“Me abrace quando eu fraquejar, me beije quando eu me calar, me ame quando eu menos merecer, seja minha paz enquanto tudo desmorona.”(Pamela Merces)

            - Júlia! – Chamei-a – Júlia anda mais devagar, por favor? – Pedi.

            - Flávia você não precisa cuidar de mim – disse ela irritada.

            - Para de ser teimosa Júlia – disse quando finalmente chegamos ao estacionamento. Parei ao lado dela na porta impedindo sua entrada no carro. - Me deixa dirigir? – Pedi estendendo a mão.

            - Eu posso muito bem dirigir Flavinha. Não bebi tanto assim! – Defendeu-se.

            - Mas eu sei que está nervosa e com raiva... por favor Jú! Eu te levo para onde você quiser, mas me deixa dirigir? – Ela me olhou pensativa e estendeu as chaves do carro em minha direção, dando a volta até o banco do passageiro. Entrei no carro e ela também.

            - Põe o cinto! – Disse a ela e ela o puxou a contragosto passando-o pelo seu corpo. – Quer ir para sua casa?

            - Não! – Respondeu sem me olhar – Me leva para qualquer lugar menos pra casa.

            - Tudo bem!  - Dei partida no carro e sai dirigindo. Já que ela não queria ir para casa dela resolvi leva-la para a minha. O caminho todo Júlia se manteve em silencio no carro. Eu percebia ela levantar as mãos em direção ao rosto várias vezes, limpando as lágrimas que escorriam enquanto ela olhava pela janela. Se eu pudesse trocaria todos os meus sorrisos por cada lagrima sua só para não a ver assim. Depois de um tempo chegamos em frente ao meu prédio. Coloquei o carro dentro da garagem e seguimos até o meu apartamento. Assim que entrei joguei as chaves sobre a mesinha de telefone e fui até a geladeira.

            - Quer agua? – Perguntei.

            - Tem algo mais alcoólico? – Seguiu até onde eu estava.

            - Não acha que já bebeu demais por hoje? – Perguntei.  Ela passou os olhos pela geladeira e esticou o braço alcançando uma garrafinha de cerveja. Com o movimento seu corpo se aproximou do meu e eu senti meu corpo travar com aquela proximidade. Júlia percebeu, pois, deu um sorrisinho insinuante para mim. 

            - Ainda não! – Respondeu provocante. Afastei-me dela e segui até a sala. Ela abriu a cerveja e caminhou até onde eu estava sentando-se ao meu lado, mas não tão próxima a mim.

            - Você está bem? – Perguntei.

            - Defina estar bem! – Respondeu bebendo a cerveja.

            - Júlia sou eu tá... a Flávia! Não precisa bancar a durona comigo! – Disse olhando-a intensamente e ela desviou os olhos.

            - Estou destruída por dentro... – respondeu. – Eu sempre tive medo desse dia chegar Flá... – olhou-me e seus olhos estavam lacrimejando – Sempre senti que um dia eu perderia ela. Soube assim que Cecilia entrou na minha sala que meu namoro estava com os dias contados.

            - Mas foi você quem terminou com ela hoje!

            - Eu só antecipei o inevitável Flávia – sorriu triste – Você sabe disso tanto quanto eu, não sabe? – Esperou minha resposta e fui sincera com ela.

            - Sim... – levei minha mão até uma das pernas dela num carinho confortante.

            - Por incrível que pareça, apesar de estar sentindo uma dor enorme em meu coração, eu me sinto incrivelmente mais leve.

            - Não existe a mínima possibilidade de volta? – Perguntei com medo da resposta.

            - Não Flá! Eu mantive meus olhos fechados por muito tempo, mas hoje... quando eu as vi dançando juntas, não dá mais para fingir que o que sentem uma pela outra não existe. E não quero mais me machucar com isso. Viver com essa insegurança de que a qualquer momento ela vai me deixar pela Ana estava me matando aos poucos. Quando a Larissa morreu eu perdi uma parte de mim junto com ela. Não vou perder outra me mantendo presa numa relação que só tá me machucando.

