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Ame o que é seu por PriHh

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Palavras: 3449
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Capítulo 25 – Repercussões

“Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências.” (Pablo Neruda)

 

- Anaaa! – ouvi Júlia gritar brava – Sai logo dessa agua Ana Cecília! – Caminhei devagar até sair de lá e passei por ela sorrindo, para depois ir em direção ao local onde estava minhas roupas. Peguei-as começando a me vestir  lentamente. Júlia veio atrás de mim parando ao meu lado – Onde você anda com a cabeça Ana Cecilia? Você podia ter morrido lá sabia?

            - Você precisa relaxar Júlia...- eu disse descontraída  ignorando sua histeria - A água tá uma delícia! - A agua estava boa mesmo. Quanto ao fato de ter entrado nua eu confesso que depois que tirei a roupa nem liguei mais pra esse detalhe. -...é carnaval Júlia e eu não estou bêbada! Não muito – disse gargalhando sozinha.

            - Você não pode sair por aí arrancando as roupas e entrando no mar a noite Ana.

            - Cadê a Flá? Quero ver a cara dela agora que paguei minha aposta! – Olhei-a ignorando sua bronca.

            - Será que vocês duas vão crescer alguma hora? – ela segurou meu braço me deixando frustrada.

            - Pelo amor de Deus Júlia sermão a essa hora não né? E se ainda não notou já tô bem crescidinha!

            - Quer dizer que se ela te pedisse pra pular de uma ponte você pularia então? Tudo pra pagar uma aposta estupida? – disse baixando seu tom de voz.

            - Júlia ninguém obrigou você a descer até aqui. Você desceu por que quis não foi?

            - Eu desci por que me importo com você! – disse chateada.

            - E eu com você!  - coloquei a blusinha. Olhei para ela encarando-a séria - É por isso mesmo que acho melhor pararmos essa conversa por aqui.

            - Não até você me responder se aconteceu alguma coisa entre você e a Patrícia? – Perguntou-me direta.  – aconteceu alguma coisa entre vocês nesses dias que estamos aqui?  - Olhou-me diretamente nos olhos e por um segundo eu quis dizer a ela sobre aquele quase beijo, sobre o que eu ainda sentia por Patrícia. Mas eu não queria magoar minha irmã. Não queria destruir seu coração.

            - Não aconteceu nada! – respondi devagar - O que deu em você? – Cruzei os braços encarando-a.

            - O que a Flávia quis dizer com ver coisas das quais eu me surpreenderia? – Meu corpo gelou por uns segundos, será  que Flávia tinha dito algo sobre o quase beijo? Não eu tinha certeza que ela não diria nada, eu confiava nela mais do que em qualquer pessoa nesse mundo. Eu me perguntava como Júlia nunca tinha percebido o que a Flá sentia por ela. Balancei a cabeça negativamente. Eu amava minha irmã, mas as vezes ela conseguia ser bem lenta.

            - Júlia me escuta... – coloquei a mão em seu ombro - A Flávia não viu nada demais por que não teve nada demais! Patrícia e eu só conversamos e na maioria das vezes você estava perto!

            - E teve alguma vez em que eu não estava? – Suspirei cansada. Eu não queria correr o risco de causar uma briga entre elas, e principalmente, entre nós. Mas mentir seria muito pior por que eu sabia que Júlia não ficaria sossegada enquanto não tirasse toda a história a limpo.

            - Sim Júlia – Terminei de vestir meu short e me virei para ela. Percebi Cintia próxima a nós. Ela parecia sem graça por presenciar aquela cena entre minha irmã e eu. - Eu a encontrei na praia hoje de manhã enquanto voltava da minha corrida. Ela estava sentada na areia. Eu me sentei junto e nós conversamos e foi só. Se não acreditar em mim pode perguntar a ela. Agora se já acabou com o sermão eu vou procurar a Flávia. E se por acaso quiser saber o que significa as coisas que ela fala pergunte a ela e não a mim ok? – Virei de costas – Fui! – Disse chegando perto de Cintia e segurando sua mão.   Subimos de mãos dadas e Júlia veio atrás de nós ainda reclamando horrores pelo que eu tinha feito. Maressa e Carla já tinham subido antes de nós. Assim que chegamos no corredor dos quartos encontrei Patrícia saindo do quarto onde Flávia estava dormindo.

