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O Clã San'Germany por BiancaLaneska

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Acessos: 3781   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 5 A chegada

CAPÍTULO 5: A chegada

 

 

 

 

 

Durante a viagem Júlia descobriu que não tinha medo de altura, e sim pavor. Não conseguiu relaxar, a viagem durou 12 horas, tiveram uma pequena turbulência e ela se desesperou.

 

"Meu Deus, eu odeio altura, eu odeio altura" repetia para si mesma.

 

 

 

********××××××********

 

 

 

-- Filho eu disse sem festas! -- Cecília dizia irritada

 

-- Mamãe é só um bolo, com certeza ela vai gostar.

 

-- Você é um cabeça dura e sua filha também! Caso ela te trate mal a culpa é sua.

 

-- Mamãe, pare de drama.

 

-- Depois não diga que eu não avisei -- saiu resmungando.

 

 

 

Cecília saiu da cozinha deixando para trás seu filho e os empregados com o tal bolo. Encontrou Amanda lendo um livro na sala, já iria dar 19:00 horas e estava perto do vôo de Júlia chegar.

 

 

 

-- Amanda preciso de um favor seu.

 

-- Diga vovó -- disse fechando o livro e tirando o óculos.

 

-- Vá até o aeroporto buscar a Júlia.

 

-- Dona Cecília não tem ninguém para fazer isso que não seja eu? -- disse aborrecida.

 

-- Amanda, seu pai está na cozinha fazendo um bolo para Júlia, e eu além de estar velha estou muito cansada com dor nas pernas e costas, vai mesmo me obrigar a ir filha? -- disse fazendo chantagem emocional.

 

-- Tudo bem -- bufou com raiva -- eu vou buscar essa garota.

 

Disse levantando-se e indo buscar sua bolsa.

 

-- Obrigada -- estampou um enorme sorriso -- ah e não se esqueça, seja gentil.

 

 Viu a ruivinha revirar os olhos e sair resmungando, mas algo lhe dizia que Júlia e Amanda seriam grandes amigas.

 

 

 

********××××××********

 

Júlia desembarcou com o estômago embrulhado, comprou uma garrafa d'agua, mas ao primeiro gole se sentiu enjoada. O vôo atrasou, e não sabia se estavam a esperando, passou os olhos entre as pessoas procurando por Cecília ou alguém com seu nome em uma placa, mas não viu ninguém.

 

Seu enjoo estava cada vez mais forte, pegou o celular com a intenção de ligar para sua avó, antes que pudesse fazer qualquer coisa sentiu o celular ser arrancado de sua mão.

 

 

 

********××××××********

 

 

 

Amanda tinha chego as 19:00 horas em ponto, ficou esperando e logo foi verificar informações do vôo, a atendente informou que havia atrasado.

 

"Ótimo, vou ter que esperar a princesinha sabe-se lá até que horas" pensou irritada e se sentou em um banco.

 

Eram 20:00 horas quando resolveu dar uma volta, já estava estressada pela demora, foi até o banheiro e quando voltou, viu uma multidão, avistou algumas pessoas esperando encontrar Júlia, mas seu olhar se perdeu na silhueta de uma mulher loira e baixa que estava de costas mas a visão era boa, trajava uma jaqueta de couro, uma calça jeans colada em seu corpo e um tênis, se a visão da frente fosse tão bonita quanto a de trás ela seria linda, ela pensava com um sorriso sacana, então viu a moça se virar.

 

Ela estava com um óculos escuros estilo aviador, nariz afilado e boca rosada, uma camisa social camuflada, gostou do que viu.

 

Parou de contemplar a imagem da jovem quando percebeu que aquela moça era Júlia, ou como ela gostava de chamar "a princesinha do papai" mas viu que de princesa não tinha nada, pelo menos não uma princesa patricinha que usava tudo rosado.

 

Ao perceber que ela pegava o celular, deduziu que seria para ligar em sua casa então foi até a loira que parecia distraída e tomou o celular da sua mão.

 

 

 

-- O garota, vamos estão todos te esperando -- falou ríspida.

 

-- Quem é você? – Júlia perguntou erguendo as sobrancelhas estranhando a atitude da ruiva.

 

-- Não interessa, menina anda logo porque estou cansada de te esperar!

 

-- Não pedi para vir me buscar -- retrucou Júlia não gostando do tom que a menina quem nem conhecia se dirigia a ela.

 

-- Ainda é mal educada? -- perguntou levantando as sobrancelhas franzindo o cenho.

 

-- Você não me conhece, mas posso dizer o mesmo de você, agora me devolve o celular.

 

-- Não, vamos logo que sua avó e seu papai estão esperando -- disse com ironia.

 

-- Enquanto você não me devolver a droga do celular eu não vou há lugar algum.

