“Na sincronia entre coincidência e destino, cá estou eu à espera de que esse amor não seja simplesmente um acaso.” (Leo Cruz) 

            Após o aniversário de Valentina as coisas pareciam melhorar com Patrícia e nós pelo menos passamos a nos tratar mais simpaticamente. Não era como dizer que éramos amigas mais já era possível manter uma conversa sem que eu precisasse sair correndo da sala em busca de ar. Ainda me doía vê-las juntas, é claro, eu a amava, mais estava aprendendo a lidar com aquilo. Eu havia me encontrado com Patrícia e Júlia  algumas vezes, mais sempre que isso acontecia eu me focava apenas em passar o máximo de tempo ao lado do meu pequeno furacãozinho. Valentina carregava Dolly pra todo canto que ia, exceto pra escola por que não era permitido. O mês de janeiro terminou bem. Júlia e eu nos reaproximávamos mais com o decorrer do tempo.

            - Alô – atendi meu celular que tocava insistentemente.

            - Ana. Sou eu...

            - Eu sei que é você pocahontas! Manda!

            - Você sabe que qualquer dia eu ainda te esgano por me chamar assim né? Deixa pra lá. Escuta tem planos pro carnaval?

            - Nada ainda e você?

            - Agora já tem. Lembra da Maressa? A loira que estava na Yatch aquele dia?

            - Sim.

            - Então a namorada dela tem uma casa em Riviera de São Lourenço e ela convidou a gente pra ir passar o carnaval com elas. Não serão muitas pessoas, apenas nós e umas amigas da namorada dela.

            - Será que posso convidar alguém?

            - Humm – riu com deboche – esse alguém seria a cachinhos castanhos – referiu-se a Cintia e eu sorri.

            - Sim.

            - Acho que não tem problema. Vamos mais pra descansar mesmo e pegar um bronzeado na praia.

            - Fechou então! Depois me avisa o dia e o horário em que vamos descer pra eu poder marcar com a Cintia ok. Você pega gente aqui? Ainda não escolhi um carro pra mim.

            - Pego sim. – ela desligou e na sequência eu liguei para Cintia. Depois da nossa noite juntas nós saímos outra vez. Ela era uma pessoa muito legal. Tinha a minha idade e estava cursando Comércio Internacional, gostava de sair bastante, era fã de mpb e samba, gostava de ir ao teatro e ao cinema e era muito divertida. Assim que ela atendeu expliquei a ela sobre os nossos planos e a convidei para me acompanhar. Ela aceitou e eu disse que retornaria avisando a data e hora em que ela deveria estar em minha casa.

            No dia e hora marcados ela estava em minha porta. Ela mantinha um sorriso no rosto quando eu abri a porta para ela. Entrou em minha casa me dando um selinho nos lábios. Eu estava disposta a seguir o conselho de Flávia e investir nela e talvez passar uns dias ao seu lado pudessem ajudar muito. Flávia nos buscou na hora marcada e descemos para a praia ouvindo musica e rindo muito. Minha amiga passou toda viagem implicando comigo, fazendo brincadeirinhas sobre Cintia e eu. Cintia apenas sorria e parecia não se importar nem um pouco, nem mesmo ficar constrangida com aquilo. Assim que chegamos em Riviera, Flávia passou nossos nomes ao porteiro do condomínio. A casa de Carla, namorada de Maressa, ficava num condomínio fechado com uma área restrita da praia, de acesso permitido apenas aos moradores. Era  enorme, linda e muito luxuosa. Um sobrado magnifico onde na parte de cima ficavam os quartos, em baixo duas salas enormes, uma cozinha espetacular e um salão de jogos. Do lado de fora uma piscina imensa com vista para a praia.

            - Olá meninas – Maressa cumprimentou-nos aos nos receber. – Essa é a Carla minha namorada – apresentou-nos. Ela era linda. Alta e loira como Maressa, cabelos lisos e olhos esverdeados. Juntas elas faziam um casal de dar inveja.