 

 

- Ela fez mesmo! – ouvi Carla dizendo estupefata. Eu estava em transe praticamente. Ana Cecília estava nua, completamente nua ali, em minha frente. Na frente de todas. O meu coração já tinha parado de bater quando ela estava apenas de calcinha de sutiã mas agora, além de não sentir meu coração eu também não sentia minhas pernas. Passei a mão por meus cabelos sentindo meu corpo começar a suar pelo calor que me subia, forcei meu rosto desviando o olhar de seu corpo, olhando pra um ponto qualquer da praia. Eu sabia que Júlia estava me olhando, eu sentia seu olhar sobre mim e eu sabia que ela estava uma fera com a irmã.

- Essa guria é louca – Maressa disse rindo enquanto Ana caminhava em direção ao mar.

- É uma irresponsável isso sim – Júlia falou brava e foi até Flávia – Vocês são duas irresponsáveis. O que deu em você para pedir isso pra ela? – Cobrou-a. 

- Sua irmã é bem grandinha pra se defender sozinha Júlia – respondeu enfrentando-a porém com a voz tranquila. Aproximei-me das duas colocando minha mão no ombro de minha namorada, na intenção de amenizar sua fúria.

- Você não enxerga o quanto isso foi idiota? -  ela continuou apontando em direção a agua. Flávia soltou um riso zombeteiro antes de responder.

- Ahh Júlia cai na real... se você abrisse os olhos só um pouquinho... você ficaria surpresa com as coisas que você não enxerga e eu sim! – disse olhando-a nos olhos, virou as costas e saiu deixando-nos lá. Júlia começou a caminhar atrás ela mais eu a segurei impedindo uma discussão maior.

- Jú não! Vai lá e da um jeito de tirar sua irmã da agua. Eu vou até lá falar com ela. – segui atrás de Flávia. Ela subiu as escadas e entrou no quarto fechando a porta. Bati e tentei girar a maçaneta, mas estava trancada.

- Flávia – chamei-a baixo. – Abre a porta! Sou eu! – Ela demorou mas abriu um pequeno pedaço parando ao lado da entrada.

- O que quer Patricia?  - disse irritada.

- Posso entrar? – Ela ficou um tempo me encarando pensativa antes de me dar passagem. Depois trancou a porta novamente e sentou-se na cama. Eu me sentei na outra ponta de frente pra ela.

- Vocês não deviam ter feito essa aposta – disse tentando não parecer que estava cobrando-a.

- Por que? Por que seu rosto corou quando a viu sem roupa? Ou por que você não conseguia parar de olhar para ela e isso incomodou sua namorada? – ignorei seu comentário mesmo sabendo que ela estava certa e continuei falando.

- Ana já tinha bebido e você sabe que ela não resistiria em fazer aquilo. E também não estou falando só disso. O que você quer provocando Júlia daquele jeito? E outra vez? Já não bastou ontem? Eu entendi muito bem o que quis insinuar e sei que sabe do que estou falando.

- Pelo visto a única que não entende nada é a mais interessada né? – respondeu com ironia.

- Eu to tentando Flá mas ta difícil conversar com você! – disse já me irritando – Vou te deixar sozinha pra ver se entra alguma razão ai dentro – apontei a cabeça dela. – Eu sei que não concorda com meu namoro com Júlia, mas isso não vai me fazer largar ela Flávia.

   - Sabe que tô começando a acreditar que você duas realmente formam um casal perfeito – ela rebateu de uma forma sarcástica – Você tá mais cega que ela. Mas faz mesmo isso... continua assim Paty.... continua fingindo que é a Júlia quem você ama... quem  sabe um dia você se convence disso! Eu só espero que você não destrua ela nessa sua fantasia.

  Levantei-me e sai do quarto. Eu poderia ficar a noite toda ali discutindo com Flávia, mas não adiantaria nada. Quando ela tinha esses rompantes de rainha da razão era melhor deixar ela sozinha.  Assim que encostei a porta encontrei Cecília, já vestida, subindo ao lado de Cintia com Júlia atrás delas. Minha namorada tinha a expressão nervosa enquanto Cecília e Cintia riam como se nada tivesse acontecido.