 

-- Olha, ela sabe falar até "ofensas" em português. -- disse com deboche e fazendo sinal de aspas com os dedos na palavra ofensas.

 

 

 

Júlia não conhecia a garota, mas ficou extremamente irritada com a forma que estava sendo tratada, pensava que se todos desse país tivessem aquela educação ou a falta dela, iria arrumar grandes problemas.

 

Foi tirada de seus pensamentos por um puxão em seu braço, a fazendo derrubar a água da garrafa que estava aberta em cima da ruiva.

 

 

 

-- Olha o que você fez garota! -- exclamou elevando sua voz, e olhando seu vestido todo molhado.

 

-- A culpa foi sua -- disse olhando o vestido da menina ruiva grudando em seu corpo definido, era uma boa visão. A garota seria totalmente bela se não fosse por sua arrogância e falta de educação.

 

-- A CULPA FOI MINHA? VOCÊ É LOUCA? SUA MALUCA! -- dizia praticamente gritando -- VOCÊ ME MOLHOU!

 

 

 

Júlia se irritou mais ainda com a garota e a pegou pelo braço, se aproximou e disse entre dentes:

 

-- Baixa o tom porque eu estou do seu lado! -- tirou seus óculos escuros que disfarçavam o olho ainda inchado e maquiado, e a encarou olhando nos olhos -- olha o escândalo, já tem gente nos olhando.

 

Amanda olhava aqueles olhos verdes claros que pareciam querer penetrar sua alma, paralisou a olhando e ouvindo tudo o que ela disse então, seu braço o livrando do contato da mão da loira.

 

 

 

-- Você é uma estabanada que não sabe segurar firme uma garrafa d'agua!

 

-- Você sabe que a culpa não foi minha, você me puxou. E por falar nisso, eu não te dei autorização para me tocar entendeu?

 

 

 

Amanda não acreditou na arrogância daquela garota.

 

 

 

-- Senhorita o carro já está esperando, ela chegou? -- disse o motorista olhando a Amanda.

 

-- É essa garota abusada ai -- disse apontando para Júlia e antes que a mesma pudesse responder, continuou -- Leve-a que todos já devem estar preocupados.

 

-- Sim senhorita, sua avó já ligou por isso vim verificar, você não vai conosco? -- disse vendo se afastar.

 

-- Não, essa estabanada me molhou, prefiro ir de taxi. – disse se encaminhando a saída.

 

 

 

Júlia tentava entender por que a garota a tratou daquela forma? Mas isso também não importava, não estava ali em um acampamento de férias e muito menos para fazer amizades, a trataria da mesma forma que fora tratada.

 

Não estava disposta a ser gentil com ninguém daquela família.

 

-- Podemos ir senhorita? São suas malas? -- apontou para as três malas aos seus pés.

 

-- São sim -- disse abrindo um sorriso e estendendo a mão ao motorista -- me chamo Júlia, pode me chamar só pelo nome, como se chama?

 

-- Frederico, mas vou continuar lhe chamando de senhorita Júlia está bem?

 

-- Como quiser Frederico, eu te ajudo com as malas.

 

-- Não há necessidade senhorita, são apenas três malas, e sua mochila.

 

-- Faço questão Frederico -- disse pegando uma das malas -- faremos assim, eu com a mala e a minha mochila e você com as outras duas, não aceito não como resposta.

 

-- Mas senhorita eu posso carregar as três de uma vez só.

 

-- Sei que você é forte, mas não teria tanta certeza disso -- disse sorrindo -- deixei as mais pesadas pra você não se preocupe, vamos?

 

-- Claro.

 

 

 

Não esperava aquela atitude da jovem, o tratou muito bem como se não fosse apenas um empregado, e ainda o cumprimentou com um aperto de mãos. Pegou as duas malas da jovem que realmente estavam muito pesadas. As colocou no porta malas e seguiu até a direção. Júlia já tinha entrado e sentado nos bancos de trás.

 

 

 

-- Frederico desculpe por ir aqui atrás, mas é que tenho um problema de ir na frente, não pense que sou fútil e estou te tratando como empregado é só que...

 

-- Senhorita Júlia não tem problema, é isso mesmo que eu sou, e todos os patrões sentam no banco de trás.

 

-- Mas eu não sou patroa.

 

-- É sim, é filha e neta dos patrões, e já nos deixaram avisados para lhe tratar de tal forma e...

 

-- Frederico por favor, esqueça de tudo que te falaram -- disse interrompendo o motorista que a olhava pelo retrovisor. -- eu não me considero dessa família, só estou aqui por ser obrigada e de passagem... enfim história longa, mas já deve saber de algo.

 

-- Por alto senhorita -- disse olhando para a estrada.

