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Pelas lentes dela por Anonimo 403998

Ver comentários: 4

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Palavras: 3615
Acessos: 12639   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 2 – Fotografando

Enquanto iam caminhando Fernanda explanava com muito entusiasmo a respeito da entrevista e de como ela queria que as fotos ilustrassem os vários temas que ela iria levantar durante a entrevista. Enquanto ela falava Jasmine prestava atenção, não só às informações que ela precisava, mas também a forma com que Fernanda se empolgava ao falar de seus planos.

 

Quando chegaram ao local onde os modelos estavam esperando e conversando Fernanda ainda não havia acabado de falar, mas Jas garantiu já ser o bastante pra começar e, dando a ela um sorriso mínimo com um olhar que parecia analisar-lhe a alma, a fotógrafa se afastou da editora indo na direção de seus equipamentos.

 

Fernanda ficou sem reação e, para disfarçar isso, se afastou até outra sala dizendo à Ana Júlia para ajudar a fotógrafa enquanto ela buscava o roteiro que havia deixado em seu quarto. Sua assistente nada notou de diferente e logo correu para falar com a amiga que estava a abrir as bolsas dos equipamentos.

 

- Espero que você já tenha ideias para começar isso – falou Ana Júlia ao chegar ao lado da amiga e começar a ajuda-la a retirar as cosias – Fernanda não está nada confortável em deixar você fazer as fotos.

 

- Eu sei – respondeu Jasmine com um sorriso confiante.

 

- Como assim sabe? – questionou Ana Júlia sem entender como a amiga poderia saber.

 

- Ouvi a conversa de vocês – contou Jasmine rindo baixinho – Ao menos o que ela disse sobre mim – completou ela encarando a amiga – Vou mostrar pra essa editora nariz empinado a qualidade do meu trabalho Anjú, assim ela vai aprender a não subestimar as pessoas pela aparência – contou Jas com um olhar sério e decidido que Ana Júlia poucas vezes havia visto na amiga.

 

------xxx------

 

Quando retornou ao espaço, em frente a um enorme e bem cuidado jardim, Fernanda encontrou Jasmine conversando amigavelmente com as 2 meninas e o rapaz que eram os modelos contratados. A fotógrafa era toda sorrisos e fazia os três rirem muito com comentários que Fernanda não pode ouvir de longe. Quando se aproximou tudo o que pode ouvir foram os três modelos contando sobre si mesmos a uma atenta Jasmine que, sempre com uma mão em sua câmera, parecia absorver tudo o que lhe era dito. Quando notaram a presença de Fernanda o grupo parou de conversar e Jasmine foi de encontro à editora.

 

- Já está tudo pronto – disse ela apontando para os equipamentos de luz e outras coisas organizadas numa pequena mesinha longe de onde seria o ‘cenário’ do ensaio – Gostaria de pedir para que você apenas olhasse por enquanto, eu vou tirando a fotos, e mostrando pra você. Caso eu esteja indo por um caminho que não te agrade tem toda a liberdade para me interromper a qualquer momento. No entanto, se eu não estiver fazendo algo que discorde de você, peço que me deixe trabalhar sem interrupções.

 

- Claro – concordou Fernanda sem saber muito bem como proceder o que a fotógrafa pedia; geralmente os fotógrafos apenas tiravam suas fotos e, apenas posteriormente, mostravam o que acreditavam estar bom.

 

Jasmine começou a organizar os modelos, sempre perguntando como eles ficavam mais confortáveis e pedindo que dissessem a ela caso algo os incomodasse. Enquanto isso Fernanda e Ana Júlia ficaram observando mais de longe. Jasmine colocava a câmera em frente aos olhos, mirava em algo, parecia focar, e então soltava a câmera e ajeitava algum detalhe. Por vezes a calma dela em fotografar irritava Fernanda que estava acostumada a ouvir o constante som de flashes durante ensaios fotográficos. A baixa frequência desse som preocupava e irritava Fernanda.

