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Palavras: 3948
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Notas iniciais:

Música do capítulo: My Love - Justin Timberlake

Capítulo 8 - Fica comigo, amor.

Pra minha feliz surpresa o show acabou rápido ou simplesmente me perdi com a visão de Luiza no palco. Tão linda com aquela carinha concentrada. Algumas meninas estavam muito animadinhas com a presença dela no palco, os constantes gritos já estava começando a me irritar, estava querendo quebrar a cara de uma em especial que ficava a chamando pelo nome. Pelo olhar de Luiza percebi que se conheciam. Pressenti que problemas estavam vindo. Olhei a garota dos pés a cabeça. E minha avaliação final foi que ela não era interessante o suficiente para estragar uma noite que estava sendo maravilhosa. Voltei minha atenção novamente para Luiza e a banda estava encerrando o show. Quando se preparou pra descer reparei que Luiza evitou deliberadamente passar pela histérica e por suas amigas idiotas. Ela se aproximou de nós sorrindo. Guilherme foi logo dizendo:

 

-- Arrasou hein, maninha! E enquanto você estava lá, cuidei muito bem da minha cunhada. -- Piscou no final da frase e abraçou Maria Luiza que soltou uma gargalhada.

 

-- Mulher bonita é assim, não dá pra vigiar sozinha! Você deixa um instante e já tem babaca cercando. -- Fez uma careta tão linda que quase fiquei triste quando se livrou dela pra sorrir pra mim. Depois ela me puxou pela cintura colando nossos corpos e eu aproveitei para abraça-la bem forte. Quando o abraço acabou, ela me disse sem soltar minha cintura: -- Oi, amor. Gostou?

 

-- Foi lindo! -- Disse me sentindo uma daquelas mocinhas apaixonadas de filmes românticos. Depois eu sorri. Não pude ver meu sorriso, mas posso apostar que pela primeira vez era doce.-- Você estava linda, você é linda. -- Segurei sem rosto e a beijei com calma. Depois olhei bem em seus olhos. -- Muito obrigada!

 

Maria Luiza entendeu que eu não me referia só a música.

 

Ficamos bebendo e conversando na mesa. Pouco tempo depois, Guilherme se arranjou com uma menina e ficou num canto do pub conversando com ela. Depois perguntou se Luiza podia ir de táxi e deixar o carro com ele. Antes que ela falasse qualquer coisa respondi.

 

-- Pode pegar o carro sim. Vamos de táxi e ela dorme lá em casa. -- Luiza apenas sorriu e entregou as chaves ao irmão. -- Dirija com cuidado. -- Acrescentei.

 

Continuamos nossa conversa e por conversa quero dizer Luiza falando e eu babando nela. Agora nós estávamos rindo das pessoas que tinham alguma característica curiosa. Luiza relaxou e bebeu à vontade pois não iria mais dirigir. A acompanhei e com passar do tempo e as tequilas que tomamos, nossos carinhos e beijos foram se tornando quentes. Num desses beijos, as mãos de Luiza percorriam meu corpo exigente. Suas mãos foram descendo pelas minhas costas e antes que alcançassem o objeto de desejo, uma Luiza bastante ofegante me perguntou:

 

 

-- Vamos embora? --Acenei devagar tentando respirar. Nos dirigimos ao caixa dispostas a pagar a conta. Amarrei meu casaco na cintura e de mãos dadas caminhamos até lá. Parei na frente e Luiza me abraçou por trás. Senti um olhar insistente em cima de nós e procurei de onde ele vinha. O que encontrei foi a histérica que não parava de gritar o nome de Luiza. Ela estava com mais duas amigas. Nossos olhos se encontraram, eu sorri estreitando os olhos e ela desviou o olhar. Perdi o interesse e me concentrei na fila. Beijei o braço de Luiza que estava em torno do meu pescoço. Como resposta ela colou o corpo no meu. Nada da fila andar e então de repente um cara se aproximou de nós. Luiza nos apresentou, ele era o dono do bar, Jorge. Proibiu que pagássemos, afinal como Luiza tocou, era cortesia. Logo depois ele se afastou. Antes de irmos embora fomos ao banheiro. Luiza foi no primeiro que vagou e eu esperei. Depois Luiza saiu, eu entrei no mesmo em que ela estava e ainda dentro do reservado ouvi o início da conversa.