 

 

 

Fizeram metade do caminho em silencio, o motorista tentava entender aquela menina que era tão simpática, já Júlia tentava se distrair com paisagens para conter seu nervosismo, já havia até se esquecido do seu enjôo.

 

 

 

-- Frederico posso te fazer uma pergunta? -- disse quebrando o silêncio.

 

-- Claro dona Júlia -- a olhou pelo retrovisor.

 

-- Seu patrão tem filhos?

 

-- A senhora é a única que eu saiba -- sorriu de canto de boca.

 

-- Quem era aquela garota que foi me buscar no aeroporto?

 

-- Aquela era a menina Amanda, enteada do seu pai, vocês se desentenderam não é mesmo?

 

-- Ela é meio desequilibrada, acabei molhando-a sem querer quando me puxou pelo braço, nem a conheço e foi super grossa comigo. -- disse sentida com a grosseria da ruiva.

 

-- A dona Amanda é uma boa pessoa a senhorita vai ver, ela só está com ciúmes.

 

-- Foi bem mal educada -- disse cruzando os braços e fazendo cara de criança contrariada jogando seu corpo no encosto do carro fazendo um bico. O motorista deu uma risada ao ver sua expressão.

 

-- Chegamos.

 

 

 

Júlia nem tinha percebido que eles entraram por um enorme portão e passaram em um enorme muro, olhou para onde estavam e viu um jardim enorme, o carro andava pela estrada feita para os carros, com um gramado bem verde dos dois lados da passagem, até chegarem a frente da mansão, pensou que a pé até o portão deveria demorar no mínimo 20 minutos, de tão extenso que era o terreno.

 

Chegaram a frente da mansão, as paredes de fora eram claras, mas não soube definir a cor, um salmão bem claro quase rosa talvez? Havia milhares de janelas no piso superior e algumas sacadas, o piso térreo algumas portas de vidro enormes. Respirou fundo e entrou.

 

 

 

********××××××********

 

 

 

Na mansão Lancaster

 

 

 

Antes de Júlia chegar Olávo estava impaciente pela demora, já fazia uma hora que Amanda tinha ido busca-la, mas a mesma mandou uma mensagem avisando que o vôo estava atrasado.

 

 

 

-- Mamãe a senhora devia ter me avisado para eu ir busca-la.

 

-- Se acalme que eles já estão vindo, falei com Frederico e já estão a caminho.

 

 

 

Passou alguns minutos e Amanda entrou apressada praticamente correndo para o quarto, estava molhada e irritada.

 

 

 

-- Amanda cadê a Júlia? -- Perguntaram os dois que estavam na sala e a ouviram gritar.

 

-- Está vindo com o Frederico!

 

 

 

Olávo não entendeu o motivo de estar brava e iria falar com ela quando Cecília o impediu.

 

 

 

-- Deixe filho, ela está com ciúmes.

 

-- Ciúmes mamãe? Logico que não, ela vai continuar sendo nossa princesinha -- disse desacreditado do que a mãe falou.

 

 

 

De repente ouviram o barulho de um carro e logo sorriram, Olávo fez questão de chamar todos da casa, queria apresentar sua filha à todos os empregados.

 

 

 

-- Peçam para que Amanda desça agora, quero que esteja conosco, e se ela disser que não, diga que eu mandei que viesse. -- pediu a um dos empregados.

 

 

 

********××××××********

 

 

 

Amanda tinha ido pro seu quarto, tirou o vestido que estava molhado e colocou um short e uma camisa cinza de manga longa justa. Deitou-se e ouviu batidas na porta.

 

 

 

-- Pode entrar -- disse já mais calma.

 

-- Dona Amanda o senhor Olávo mandou te chamar, por favor ele exige sua presença.

 

-- A princesa chegou então -- disse com desdém -- Já estou indo Kelly, pode ir.

 

 

 

Assim que a empregada saiu, levantou-se se olhou no espelho passou a mão nos cabelos e saiu do quarto, desceu as escadas mas não avistou Júlia.

 

 

 

********××××××********

 

 

 

O motorista tirou as malas do carro e observou a jovem que estava hesitante em entrar.

 

Júlia respirava fundo, sem saber o que fazer, já ali na frente não havia volta, teria que encarar, entraria nas covas dos leões. Contou até dez e vestiu sua armadura. Seu estômago estava embrulhado novamente, as mãos estavam frias e o enjôo voltou.

 

 

 

-- Vamos senhorita? -- perguntou Frederico a encorajando.

 

-- Claro. – respirou fundo e soltou o ar com força antes de entrar.

 

 

 

Entraram na mansão e encontraram os empregados todos em fila. No impulso involuntário seus olhos procuraram um rosto familiar, e seu olhar pousou em Cecília que lhe sorria de forma acolhedora, logo em seguida seu olhar foi para o da ruiva que lhe encarava, como se quisesse despir sua alma.