 

Apesar disso ela não interrompeu, ela não saberia como interromper porque não conseguia dizer se tudo estava certo ou não. Mas, além disso, havia também a forma concentrada com que Jasmine fotografava; olhares penetrantes, expressão séria, sempre em movimento, vez ou outra apenas afastando a câmera o bastante para abrir os dois olhos e enxergar tudo. Em alguns momentos Fernanda tinha a impressão de que ela se movia flutuando pelo cenário e em volta dos modelos; às vezes longe outras muito perto. E conforme o tempo passava a frequência das fotos aumentava e Fernanda se sentia ainda mais hipnotizada pela concentração de Jasmine.

 

http://49.media.tumblr.com/c2edd63127499c13bbb28d7f53f51b96/tumblr_n4lzw6MiWU1sdtl5lo8_250.gif

 

Depois de algumas horas Jasmine parou e caminhou até o lugar onde Ana Júlia e Fernanda estavam sentadas. Ela veio com o olhar concentrado na tela da câmera repassando as fotos que já havia tirado, seus óculos um pouco mais baixos, como se tivessem escorregado. Em certo momento ela colocou um dedo nele, sobre seu nariz com a intenção de empurrá-lo de volta ao lugar, mas ficou distraída com as fotos e, quando parou em frente às duas mulheres, ainda não tinha movido a mão.

 

Por fim ela arrumou os óculos e, com uma expressão séria, se abaixou em frente às duas que estavam sentadas em um banco de madeira. Ela girou a câmera dizendo para Fernanda olhar as imagens e segurou a máquina enquanto a outra, com um olhar sério e pensativo, passava de uma foto a outra. Enquanto isso Jasmine a encarava como se tentando ler sua mente de tão compenetrado que era o olhar dirigido à editora. Fernanda passava as imagens uma a uma lentamente, muito ciente do olhar que a fotógrafa dirigia a ela, até que uma chamou sua atenção.

 

- Essa – disse colocando o dedo sobre a tela da máquina e vendo o olhar da fotógrafa se virar para a tela que ela virou para si mesma – Gostei dela, mas não sei se o ângulo é o melhor, você poderia tirar ela de outros ângulos?

 

- Já tem todos os ângulos – respondeu Jasmine dando um pequeno sorriso convencido depois de ver a foto e girar a máquina novamente voltando a encarar a editora – Teria visto se passasse as próximas, estão na sequencia – ela disse com um risinho divertido e piscou para a editora que, incomodada, logo direcionou seu olhar para a tela evitando aquele olhar intenso da outra.

 

------xxx------

 

Horas depois e Jasmine continuava a fotografar; já passava das 13h e ela nem parecia se dar conta do avançar das horas. Ainda tinha parado duas vezes para mostrar algumas fotos para Fernanda que, em todas as vezes, se sentiu incomodada com aquele olhar direto e que, em certos momentos, parecia ter um ar superior. Já Ana Júlia, depois de muito tempo, se entediou e saiu do lugar indo preparar outras coisas que sabia que Fernanda precisaria depois. Era perto das 14h quando ela voltou decidida a fazer Jas parar para o almoço.

 

- Jas – ela chamou quando viu a amiga parar e olhar a ultima imagem capturada – Jasmine – disse ela chegando mais perto e vendo o olhar da amiga ser direcionado a sua pessoa com um sorriso calmo – Vamos fazer uma pausa, você e todos nós precisamos comer. Já vão ser duas horas da tarde.

 

- Nossa, tudo isso? Gente, perdão, eu me empolguei aqui e os fiz trabalharem demais – disse ela se dirigindo aos modelos de forma delicada e carinhosa – Vamos todos almoçar e, às 16h voltamos. Estou com algumas ideias para aproveitar a iluminação do entardecer, então vocês tem um tempo maior para descansar enquanto eu converso com a nossa chefe – ela falou rindo e olhando para Fernanda que fez uma expressão séria, mas, por não poder falar mal do trabalho daquela mulher até aquele momento, decidiu não reclamar daquela decisão abusada. 