 

-- Você esteve ótima hoje, Maria. -- Já comecei a prestar atenção.

 

-- Obrigada. -- Luiza respondeu num tom tão desinteressado que quase tive pena da piriguete. Quase.

 

-- Linda a música que dedicou pra menina que está com você. Você não é disso, nunca me dedicou nenhuma. -- As palavras e o tom de cobrança me tiraram do reservado num segundo. Saí e fui lavar as mãos sem olhar para nenhuma das duas, depois as sequei e arrumei meu cabelo no espelho. Me virei sorrindo para Luiza:

 

-- Podemos ir? -- Fiz menção de pegar minha bolsa, que ela segurava além de sua mochila, mas não deixou.

 

-- Deixa que eu levo. Vamos! -- A menina olhava de uma para outra. E não conseguiu ficar de boca fechada. Azar o dela.

 

-- Nossa, Maria. Nem me apresenta pra sua amiga. -- Frisou a palavra "amiga" tentando me provocar. Revirei os olhos.

 

-- Ela não é minha amiga, pelo menos não só isso. E não apresentei porque vocês já se conhecem... -- Acho que ambas fizemos cara de interrogação olhando Luiza. Me virei pra histérica e apertei os olhos. Luiza estava esperando confiante que eu me lembraria.

 

-- Desisto -- Declarei me encaminhando pra porta e dizendo com deboche -- Adoro reencontros, mas estou indo pra casa e -- Lembrei de súbito -- A bêbada patética! Que cabeça a minha! -- Dei um tapa de leve na cabeça, como se me punisse pelo esquecimento. -- Oi, querida, tudo bem? Desculpa, não te reconheci desse ângulo. Quando nos conhecemos você estava coberta de vômito. Hoje posso até te dar dois beijinhos. Mas não vou, vou dar três que é pra casar! -- Me aproximei da menina que estava de queixo caído com minha reação e a beijei no rosto -- Um prazer te ver ainda mais limpinha assim. -- Luiza soltou uma risada alta e logo depois se policiou e ficou segurando o riso. A garota saiu possessa de raiva e tentando se lembrar onde eu a tinha visto e Luiza explodiu naquelas gargalhadas deliciosas enquanto eu a olhava com cara de menina sapeca.

 

 

-- Você não existe, Alice! -- Disse tentando se controlar.

 

 

-- Vamos embora antes que apareça outra menina que você costuma atacar em banheiros de bares. -- Disse séria.

 

 

-- Costumava. -- Me corrigiu com olhar desafiante. Eu me virei pra que ela não visse o meu sorriso.

 

 

-- Ainda admite, abusada! Vou sair antes que eu me torne sua próxima vítima. -- Saí do banheiro sem olhar para Luiza, mas eu poderia apostar que ela estava sorrindo.

 

 

Saí na frente e pude notar a bêbada patética se engolindo com um cara alto. Pera, eu conhecia esse cara. Era Matheus. Tive um péssimo pressentimento, mas nada comentei com Luiza. A arrastei para fora dali o mais rápido possível. Pegamos um táxi e eu não via a hora de estar sozinha com Luiza. Tive uma ideia para comemorar essa noite incrível.