            - Mas se você a ama não valeria a pena insistir? – me ouvindo falar eu me questionava o quão tonta eu poderia ser comigo mesma. Eu estava ali, sentada na sala da minha casa, com a mulher que eu amava na minha frente e que estava “livre” e ainda assim eu estava perguntando a ela se não valia a pena insistir em outra. Eu não suportava ver Júlia sofrendo e se Patrícia fosse mesmo a felicidade dela, tudo que eu queria era vê-la feliz.

            -  É exatamente por ama-la que estou desistindo. Não tenho o direito de prendê-la a mim! Vai ser melhor para nós duas assim. Ou melhor, para nós três – referiu-se a Ana. – “Nós quatro” – pensei - Pelo menos agora Ana tem o caminho livre para ser feliz com ela... como sempre deveria ter sido!

            - Às vezes você é tão inocente Júlia! – Eu disse encarando-a - Você não acha mesmo que sua irmã vai cair matando sobre ela acha?

            - Não... claro que não! – disse terminando a cerveja - Conheço a Ana e sei que ela vai fazer de tudo pra consertar a situação. Mas nem tudo tem conserto Flá. – Disse baixando os olhos.

            - Sinto muito Jú... por tudo isso. Não queria te ver sofrendo assim.

            - Acho melhor eu ir para casa... já ta tarde! – Disse tentando se levantar e se desequilibrando.

            - Tá maluca se acha que vou deixar você sair daqui dirigindo assim – disse me levantando e segurando a mão dela. – Vem comigo, sei exatamente do que você precisa. – Puxei seu corpo com força fazendo-a levantar.

            - Mais cerveja? – Perguntou divertida. – Vai me embebedar assim – sorriu.

            - Banho! – Respondi levando-a até o banheiro. Já dentro do cômodo peguei uma toalha e coloquei sobre a pia. – Consegue tomar banho sozinha?

- Sim..., mas se quiser ficar para observar eu não ligo – disse de um jeito tentador e eu ri. Júlia alterada ficava mais leve, mais atrevida.

- Vou observar você de ressaca amanhã! – Disse rindo e saindo do banheiro. Deixei Júlia tomando banho e segui até a sala. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Ana avisando a ela que Júlia estava bem e que estávamos em minha casa.

             Eu nem precisava imaginar onde ela estava naquela hora, com certeza estava com Patrícia, embora minha curiosidade sobre o que rolava entre elas me inquietava. Por outro lado, outra coisa me consumia ainda mais, o beijo que Júlia havia me dado na frente de Paty. Eu ainda podia sentir o gosto da boca dela na minha. Levei meus dedos nos lábios tocando-os e fechei os olhos. Júlia me pegou de surpresa e eu até tentei recuar, mas quando a língua dela invadiu minha boca eu perdi o controle sobre minhas forças. Mesmo com a razão em dizendo para sair dali meu corpo se rendeu ao beijo dela e entreguei-me, correspondendo na mesma intensidade que ela me beijava. Sorri recordando e quando tornei a abrir os olhos encontrei-a parada na porta da sala me observando. Ela estava enrolada na toalha e tinha um pequeno sorriso no rosto.

            - Não tenho roupa – ela disse e eu corei ao ser pega em flagrante. – Pode me emprestar um pijama?

            - Claro... desculpe nem pensei nisso. – Disse passando por ela e ela me seguiu até o quarto. Escolhi algo e entreguei a ela saindo quarto. Aproveitei que ela estava se trocando no meu quarto e fui para o banho também. Tomei uma ducha rápida e peguei uma camisola que usava para dormir. Enrolei a toalha na cintura e segui até o quarto. Ela já tinha saído de lá e retirei a toalha colocando uma calcinha já que eu não tinha levado nenhuma para o banheiro. De lá segui até a sala e encontrei Júlia mexendo no celular dela. Ela olhava algumas fotos, muitas delas eram fotos dela com Paty.

            - Ficar olhando as fotos não vai melhorar o que sente! – Eu disse e ela olhou para trás me encontrando. Sorriu e eu fui até ela.

            - Estava criando coragem para apaga-las – respondeu. Peguei o aparelho de sua mão e o coloquei sobre a mesinha.

            - Não apague nada Jú. – Disse e ela olhou-me sem entender - Você não deve apagar os momentos bons que viveram juntas. O que precisa apenas é criar outros... tão bons ou até melhores que estes que viveu com ela! E com o tempo a história de vocês será uma ótima recordação... uma parte da sua vida que mudou assim como tudo muda um dia!