 

------xxx------

 

Durante o almoço Jasmine e Ana Júlia conversaram empolgadamente contando uma a outra suas novidades e matando a saudade de conversarem pessoalmente depois de tanto tempo separadas, mas mesmo assim as duas sempre incluíam os modelos quando eles faziam observações a respeito dos diversos assuntos. Era muito comum que as meninas falassem muito quando Jasmine contava sobre suas viagens, pois as duas também já haviam viajado muito para o exterior a trabalho. Já Fernanda passou o almoço inteiro calada e observando aquilo com certa irritação. A forma com que Jasmine havia se entrosado com todos ali a irritava profundamente sem que ela soubesse o porque. E, se não fosse apenas isso, a mulher sempre parecia encará-la de uma forma superior, como se estivesse pouco se importando com sua opinião.

 

Era fato que Jasmine não se importava com a opinião de ninguém, mas o que Fernanda considerava superioridade era apenas o jeito confiante da outra; anos sozinha em lugares desconhecidos com pessoas desconhecidas fizeram de Jas uma mulher incrivelmente confiante em tudo o que fazia. Se não fosse assim ela teria sido usada e, provavelmente, acabaria perdida em algum país estrangeiro por conta de pessoas ruins que se aproveitavam de viajantes inocentes e facilmente iludíveis.

 

Quando o almoço acabou e os modelos se levantaram, para voltarem aos seus quartos descansar, Jasmine também se levantou com a intenção de chamar Fernanda e Ana Júlia para uma conversa, mas a editora atrasou seus planos.

 

- Jasmine, se nos der licença, eu tenho que acertar algumas coisas com Ana Júlia agora – disse Fernanda se levantando e pegando suas coisas – Você pode se acomodar no seu quarto enquanto isso. Ana Júlia te acompanha até lá. Te espero no meu quarto – ela disse encarando sua secretária com um olhar sério não deixando opções para contestação.

 

O quarto de Jas era no começo do corredor onde ficavam os quartos dos modelos, do lado oposto ao dos quartos de Ana Júlia e Fernanda. Chegando ao aposento elas viram as poucas coisas de Jasmine colocadas em cima de um baú de madeira com estofados brancos que ficava aos pés da cama. Depois de soltar sua máquina ao lado de suas coisas ela se vira para a amiga que a abraça.

 

- Ai que saudade de você garota – diz Ana Júlia apertando Jasmine – Porque não veio me ver antes sua ingrata! – ela falou se se soltando e dando tapas nos ombros de Jasmine.

 

- Para Anjú – respondeu a amiga rindo e se defendendo dos tapas, até que abraçou a amiga outra vez impedindo-a de continuar lhe batendo – Eu vim não vim – ela disse rindo – Também estava com saudades sua louca.

 

- Não posso demorar, a chefinha deve ter algo sério pra me falar pra ir pro quarto dela, geralmente ela me dá as ordens só e eu que me vire – falou Ana Júlia rindo e se afastando da amiga – Mas saiba que não vai escapar das minhas perguntas intermináveis; vou querer saber de tudo a respeito de você nesses anos que ficou rodando o mundo – falou ela se virando e piscou para Jasmine que começou a rir antes dela chegar à porta – Descansa que daqui a pouco você tem mais trabalho pra fazer – falou Ana Júlia rindo e fechando a porta atrás de si depois de sair.

------xxx------xxx------xxx------xxx------xxx------xxx------xxx------xxx------

 

 

 

 

Gente, eu sei que esse (definitivamente) não é um espaço adequado para dividir o que pretendo dizer agora. Por isso, pra quem não quiser ou não tiver tempo e só veio ler o capítulo, deixo claro que ele já foi encerrado e que pretendo manter um capítulo novo no dia 18. Entretanto, peço que compreendam minha situação nesse caso; eu não tenho nenhum outro lugar onde possa compartilhar esse acontecimento, nenhuma outra forma de tornar pública essa minha opinião, por isso irei recorrer ao Lettera.

