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Palavras ao Mar por Dy Elbe

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Palavras: 3517
Acessos: 2013   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 5

Capítulo 13: Despertar

 

 

 

Minha rotina havia mudado por completo. Acordar cedo, desejar bom dia para a Lívia, acordar o Lucas, levá-lo a escola. Depois era tentar chegar mais cedo em casa, então levava os meninos para brincar na praia, ou num parque, ou jogávamos alguma coisa, mas era sempre divertido.

 

Antes da brincadeira ainda tinha que conferir os deveres do Lucas que, como sempre, totalmente independente, fazia tudo sozinho e ainda acertava tudo. Elegi essa como uma preocupação secundária, já que ele se mostrava bem inteligente. Estava mais preocupada em fazer com que ele se sentisse bem e feliz. Havia noites em que passávamos horas desenhando, os desenhos dele bem melhores que os meus, depois “mostrávamos” tudo para Lívia e eu ia descrevendo tudo que desenhávamos.

 

Eu conversava com ela todos os dias, geralmente contava sobre coisas que eu e o Lucas fazíamos, nossas brincadeiras, os filmes que assistíamos e da falta que ela fazia ao irmão que, às vezes, ficava triste do nada.

 

Já haviam se passado cinco dias desde que os havia encontrado. A Lívia continuava submersa em seu sono e naquele dia, além de chegar no meio da tarde eu trouxe um brinquedo diferente para o Lucas. Infelizmente a Neide não pode ficar, porque tinha que levar o filho no médico. Enquanto eu tirava a farda de advogada o Lucas olhava para a pipa com certa curiosidade.

 

- Você nunca teve uma dessas? – perguntei enquanto colocava uma bermuda.

 

Ele balançou a cabeça no sentido negativo.

 

- Puxa vida! Pois você não sabe o que está perdendo. Eu e o meu pai fazíamos muito isso. Ele me levava até um campo que tinha perto de nossa casa e passávamos horas lá, era tão divertido! – falei com certa nostalgia.

 

Ele olhou para irmã e eu podia imaginar as coisas que passavam pela cabeça dele, eu mesma me perguntava por quanto tempo mais ela continuaria inconsciente, pois mesmo com toda atenção que eu dava ao Lucas ele sentia muita falta dela.

 

- Ela vai acordar logo, você vai ver.

 

Ele foi lá fazer um carinho na irmã e depois beijou-a no rosto e tive a impressão de ouvi-lo falar algo, mas foi tão rápido que nem pude distinguir o que ele falou e se falou, de fato. Depois saiu correndo para a sala.

 

A Lívia estava mais bonita aquele dia, parecia menos pálida que de costume. Peguei uma das suas mãos entre as minhas e lembrei do que havia pensado quando as toquei a primeira vez e falei em voz alta:

 

- As mãos mais macias que já toquei. – fiz um carinho leve com meus dedos e disse cansada: - Não importa o que eu faça, o Lucas sempre vai precisar de você. Nós precisamos de você.

 

O Lucas apareceu na porta e logo perguntei animada:

 

- Vamos ver se colocamos isso pra voar?!?

 

 

 

**********

 

 

 

Antes de abrir os olhos tudo que podia sentir era uma sede terrível. O ambiente tinha um cheiro bom e como ainda não tinha sentido aquele cheiro logo me perguntei onde estava, assustando-me com a possibilidade de estar longe do Lucas ou... Morta. Esse pensamento fez com que eu abrisse os olhos imediatamente, fazendo com que a claridade do quarto os invadisse em cheio causando uma sensação incômoda de ardência.

 

Aos poucos meus olhos foram se acostumando com a claridade e pude distinguir um bonito quarto. Percebi que estava ligada a uma máquina que mede batimentos cardíacos e fiquei me perguntando o que havia acontecido comigo. E outra vez o medo de ter acontecido algo com o Lucas me pôs sentada tão rápido que minhas costelas reclamaram, isso queria dizer que eu estava deitada há muito tempo.

 

Retirei os fios que me ligavam a máquina e com cuidado passei a movimentar meus membros inferiores e superiores, precisava levantar e saber onde estava, saber do Lucas. Quando me senti pronta levantei e caminhei ao que imaginei ser o banheiro. A minha aparência estava terrível, aproveitei e molhei o rosto, além de beber água direto da torneira mesmo, pois estava com muita sede.