            - Você é tão filosofa as vezes – disse rindo e me fazendo rir com ela.

            - E você é tão boba – respondi e ficamos nos olhando. Eu precisava saber o motivo dela ter me beijado mais não sabia como entrar no assunto.  Senti meu celular vibrar e o peguei. Era uma mensagem de Ana agradecendo por cuidar de Júlia. Sorri ao ler, claro que eu cuidaria dela. Eu sempre cuidaria dela.

            - É a Ana? – Perguntou.

            - Sim. Ela está preocupada com você. – Respondi fechando o celular e guardando-o.

            - Não quero falar com ela por enquanto. – Disse.

            - Está magoada com ela?

            - Não... mas preciso de um tempo para me acostumar com tudo entende?

            - Sim. Jú... chamei-a - eu preciso saber...- disse envergonhada sem completar a frase e ela terminou por mim.

            - Por que eu te beijei? – Perguntou olhando-me e confirmei com a cabeça. Ela se aproximou de mim e tocou meu rosto olhando-me com ternura. – Eu te beijei... porque desejei muito aquele beijo enquanto dançávamos juntas Flá.... Eu não usei você para provoca-la se é isso que está pensando.

            - Não foi isso que eu pensei – respondi.

            - E o que pensou?

            - Se você... está arrependida de ter feito? – Ela sorriu e me olhou intensamente. Seus olhos buscaram por meus lábios e sua boca colou na minha novamente. Sua língua invadiu minha boca em busca da minha, desta vem com calma, com tranquilidade. Sua boca macia deslizava sobre a minha causando pequenas descargas elétricas em meu corpo. Sua mão tocou minha nuca e um arrepio involuntário desceu por minha espinha até atingir meu quadril. Ela afastou-se devagar e nos olhamos.

            - Isso responde sua pergunta? – Perguntou sussurrando.

            - Ainda não! – Respondi e ela me deu um sorriso lindo.

            - Então talvez seja melhor eu continuar até você entender... – me olhava com contentamento.

            - Tem certeza que quer continuar? – perguntei com medo dela se arrepender de algo depois.

            - Cansei de viver de certezas Flá... as certezas que eu tinha até hoje desmoronaram e mesmo assim, em meio a toda essa turbulência, eu me sinto em paz aqui, agora, com você. Tudo que eu sei é que quero outro beijo seu. – Ela disse e dessa vez fui eu quem avançou sobre a boca dela beijando-a com gosto. Eu sempre acreditei que todo mundo possui uma fraqueza na vida e com certeza a minha era Júlia. Eu não queria mais saber se ela tinha certeza ou não, se iria se arrepender depois ou não, mas eu não deixaria de viver esse momento. Um momento com o qual eu sempre sonhei, sempre desejei. E eu o viveria até as últimas consequências.

            Envolvi minhas mãos nos cabelos de Júlia e aprofundei nosso beijo. Nossas bocas se buscavam sedentas, desejosas. Sentir seus lábios nos meus fazia meu corpo reagir. Sem mais me conter sentei-me sobre seu colo no sofá e ela envolveu suas mãos em minhas costas. Senti suas mãos suaves deslizar por dentro da minha camisola, tocando-me com delicadeza e ofeguei em sua boca fazendo-a contrair suas unhas em minhas costas. Sua boca desceu para o meu pescoço e sua língua quente explorou minha pele com zelo. Afastei-me olhando em seus olhos. Aqueles castanhos tão brilhantes sempre me hipnotizavam. Voltei a buscar sua boca num beijo calmo e minhas mãos seguraram seu rosto com carinho. Júlia inclinou seu corpo para frente e com seus braços segurou-me pela cintura levantando seu corpo do sofá e me carregando com ela. Assustei-me no com seu movimento.

            - Você vai me derrubar – eu disse olhando-a e envolvendo minhas pernas em volta do corpo dela.

            - É o que eu pretendo fazer... – Respondeu – Mas não será aqui.

            - Me põe no chão – pedi.

            - Não confia em mim? – Perguntou enquanto caminhava devagar comigo em seu colo.