 

Após se encararem por alguns segundos seu olhar foi para um homem alto de costas e ombros largos mas não exagerado, cabelo loiro claro com alguns fios dourados médio, pele branca como a sua e olhos verdes, um pouco mais escuro que os seus.

 

Concluiu que aquele devia ser Olávo, estampava um largo sorriso branco, com sua dentição perfeita.

 

 

 

-- Bem vinda minha filha -- disse Olávo indo abraça-la.

 

 

 

Júlia não esperava essa atitude, ficou estática. Ergueu as sobrancelhas franzindo sua testa, os olhos que estavam com uma maquiagem bem rockeira rebelde se arregalaram, mostrando todo o verde deles. Amanda deu um sorriso debochado, já sua avó também não sabia o que fazer.

 

Júlia não correspondeu ao abraço, continuou parada, então Olávo saiu do abraço segurando em seus ombros a olhando completamente encantado.

 

 

 

-- Como você é linda filha, completamente linda, e esses olhos?

 

-- Filho depois você baba pela sua filha -- disse Cecília forçando um sorriso e interrompendo o filho por estar deixando a jovem constrangida.

 

 

 

Júlia estava com suas mãos mais frias do que antes, sentia calafrios pelo seu corpo, o enjôo só aumentou.

 

Cecília e Olávo fizeram a apresentação aos empregados, os mesmos foram dispensados a voltar a seus afazeres.

 

 

 

-- Fizemos um bolo para você, espero que goste de chocolate.

 

-- Obrigada Olávo, mas não era preciso. -- sua voz foi fria e firme, todos perceberam, inclusive Olávo.

 

Afinal o que ele queria? Não se conheciam, e lembrou que ele desistiu dela quando pequena.

 

" Chega dessa babaquice, não somos amigos, não somos nada!" pensou.

 

 

 

-- Claro que sim filha, quero que se sinta bem, amanhã daremos uma festa para te apresentar como minha filha a todos da sociedade, a imprensa já foi contatada. -- disse com um sorriso determinado.

 

 

 

Júlia ao ouvir aquilo explodiu, sua paciência não estavam tão boa, parte por causa do enjôo e outra por já ter gastado com a ruivinha mais cedo. Estava na hora de pôr os pingos nos "is"

 

 

 

-- Olha só Olávo, não se de o trabalho de fingir ser gentil... -- ia dizendo mas foi interrompida.

 

-- Não é fingimento, estou feliz por você estar aqui, quero que se sinta bem. Eu esperei tanto tempo para te ter aqui conosco, ver, tocar, e ouvir minha filha. -- disse se aproximando mas a jovem deu dois passos para trás se afastando.

 

 

 

Cecília que via a cena, segurou o braço do filho para que não se aproxima-se, sabia do gênio da neta e já tinha avisado seu filho, mas o mesmo também era cabeça dura.

 

 

 

-- Vamos esclarecer as coisas Olávo -- fez uma pausa deixando de encara-lo.

 

Olhou para o chão e respirou fundo e depois olhou para cima jogando sua cabeça para traz tentando controlar seu enjôo, era uma sensação horrível. E por fim voltou a encarar os olhos verdes do homem, e disse:

 

 

 

-- Primeiro: Eu não estou aqui por vontade própria e sim por não ter outra opção, segundo: Quer que eu me sinta melhor? Então pare de me chamar de filha, eu não sou sua filha, e você não é meu pai...

 

-- Sim eu sou seu pai, quer queira ou não -- a interrompeu dizendo com a mesma arrogância que ela usava na voz.

 

-- Gostaria que não me interrompesse mais, isso me irrita, além de ser falta de educação, eu ainda não terminei...

 

-- Olha garota, você é minha filha e me deve respeito!

 

-- Você não é nada além de meu progenitor Olávo! -- elevou o tom da sua voz e manteve seu olhar frio e firme olhando nos olhos do homem.

 

-- Por mais que não queira eu sou seu pai.

 

 

 

Travaram uma guerra de olhares, ambos de dentes cerrados e respiração profunda tentando se acalmar.

 

-- Como eu estava dizendo antes de ser interrompida, Primeiro: Não estou aqui por vontade própria, segundo: EU NAO QUERO QUE ME CHAME DE FILHA, pois por mais que queira eu não sou, e vou te provar, porque não te considero como meu pai, e Terceiro porem não menos importante: Não perca seu tempo com festas, pois eu não aparecerei. Não sou o seu troféu para sair exibindo.

 

 

 

Olávo estava vermelho de raiva, como ela poderia lhe tratar assim e dizer essas coisas? Ele tinha sido gentil com ela.

 

-- Garota, você além de petulante é insolente.

