Gisela viu aquele pequeno ser se jogar no colo da mulher ao seu lado. Regina o abraçava forte, pela primeira vez viu o olhar carinhoso que ela dava para o garoto, nem mesmo lembrava aquele olhar sarcátisco que ela sempre lhe dava.

- Oi meu querido que saudade!

- Você prometeu que não ia demorar mamãe. Reclamou o pequeno e Gisela se derreteu com aquela voz tão infantil.

- Me perdoe meu amor, mas você sabia que estava em uma missão muito importante.  Regina interagia com o filho esquecendo completamente da esposa ao seu lado que observava os dois maravilhada. Viu quando o menino abriu um largo sorriso e olhou finalmente para ela como se somente agora havia percebido a sua presença.

- É ela mamãe? Perguntou ele para Regina que também olhava para a mulher deixando-a ruborizada, por agora ser o centro das atenções de ambos.

- Sim querido. Respondeu simplesmente.

Ele fez força para descer do colo de Regina e ficou de frente a Gisela que acompanhava cada movimento dele com um grande sorriso.

- Oi.

Ela se abaixou ficando da mesma altura dele.

- Olá. Respondeu ela.

- Você então é a princesa que minha mãe foi resgatar dos homens malvados?

Gisela riu da inocência do pequeno.

- Acho que não sou bem uma princesa. Respondeu tímida.

- É sim. Afirmou ele. – Minha mãe não mente, ela disse que a princesa era muito bonita então só pode ser você.

A cada palavra Gisela se apaixonava ainda mais pela aquela pequena criatura.

- Então eu acho que sou sim uma princesa, mas e você? Não sei qual seu nome ainda.

- Meu nome é Henry Millis. Ele fez uma referencia como se fosse um cavalheiro.

Gisela se levantou e também com uma referencia de princesa se apresentou.

- Meu nome é Gisela Vieira, e estou encantada em conhecê-lo.

Henry deu um grande sorriso e olhou para a mãe.

- Ela realmente é uma princesa mamãe, ela falava enquanto pulava entusiasmado arrancando um sorriso das duas mulheres. Gisela olhou para Regina e sentiu seu coração disparar ao ver pela primeira vez o sorriso dela. Seus olhares se encontraram e nenhuma das duas desviou os olhos.

- Vem quero te mostrar meu quarto. Henry puxava a mão da Gisela quebrando o contato das duas.

- Não Henry. Falou Regina.- Hoje foi um dia muito cansativo e tenho certeza que ela quer tomar um banho e descansar. Falava sem tirar os olhos de sua mulher .

- Ah mãe! Henry choramingou.- Vai ser rapidinho. Pediu ele juntando as duas mãozinhas.

- Por mim não tem problema, adoraria conhecer. Falou Gisela pela primeira vez diretamente com Regina.

Regina analisava bem aonde aquela mulher queria chegar com aquilo, não queria expor seu filho ainda era cedo, mas tudo foi muito rápido e nem mesmo teve tempo de prepara-lo para chegada tão repentina dela. Inventara aquela historia de princesa para acalmar a ansiedade dele que era tanto ou maior que a sua.

- Tudo bem. Disse se aproximando dos dois.

Gisela prendeu a respiração sem mesmo notar, com a proximidade da morena.

- Irei resolver uns problemas, mas à noite estarei de volta. Falou se dirigindo ao Henry.- Quanto a você minha querida esposa me espere acordada em nosso quarto, pois daremos inicio a nossa lua de mel, estou ansiosa para isso.- Dito isso Regina saiu de perto deles indo para saída.

Gisela estava estática, finalmente soltou o ar que estava preso em seu pulmão, sentia todo seu corpo arrepiar em pensar no que a esperava naquele quarto. Ainda tinha esperança que talvez ela não quisesse contato físico, ledo engano. Mas o que mais incomodava Gisela era que estava sim com medo, no entanto ansiosa para ter ela novamente perto de si.