            - Confio. – Respondi sem desviar meus olhos dos seus. Ela entrou em meu quarto e soltou-me sobre a cama, deixando seu corpo cair sobre o meu. Voltamos a nos beijar e minhas mãos exploraram as costas dela. Apertaram. Arranharam. Desceram até sua barriga e subiram lentamente até tocar-lhe os seios. Mesmo por cima do tecido, ela contorceu-se com meu toque e eu senti meu corpo se contorcer de prazer por isso. Minha boca passou a explorar seu pescoço beijando-o com volúpia. As mãos dela desceram por minhas pernas arranhando-as suavemente. Suspirei quando uma de suas mãos subiu até meu seio massageando-o.

            Ela não se conteve em apenas um e logo sua outra mão já estava no outro. Afastou-se por segundos me olhando como se esperasse uma resposta minha e eu a dei levando minhas mãos até a barra da camiseta dela e puxando-a até retira-la completamente. Meus olhos desceram até seus seios, alvos, belos, rijos. Minha boca salivou de desejo. Ela aproveitou o momento e retirou minha camisola deixando-me apenas de calcinha. Fez o mesmo com seu short e voltou a colar seu corpo sobre o meu. Eu sentia sua intimidade quente sobre a minha enquanto ela pressionava seu quadril no meu. Um movimento gostoso que me fazia gem*r baixo em seu ouvido instigando-a a continuar. Eu sentia meu sex* umedecer cada vez mais. Quanto mais ela rebol*va sobre mim mais meu sex* lubrificava de tesão. Eu precisava fazê-la minha ou enlouqueceria. Virei corpo rolando sobre o dela tomando para mim o controle da situação.

            Minha boca avançou sobre seus seios, deliciando-se com eles, ch*pando-os devagar, deslizando a língua pelos bicos rosados e rijos de tesão. De olhos fechados, ela gem*u com meu contato e suas mãos avançaram sobre minhas costas arranhando-me com força. Desci minha boca devagar por sua barriga degustando seu corpo com minha boca. Minhas mãos desceram até a calcinha dela removendo-a devagar, enquanto meus olhos devoravam seu corpo exposto a mim. Eu sentia meu corpo ferver de tanto tesão. Era como um sonho, mesmo que aquilo jamais voltasse a repetir, pelo menos uma vez na minha vida, eu tinha Júlia ali, em minha cama, em meus braços, totalmente entregue a mim. Quando minha boca tocou sua intimidade ela gem*u mais alto. Seu cheiro era extasiante. Seu gosto era viciante. Minha língua explorava sua intimidade com calma, com prazer enquanto meus olhos encaravam seu rosto. Os olhos fechados dela, o jeito de morder os lábios com força, os gemidos contidos que ela segurava, os suspiros que saiam de sua boca quando minha língua a penetrava, tudo isso me excitava demais.

            Subi meu corpo de volta sobre o dela e nossas bocas voltaram a se encontrar. Entrelacei meus dedos nos dela e prendi suas mãos sobre a cabeça. Meu quadril se remexia sobre o dela aumentando o contato entre nossa intimidade, os olhos não se desviavam um do outro, os gemidos seguiam um ritmo uníssono. Desci uma das minhas mãos até seu sex* e ela entre abriu a boca ao sentir meus dedos toca-la. Encarou-me ansiosa aguardando que eu saciasse seu desejo, e sem demora penetrei dois dedos lentamente em seu sex* enquanto meus olhos continuavam a vislumbrar suas expressões de prazer. Incrivelmente, eu me saciava com o simples fato de ser eu a responsável por proporcionar-lhe tamanho tesão.

            Eu permanecia olhando-a enquanto meus dedos se movimentavam dentro dela, devagar, numa tortura gostosa. Ela estava muito excitada, eu sentia seu liquido molhar minha mão a cada estocada que dava. Minha boca buscou a dela num beijo fogoso. Ela avançou em meu pescoço mordendo-me, gem*ndo e suspirando. Ch*pava meu pescoço com força contendo seu prazer enquanto eu aumentava o ritmo até sentir seu corpo estremecer sob o meu, suas unhas cravaram em minhas costas e apesar da dor pela força dela eu senti um prazer imensurável. Aos poucos o corpo dela relaxou e retirei meus dedos devagar. Meus olhos buscaram os seus e encontraram dois castanhos brilhantes me olhando lindamente. Ela tinha um sorriso relaxado no rosto que a deixava ainda mais linda. A respiração ainda estava ofegante quando ouvi a voz ela.