 

-- Sem dúvidas você é irmão de Otton, já ouvi ele me chamar assim várias vezes -- deu um sorriso debochado e virou-se para a avó -- onde fica meu quarto por favor? Não me sinto bem e gostaria de descansar.

 

 

 

Olávo não deu atenção para o que sua filha falou, tinha ficado extremamente irritado com a comparação dele com Otton. A segurou pelo braço para que prestasse atenção.

 

-- EU AINDA NAO TERMINEI! Eu te ouvi agora é sua vez!

 

-- Olávo por favor... -- interveio Cecília

 

-- Eu não te dei autorização para tocar em meu braço -- disse a loirinha entre dentes.

 

 

 

Puxou seu braço com agressividade o soltando das mãos de seu pai. Aquele foi o fim de tudo o que controlou até agora, de sua raiva inclusive do enjôo.

 

Correu até uma lata de lixo que ficava na parte de fora da mansão e se ajoelhou ao chão curvando-se e vomitou. Tentava parar, odiava passar mal e vomitar, já não conseguia controlar seu corpo, o mal estar era muito forte, tão forte que as forças do seu corpo se esgotaram, tanto pelo cansaço da viagem quanto ao nervosismo e seu emocional.

 

Quando sentiu que iria cair por cima da lata de lixo ainda vomitando por não conseguir mais se segurar e manter-se de joelhos, sentiu mãos sobre si.

 

 

 

De repente um braço fino envolveu sua cintura por trás a segurando para que não desabasse vomitando e a outra mão segurou seus cabelos para não se sujarem.

 

 

 

-- Pega água pra ela agora! -- gritava Amanda ainda segurando Júlia.

 

-- Vou leva-la ao hospital -- disse Olávo se aproximando -- o que está sentindo filha?

 

-- Sai! -- foi a única coisa que conseguiu dizer e voltou a vomitar, já chorando. Estava se sentindo horrível.

 

-- Júlia... -- Olávo disse ainda se aproximando.

 

-- Ela pediu para sair Olávo! -- gritou Amanda, que sentia o corpo da loira tremendo, ela estava fria. -- Vai, se afaste! Pegue água para ela e uma toalha AGORA!

 

-- Vai Olávo, não está ouvindo filho? Ela está passando mal, não é hora para suas teimosias -- Cecília o encarava de forma ameaçadora.

 

 

 

Realmente percebeu que seria pior sua presença e saiu entrando para casa e pedindo que levassem água e uma toalha para elas do lado de fora.

 

 

 

-- Calma já vai passar -- Amanda sussurrava para ela ainda com um braço envolto a sua cintura, assim que sentiu o corpo da loira parar de tremer a soltou rapidamente usando as duas mãos para arrumar o cabelo da loira em um coque.

 

-- Droga! – disse Júlia voltando a vomitar.

 

 

 

Amanda a segurou pela cintura novamente passando um de seus braços em volta, e com a outra mão pegou uma das mãos de Júlia que ainda tentavam se segurar, com medo de cair não soltava a lata de lixo se apoiando.

 

 

 

-- Estou te segurando, confia em mim -- disse pegando sua mão e a fazendo fechar em punho e apertou por cima e disse -- fecha as mãos assim e aperta, vai fazer diminuir o vômito até parar.

 

 

 

Viu Júlia tentando fechar a outra mão que ainda estava se segurando na lata, em punho.

 

 

 

-- Estou te segurando, pode soltar, fecha as duas mãos e aperta.

 

 

 

Júlia fez o que foi mandado, seu corpo ficou mais pesado e Amanda continuou segurando-a, pouco tempo depois o vômito e o enjôo foram cessando.

 

A ruiva a virou de frente pra si, fazendo-a sentar ao chão e encostar as costas em uma parede próxima. Júlia ainda estava com as mãos fechadas em punhos apertando-as.

 

 

 

-- Calma, está passando viu? -- Amanda enxugava as lagrimas que teimavam escorrer, deixando aqueles olhos verdes claros, ainda mais verdes.

 

-- Amanda a água -- disse Cecília que recebeu da empregada entregando para a ruiva, Cecília estava falando com o médico pelo telefone.

 

 

 

Amanda pegou a água e a toalha a umedecendo e entregou o restante da água à Júlia.

 

 

 

-- Aqui, enxague a boca.

 

Júlia pegou o copo e enxaguou a boca cuspindo a água na lata, pondo o copo no chão voltando a sentir seu corpo tremer. Fechou as mãos como a ruiva ensinou.

 

Amanda a segurou e só soltou pondo-a sentada encostada a parede com as pernas esticadas.

 

Ainda não gostava de Júlia apesar de ter admirado sua afronta ao seu padrasto, mas só ajudava mesmo por ver que não estava bem.

 

A boca da loirinha estava completamente sem cor, e sua pele mais pálida. Viu a mesma fechar os olhos encostando sua cabeça na parede tentado controlar a respiração.