 

 

Chegamos em casa e Luiza já veio me beijando assim que fechei a porta do apartamento. Sorri, fazendo-a largar a bolsa e a mochila no sofá, correspondendo e a levando para cozinha afim de comermos algo. Luiza, como era de se imaginar, adorou a ideia. Eu me sentei em um dos bancos altos que ficavam próximos a bancada da cozinha e esperei. Tentando esconder sua satisfação ela disse implicante:

 

 

-- Já pensou em comer, né? Depois eu que sou a esfomeada! -- Depois sorriu e preparou dois sanduíches e nos serviu refrigerante. Comi metade de um e ela um e meio. Não disse nada enquanto comíamos, estava ansiosa. Levantei e Luiza ainda estava comendo e a abracei por trás. Beijei seu pescoço e disse:

 

 

-- Acaba de comer com calma, vou tomar um banho rápido. Depois me espera no quarto quero fazer uma surpresa. -- Luiza me olhou morta de curiosidade, mas acenou concordando.

 

 

Entrei no meu quarto e peguei uma lingerie branca rendada, que eu gostava do contraste que fazia com minha pele. Preparei o som numa música especial e fui tomar banho. Acabei lavando o cabelo rapidamente, usei uma loção de banho passando-a com delicadeza por todo meu corpo e esse ritual me relaxou. Passei a me sentir completamente à vontade. Por algum motivo eu confiava em Luiza. Me sequei e depois de colocar a lingerie passei um creme corporal bem suave e saí do quarto. Luiza não estava. Escutei sua movimentação no banheiro social, que ficava no corredor. Foi bom porque esqueci o salto alto. Calcei a sandália alta, apaguei a luz e me deitei no escuro. Com a casa no mais absoluto silêncio esperei Luiza que não demorou mais de 5 minutos. Ela parou na porta.

 

 

-- Alice? -- Chamou baixo.

 

 

-- Acenda a luz. -- Disse deitada de pernas cruzadas com uma delas pendendo no ar. Luiza acendeu e prendeu a respiração com a visão. Os olhos dela soltaram faíscas. Quase voei com o desejo que vi ali, mas as estacas me prenderam.

 

 

-- Tranque a porta e sente-se na cadeira. -- Ordenei e fui prontamente atendida. Devagar ela se sentou na cadeira do computador.

 

 

Quando me levantei para ligar o som, e conferi a expressão de Luiza e o que vi me animou, foi exatamente a que eu esperava. Seu queixo ainda estava no chão. A música prencheu o quarto e eu dei um meio sorriso. Fui andando sensualmente em direção a ela que mordia os lábios. Sentei em seu colo de frente pra ela e disse olhando em seus olhos:

 

 

 -- Se me tocar eu paro. -- Ela colocou os braços para trás e piscou pra mim. Comecei a dançar no colo dela

 

 

Ain't another woman that can take your spot my-

If I wrote you a symphony,
Just to say how much you mean to me
(What would you do?)
If I told you you were beautiful
Would you date me on the regular
(Tell me, would you?)
Well, baby I've been around the world
But I ain't seen myself another girl
(Like you)
This ring here represents my heart
But there's just one thing I need from you
(Say "I do")
Yeah, because

 

CHORUS:
I can see us holding hands
Walking on the beach, our toes in the sand
I can see us on the countryside
Sitting on the grass, laying side by side
You could be my baby, let me make you my lady
Girl, you amaze me
Ain't gotta do nothing crazy
See, all I want you to do is be my love
(So don't give away) My love
(So don't give away) My love
(So don't give away)
Ain't another woman that can take your spot, my love
(So don't give away) My love
(So don't give away) My love
(So don't give away)
Ain't another woman that can take your spot, my love
Ooooh, girl - My love, my love

Now, if I wrote you a love note
And made you smile with every word I wrote
(What would you do?)
Would that make you want to change your scene
And wanna be the one on my team
(Tell me, would you?)
See, what's the point of waiting anymore?
Cause girl I've never been more sure
(That baby, it's you)
This ring here represents my heart
And everything that you've been waiting for
(Just say "I do")
Because ...