            - Olá – ela disse – Sejam bem vindas.

            - Oi – respondemos – Obrigada por nos convidar – Flávia disse.

            - É sempre um prazer receber as amigas da Má em minha casa.

            - Eu não disse que ela era linda – Maressa falou olhando encantada para Carla.

            - Linda é você meu amor – Carla respondeu. – Vamos lá pros fundos? Meu  irmão e minha cunhada já estão aqui com o Cadú.

            - Ainda vai vir mais alguém amor? – Maressa perguntou.

            - Sim. Ainda falta chegar uma amiga minha. Ela tem uma filhinha da idade do Cadu e acho que eles se darão muito bem.  Seguimos até a área da piscina. O sol estava fraquinho pois ainda era bem cedo. Assim que entramos avistamos um rapaz moreno, alto e de porte musculoso acompanhado de uma mulata lindíssima. Ele brincava com um garotinho um pouco maior do que Valentina era.

            - Luís – chamou-o e ele olhou-nos. – Essas são minhas amigas Flávia, Ana Cecília e Cintia. – Ele nos cumprimentou com um menear de cabeça e um sorriso largo - Este é meu irmão Luís Gustavo, minha cunhada Isabela e meu sobrinho lindo Carlos Eduardo. – Feitas as apresentações ela nos encaminhou ate o andar de cima, mostrando-nos onde poderíamos nos acomodar e trocar de roupa para tomar banho de piscina. Depois de prontas descemos para encontrá-las. Maressa e Carla já estavam na agua e seguimos para junto delas. Ficamos um bom tempo jogando conversa e aproveitando a agua. Eu me mantinha escorada na beirada da piscina e Cintia permanecia em frente a mim, minhas mãos envolvendo seu corpo. Elas eram muito divertidas. Carla era empresaria e tinha negócios em vários ramos do mercado, desde a área de saúde até a de tecnologia, sua família era dona de muitos bens e apesar de ter muito dinheiro ela não era aparentava ser arrogante ou mesquinha.

            - Carla – ouvimos a voz de sua cunhada chama-la.

            - Oi Isa.

            - Sua amiga chegou. Já liberei a entrada dela.

            - Eu já volto meninas – disse dando um selinho em Maressa e saindo da água.

            - Onde estão a Cátia e a Adriana – Flavia perguntou a Maressa.

            - Foram por Rio gata... elas desfilam pela Mangueira todo ano.

            - Maressa, o irmão da Carla e a cunhada dela não se importam que fiquemos assim juntas? – referi-me ao fato de estar abraçada com Cintia.

            - Não imagina... o Lú é super de boa e a Isa então nem se fala. Ele foi o primeiro a apoiar a Carla quando ela se assumiu pra sua família. - Carla demorou algum tempo para retornar. Provavelmente deveria estar acomodando sua amiga em um dos quartos. Algum tempo depois, quando ela finalmente voltou, eu senti meu coração parar de bater, literalmente.

            - Voltei – disse. Patricia caminhava de um lado dela e Júlia vinha do outro, carregando Valentina no colo. Eu não conseguia respirar ao vê-las se aproximarem de nós. Flávia encostou-se ao eu lado me cutucando por baixo da agua. Olhei-a não acreditando que aquilo estava mesmo acontecendo. 

            - Não ouse sair daqui – ela disse baixinho. Cintia permanecia em meus braços, indiferente a ironia da situação que se instalava.

            - Essa é a Patricia e está é Júlia sua namorada. E esta pequena é a Valentina – apresentou-as.

            - Já nos conhecemos – Flávia pronunciou. – Oi Jú... Paty.

            - Mesmo? De onde? – perguntou Maressa.

            - Somos irmãs – eu disse indicando entre Júlia e eu - Oi.