            - Você fica mais linda assim sabia!

            - Assim como?

            - Com essa carinha sexy e provocante – respondeu me olhando e eu ri.

            - Não acha que isso é uma loucura? Você acabou de terminar o namoro e nós estamos aqui... na minha cama.

            - Não sei... mas se for uma loucura... – virou meu corpo deixando-me sob ela -  eu quero aproveitar um pouco mais antes que acabe – disse avançando sobre mim. Voltamos a nos beijar e as mãos dela deslizaram por todo meu corpo. Desceram pela barriga, coxas, costas e cada toque dela aumentava meu desejo. Eu queria senti-la mais. Queria senti-la em mim, queria que ela me fizesse sua. Eu estava a ponto de implorar isso a ela. Ela tocou meu sex* ainda sobre a calcinha e contorci meu corpo de prazer. Suas mãos hábeis retiraram o tecido com agilidade. Ela colou seu sex* no meu e pude sentir nossas intimidades quentes roçarem uma na outra sem obstáculos entre elas. Julia forçava seu sex* contra o meu cada vez mais forte. Eu a sentia intensamente. Ela rebol*va gostoso sobre mim me fazendo delirar. Mas eu queria mais, queria sua boca a me ch*par, seus dedos a me explorar. Queria goz*r intensamente para ela.

            Nossos corpos rolavam pela cama. As mãos exploravam cada parte uma da outra. Os gemidos invadiam o quarto. Júlia me deixava enlouquecida de tesão. Aquele corpo gostoso colado ao meu, seus beijos que se alternavam entre calmos e fogosos, sua forma delicada e ao mesmo tempo selvagem de explorar meu corpo. Minhas mãos seguraram seus cabelos puxando-os levemente enquanto sua boca explorava meus seios, me fazendo gem*r para ela. Seus olhos me fitavam enquanto ela deslizava a língua pelo meu corpo. Ela descia lentamente sentindo cada pedacinho de mim. E quando finalmente sua boca se apossou do meu sex* eu fechei os olhos sentindo o toque quente e gostoso de sua boca em mim. Era delicioso sentir sua boca ludibriando minha intimidade, minha mão apertava sua nuca puxando-a mais contra mim.

            - Me faz sua Júlia – implorei – Oooh me faz sua!

            Ela atendeu meu pedido e ainda com a boca em meu sex* penetrou-me devagar. Seus dedos deslizavam dentro de mim num movimento extremamente torturante, aumentando meu tesão a níveis extremos. Ela retirou a boca e subiu o corpo me beijando, me fazendo sentir meu próprio gosto em seus lábios, enquanto seus dedos ainda mantinham o ritmo constante.

            - Mais – pedi enquanto nos beijávamos, olhos nos olhos, minha respiração ofegante – mais forte, faz mais forte. – Ela aumentou a força das penetrações e permaneceu olhando em meus olhos até que senti meu corpo se entregar ao prazer extremo de ser dela, liberando um orgasmo intenso em seus dedos. Sua boca buscou a minha para um beijo calmo enquanto meu corpo relaxava aos poucos. Ela permaneceu com seu corpo deitado em cima do meu por um longo tempo. Ficamos apenas nos olhando sem que nenhuma palavra fosse dita. Eu acariciava seus cabelos com as mãos e ela sorria docemente. Eu não tinha a mínima ideia de como as coisas seriam dali para a frente, mas eu não estava me importando com isso. Naquele momento tudo que me importava estava ali, deitada nos meus braços, entregue aos meus carinhos. Estava tudo perfeitamente bem até a campainha do meu apartamento tocar destruindo meu “conto de fadas” realizado.

            - Deixa tocar – ela disse.

            - Não posso. – Respondi já imaginando quem seria – Eu já volto! – Vesti minha calcinha e coloquei a camiseta que ela estava usando por cima e segui até a sala. Abri a porta e dei de cara com Ana Cecília.

Fim do capítulo