 

CHORUS:
I can see us holding hands
Walking on the beach, our toes in the sand
I can see us on the countryside
Sitting on the grass, laying side by side
You could be my baby, let me make you my lady
Girl, you amaze me
Ain't gotta do nothing crazy
See, all I want you to do is be my love
(So don't give away) My love
(So don't give away) My love
(So don't give away)
Ain't another woman that can take your spot, my love
(So don't give away) My love
(So don't give away) My love
(So don't give away)
Ain't another woman that can take your spot, my love
Ooooh, girl - My love, my love

[T.I.'s rap]
Shorty, cool as a fan
On the new once again
Still has fan from Peru to Japan
Listen baby, I don't wanna ruin your plan
If you got a man, try to lose him if you can
Cause your girls real wild through your hands up high
Wanna come kick it with a stand up guy
You don't really wanna let the chance go by
Because you ain't been seen wit a man so fly
Friend so fly i can go fly
Private, cause I handle mine B.I
They call me candle guy
Simply because I am on fire
I hate to have to cancel
My vacation so you can't deny
I'm patient, but I ain't gonna try
You don't come, I ain't gonna die
Hold up, what you mean, you can't go why?
Me and your boyfriend we ain't no tie
You say you wanna kick it with an ace so high
Baby, you decide that I ain't your guy
Ain't gon lie, Me in your space
But forget your face, I swear I will
Same mark, same bullet anywhere I chill
Just bring wit me a pair, I will

 

 

 

A cada batida eu aumentava a velocidade dos movimentos. Logo depois me levantei e dancei de costas pra ela. Agachei e subi, acompanhando a voz do Justin e no refrão rebolei no ritmo, escutando a respiração ofegante de Luiza. Sentei em seu colo de novo agora de costas, e deitei em Luiza com a cabeça para trás dançando para ela. Suas mãos agarraram meus seios com tanta vontade que quase deixei que continuasse e me entreguei a ela que beijava meu pescoço com desespero. Mas interrompi abruptamente e fiquei de pé a olhando séria. Ela tentou sussurrar "desculpa" mas dei um tapa em seu rosto e a beijei da forma mais agressiva que já havia feito.

 

 

-- Só quando eu deixar! -- Falei segurando seu rosto.

 

 

Quando terminou a dança eu estava extremamente excitada. Tirei a lingerie devagar e de costas pra Luiza. Fiquei só de salto e caminhei até o interruptor. Me virei completamente nua, olhando em seus olhos e um segundo depois apaguei a luz.

 

 

-- Vem! -- Sussurei e meio segundo depois ela já estava me beijando. Luiza parecia estar em todos os lugares e ter umas mil mãos percorrendo meu corpo. Ela me virou de costas e me prendeu na parede puxando meu cabelo com força. Afastei minhas pernas e ela me penetrou fundo, com dois dedos. Minhas mãos estavam espalmadas na parede enquanto eu gemia alto sem me preocupar com nada, falando coisas desconexas. G*zei tão intensamente que só não caí porque Luiza me segurou firmemente. Depois ela me ajudou a deitar na cama e tirou minha sandália delicadamente. Transamos até de manhã.

 

 

 

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 

 

 

Acordei com meu um barulho infernal que eu não sabia de onde vinha. Reconheci como o toque do meu celular. Levantei rápido e achei minha bolsa no chão, perto da mochila de Luiza ela deve ter posto ali enquanto eu estava no banho. Atendi antes que ela acordasse.

 

 

-- Pronto. -- Disse irritada.

 

 

-- Al? Preciso falar com você sobre ontem. -- Matheus não se manca mesmo. Ele nunca me ligava sem que eu pedisse ou com alguma informação sobre algo que eu queria.

 

 

-- Isso lá é hora de ligar pra alguém Matheus? Faz favor. Diga logo que quero voltar a dormir. -- Minha vontade era desligar, mas ele poderia ligar de novo e acordar Luiza. Fui para o banheiro.

 

 

-- Você está com aquela garota da banda? Ficou cheia de agarramento ontem no bar. Arrumou outra distração? Poxa eu só queria conversar com você, precisava ser tão grossa? -- Perguntou ressentido.