 

Com exceção de uma toalha jogada por cima da pia aquele banheiro estava na mais perfeita ordem. Imaginei se tratar de banheiro de mulher pela quantidade de cremes, hidrantes e todas essas coisas. Mas onde estava afinal? E o Lucas?

 

Voltei para o quarto e fui até janela. Seja lá onde eu estivesse era perto da praia. Uma cena não muito longe dali me chamou a atenção: uma mulher e um menino tentavam avidamente fazer uma pipa alçar vôo. Ela lhe passava algumas instruções e o menino parecia meio atrapalhado com um simples barbante e mesmo de longe eu podia reconhecer, aquele era o Lucas. A mulher, então, chegou mais perto dele e não pude evitar sentir medo que ela fosse impaciente o suficiente para começar a gritar com ele e talvez... Não tive tempo de terminar aquele mau pensamento, ela se abaixou para ficar na altura do Lucas e depois falando bem devagar e com uma infinidade de gesto lhe explicou algo. Ele balançou a cabeça em concordância e ela, então o abraçou. Depois saiu correndo com a pipa na mão e lhe gritou algo animadamente, que não consegui ouvir daquela distância. Ele então fez um sinal de positivo e ela soltou a pipa. O Lucas fez uns movimentos rápidos com as mãos e a pipa começou a pegar altura. A mulher saltitava feliz enquanto passava outras instruções ao Lucas enquanto a pipa voava mais alto. Uma lágrima desceu pelo meu rosto me trazendo uma estranha certeza: o Lucas estava bem, seja lá onde estivéssemos. Aquela tinha sido a cena mais linda que já havia visto.

 

Aproveitei que o Lucas estava por perto e fui tomar um longo banho. Aos poucos fui me lembrando de tudo. De vir para praia depois do que havia acontecido, depois eu só lembrava de vozes. Aquela devia ser a Julia, sim, ela falava comigo todos os dias, me contava sobre o Lucas, sobre seu trabalho, às vezes ela só cantava, bem baixinho. Aquilo me fez sorrir, porque ela era bem desafinada.

 

Depois que terminei o banho estava imaginando que roupa iria vestir, quando ouço barulho na porta da frente, corri para lá achando que podia ser o Lucas e a tal Júlia.

 

- Lívia! – gritou o Lucas correndo em minha direção.

- Foi bem instruído a não falar com estranhos. – falou a Julia bem baixinho com cara de assustada.

 

Ela continuava parada na entrada da casa e não perdia um gesto meu ou do Lucas. Esse estava todo sujo de terra, mas assim mesmo o carreguei no colo e enchi de abraços. Ele parecia mais corado e até mais forte.

 

- Como você tá lindo.

- Sou o mesmo de sempre.- respondeu animado!

- Não mesmo, está mais... Cheinho.

 

Ele caiu na gargalhada antes de dizer:

- Culpa da Julia. – disse apontando para a outra que ainda não havia movido um músculo desde que entrou em casa.

- Oh. – coloquei o Lucas no chão e olhei para a Júlia, sem jeito.

 

Nós duas não sabíamos o que fazer, ao mesmo tempo em que ela me era uma completa estranha, era também quem havia cuidado de mim e do meu irmão por... Quantos dias eu estava dormindo mesmo?

 

- Ah Lívia você precisava ter me visto empinando pipa. Foi tão legal, eu achei que não ia conseguir, mas a Julia me explicou tudo e vup! Voou, voou – dizia o Lucas animado.

 

Confesso que já estava começando a me incomodar com o olhar da outra, era algo diferente de qualquer coisa que eu já havia visto, parecia que ela estava mergulhando mim, aquele pensamento fez com que eu desviasse o olhar imediatamente e com um pouco de dificuldade falasse para o Lucas:

- O que acha de tomar um banho e depois vir arrumar toda essa bagunça aqui?

- Eu não ia deixar bagunçado, mas a Julia disse que não tinha problema. – disse ele baixinho.

- Bom, se ela diz que não tem problema, tudo bem, mas mesmo assim não podemos deixar bagunçado, eu ajudo você.

- Mas você está doente, não está? – ele perguntou preocupado.

- Não, só a minha cabeça que está doendo um pouco e o meu corpo que está um pouco dolorido, mas já vai passar.

- Mas você não deve fazer esforço. Não é Julia? – ele perguntou para a morena, que apenas balançou a cabeça em sentido afirmativo.

- Vai tomar banho enquanto eu converso com a Julia, por favor. – pedi.