            - Oi Aninha. Que mundo pequeno. – Júlia sorriu. Patrícia manteve-se calada apenas movendo a cabeça num cumprimento singelo.

            - Oi minha princesinha – disse para Valentina. Ela estava quieta e tinha os  olhos e o rosto vermelho, parecia triste.

            - Oi tia Ana – respondeu com a vozinha baixa.

            - Ela ta bem? – perguntei preocupada – fiz menção de mover-me até ela quando senti Flávia segurar meu braço por baixo d´agua. Mantive-me ali.

            - Está chateada por que deixamos a Dolly num hotel para cães em São Paulo. – Júlia disse.

            - Vocês poderiam ter trazido ela – disse Carla. – Tem muito espaço aqui.

            - Não queríamos dar trabalho pra você Carla. São só alguns dias. Logo elas estarão brincando juntas novamente. – Patricia respondeu.

            - Querem entrar na piscina? – ela perguntou. Elas disseram que iriam depois, quando o sol baixasse mais. Carla levou-as até onde estava seu irmão e sua cunhada. Apresentou-as e elas permaneceram sentadas junto deles. Valentina logo se aproximou do Cadu e eu os olhava brincar juntos.

            - Vou ao banheiro – Cintia disse me dando um selinho e eu correspondi. Na mesa, Júlia me olhava sorrindo enquanto Paticia mantinha uma expressão inerte, como se nem estivesse ali. Cintia saiu da agua e eu a vi distanciar-se, seguindo-a com meus olhos.

            - Isso é uma brincadeira né! – disse para Flávia que ainda estava ao meu lado.

            - Não – respondeu com os olhos voltados para Júlia. Sua expressão tinha mudado.

            - Flá... posso te perguntar uma coisa? – ela olhou-me como se soubesse o que eu diria.

            - Não... não pode me perguntar isso! – mergulhou a cabeça na agua e nadou em direção a saída da piscina.

            - Eu hein... eu só ia perguntar se ela também achava que a vida tava tirando onda com a minha cara – falei sozinha e Maressa que estava perto aproximou-se mais.

            - Desculpa me intrometer mas... é impressão minha ou rolou um clima estranho entre vocês aqui?

            - Não é impressão sua... é uma história longa e complicada. – respondi e ela arqueou as sobrancelhas.

            - Bom vamos tentar nos divertir né? Afinal é carnaval. – ela sorriu e eu concordei. Cintia voltou alguns minutos depois. Ela abraçou-me encaixando seu queixo em meu pescoço e permaneceu assim. Eu fiz o mesmo, evitando olhar em direção onde minha irmã e Patrícia  estavam. Elas saíram algum tempo depois e me senti aliviada. Quando deu meio dia resolvemos sair para almoçar em um restaurante. O almoço correu tranquilo, agradável até. Valentina já estava mais alegre e se divertia ao lado do novo amiguinho. Na hora de voltarmos, eles seguiam em nossa frente, de mãozinhas dadas, a coisa mais linda do mundo. Patrícia e minha irmã subiram para o quarto enquanto Valentina quis ficar comigo. Eu permaneci sentada nos banquinhos que tinham próximo da piscina, olhando Valentina e Cadu brincarem. Flávia e Cintia estavam comigo. Por volta das 16:00 da tarde, resolvemos descer até a praia. Pedi a Flávia para ficar de olho em Valentina enquanto eu pediria permissão da Paty para leva-la comigo. Após me informar qual era o quarto delas, bati na porta do quarto e foi a própria Patricia quem a abriu.

            - Oi – eu disse – Desculpa atrapalhar é que a gente vai descer pra praia e eu queria saber se posso levar a Vavá comigo? Eu vou cuidar bem dela.

            - Claro, pode sim. Só não se esqueça de passar bastante protetor solar nela.

            - Eu vou me lembrar. – virei de costas e comecei a sair quando ela me chamou.

            - Cecília!

            - Sim... – virei-me e ela permaneceu em silencio.