 

 

-- O que tenho ou deixo de ter com Luiza não te interessa. Mesmo porque você estava muito entretido com a língua na boca da bêbada pra quem agora está dando uma de coitado. -- Queria saber o que a sem sal queria com ele.

 

 

-- Isso que eu queria falar contigo. Essa garota te odeia, disse que você a humilhou. Me beijou e depois veio com um papo muito estranho, que tinha visto como me ignorou que podíamos nos ajudar e sei lá o que. A maluca acha que está numa novela das 8 -- Ele fez uma pausa pra respirar. -- Eu nunca faria nada pra boicotar você, Al. Não sou um rato. -- Matheus chamava de rato quem traía os amigos.

 

 

-- Obrigada, Math. Nunca mereci você mesmo. -- Acho que era uma das únicas vezes que fui gentil com ele. Ele não merecia minha maldade. Pelo menos não o tempo todo.

 

 

-- Tô com saudade, gata. Você estava linda ontem.  -- Não pude deixar de sorrir. Talvez Matheus se tornasse um amigo. Algo em mim tinha mudado depois de ontem. Estava disposta a lutar contra minha natureza cruel.

 

 

-- Não abusa, Má. Tõ boazinha mas nem tanto! -- Sorri. -- Obrigada pela lealdade tenho que desligar. Beijo.

 

 

-- Na boca? -- Tá vendo o que dar ser legal com Matheus? Fica todo abusadinho.

 

 

-- Tchau, Matheus! -- Desliguei.

 

 

Voltei para o quarto e Luiza estava acordada. Pelo visto tinha escutado a minha conversa com Matheus. Não sabia bem como agir e fiquei olhando para ela me sentindo culpada, mesmo sem ter feito nada. Ela me olhava do mesmo jeito que fez do palco, parecia uma outra personalidade. Naquele momento ali em pé, senti o medo que uma criança sente ao esperar a bronca dos pais.

 

 

-- E então? Devo ir embora pra você receber seu namorado? -- Sorriu e eu odiei aquele sorriso com todas as minhas forças.

 

 

-- Luiza, para com isso. Ele não é meu namorado, já te falei. Se o fosse eu não estaria aqui com você -- Respondi calmamente.

 

 

-- Ah entendi, então você tem crises de ciúmes com qualquer um mesmo né? Acho que seria melhor se ele fosse seu namorado. -- Ciúme? Que absurdo era aquele e o que estava acontecendo com Luiza? Lembrei do meu comentário sobre a garota no telefone.

 

 

-- Acho melhor você parar antes de dizer algo que vai se arrepender. -- Avisei tentando manter a calma.

 

 

-- Você acha que sou idiota, Alice? Você vai se esconder pra falar com um cara com o qual já praticamente transou na minha frente e ainda fica de ciuminho dele? -- Sua voz ficou baixa e ela se aproximou até me segurar pelo braço. -- Depois se derreteu toda e ficou rindo com ele, mandando beijo. Me responde! Acha que sou idiota? -- Pela primeira vez Luiza gritou comigo, bem próxima ao meu rosto. Tive certeza que não conhecia aa pessoa que estava ali. Meu braço estava doendo, mas não disse nada. Pensei em muitas coisas nessa hora. Lembrei de como ela estava linda ontem cantando pra mim e como podia estar fazendo isso hoje. Será que ela não sabe o que me causou? Respondi com sinceridade:

 

 

-- Agora eu acho. -- Olhei duramente pra Luiza. Ela pareceu voltar a si. E a volta não foi fácil. Olhou para a mão em meu braço antes de cair num choro descontrolado. As lágrimas caíam molhando seu rosto inteiro e ela se agarrou a mim com desespero como se me impedisse de abandona-la. Meus braços estavam estendidos ao longo do meu corpo. Permaneci imóvel por alguns minutos antes de fazer com que ela fosse pra cama. Me deitei com ela e a cobri. Enquanto eu acariciava seus cabelos, Luiza balbuciava "desculpa" incessantemente. Cada vez que ela se desculpava, eu sussurrava que estava tudo bem. Depois de um tempo Luiza dormiu e eu continuei dizendo que estava tudo bem. Agora para mim. Foi a primeira crise de Luiza que presenciei, mas logo descobriria que não seria a única. Eu não era a única que precisava lidar com traumas do passado.