- Estou feliz que você tenha acordado. – ele disse antes de correr para... Acho que para o banheiro.

 

Agora éramos nós duas. Então ela falou como se despertasse:

- É sério isso que o Lucas falou. Você não pode fazer esforço, está mesmo se sentindo bem? – ela falou tão rápido que tive dificuldade em entender. - Porque você não parece bem. – ela continuou chegando mais perto de mim e naquele mesmo instante comecei a me sentir tonta.

- Eu... – ela agora estava bem próxima de mim, com uma expressão preocupada no rosto e nos olhos azuis e... que olhos eram aqueles?! Parecia que eles iriam me sugar a qualquer momento.

- Você realmente não parece bem. – ela falou ainda mais preocupada.

 

Antes de perder a consciência tudo que consegui sentir foi ela me segurando.

 

********

 

 

 

O Lucas estava meio atrapalhado com a linha e com os movimentos, então mais uma vez expliquei a ele como fazer. Queria que ele fizesse sozinho, queria mostrar a ele que ele podia fazer o que quisesse. Então ele fez uma expressão determinada e enfim conseguimos colocar a pipa para voar. Ficamos na praia até perto do anoitecer e o Lucas estava tão sorridente e agitado que pensei que ele fosse falar a qualquer momento. Quando já estávamos no prédio não pude evitar pensar no meu pai, sempre era uma festa quando fazíamos algo juntos, mas isso foi há muito tempo. Onde será que ele estaria agora?

 

Antes de abrir a porta do apartamento o Lucas fez uma cara meio interrogativa, acho que percebeu que fiquei triste do nada, mas antes que pudesse explicar qualquer coisa o ouvi gritar:

- Lívia!

 

E qual não foi a minha surpresa de ver a irmã dele no meio da minha sala de pé e... Linda?!

 

- Foi bem instruído a não falar com estranhos. – falei mais para mim mesma, me referindo ao fato dele falar perfeitamente.

 

Parei onde estava e passei a observar os dois, o Lucas parecia mais feliz do que eu já havia visto, mas também não era para menos, era visível o carinho com que os dois irmãos se tratavam. Ela o pegou no colo e o abraçava sem parar, no que era correspondida com a mesma intensidade. Eu não prestava muita atenção ao que eles conversavam até ouvir meu nome:

- Culpa da Julia! – e o Lucas apontava para mim.

 

O menino nos lembrou da situação incômoda que seria dali por diante, afinal eu podia conhecer o Lucas, a Neide, os amigos de trabalho da Lívia, mas ela e eu ainda continuávamos estranhas uma a outra. Estranha ou não eu não pude evitar me deter em seus olhos, eu já havia visto aqueles olhos antes. Claros, transparentes, penetrantes, claro! No parque! Eu jamais poderia esquecer os olhos que atormentaram meu já perturbado sono, por noites e noites.

 

Eu só não me lembrava que a dona daqueles olhos era tão linda e agora, com os cabelos molhados, e ainda de toalha. Magnífica.

 

Outra vez o Lucas chamou minha atenção, só que dessa vez eu havia prestado um pouco mais de atenção, ele falava da saúde da irmã e eu balancei a cabeça em sentido afirmativo quase que no automático. Enquanto ela convencia o Lucas a ir para o banho eu me preparava para explicar a ela tudo que se passou até ali. Eu fiquei nervosa, apreensiva, preocupada, sem jeito e mais uma infinidade de adjetivos que serviriam para qualificar aquela situação no mínimo inusitada, mas eu precisava me recompor, então falei a primeira coisa que me veio a cabeça:

- É sério isso que o Lucas falou. Você não pode fazer esforço, está mesmo se sentindo bem? – falei de uma vez só, quase engasgando.

 

Ela fez uma expressão confusa, que não sei como, a deixou ainda mais perfeita. Mas de repente toda a cor pareceu desaparecer do seu rosto, o que fez com que eu instintivamente me aproximasse mais dela.

 

- Porque você não parece bem. – falei realmente preocupada.

 

Ela tentou falar algo e percebi que ela já estava suando e seu corpo começava a dar mostras de que não se sustentaria por mais muito tempo.

 

- Você realmente não parece bem. – falei quase em desespero, já bem perto dela.

 

Perto o suficiente para ampará-la quando ela simplesmente desabou nos meus braços. Ela desmaiou e eu precisava tirá-la dali antes que o Lucas a visse e ficasse assustado. Então com uma agilidade que nem eu acreditei coloquei-a em meus braços e a levei até o quarto. Depois passei a ligar para todas as pessoas que achei que pudesse ajudar: a Neide, a Márcia, a Fernanda.