- Ela ta ai dentro? – Cecília perguntou naturalmente ao me ver. Eu estava com raiva por tudo que Flávia tinha acabo de me dizer e dar de cara com as duas chegando juntas e de mãos dadas me deixou com mais raiva ainda.

- Sim – respondi seca.

- Vou falar com ela – disse.  – Me espera no quarto linda! – ela disse a Cintia beijando-a, ignorando minha presença em sua frente enquanto eu acompanhava as duas com os olhos. Ela entrou e Cintia sorriu antes de passar por mim.

- Vamos deitar? – perguntei ao encarar Júlia.

- Quero falar com você! – disse ríspida.

- Tem que ser agora? – eu não achava bom conversarmos com ambas de cabeça quente.

- Te espero lá em baixo – ela disse virando e descendo as escadas.

- Droga Flávia – resmunguei baixo descendo atrás dela.

 

 

            - Oi – eu disse colocando a cabeça pra dentro da porta.

            - Entra – ela disse e percebi que limpava algumas lágrimas.

            - Soube meio por cima que discutiu com a Júlia de novo. – fechei a porta e sente-me ao lado dela. – Você ta bem?

            - Como sua irmã consegue ser tão sonsa? – disse irritada.

            - Ei não fala assim... ela é minha irmã – sorri – além disso você a ama! – ela deu um pequeno sorriso, pois era mesmo verdade!

            - Isso está acabando comigo Ana! – baixou a cabeça e enfiou  a mão entre os cabelos  - Todo esse sentimento guardado e ainda ter que aguentar ela desfilar para cima e para baixo com a Paty tá acabando comigo – deixou as lágrimas voltarem a cair.

            - Provocá-la assim só a afastará de você – segurei sua mão fazendo-lhe um carinho leve.

            - Talvez seja melhor assim... se eu me afastar por um tempo! As coisas pareciam mais fáceis quando eu guardava o que sinto apenas para mim. Mas agora que eu contei pra você pareceu tão bom... não ter que esconder nem carregar isso sozinha sabe? – olhou-me com uma carinha tão triste.

            - Você não ta mais sozinha ok? Sempre que se sentir sufocada pode me procurar... sempre vou ouvir você!

            - Que bom que você voltou! – ela disse deitando a cabeça em minhas pernas. Comecei a deslizar minhas mãos em seus cabelos.

            - Tomei o maior sermão dela! – disse rindo e fazendo-a rir.

            - Desculpa... você ficou brava comigo?

            - Acha que eu estaria aqui se estivesse brava? – ela sorriu.

- Você não precisava ter feito aquilo Ana. Sabia muito bem que eu só estava te irritando.

            - Ora e perder a oportunidade exibir esse meu corpinho lindo? Nem pensar!  - ela riu e aos poucos ia melhorando. Eu entendia bem o que Flávia sentia pois me sentia da mesma forma cada vez que via minha irmã e Patrícia juntas. Doía muito. As vezes era desesperador sentir aquilo. Uma tortura que parecia que nunca teria fim.

            - Você viu a cara dela? – ela perguntou referindo-se a Paty.

            - Achei melhor evitar mais problemas pra ela. E pra mim é claro.

            - Não deu muito certo! – ela colocou sua mão na minha perna e fazia um carinho com as unhas.

            - Ela disse algo pra você? – puxei seus cabelos para trás me dando visão de seu rosto.

            - Nem precisou! Paty consegue ser mais cabeça dura que a Jú.

            - Acho que nós duas estamos num beco sem saída – eu disse suspirando.

            - Posso te pedir uma coisa? – ela disse.

            - Se for pra tirar a roupa de novo vai ter que me cantar primeiro dessa vez – ela deu um tapinha nas minhas pernas e negou.

            - Dorme aqui hoje? Não quero ficar sozinha!

            - Claro... – cedi. – Eu só vou avisar a Cintia e venho pra cá pode ser?

