessoas maravilhosas... Conheci ela... Luiza... 

 

Durante toda a minha vida sempre me senti sozinha, apesar das pessoas que me cercavam... Sempre senti que faltava algo em mim... 

 

Nunca tive nenhum problema com às várias mudanças, casas, países... Isso não importava, fazia tudo que os meus pais queriam. Sempre quis ter uma vida normal, mas isso nunca aconteceu. Eu era muito fechada em meu mundo... Não deixava as pessoas se aproximarem... Achava que tudo isso era uma questão de interesse... No dinheiro que nem ao menos é meu.

 

Meu pai... Um homem que passou a vida toda sendo ausente. Sempre ocupado. Ele nunca fez um gesto de carinho em mim... E eu estou falando daqueles verdadeiros, não de abraços forçados e beijos secos... Ele nunca foi um péssimo pai, mas estava longe de ser um pai maravilhoso... Talvez ele seja apenas um cara rico que precisava ter um herdeiro... No caso eu... Queria que fosse diferente, mas não é... Clark Thompson era um homem que se preocupava apenas em ganhar dinheiro... Se isso me incomoda?... Hoje não mais. 

 

Mamãe... Sim, essa era carinhosa, amorosa... Sempre tão mãe... Apesar de viver ocupada com os vários negócios da família, mamãe sempre fez de tudo para eu me sentir bem... Eu a amo muito. Não quero causar decepção a ela, mas se isso for preciso, eu farei. Apesar de amá-la muito... Eu não pretendo abrir mão da minha felicidade... Não agora... Que eu já a conheço tão bem... 

 

Passei a vida toda convivendo com pessoas dos mais alto níveis sociais. Vestidos, roupas, sapatos, eletrônicos... Sempre dos mais sofisticado, última geração... Se isso é bom? Sim, ter dinheiro é muito bom... Você pode comprar tudo que quiser, é excelente... O problema é não ter alguém para partilhar disso tudo... É triste... Frustrante... Você sempre acaba se sentindo sozinho. 

 

Quando meus pais disseram que iríamos mudar novamente, eu nunca imaginei que essa mudança, também aconteceria com minha pessoa... Eu era nova, não sabia o que era ter sentimentos por alguém, nunca havia ficado ou namorado com qualquer pessoa, não por falta de pretende e sim por falta de vontade... Eu era fechada, ninguém entrava no meu mudinho... Era só meu... Mas isso mudou... Completamente nesses quase dois anos... 

 

Quando conheci a Daniela... Algo acendeu em mim... Eu me encantei por ela... Sua beleza... Meu primeiro beijo... Descobri novos sentimentos... Acho que era desejo e encantamento, mas isso não é nada... Daniela mostrou-se uma pessoa completamente diferente daquela que idealizei... E nenhum relacionamento sobrevive apenas com desejo... Porque o encanto foi passando conforme fui a conhecendo melhor... Fútil... Foi isso que percebi que ela é... Tão diferente de Sandra, sua mãe... Uma das melhores pessoas que conheci... Se Daniela tivesse herdado um pouco que seja do caráter da mãe... Eu tenho certeza que a teria amado. 

 

Não posso dizer que não fiquei triste quando ela sumiu sem aviso, afinal eu estava acostumada a ela... E eu realmente cheguei a pensar que a amava, mas estava profundamente enganada... 

 

Luiza chegou em minha vida não só me derrubando com um esbarrão... Mas derrubando todos os muros que impediam que alguém entrasse em meu mudinho... Na minha vida... Em meu coração... E pela primeira vez eu me permitir verdadeiramente.

 

Seus olhos verdes que demonstram tanta sinceridade, eu consigo enxergá-la perfeitamente, sem máscaras... Seu sorriso, que aquece meu coração... Seu jeitinho perfeito para mim... Seus beijos que me deixam sem ar e me levam para qualquer outro planeta, além da terra... Seus carinhos... O frio na barriga, formigamentos por todo corpo, paixão avassaladora... Mas o que mais gosto é nossa espontaneidade... O quanto somos cúmplices... Nossas conversas sem sentido algum e aquelas com vários sentidos... Falamos de tudo... Sonhos, desejos, família... Eu não tenho nenhuma barreira perto dela. Aquele algo que faltava em mim, encontrei em Luiza... Eu a amo... Não tenho o palavras para descrever esse sentimento... É impossível... Só quero senti-lo e vivê-lo por completo... Sem medo, receio, covardia... Quero a Luiza pra mim e não importa o que tiver de enfrentar... Eu farei o que for preciso. Não importa o que aconteça... Se tiver um preço para viver meu amor com a Luiza... Então eu irei pagá-lo. Nunca fui tão decidida como nesse momento... E eu nunca me senti tão viva e completa como estou agora... O amor é inexplicável né... 