 

 

 

Amanda pegou a toalha umedecida passou pelo rosto de Júlia, que abriu os olhos a encarando.

 

"Por que ela está me ajudando? Pensei que me odiasse" Foi tirada dos seus pensamentos com a ruivinha puxando um pouco sua cabeça, para desencostar da parede e colocou a toalha úmida em sua nuca.

 

 

 

-- Desculpe por estar encostando em você sem sua autorização -- disse com um sorriso de canto de boca, e recebeu um sorriso fraco de volta -- está se sentindo melhor?

 

-- Ainda me sinto enjoada -- sua voz não passava de um sussurro.

 

-- Já vai melhorar -- disse passando a mão na testa de Júlia tirando a franja do rosto.

 

 

 

Júlia fechou os olhos sentindo o toque, lembrou que só quem cuidava dela assim além de Caroline era Paul.

 

Cecília olhava o cuidado da ruiva com a loira deixando-as a sós para que assim se entendessem.  Só voltou quando foi avisada que o médico estava entrando na mansão. Foi até as jovens se abaixando até Júlia.

 

 

 

-- Filha o que está sentindo?

 

-- Enjôo, mas acho que está passando.

 

-- Ótimo, o médico chegou -- disse levantando -- Amanda pode ajudá-la a chegar a sala?

 

-- Claro vovó.

 

 

 

Viram Cecília se afastar e entrar na mansão. Amanda ajudou Júlia a se pôr de pé e envolveu sua cintura com um dos braços se colocando ao lado da loira, para apoia-la ao andar. Júlia envolveu um braço envolta do pescoço e ombros da ruiva.

 

 

 

-- Amanda devagar por favor, estou ficando mais enjoada -- disse ao andarem.

 

-- Desculpa, vamos devagar -- diminuiu os passos a apertando mais forte em si. -- Só não vomita em mim tudo bem?

 

 

 

Recebeu um aceno positivo de cabeça e andaram devagar até chegarem a sala, o médico começou a examina-la assim que Amanda colocou-a no sofá.

 

 

 

-- Só está sentindo enjôo jovem?

 

-- E calafrios.

 

-- Qual foi a última vez que comeu?

 

-- As 16:00 horas.

 

-- Certo, agora já são 21:30 seu enjôo pode ser por nervosismo, por seu estado emocional e por estar um grande período sem por nada no estomago. Vou te receitar um remédio e repouso, coma alguma coisa.

 

-- Pode ser um remédio em comprimido?

 

-- Sim – disse rindo -- vou passar para sua avó providenciar e a senhorita vá descansar.

 

-- Eu te levo ao seu quarto -- disse Amanda já ao seu lado.

 

 

 

Júlia já conseguia andar sem a ajuda da ruivinha, mas aceitou.

 

Subiram as escadas e chegaram no quarto em que Júlia ficaria, ao entrarem Júlia olhou tudo a volta.

 

 

 

-- É tudo rosa -- constatou em voz alta fechando os olhos.

 

-- Sim, algum problema? -- indagou Amanda erguendo as sobrancelhas.

 

-- Exceto pelo fato que eu odeio rosa, está tudo bem... quem decorou o quarto?

 

-- Seu pai, especialmente para a princesinha dele -- disse a ruivinha voltando a implicância.

 

-- Só podia ter sido. – disse com uma voz cansada

 

-- Júlia acho melhor se deitar, o médico disse que você precisa descansar. Eu já vou indo -- seguiu para a porta.

 

-- Espera -- sentou-se a cama -- Obrigada por ter me ajudado, e desculpe por ter te molhado mais cedo.

 

-- Então admite que a culpa foi sua?

 

-- Não disse que a culpa foi minha.

 

-- Você é muito cabeça dura, admite logo que a culpa foi sua garota!

 

-- Não fui a culpada, você quem me puxou. Eu apenas pedi desculpas porque era o que você queria ouvir -- disse já ficando irritada com a pose da ruiva.

 

-- Pois fique sabendo que não aceito suas desculpas.

 

 

 

Amanda saiu batendo a porta, não esperava que a loira pedisse desculpa, o que a loira esperava, pedir desculpas e seriam amigas? Não definitivamente não.

 

 

 

Júlia não entendia como a ruiva uma hora podia ser tão gentil e na outra ser tão implicante.

 

 

 

********××××××********

 

 

 

-- Amélia por favor prepare algo leve para Júlia ela precisa se alimentar -- disse Cecília para a cozinheira da mansão.

 

-- Sim senhora.

 

 

 

Assim que estava tudo pronto levou pessoalmente até o quarto da jovem pois queria ver como a neta estava, já na porta chamou mas não teve resposta, preocupou-se e entrou.