            - Pode. – ela levantou a cabeça e eu sai do quarto. Fui até o meu e conversei com Cintia, que ficou sinceramente chateada por não poder ficar comigo aquela noite, mas não questionou minha decisão. Vesti um pijama e antes de voltar ao quarto segui para a cozinha para beber agua. Terminei de descer as escadas e ouvi a voz de Júlia alterada. Parei no caminho em dúvida entre sair dali ou ficar. Acabei ficando.

 

 

            Ela desceu as escadas devagar protelando uma conversa que eu sabia que seria desgastante pra nos duas.

- O que quer falar Júlia? – Perguntou-me com calma mas eu sentia um tom de insatisfação em suas palavras.

            - Quero saber o que aconteceu entre você e minha irmã na praia. – disse olhando em seus olhos.

            - Como assim o que aconteceu? Não aconteceu nada! – aumentou o tom.

- E por que não me disse que estava com Ana hoje de manhã? – Perguntei cruzando meus braços diante dela. – Você me disse que estava no mar, mas não me disse que estava com ela!

- É sério mesmo Júlia? – arqueou as sobrancelhas, espantada. – Quer começar uma briga por causa de um banho de mar qualquer?

- Com alguém que nunca foi uma qualquer pra você né! – rebati. Eu sabia que estava provocando-a e poderia me arrepender drasticamente por isso mais eu não conseguia controlar meus nervosismo e meus ciúmes.

- Quero saber Patrícia. Como sua namorada acho que tenho direito de saber.

- Eu não preciso te dar satisfações de tudo que eu faço Júlia. Você é minha namorada sim mas não é minha dona – irritou-se. – então não haja como se fosse! Mas se precisa tanto assim saber eu vou contar. Eu estava sentada na praia quando sua irmã chegou. Ela tinha ido correr como sempre fez. Ela sentou-se ao meu lado e falamos sobre a Vavá e algumas coisas sobre ela e tomamos um banho de mar juntas e só Júlia. Era isso que queria ouvir? Está mais feliz agora? – Disse sarcástica.

-  Você não precisa me atacar – defendi-me.

- Foi você quem me atacou primeiro Júlia. Com essa cobrança absurda! Estou te dando o que me pediu. – Virou-se de costas e saiu para a área da piscina e eu fui atrás dela.

- Então quer dizer que é absurdo ter ciúmes da mulher que eu amo?

- Ama mesmo Júlia? Por que até onde eu sei quem ama confia e essa é a segunda vez que você demostra que não confia em mim.  

- Eu confiaria mais se você não a olhasse como olhou agora pouco!  - eu acompanhei  a forma que ela olhou o corpo de minha irmã quando ela estava nua perto de nós e por isso ataquei Flávia com mais gana ainda. O ciúmes me corroía por dentro e eu a culpava por ter criado aquela situação.

- Eu não tenho culpa se tua irmã fez aquilo Júlia. Eu não queria descer foi você quem insistiu pra ver o que estava acontecendo!

- Eu sei que insisti. Eu só queria saber se ela estava bem depois de ter visto nós duas aqui. – falei alto.

- Não ouse gritar comigo Júlia – falou repreendendo-me - Valentina e os outros estão dormindo e ninguém precisa ouvir essa conversa. – Ficou em silencio me olhando. A expressão séria, brava e um pouco decepcionada. Apoiei meus braços na mureta que cercava a piscina e fiquei de costas para ela. Deixei algumas lágrimas caírem pelo meu rosto.

            Patricia aproximou-se de mim tocando meu braço. Encostou seu corpo na mureta e com a mão virou meu rosto para ela. Aos ver minhas lágrimas ela as limpou com seus dedos.

            - Jú nós sempre nos demos bem... sempre houve confiança e respeito entre nós. Nada mudou! Não da minha parte. Mudou da sua?

            - Não!

            - Então por que estamos tendo essa conversa agora? – perguntou e dei um meio sorriso a ela. – Vem! Vamos pra dentro! – disse dando-me um beijo calmo.

            Subimos para o quarto e Valentina estava estirada na cama. Cada uma de nós deitou-se de um lado dela e permanecemos assim em silencio, apenas nos olhando por um bom tempo ate que adormeci. Madruguei no dia seguinte e as 06:00hs da manha estava trocada na porta do quarto onde minha irmã dormia. Bati esperando alguém atender e me surpreendi quando Cintia abriu a porta.