 

Mas a Luiza não foi a única surpresa na minha vida... Também conheci várias pessoas maravilhosas... A família da Luiza...  Tirando o Júlio e o Fernando... Marcelo, sim,  eu gosto dele... Mas como não gostar da pessoa mais maluca que conheci até hoje e que tem o sorriso mais incrível de todos... Carol... 

 

Como não gostar dessa baixinha? Pessoa mais fantástica! Uma pena que ela esteja com essa terrível doença, mas ela é forte, certeza que vai ficar boa... Carol é de uma espontaneidade incrível... Brincalhona, doce, louca... Uma criança adolescente, mas muito inteligente... Gentil... Tão alegre em seu modo de viver e tão reservada em seu modo se sofrer...  Eu sei que ela sofre, mas não demonstra... Eu a admiro por isso, ela não deixa a tristeza dominá-la... Sempre com um sorriso no rosto, apesar de muitas vezes estar fraca... E ainda faz piada, Essa garota... 

 

Fazia alguns dias que Carol havia raspado toda a sua cabeça. Luiza tentava ser forte na frente da irmã, mas não era. Vivia chorando pelos cantos e eu tentava animá-la de alguma forma, não suportava ver o amor da minha vida daquele jeito. Eu também me sentia triste pelo que houve com a Carol. Todos de alguma forma sofriam. 

 

Luiza estava deitada sobre minha pernas e chorava em silêncio. Eu passava as mãos sobre seu cabelo, fazendo leve carícias. 

 

-- Carol passou mal novamente... Me sinto tão impotente vendo tudo que está acontecendo e não podendo fazer nada - disse com a voz chorosa. 

 

-- Amor... Você não tem culpa de nada que está acontecendo com a Carol... Não fiquei se martirizando... Não há nada que você posso fazer... Carol precisa de forças e vocês são o motivo dela não desistir. Você precisa ser forte pra ajudar sua irmã, minha linda. 

 

-- Eu sei, amor... Mas tá tudo tão difícil... 

 

-- Estou do seu lado... Pra tudo que precisar. 

 

-- Obrigada... - disse sorrindo levemente - Sei que devo estar sendo uma péssima companhia nesses últimos tempos...

 

-- Não fala isso Luiza. Você nunca será uma péssima companhia para mim. Eu te amo... Na alegria e na tristeza. Não importa como você esteja. E eu entendo perfeitamente o porquê de você estar assim... 

 

-- Mas eu não ando te dando a atenção que você merece, minha cabeça tá uma confusão. 

 

-- Não estou te cobrando nada. Quero apenas ficar do seu lado. 

 

-- Você é perfeita amor - Luiza falou sorrindo. 

 

-- Perfeita apenas pra você, minha linda. 

 

-- Eu te amo, Rebecca.

 

-- Também te amo, Luiza. 

 

Nos olhávamos profundamente. Luiza aproximou-se de mim e me beijou com paixão, como a algum tempo não fazia. Um beijo intenso, que me acendeu toda. Nossas mãos ganharam vida pela corpo uma da outra. Eu confesso que estava com saudade de ter minha namorada assim, mas conseguia compreendê-la. Matamos a saudade do corpo da outra. Eu como sempre deixei umas marcas consideráveis nela. Luiza adormeceu em meus braços e eu fiquei velando o sono dela por muito tempo, até ser vencida pelo sono. 

 

A semana passou tranquila. Carol havia melhorado e voltado para casa, isso deixou minha namorada tão feliz e eu também fiquei feliz pela Carol, gosto muito dessa menina. 