 

Júlia estava dormindo encolhida na cama, a imagem era tão angelical que arrancou um sorriso de Cecília. Depositou a bandeja no criado mudo ao lado da cama e passou a mão no rosto da neta a chamando.

 

 

 

Júlia vestia um pijama confortável, já estava de banho tomado e acabou adormecendo. Sentiu mexerem em seu rosto e ouviu chamarem o seu nome, quando abriu os olhos viu sua avó acariciando sua face, instintivamente sorriu para a senhora que lhe retribuiu o sorriso.

 

 

 

-- Filha como se sente?

 

-- Estou melhor, o remédio que a empregada trouxe realmente ajudou.

 

-- Que bom, eu trouxe algo leve para que coma -- aprontou para a bandeja.

 

-- Obrigada... Cecília posso te pedir uma coisa?

 

-- Claro, o que quer?

 

-- Gostaria de trocar de quarto.

 

-- Trocar de quarto? Por que filha, algo te desagrada nesse? -- sua expressão era de preocupação, por que Júlia pediria algo assim?

 

-- Na verdade é que eu não gosto de rosa -- fez uma careta ao falar -- Só de olhar para esse quarto me da náuseas.

 

 

 

Cecília deu uma gargalhada gostosa jogando a cabeça para trás, ainda com um sorriso balançou a cabeça de forma negativa e disse.

 

 

 

-- Eu devia imaginar que era por causa disso, eu tentei alertar seu pai que você não tinha cara de quem gostava de rosa

 

-- E quem gosta tem cara? -- perguntou com um sorriso divertido.

 

-- Logico que tem, aquelas patricinhas fúteis, não acha?

 

-- É verdade -- sem perceber ria.

 

Sem dúvidas não conseguiria ser ignorante com aquela senhora.

 

-- Sem falar dessa cama de solteiro, não estou acostumada

 

-- Também disse isso ao cabeça dura do meu filho, mas ele disse que combinava com o quarto, decoração da Barbie, acho que ele vai ficar chateado com a troca de quatro, mas não importa, o importante é você gostar.

 

-- Queria me desculpar pelo o ocorrido mais cedo. – disse sem graça.

 

-- Não se desculpe, agora coma e eu te levo ao seu novo quarto do lado da Amanda.

 

 

 

********××××××********

 

 

 

Olávo estava desolado pelo o ocorrido mais cedo com sua filha, mas nunca foi desafiado como ela tinha feito, sempre foi obedecido, ele iria conquistar sua filha de um jeito ou de outro, só não sabia como.

 

 

 

"Ela pode transformar a estadia nessa casa fácil ou difícil, mas vai me obedecer, sou seu pai, ela vai gostar de mim" foi dormir com esse pensamento. 

 

 

 

No dia seguinte Júlia acordou primeiro do que todos da família, foi para o banheiro tomou seu banho, colocou um short e uma camisa e foi conhecer a mansão.

 

Eram 07:30 da manhã quando decidiu ir até a cozinha preparar algo para comer.

 

 

 

-- Bom dia senhorita, o que deseja comer? -- disse a cozinheira.

 

-- Bom dia -- lhe sorriu com simpatia, aquela senhora a lembrava Lara -- Desculpe, não lembro seu nome.

 

-- Me chamo Amélia -- lhe sorriu de volta -- Senhorita Júlia tem alguma preferência no café da manhã?

 

-- Amélia, você pode me chamar somente de Júlia, nada de senhorita.

 

-- Tudo bem senhori... digo, Júlia.

 

-- Na verdade gostaria de eu mesma preparar meu café.

 

-- Mas menina eu posso preparar o que a senhorita quiser.

 

-- Não combinamos nada de senhorita? -- indagou erguendo uma sobrancelha e sorrindo -- Mas é que tenho esse costume Amélia, não ligue eu posso parecer uma patricinha-problema mas não sou o que aparento ser.

 

-- Mas se o patrão souber eu perco meu emprego.

 

-- Não se preocupe, isso não vai acontecer a menos que ele queira travar a terceira guerra mundial comigo, tenho minhas armas e sei usa-las nada vai lhe acontecer. – terminou de dizer sorrindo.

 

 

 

Júlia percebeu o medo da senhora, sem dúvidas Olávo devia ser um grande carrasco assim como Otton era com os empregados, realmente ele não negava que eram irmãos.

 

 

 

-- Vamos fazer assim, eu preparo meu café e você me ajuda, assim vai saber do jeito como eu gosto e caso alguém apareça eu digo que insisti em te ajudar -- disse sorrindo.

 

 

 

A cozinheira deu-se por vencida e concordou.

 

 

 

-- Na verdade Amélia, eu como qualquer coisa, ou quase qualquer coisa -- disse fazendo careta -- Então não se preocupe com o cardápio, faça o que está acostumada, a única coisa que não dispenso é suco natural de laranja, eu tomo em quase todas refeições, mas principalmente no café da manhã e no almoço.