- Vamos! Pediu Henry puxando ela pela mão em direção a escada que dava acesso aos quartos. - Venha vou lhe mostrar tudo. Falou ele entusiasmado. - Esse é o meu quarto.

Gisela ficou maravilhada. O quarto realmente parecia com os de castelo de conto de fada, mas com um toque muito infantil.

- Nossa que lindo Henry.

- Minha mãe que fez tudo. Falou ele orgulhoso.

- Perfeito!

- Sim depois poderemos brincar.

- Não agora Henry ela precisa descansar. Gisela viu uma senhora de idade entrar pelo quarto do menino.

Ficou apreensiva quando a mulher estendeu a mão e se apresentou.

- Olá querida, sou Corina Millis mãe de Regina.

Gisela olhou para senhora.

- Oi muito prazer Senhora. Respondeu apertando a mão da senhora.

- Oras nada de senhoras aqui somos uma família agora. A mulher riu, Gisela se sentiu a vontade com ela.

- Por mim tudo bem.

- Ótimo, agora venha comigo, vou mostrar o quarto de vocês- Falou a mulher se encaminhando para a saída- E você pequeno príncipe, vá tomar banho que daqui a pouco servirei o jantar.

- Tudo bem vovó. Henry falou triste.

- Ei. - Gisela se abaixou diante do menino. – Teremos muito tempo ainda para brincarmos, não se preocupe.

- Você promete? Pediu ele

- Sim eu prometo.

- De dedinho?

-Dedinho?

- É como minha mãe faz, quando ela promete de dedinho ela sempre cumpre.

- Nunca fiz promessa de dedinho. Gisela ria gostoso

-É assim. Ele pegou a mão dela e com o seu dedinho muito pequeno entrelaçou no dedinho dela e balançou. – Ai você jura.

- Então eu juro. Ela falou e recebeu um abraço inesperado que ela retribuiu emocionada, já estava completamente apaixonada por ele. Não sabia explicar, mas tudo fazia sentido na vida ao tê-lo nos braços. E iria sim ama-lo como seu. Seria um prêmio por toda dor que sentia.

Corina assistia tudo também emocionada, tinha medo que a escolha da filha, fosse errada, no entanto via que aquela mulher era boa. Não importava o que ela tinha feito a sua filha no passado, Regina tinha que esquecer o passado e aproveitar o futuro ao lado da esposa e do filho e esquecer definitivamente essa historia de vingança.

Gisela acompanhou a mulher mais velha pelo corredor ate ela parar enfrente a uma porta. E a viu abrir e entrou sendo seguida por ela. Tudo ali era de bom gosto, o quarto era aconchegante e de luxo, com enorme cama de casal no meio.

- Esse quarto e de Regina que agora também será seu. Informou Corina andando pelo quarto. - O banheiro é logo ali, tomei a liberdade de preparar um banho na banheira sei que deve estar louca para relaxar.

- Obrigada Corina. Gisela sorriu simpática. – Realmente estou louca por um banho.

- Pois então vá querida e novamente seja bem vinda.

- Obrigada.

A mulher lhe deu um ultimo sorriso e se encaminhou para porta, parando com a mão na maçaneta e voltando para olhar para Gisela que ainda permanecia no mesmo lugar.

- A proposito Regina deixou uma caixa pra você, esta em cima da cama. Sorriu e se retirou.

Gisela andou ate ao local indicado pela mulher e viu uma caixa com tampa e encima da mesma um bilhete.

“Por noites imaginei você em um desses, hoje posso começar a realizar minhas imaginações.

Quero que use pra mim essa noite.

                                          Sua Mulher

                                                                     Regina Millis”

Gisela se arrepiou ao ler o pequeno bilhete. Abriu a tampa e tirou de lá uma camisola curta mais muito sexy vermelha. Corou violentamente. Não usaria aquilo, não que fosse casta, mas não cederia aos caprichos de Regina Millis

Fim do capítulo