 

Luiza me disse que Carol precisava ir para São Paulo fazer vários exames. Ela falou que iria junto com Carol e a mãe. O pai delas não pederia ir junto. 

 

Fazia um dia que minha namorada linda tinha viajado e eu já sentia uma falta gigantesca dela. Infelizmente ela ficaria alguns dias por lá... Eu estava desanimada.

 

Estava no colégio e um professor tinha faltado, teríamos aquele horário vago... Eu caminhava distraída até me aproximar do mural que havia no colégio. Nunca havia parado para observar... Sorri... Olhava para às várias fotografias de forma curiosa. Algumas de antigos alunos e outras mais recentes. Uma delas chamou-me a atenção... Impossível não reconhecer a menina naquele foto. Aqueles cabelos negros e com alguns cachos, aquele sorriso encantador,  aqueles olhos verdes brilhantes... Luiza devia ter uns dez anos nessa foto... Acho que ela ganhava um certificado como melhor aluna. Abri um sorriso bobão olhando para sua foto... Luiza era muito inteligente mesmo... Se as pessoas me achavam nerd... O que falar então da Luiza? 

 

Estava tão encantada olhando para sua foto que não percebi que alguém se aproximava. 

 

-- Abandonada Rebecca? 

 

Reconheci a voz irônica de Daniela, mas não virei para encará-la. 

 

-- Não fala mais comigo? - Ela se aproximou ainda mais, ficando ao meu lado - Achei que você fosse mais educada. 

 

-- O que você quer, Daniela? - perguntei direta. Fazia muito tempo que eu e ela não trocávamos nenhuma palavra. Confesso que eu não fazia nenhuma questão disso. Ela que ficasse longe de mim. Está ótimo assim. 

 

-- Tudo bem? - percebi que ela amenizou o tom da voz. Estava carinhosa. 

 

-- Sim - Eu não me sentia bem falando com ela. Optei por respondê-la de modo frio. 

 

-- Fiquei sabendo que aquele seu carrapato  estar viajando. 

 

Fiquei em silêncio. Não queria começar uma discussão no colégio. Daniela se escorou na parede próxima ao mural e cruzou os braços sobre o peito. Eu estava sendo analisada por ela.

 

-- Você sabe que todos no colégio comentam que vocês duas tem um caso? - perguntou séria. 

 

-- Eu não me importo com isso. 

 

-- Mas deveria... Imagina se isso chega nos ouvidos dos seus pais.

 

-- Eu falo a verdade para eles. 

 

-- Não seja tola, Rebecca... Seus pais mandam em você... Se eles quiserem te levar para longe da Ana Luiza, eles vão te levar! Você ainda é menor de idade. 

 

-- Se eles fizerem isso eu nunca vou perdoá-los! Eu amo a Luiza e sou capaz de enfrentar tudo por ela! 

 

-- A Ana Luiza devia ser um pouco mais inteligente e não te expor tanto. 

 

-- Isso não é da sua conta Daniela! - fiquei irritada com ela.

 

-- Não... Não é... - disse caminhando em direção às salas - Cuidado para não sofrer depois...

 

-- Não irei! - falei convicta. 

 

- Eu não teria tanta certeza disso. 

 

Ela se foi... Deixando-me pensativa. 

 

Meu pai não iria aceitar meu relacionamento com Luiza nunca. Ele gostava de aparências e isso não seria algo bem visto, não me importava em nada com com isso. Cansei de fazer tudo que ele mandava. Mamãe... Eu tinha minhas dúvidas... Teria que pagar pra ver.

 

Depois de três longos dias Luiza voltou para minha imensa felicidade. Estava morrendo de saudade e passei todos esses dias trancada no quarto e sem ânimo para nada. Ficava esperando ela me ligar e conversamos por horas e horas. 

 

Carol estava com uma aparência abatida. Eu a abracei apertado e ela sorriu para mim. Conversamos algumas bobagens e ela contou que Luiza teve pavor do avião. Nós rimos juntas e Luiza fez bico. 

 

Mais alguns dias se passaram. Tudo normal, tirando o fato de Carol estar ainda mais abatida. Ela teve outra sessão da quimioterapia e isso sempre a deixava mal. 