            - Bom dia – eu disse – Desculpa te acordar. Posso falar com a Ana?

            - Ela não dormiu aqui – disse bocejando em seguida – Ta no quarto com a Flávia!

            - Obrigada! – disse seguindo até lá. Pensei em bater na porta mais eu correria o risco de Flávia atender-me e eu ainda estava magoada com ela. Não queria vê-la ou falar com ela. Girei a maçaneta e abri a porta devagar. As duas estavam deitadas juntas, Flávia estava com um baby-doll minúsculo e de barriga para cima e minha irmã estava deitada de barriga para baixo com uma perna jogada sobre o corpo dela. Se eu não soubesse que as duas eram tão amigas juraria que ali rolava algo a mais. Olhei Flávia outra vez. Ela tinha uma expressão angelical no rosto, serena, nem parecia a mulher que me enfrentou na noite passada com tanta ousadia. Flávia era o tipo de pessoa que surpreendia qualquer um. Eu não sei quanto tempo passei ali olhando ela mas quando minha irmã abriu os olhos me viu ali parada.

            - Oi – eu disse baixo – Ta afim de correr comigo? – ela colocou o dedo indicador sobre os lábios num gesto de silencio. Levantou-se com cuidado e deu um beijo carinhoso no rosto da Flá. Passou por mim me puxando pela mão para fora do quarto.

            - Ela demorou pra dormir – disse encostando a porta.

            - Dever ser remorso por tanta estupidez! – disse brava.

            - Júlia – olhou-me – Menos tá! Primeiro você não tinha nada que se meter naquela aposta. Era entre ela e eu e se eu fiz é porque eu sabia o que estava fazendo! E segundo se você fala o quer não pode reclamar por ouvir o eu não quer!.  

            - Não foi pra falar dela que eu vim aqui – cortei o assunto. – Quer correr? Faz tanto tempo que não fazemos isso juntas!

            - Pode ser! Vou trocar de roupa e já venho! – disse indo até o quarto dela e eu desci para espera-la la em baixo.

Em pouco tempo ela já estava de volta. Saímos para correr e percorremos uns bons quilômetros. Voltamos caminhando devagar e conversando. A conversa foi agradavel, entre historias engraçadas e risadas descontraídas. Em nenhum momento tocamos no assunto da noite anterior, eu não queria brigar com ela. Ainda ficamos um tempão conversando bobagens sentadas na areia. Quando voltamos pra casa todos que estavam sentados na mesa do café olharam para nós. Minha irmã deu a volta na mesa até onde Cintia estava sentada e deu um selinho em seus lábios sentando ao seu lado. Olhei para Paty e sorri, ela estava ao lado de Flávia e quando meus olhos se encontraram com os dela eu fechei a cara.

- Senta com a gente Ju – Paty disse. Puxei a cadeira e no mesmo instante Flávia se levantou.

- Onde vai? – Ana perguntou estranhando.

- Vou dar uma volta. – respondeu olhando para minha irmã.

- Você nem terminou de comer - Paty apontou o prato dela.

 

- Perdi a fome – respondeu passando os olhos dela por mim e saindo, deixando um clima estranho na mesa e meu coração magoado pela sua sinceridade extrema. Eu sabia que também não tinha agido corretamente atacando-a, mas será que minha presença era tão abominável a ponto dela perder o apetite? Eu era tão desagradável assim pra ela?

Fim do capítulo


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Comentários para 25 - Capítulo 25 – Repercussões:
rhina
rhina

Em: 26/06/2020

 

Foi muitas confusões.

Mágoas antigas ...outras novinhas.

Rhina

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Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 11/04/2016

Eita, quanta confusão! A Julia começou a acordar pra vida? Está caindo na real que o mundinho perfeito que ela acha que existe é tudo ilusão? Julia e Patrícia, as duas vivendo um conto de fadas que não existe! 


Resposta do autor em 12/04/2016:

Oi Ana...

Muita confusão pra pouca pessoa né kkkkkkkkk

Júlia já tinha seus receios né.... será que ta piorando? e até quando a morena vai suportar??

Bjos

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