 

 

Sem saber direito como, acabei dormindo também. Acordei por volta das 15hrs e Luiza me prendia num abraço possessivo de corpo inteiro. Meus braços e pernas estavam completamente presos por ela. Não me incomodou, muito pelo contrário aquela imobilidade me deixou confortável. Não sei ao certo quanto tempo fiquei assim esperando-a acordar. Tentei, sem sucesso, imaginar como seria a conversa que se seguiria. De ontem pra hoje conheci dos lados da pessoa pela qual eu estava apaixonada. Um lado me fez abaixar a guarda, me entregar. Enquanto o outro me paralisou de tanto medo. O que significava aquilo que aconteceu de manhã? Qual das duas Luizas era a verdadeira? Eu a aceitaria se fosse a que eu conheci hoje? Todas essas questões, pairavam na minha cabeça até que ela finalmente acordou e tirou o braço e a perna de cima de mim. Deitamos de lado uma de frente para outra.

 

 

-- Oi... -- Eu disse sorrindo. Queria amenizar o clima porque ela estava visivelmente envergonhada.

 

 

-- Me desculpa, ta? Perdi a cabeça, fiz um papelão. Como está seu braço? -- Ela tocou-o e deixei escapar uma careta de dor. -- Que droga, te machuquei mesmo. Me desculpa de novo, eu vou embora e...

 

 

-- Não! Fica comigo, amor. Não foi nada, fica. -- Era a primeira vez que eu a chamava assim. Ela sorriu triste e me abraçou. Relaxei e me afastei o suficiente pra olhar em seus olhos. -- Quando algo acontecer nós não vamos embora, tá bom? Nós ficamos e damos um jeito de resolver. Promete que não vai embora? -- Pedi séria.

 

 

-- Prometo, amor. Não vou a lugar nenhum sem você. -- Me agarrei a ela a enchendo de beijos.

 

 

-- Quando quiser conversar sobre qualquer coisa estou aqui, ok? -- Ela assentiu. -- Agora vamos tomar um banho e comer algo que alguém deve estar morrendo de fome.

 

 

Sorri e nos levantamos. Luiza me deu um banho gostoso onde me amou com suavidade contrastando com a força da noite passada. G*zei duas vezes durante o banho. Me olhei no espelho e notei que a noite de ontem deixou marcas reais assim como a manhã de hoje. Meu braço dolorido estava com uma marquinha roxa dos dedos de Luiza e meu pescoço ostentava duas marcas de sua boca. Ela beijou muito meu braço onde estava roxo, enquanto eu fiz carinho em seus cabelos. Nos vestimos e fomos para cozinha.

 

 

Chegamos lá e encontramos Fátima que perguntou o que iríamos comer e nos deu as opções disponíveis. Deixei a escolha para Luiza que se decidiu por lasanha. Colocamos no microondas e conversamos enquanto ficava pronta. Depois de nos servimos e pegarmos refrigerante fomos para a sala. Comemos assistindo um filme na TV a cabo. Colocamos os pratos na mesa de centro e deitei no colo de Luiza que passava as mãos em meus cabelos. A maçaneta da porta se mexeu e meu coração quase saiu pela boca. Puta que pariu, hoje é domingo! Como fui esquecer disso? Me sentei tão rapidamente que Luiza se assustou. A porta foi escancarada.

 

 

-- Ora, ora temos visita! -- Pierre comentou sorrindo para nós. 

Fim do capítulo

Notas finais:

E aí estão gostando? 


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