 

Era uma quarta-feira e eu almoçava na companhia dos meus pais. Clark falava de negócios e mais negócios. Eu fingia prestar atenção, mas meus pensamentos estavam em Luiza, ainda não tinha visto ela hoje... Não teve aula...  Ahh, falando nisso... Acho que todos realmente sabem que a algo entre eu e a Luiza. Quando a gente passava dava para escutar os cochichos, não que me importasse com isso, mas não duvidava que a qualquer momento isso chegaria aos ouvidos dos meus pais. 

 

-- Acho que dentro de duas semanas poderemos voltar a morar em Nova York. 

 

Eu que estava distraída arregalei os olhos quando escutei o que papai disse. 

 

-- O-O que? - gaguejei, pois estava nervosa. 

 

-- Isso mesmo que você escutou filha... Vamos voltar para Nova York... As coisas aqui já estão todas resolvidas. Só estamos esperando a conclusão de seus estudos. 

 

Fiquei desesperada... Pálida e sem voz. Isso não podia estar acontecendo. Tudo bem que sabia que logo estaríamos voltando, mas imaginei que demoraria mais alguns meses, pois houve alguns problemas na fábrica. Comecei a respirar com dificuldade e minha mão a tremer sem parar. 

 

-- Mas pai... Pensei... Que ainda ficaríamos aqui por mais alguns meses, devido os problemas na fábrica. 

 

-- Eu vou ficar filha, mas você e sua mãe vão voltar assim que suas aulas terminarem - disse sério. 

 

Eu não conseguia me controlar, ele não iria mandar na minha vida novamente. 

 

-- Eu não vou! - disse quase gritando. 

 

Mamãe me olhou assustada, mas foi reação de Clark que me surpreendeu. Ele me encarava de uma forma diferente, mas em momento algum eu desviei os olhos do dele. O azul dos olhos dele tinha um brilho diferente... Ele me analisava... Não moveu um músculo. Seu olhar dava calafrios. 

 

-- Você não tem querer, Rebecca! 

 

-- Eu tenho sim pai! Não sou uma boneca que o senhor pode fazer o que quiser! Eu tenho meus sentimentos e minhas vontades e nisso você jamais poderá mandar! 

 

-- Não me desafie menina! - disse irritado.

 

-- Meu amor o que deu em você? - mamãe perguntou carinhosa. 

 

Eu olhei para ela e meus olhos se encheram de lágrimas. 

 

-- Mãe... - sussurrei com a voz embargada. 

 

-- Pare de passar a mão na cabeça dessa menina, Rosemary!

 

-- O que deu em você Clark? Ficou louco? 

 

-- Ela vai fazer o que a gente ordenar! E essa discussão sem sentido está encerrada! 

 

Me levantei bruscamente. 

 

-- Eu não farei - disse entre dentes - Nunca mais!

 

Corri dali... Precisava urgentemente do abraço do meu amor... Dela me dizendo que tudo ficaria bem. Eu estava tão angustiada. Corri sem me importa com o que os outros iriam pensar... Cheguei a casa de Luiza em tempo recorde. Estava ofegante e vermelha. Meu cabelo estava uma bagunça... Abri o portão e comecei bater na porta sem parar. Escutei alguém gritar "um já vai", mas continuei batendo mesmo assim. 

 

-- Porr* tá doido! - Érika resmungou quando abriu a porta - Ah, é você... 

 

-- Érika a Luiza está?

 

Ela me observou por alguns segundos e com certeza percebeu minha cara de choro. 

 

-- Luiza saiu cedo com a tia Rosona, elas foram no hospital pegar alguns exames da Carol - disse suavemente. 

 

-- Ahh - disse decepcionada. 

 

-- Érika quem tá aí? - escutei a voz suave de Carol que logo apareceu atrás de Érika e sorriu ao me ver -  Ruivis... 

 

-- Oi Carol... - meus olhos voltaram a ficar úmidos. 

 

-- Rebecca fica com ela. Vou estudar em meu quarto. Quando você quiser ir embora, me chama. Carol não pode ficar sozinha. 