Antes de tudo que fique registrado que eu sei que nunca atingirei com esse texto o tipo de pessoa que me levou a escrevê-lo, e essa não é nem nunca será minha intenção, o que quero é compartilhar com quem realmente pode entender essa situação e com quem pode vir ou já veio a passar por algo parecido. Que essas minhas palavras ajudem as pessoas que, como eu, não conseguiriam se calar frente a uma situação assim; que com elas vocês consigam respirar fundo e pensar antes de responder a algo do tipo. Que fique registrado também que, independente daquilo que eu quero pra minha vida (seja ela minha vida amorosa ou profissional ou pública), considero que o importante são meus princípios básicos e que existem coisas certas e coisas erradas que independem de qualquer crença, gosto ou opinião.

Ontem, em determinada rede social, me deparei com um comentário, no mínimo, agressivo e ridículo. Alguém que eu sigo comentava um comentário de um terceiro que dizia que quem não sabe lidar com héteros deveria se matar. Ao ler esse comentário minha reação imediata foi explodir de raiva, entretanto, me controlei e fui tentar entender o que teria realmente acontecido e qual a origem dessa discussão. Essa certa pessoa, em sua conta, retratou uma situação em que viu dois homossexuais se relacionando e, na rede, seu comentário foi de que se pudesse os mataria. Nesse ponto minha raiva retornou, mas eu voltei a me controlar porque de nada adianta responder ódio com mais ódio.

Eu dei a esse indivíduo a minha resposta, mas a situação continuou (e continua) a me incomodar, porque me dei conta de que essa é uma situação que deve se repetir dia após dia em todos os cantos do mundo!

Eu odeio definições, odeio o fato de que a sociedade tem essa necessidade de encaixar cada indivíduo em um determinado grupo, mas compreendo que é algo necessário porque quando se integram a um grupo essas pessoas deixam de se sentirem sozinhas, pois encontram gente que se assemelha a elas. Essa é uma opinião inteiramente minha e que não afeta ninguém realmente, é minha visão de mundo e eu não tento impô-la a ninguém.

Esse indivíduo, responsável por esse comentário que originou tudo, ainda chegou a dizer que ele, como hétero, nunca interferiu em comentários LGBT’s e que, dessa forma a comunidade não deveria interferir nos comentários de pessoas héteros. A questão que eu vi nisso tudo foi que, tanto ele quanto as pessoas que se ofenderam e responderam fizeram isso pensando apenas em sua própria individualidade. A questão não é a ofensa dele contra a comunidade LGBT em si; a questão é que ele agride o conceito de sociedade ao fazer isso.

Quando se está numa sociedade, sua opinião individual não é relevante para o outro indivíduo. Ele não gosta, não aceita, sente ódio ou nojo, ou qualquer que seja a razão; no fundo aquele casal não se importa, não os afeta diretamente. Entretanto, o que esse cidadão (para não dizer outra coisa) fez ao dizer abertamente que mataria os dois se pudesse agride muito mais a sociedade em geral. Primeiro porque ameaça é crime, assim como homicídio (que seria a consequência da ameaça ser cumprida); segundo porque a partir do momento que ele verbaliza essa opinião ele passa a verbalizar, em entrelinhas, seu preconceito, o que também é um crime contra a sociedade.

O primeiro fato é: ele se sentiu ofendido por ter presenciado um beijo entre dois homens, mas teria achado completamente normal se tivesse visto um casal hétero se beijar. Mas esse indivíduo, ou é completamente ignorante, ou completamente idiota porque mesmo que ele visse uma mulher e um homem aos beijos ele não poderia ter certeza de que eram realmente um casal hétero e cis. Se ele visse uma garota trans com seu namorado cis, qual seria a reação dele já que, provavelmente, ele não reconheceria ela como trans? E se esse casal que ele viu fosse um rapaz homo e cis com um outro rapaz homo e trans? E se ele visse uma garota lésbica com um rapaz trans que já tem uma aparência completamente masculina? De que vale a opinião que ele tanto defende de poder gostar ou não se ele não pode dizer que viu o que realmente viu? Como ele pode afirmar seu próprio ponto de vista se ele não pode realmente ter certeza do que ele viu? E se ele soubesse qual o gênero real das pessoas envolvidas, isso mudaria sua opinião? Eu tenho certeza de que nem ele sabe disso, de que essa pessoa nunca teve o senso de sociedade o suficiente para se fazer essas perguntas.