 

 

 

********××××××********

 

 

 

Júlia já tomava seu café da manhã na mesa da cozinha conversando com Amélia que se sentou a sua frente, de repente uma moça apareceu e as observou sem ser notada, então se retirou subindo as escadas e abrindo a porta do quarto ao lado do da loirinha.

 

 

 

-- Acorda meu amor! -- correu pulando em cima da cama e dando um beijo em Amanda.

 

-- Sai Rachel! -- disse ainda de olhos fechados e empurrando a morena para depois cobrir a cabeça com o edredom.

 

-- Ah para vai gatinha, eu disse que viria.

 

-- Mas não disse que iria madrugar, ainda nem são 08:00 horas!

 

-- Nossa como você está rabugenta, isso tudo é por causa da princesinha loira que chegou? Ela está lá na cozinha.

 

-- Ela já acordou? -- disse abrindo os olhos e destampado somente eles para encarar sua amiga.

 

-- Sim, esta lá tomando café, ela é muito gata, meu Deus eu não imaginava... será que ela fica com meninas? -- disse com cara safada.

 

-- Pode parando com essa cara dona Rachel, o que ela gosta não te interessa!

 

-- Nossa isso tudo é ciúmes? Não se preocupa tem Rachel pra todo mundo, você sempre será a minha prioridade. -- disse puxando o edredom e beijando-a

 

-- Para, agora não, eu acabei de acordar -- disse a afastando.

 

-- Não me importo, quero você agora! -- avançou até a ruivinha dando-lhe um beijo de tirar o fôlego.

 

 

 

Júlia terminou seu café, indo ao seu quarto se arrumar para sair e conhecer a cidade. Passou pela porta do quarto de Amanda que estava entre aberta, e viu a cena das duas garotas se beijando, não pode deixar de sorrir com a cena e imaginar se garota que estava com ela tinha dormido lá. Foi para o seu quarto, rindo e pensando.

 

 

 

O clima na cama de Amanda estava esquentando quando escutaram uma porta bater, se afastaram e olharam para a porta do quarto.

 

 

 

-- Droga Rachel você deixou a porta aberta!

 

-- Desculpa, eu esqueci.

 

-- Alguém viu a gente -- falava irritada -- deve ter sido aquela loira aguada!

 

-- Calma, como pode saber?

 

-- Por que se fosse qualquer um da minha família teria entrado aqui para nos interromper.

 

-- Se quiser posso ver com ela -- disse com malícia -- Quem sabe ela gostou do que viu.

 

-- Vai se catar Rachel!

 

 

 

Amanda levantou e foi em direção ao banheiro, Rachel percebeu que a ruivinha tinha ficado bem irritada por conta do incidente, decidiu que seria melhor ir para casa e conversar com ela depois.

 

 

 

Assim que Amanda saiu do seu quarto para tomar café, se deparou com Júlia saindo do dela também, toda arrumada, a avaliou com o olhar levantando uma sobrancelha.

 

 

 

-- Vai sair? -- indagou a ruivinha

 

-- Sim.

 

-- A onde vai? -- deixou sua curiosidade falar mais alto.

 

-- Conhecer a cidade, por que o interesse? Pensei que estava bem acompanhada, mas pelo visto quer a companhia da loirinha aqui? -- Não pode deixar de provocar a ruiva, foi por puro instinto, nem ela mesma sabia porque tinha dito aquilo, simplesmente saiu.

 

 

 

A provocação funcionou atingindo seu alvo em cheio, a cara que Amanda fez foi no mínimo cômica. Não soube descrever a expressão da ruivinha.

 

 

 

-- Olha garota, não sei do que está falando, deve estar imaginando coisas, eu não estava bem acompanhada e você deveria parar de olhar pela porta do quarto alheio, é falta de educação -- disse pegando a loira pelo braço e falando baixo entre dentes.

 

 

 

Júlia ao escutar o que a ruiva falava percebeu seu medo, então deduziu que ninguém sabia que ela ficava com aquela garota, e parecia querer que continuasse assim.

 

 

 

-- Primeiro: Não precisa me tocar para falar comigo, então me solte -- disse puxando seu braço e a encarando -- Segundo: já percebi qual é a sua ruivinha, não se preocupe. Por mim ninguém vai saber da sua sexualidade.

 

-- Do que está falando garota ficou louca? FALE BAIXO!

 

-- Calma garota, enfim um bom dia pra você -- disse dando as costas a uma Amanda extremamente irritada.

 

 

 

Júlia dispensou o motorista, disse que iria caminhar um pouco, mas na verdade não queria ninguém vigiando seus passos.

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo


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