 

Carol revirou os olhos e bufou e eu rir disso. Entramos e Érika foi recolhendo os materiais de estudos, subiu para o quarto deixando apenas eu e a Carol. A baixinha se sentou e eu sentei ao seu lado. Carol bateu em suas pernas e sorriu fazendo sinal para eu me deitar sobre elas e foi o que fiz. Tudo que eu mais queria naquele momento era carinho. Carol fazia Cafuné em meus cabelos e eu não conseguir segurar as lágrimas. Ela não me perguntou nada e eu não queria falar naquele momento. 

 

Depois de longos minutos eu parei de chorar e ela permanecia acariciando meus cabelos. Ficamos em silêncio. Eu precisava desabafar com alguém, aquilo estava me sufocando. Levantei e encarei aquela garotinha. Carol estava visivelmente mais pálida. Um lenço colorido sobre a cabeça sem cabelo algum e aquele sorriso de menina estampado no rosto. 

 

-- Desculpa por toda essa cena - falei envergonhada.

 

Carol abriu ainda mais seu sorriso. 

 

-- Você tímida ruivis é comédia demais. 

 

-- Deve ser mesmo - disse sorrindo.

 

Fiquei pensativa e suspirei. 

 

-- Quer falar? - Carol perguntou docemente. 

 

-- Preciso desabafar com alguém... Dentro de suas semana eu irei voltar a morar em Nova York - falei sem enrolação. 

 

-- Nossa... Já? - disse surpresa. 

 

-- Meu pai está praticamente me obrigando a ir... 

 

-- Você vai? 

 

-- Se depender de mim... Não! Mas acontece que ainda sou menor. Eles podem me obrigar. Estou tão irritada com tudo isso... Se eu for... Será contra a minha vontade. Isso está me deixando maluca. 

 

-- Rebecca... - falou séria - Você não pode se precipitar em relação a isso. Como você disse... Ainda é de menor... Seus pais mandam em você, querendo ou não. Você deve conversar com a Luiza e as duas juntas encontrarem a melhor solução... Você acha que seus pais vão aceitar essa situação? 

 

-- Minha mãe, eu não sei... Mas meu pai eu tenho certeza que não - disse frustrada. 

 

-- Tenso isso... Acho que você está precisando da Luh. 

 

-- Estou mesmo. 

 

-- Ela não vai demorar... Enquanto isso vamos assistir um filme de comédia pra você distrair um pouco. 

 

Carol se levantou e colou o filme. Voltou a sentar ao meu lado. Mesmo estando nervosa com tudo que estava acontecendo acabei me distraindo. Carol fazia uns comentarios hilários sobre o filme e isso me fazia rir com vontade. 

 

Depois de alguns minutos Luiza chegou e abriu um lindo sorriso ao me ver, também sorri para ela. Acho que ela percebeu que eu havia chorado, pois fez um carinha preocupada. 

 

Só de olhar para ela valia a pena enfrentar qualquer coisa. Sentir todo meu nervosismo se esvaziar e aquela paz imensa tomar conta de mim. 

 

Luiza falou alguma coisa com a irmã, tocou em sua testa, fez uma leve carícia em seu lenço que estava sobre a cabeça. Dona Rosona aproximou-se me abraçou e beijou. Luiza deixou sua irmã aos cuidados da mãe e convidou-me para ir até seu quarto. Assim que ela fechou a porta de seu quarto, caminhou em minha direção, tocando levemente em meu rosto. Ela me  olhava com tanto carinho. 

 

-- O que aconteceu, meu amor? 

 

Meus olhos voltaram a lacrimejar e eu a abracei apertado. Se tinha algo que eu tinha medo naquele momento era de perdê-la. Eu amava tanto... Que doía só de pensar em ficar longe dela.

 

Luiza me apertou em seus braços e eu chorei igual um bebê. Ficamos assim por um tempo. Ela não falava nada, apenas me fazia carinho. Consegui ficar mais calma e a gente sentou em sua cama, uma de frente para a outra. Luiza me encarava com carinho, segurou em minhas mãos um pouco forte. 

 

-- Quer falar? 

 

Eu sorrir ao lembrar que Carol havia falado igualzinho a ela.  Respirei fundo e decidi ser direta. 

 

-- Meu pai disse que irei voltar a morar em Nova York daqui a duas semanas - estava triste. 