A minha opinião sobre certas demonstrações de carinho e intimidade em público talvez seja diferente da de todos, porque eu acho que certos tipos de beijos devem ser deixados para ambientes privados em respeito a sociedade, independente das definições atribuídas aos indivíduos que compõem o casal. Sim, eu me sinto ofendida se vejo um casal homo ou um hétero ou um trans se beijando muito intensamente, mas guardo para mim essa opinião porque sei que, todos esses casais tem seu direito de demonstrar em público o afeto que sentem pelos seus parceiros. Creio que essa minha opinião e a forma com que eu costumo afirma-la não afronte a ninguém, mas mesmo assim  não tenho necessidade nenhuma de ficar relatando-a ao público em geral porque ela diz respeito apenas à minha pessoa e a quem quer saber sobre ela.  A questão a respeito disso é que: se você tem uma opinião e quer torna-la pública, deve, primeiramente, se certificar de que ela não é ofensiva à nenhum outro indivíduo da sociedade; o que foi algo que essa pessoa do comentário com certeza não fez.

O segundo fato e o, na minha opinião, o mais relevante: além de fazer alusão a crimes essa opinião pode instilar a violência. Talvez ele apenas fale da boca pra fora, a maioria das pessoas que tem essa opinião não tem nem nunca terá realmente a intenção de agredir ou matar outra pessoa, independente do que for. Esse indivíduo inconsequente, provavelmente, nunca faria o que diz ter vontade. Então qual o problema dele expor essa opinião?

Pessoas que dizem isso sem ter a real intenção de realizar esse tipo de ameaça não pensam, nem por um momento, que existem pessoas cuja opinião é a mesma, mas que seriam capazes de realmente tirar a vida de um homo ou um transexual pelo simples motivo dessas pessoas não serem o que ele é.

Nenhum hétero tem obrigação de aceitar um homossexual. Nenhuma pessoa tem obrigação de aceitar tudo o que é diferente dela. Mas todos, sem exceção nem ressalvas, tem o dever cívico e social de respeitar o diferente. Já não estamos nas cruzadas para que um grupo queira impor à força sua vontade sobre outro. A maioria não tem direito de suprimir a minoria nem a minoria tem direito de exigir aceitação, mas todos tem o direito e merecem receber o respeito do próximo.

O que quero com esse texto todo (e peço desculpas por ter me alongado tanto) é dizer a quem quiser ler e, principalmente, à toda comunidade LGBT que parem e pensem antes de responder a algo ofensivo assim; vamos ser diferentes dessas pessoas que falam sem pensar nas consequências que suas palavras tem.

Esse ser com toda certeza não entende que ele pode não fazer o que disse que gostaria, mas que existem pessoas dispostas à fazer exatamente isso e que, para essas pessoas, esse comentário nas redes nada mais é do que a confirmação de que o que eles fazem é certo.

Mas não é certo!

Talvez nunca seja possível fazer o tipo de pessoa capaz de matar alguém entender que ele está errado. Mas o tipo de pessoa que pode expressar essa opinião agressiva apenas da boca pra fora, talvez possa entender que essa “opinião” dele prejudica a sociedade num todo e pode gerar assassinos ou impulsionar psicopatas. Nem todo homofóbico é um agressor em potencial, mas todo agressor em potencial se apoia nas “opiniões” agressivas que esses homofóbicos tornam públicas.

Esse indivíduo pode muito bem saber as consequências de um homicídio, ele pode não ser capaz de matar alguém, ele pode ser capaz de condenar um assassino ou um agressor. Mas ele pode não saber que ao expressar uma opinião agressiva, mesmo que ele próprio não vá tornar dela uma ação, existem pessoas que se reafirmam em seus erros por terem essa mesma opinião vindas de outras pessoas.

Nós, que tanto queremos direitos iguais e o respeito do restante da sociedade, temos por obrigação não condenar nem desrespeitar aqueles que pensam diferentes de nós. Não podemos querer receber algo que não entregamos de volta. Precisamos respeitar para sermos respeitados. Ódio não se enfrenta com mais ódio, nem violência com mais violência, entretanto temos nosso direito à defesa e, acima de tudo, temos direito ao nosso respeito.