            - Nada não... divirtam-se! – sorriu.

            - Vocês também – me referi a ela e Júlia e ela sorriu envergonhada fechando a porta em seguida. Desci as escadas e chamei as meninas. Levei Valentina no colo até chegarmos na areia. Colocamos alguns guarda-sóis e nos sentamos sobre as cangas. Valentina  sentou-se na areia mesmo e eu a acompanhei. Arrumei uma garrafinha e fui até a beira do mar enche-la de agua. Fizemos uma melequeira só e passamos muito tempo construindo nosso enorme castelo de areia.

            - Tive uma ideia – disse para ela. – Me ajuda a cavar um buraco aqui – disse puxando areia com minhas mãos. Fizemos um buraco bem comprido. – Fláaaa – chamei-a. Ela saiu debaixo do guarda-sol e veio até nós. – Quando ela chega aqui você pede pra ela deita no buraco tá – disse baixinho. Ela balançou a cabecinha.

            - Tia Fávia... deita aqui dentro pa eu entela você? – pediu olhando e Flávia me encarou.

            - Isso é coisa sua né?

            - Eu? Eu não tive nada a ver com isso – dei um pequeno risinho. Ela deitou-se deixando apenas a cabeça pra fora. Valentina e eu começamos e cobri-la com areia. Ficou muito legal vê-la ali coberta de areia. Assim que terminamos peguei Valentina no colo e seguimos em direção a agua.

            - Ei onde vocês vão?

            - Vamos nadar – respondi.

            - Eu vou matar você Ana – gritou mas nós já estávamos entrando na agua. – Cintia me ajuda aqui – ela se aproximou gargalhando.

- Qual de vocês duas é mais criança?

- Você ainda pergunta. – ela retirou a areia e quando finalmente saiu seguiu ate onde estávamos. A agua estava ótima e Vavá e eu nos divertíamos muito. Flávia se juntou a nós e entrou na brincadeira.

- Tia Fávia a tia Ana disse que você palecia o Geleca. – Valentina ria demais.

- Quem é esse? – ela perguntou.

- É aquele mostrinho de lama dorminhoco do filme dos trapalhões com a Angélica. – eu respondi.

- Nossa da onde você desenterrou isso Ana...

- Da minha infância ué...

- E como a Vavá conhece isso?

- Provavelmente pela Júlia... ela assistia alguns filmes comigo as vezes.

- Por falar em Júlia... você ta bem? – ela perguntou cautelosa. Cintia estava deitada de costas se bronzeando, o que nos dava liberdade para conversar.

- Ainda estou tentando entender como isso foi acontecer... é muita coincidência que a Carla seja chefe e amiga da Patricia.

- Loucura né.  – concordei balançando a cabeça. – Isso é o que chamo de uma verdadeira sincronia da vida -  Valentina estava perto de nós pulando ondinhas. Ela se divertia sozinha. Olhei-a encantada.

- Quem diria que alguém tão pequeno fosse tirar toda sua atenção um dia! – Flávia disse olhando-me e sorri conformada. Eu me amarrava naquela garotinha de um jeito louco. Algo inexplicável pra tão pouco tempo de convivência.

- Eu já amo essa menina – confessei. Sai do lado dela e segui até Valentina pegando-a e jogando-a para o alto, e novamente segurando-a. Ela dava uns gritinhos cada vez que seu corpinho subia e depois gargalhava. Coloquei-a no colo e ela abraçou-se a mim, sua cabeça apoiou-se em meu ombro enquanto caminhei com ela mais pro fundo da agua. O mar estava tranquilo ali.

- Tamo no fundo? – ela perguntou.

- Sim aqui é bem fundo pra você.

- Não me solta tia Ana – agarrou-se mais apertado.