 

Luiza não desviou os olhos do meu. Ela ficou alguns segundos em silêncio. 

 

-- Uma hora isso ia acabar acontecendo - falou enfim. 

 

-- Eu não vou! 

 

-- Eu sei que se tudo dependesse de você, isso não estaria acontecendo. Mas temos que ter a consciência que você ainda é menor de idade, minha linda. Se seus pais quiserem, eles podem te obrigar a ir. 

 

-- Mas isso não é justo! 

 

-- Eu sei, meu amor... Temos que pensar juntas... Você sempre me disse que seu pai não aceitaria nossa relação. Então acho que não devemos falar sobre ela, pois ele pode fazer de tudo para impedir qualquer tipo de contato entre nós duas não é? 

 

-- Sim... Conhecendo meu pai como conheço... Ele seria capaz de tudo - infelizmente essa era a verdade sobre meu pai. 

 

-- Então precisamos pensar em algo... 

 

-- Não temos o que pensar - disse derrotada - Se eu tivesse feito alguma economia a gente teria dinheiro o bastante para fugir... Mas nunca pensei por esse lado... Sou uma pobre coitada. 

 

-- Seria capaz de fugir? 

 

-- Com você ao meu lado eu seria capaz de tudo - falei sincera. 

 

-- E eu por você, meu amor!

 

-- Farei de tudo para não viajar... Vou brigar com os dois todos os dias se for preciso, mas... E se eu realmente viajar? - era disso que eu tinha medo - Como ficaremos? 

 

-- Não sei... - Luiza falou pensativa. 

 

-- Você seria capaz de me esperar Luiza? ... Sabe que falta quase três anos... Você conseguiria me esperar? - Eu precisava desesperadamente daquela resposta. 

 

Luiza fixou os olhos no meu.

 

-- Eu seria capaz de te esperar a vida toda, amor... Você sabe disso... Enquanto você me quiser eu serei sua... Eu te amo Rebecca e isso não vai mudar... Mesmo que você tenha que viver por um tempo longe de mim. 

 

Fiquei emocionada com tudo que ela disse e confesso que essas palavras me deixaram um pouco mais tranquila. 

 

Dormir com a Luiza nesse dia e nem me dei ao trabalho de avisar meus pais, mas tenho certeza que Luiza o fez. Ela me abraçou e dormimos de conchinha. Foi muito bom... Nos braços dela eu me sentia segura... Parecia que nada no mundo poderia ser capaz de nos afastar... Mas nunca poderia imaginar que os próximos dias seriam tão difíceis. 

 

Voltei para casa no dia seguinte. Meu pai não refrescou para o meu lado e durante uns dias, foi aquela mesma discussão... Não queria de forma alguma viajar... Não queria deixar ela... 

 

Luiza... Meu amor... Por você eu seria capaz de tanta coisa... 

 

Isso não poderia acontecer... Eu só poderia estar em algum tipo de sonho. 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Sobre a minha demora... Só posso dizer que ando viajando na maionese...rsrs.

Beijos à todas. 

E eu vou voltar a postar nos dias normais meninas... Sei que estou devendo muito a vocês. 

Até o próximo. 

PS: Luiza vai narrar o próximo capítulo. 

 


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Comentários para 29 - Capítulo 29:
lay colombo
lay colombo

Em: 07/05/2016

"Eu seria capaz de te esperar a vida toda, amor... " dito e feito, muito orgulho da minha morena <3

Aff odeio essa parte mas é necessário né fazer oq 

Bom bjos minha linda e até o próximo

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Ana Carolina 02
Ana Carolina 02

Em: 29/04/2016

Oi autora que bom que voltou 😊 , nós leitoras sentimos falta ! Prevejo momentos tristes ...mas é necessário para ou seguimento do conto ! Tomara que o amor da ruiva e da Luiza superem os obstáculos ! Que a Carol 😍 fique bem ! E que a Daniela jaburu tome vergonha na cara ! Beijos até 😉

Responder

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Mille
Mille

Em: 28/04/2016

Oi Stelinha tudo bem???

Li esse capítulo com um sorriso bobo no rosto, acho que o papis da ruiva já está sabendo de algo.

Bjus e até o próximo

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