Sinto ter tomado o tempo de vocês, mas achei necessário expor algo que acho que pode vir a ser construtivo para alguém. Talvez o dia em que a sociedade como um todo respeite as diferenças demore muito a chegar, ou até nunca chegue, mas se lutamos por ele temos que demostrar isso em nossas ações. Não é questão de trocar ofensas, muito menos de tentar fazer a outra parte entender que nos deve o mesmo respeito que deve a qualquer um; a questão é darmos ao próximo o mesmo respeito que queremos receber sem esperar deles o mesmo apenas porque é essa a atitude correta.

Por fim só gostaria de dizer que não podemos julgar pelas aparências e que, qualquer um, merece o benefício da dúvida antes de receber a condenação ou a absolvição.

À quem leu, obrigada pela atenção.

Aos idiotas inconsequentes como o que provocou esse meu texto reflexivo, meu sorriso irônico para a sua opinião que em nada contribui para a sociedade e minhas condolências pela sua mentalidade irracional que só lhe deprecia socialmente.

 

;]

Fim do capítulo


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Comentários para 3 - Capítulo 2 – Fotografando:
Val Maria
Val Maria

Em: 04/01/2017

Minha querida autora que estória envolvente. Amando cada capítulo. 

Parabéns. 


Resposta do autor:

Muito obrigada =] 

;] 

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Palas F
Palas F

Em: 25/10/2016

CARA, PRECISO DORMIR!!!! Desnecessário você me prender a essa história a essa hora. Já te odeio. #sQñ hahahah amandooo ?


Resposta do autor:

Moça Durma kkkkkk 

Os capítulos não irão fugir de ti, continuaram sempre aki kkkk

E não me odeie pfvr kkkkk Só tento agradar 

;] 

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Sofi
Sofi

Em: 16/04/2016

Eu gosto da Jasmine :) ela mostra como é à chefinha haha ela nem sabe onde se meter e não tive nada pra dizer de mal do trabalho da Jas haha

Eu tenho colegas que fazem pior aqui na faculdade e olha que os gays nem precisam tar a se beijar nem nada, eles implicam logo com eles. Eles xingam e batem porque dizem que é vergonhoso e nojento o que os gays fazem e assim eles pensam que eles vão aprender ou assim. Eu não sei, não compreendo. Eles já disseram que se pudessem pegavam em todos os gays do mundo e punham eles no mesmo sítio para os explodir a todos com bombas. Eu acho que nós não podemos fazer nada porque senão eles xingam e batem na gente também, acho que ninguém pode impedir isto porque nem a polícia impede. Estamos num mundo fodido é verdade mas não sei o que podemos fazer pra mudar isso.


Resposta do autor em 19/04/2016:

Jas não gosta que falem mal do que ela faz hehe, então sempre faz tudo bem feito 

;]

 

 

Esse tipo de pessoa é repulsivo. Infelizmente o mundo ainda está cheio destas, entretanto, como eu disse na minha "reflexão" sobre esse assunto, existem pessoas q dizem essas coisas, mas nunca as fariam, que acabam incentivando essas outras pessoas, ainda mais deploráveis, a continuarem as coisas horríveis que fazem. No fim tudo o que podemos fazer é nos manter firmes às nossas convicções...n sei realmente como mudar essa realidade >< =[ 

 

Responder

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olivia
olivia

Em: 15/04/2016

Menina amo suas histórias,estou adorando essa.Quanto ao texto reflexivo concordo, que não devemos julgar e sim respeitar o direito do outro.Tenho dificuldade em comentar,mas lendo seu texto como notas finais, mostrei a cara.Parabéns pela história que a cada capitulo da o gostinho de quero mais!!!!!!!!!!!!Bjs


Resposta do autor em 19/04/2016:

Espero q essa conquiste várias leitoras de novo hehe =]

Obrigada pelo comentário, prometo dar mais para todos logo logo 

Bjs ;] 

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