- Nunca minha princesinha. – fechei meus olhos agradecendo a oportunidade de estar ali com ela – Nunca vou soltar você. - Vavá e eu voltamos para a areia. Ainda brincamos por mais algum tempo até que estava escuro demais para continuar ali. Voltamos para a casa e encontramos Carla e Maressa sentadas em volta da piscina trocando carinhos.

- Se divertiram?

- Muitão – Valentina falou. – Eu fui la no fundo.

- Ual! – Carla disse.

- O que acham de pedirmos uma pizza pro jantar? – Maressa deu a ideia.

- Eu adolo pizza! – disse passando a mão sobre a barriguinha nos fazendo rir.

- Vamos tomar banho então. A senhorita ta cheia de areia. – falei levando-a. Assim que bati na porta do quarto novamente Júlia abriu a porta. Ela tinha uma expressão cansada, como se tivesse acabado de acordar.

- Oi Jú.

- Oi – respondeu.- Oi meu amor – disse para a pequena - Onde vocês estavam?

- Na plaia – Valentina respondeu.

- Nós resolvemos pedir umas pizzas pro jantar e eu a trouxe para tomar um banho antes. – coloquei-a no chão e ela entrou no quarto.

- Deixa que eu dou banho nela. Patricia ainda esta dormindo. – era estranho ouvir minha irmã falar que minha ex namorada estava dormindo na mesma cama que ela.  

- Vocês tem preferencia de algum sabor? Pras pizzas?

- Se tiver frango com catupiry tá ótimo. Valentina gosta de mussarela.

- Eu vou avisar as meninas então. Esperamos vocês lá em baixo.

- Tudo bem. Daqui a pouco descemos.

Segui até meu quarto com meu coração na mão e me joguei debaixo do chuveiro. Tirei toda aquela areia e lavei meus cabelos retirando a agua salgada deles. Vesti uma saia jeans e uma blusinha regata preta. Vesti chinelos mesmo, a noite estava quente. Assim que desci Cinta subiu para banhar-se também. Ela desceu algum tempo depois acompanhada de Valentina, patrícia e minha irmã. Patrícia estava linda. Usava um vestido florido de alcinhas e uma rasteirinha, simples e bela. Os cabelos presos num coque com algumas pontas soltas. Assim que as pizzas chegaram nos reunimos para comer. Valentina já bocejava de sono e Julia ofereceu-se para coloca-la na cama. Ela deu tchau a todos e subiu no colo de minha  irmã. Isabela fez o mesmo com o pequeno Cadú, sendo acompanhada por seu marido.

- Que acham de uma roda de violão – Maressa propôs. – Carla toca muito bem.

- Seria ótimo – Cintia disse.

- Otimo eu pego o violão enquanto vocês descem lá pra praia. Amor você faz a fogueira pra gente? – disse para Carla.

- Coloco fogo até no mundo se você me pedir – ela respondeu dengosa e todas nós zoamos daquela ceninha tão fofa. Cinta e eu desciamos na frente, de mãos dadas, conversando atrás de nós vinha Flávia e Patricia e Carla vinha por ultimo. Ela tinha ido até uma parte da casa onde pegou uma porção de gravetos de arvore. Juntou tudo e voltou até a casa trazendo um vidro de álcool e uma caixa de fósforos. Molhou bem os gravetos com o liquido e em seguida ateou fogo. Me sentei na areia e Cintia sentou-se em minha frente, apoiando a cabeça em meu peito, Flávia sentou-se ao meu lado direito Carla e Patricia sentaram-se de frente para nós. Logo Maressa chegou com o violão e minha irmã junto dela, entregou o instrumento a Carla e sentou-se ao seu lado.

- Ela dormiu? – Patricia perguntou.

- Praticamente apagou – deu um selinho nela e sentou-se entre as pernas dela. Patricia abraçou-a. Desviei meus olhos delas e pousei minha boca no pescoço de Cintia, dando-lhe um beijo leve. Permaneci assim algum tempo antes de voltar a encara-las. Aquela seria uma longa roda de musica.

Fim do capítulo