 

A Neide me disse que estava vindo para o meu apartamento. A Márcia, por sua vez, disse que não podia vir porque estava no meio do seu plantão, e que o médico que a atendeu estava no meio de uma cirurgia naquele momento, mas que assim que pudesse ele viria dar uma olhada na Lívia. A Fernanda apenas disse que eu esperasse e já pude imaginar a meia dúzia de mães que ela deixou na mão para estar no meu apartamento em menos de 20 minutos.

 

- Como você conseguiu chegar tão rápido? – perguntei abrindo a porta.

- Você parecia desesperada! – ela disse fazendo um gesto que seria engraçado, se não fosse o momento.

- Eu não sabia o que fazer, num minuto ela está bem e de pé, no minuto seguinte esta caída nos meus braços.

- Tão rápido! Você não perde tempo. – tentou brincar a loira.

- Muito engraçada, hora errada para brincadeirinhas.

- Tá, desculpe, mas acalme-se, parece que você vai ter um filho – a Luciana e seu eterno bom humor.

 

Antes que eu pudesse explodir o Lucas apareceu na sala, já de banho tomado e perguntou preocupado:

- O que aconteceu?

- Hey! – falei olhando para a Fernanda pedindo ajuda.

- Leva ele lá para fora e explica tudo, enquanto eu examino a bela adormecida. – ela falou entredentes enquanto me empurrava para fora do quarto.

- O que aconteceu, Julia? – insistiu o Lucas.

 

Reuni toda calma que eu não tinha naquele momento e levei o Lucas até o sofá e passei a explicar:

- Parece que a sua irmã desmaiou.

- Mas ela parecia tão bem. – ele falou triste.

- Pois é, a Luciana está vendo se descobre o que pode ter sido.

- Não quero que ela volte a dormir.

- Ah é!? Não quer mais saber de mim!? – tentei brincar.

- Não é isso. Seria legal ter vocês duas por perto.

- Mas você vai ter, logo, logo ela acorda.

- Eu estava pensando... Se ela acordar vamos ter que ir embora. – ele falou abaixando a cabeça.

- Ninguém disse isso, estou adorando a sua companhia e tenho certeza de que a Lívia também é muito legal, por mim vocês podem ficar.

- A Lívia não vai querer ficar, ela não gosta de dar trabalho.

- Então nós vamos ter que convencê-la!

- Mas você não pode dormir no sofá pra sempre. – ele observou!

 

Não tive como não rir.

 

- Mas eu gosto. – respondi ainda sorrindo.

- Você pode ficar no meu quarto, não me importo. Sempre dormi no mesmo quarto que a Lívia.

- Bom, vamos esperar sua irmã acordar e vemos todos esses detalhes, ok?

- Certo.

 

A Márcia e a Neide chegaram quase que ao mesmo tempo. A Neide ficou na sala comigo e com o Lucas, havia trazido seu filho também, e os dois ficaram distraídos brincando. A Márcia foi direto para o quarto, mas antes me informou que o médico já estava a caminho.

 

A Luciana e a Márcia já estavam examinando a Lívia há quase meia hora e nada de notícias.

 

- Você vai acabar furando o chão. – disse a Neide divertida.

- Oh. – só agora me dava conta de que ainda não havia parado quieta.

- O Lucas não tira os olhos de você, está muito agitada.

 

E estava mesmo, tinha medo de que ela tivesse piorado e ela não podia piorar agora que eu sabia que ela era a mulher do caderno, e a da praça e eu tinha certeza absoluta que tudo aquilo não era por acaso, embora não conseguisse pensar no porque daquilo tudo. A Lucina e a Márcia voltaram para a sala... Sorrindo!?

 

- Ela vai ficar bem. – falou a Luciana displicentemente.

- Vocês passam esse tempo todo lá para me dizer só isso?! – retruquei meio indignada.

- Bom, eu liguei para o doutor Vasconcelos e ele deu uma série de instruções a Luciana, para que ela realizasse alguns exames simples com a Lívia, então eles concluíram que ela está bem.

- Isso mesmo, não fique assim tão... – a Luciana não completou.

 

Eu já estava passando dos limites mesmo, não podia evitar ficar daquele jeito, mas estava na hora de dar um jeito naquilo; era fora de propósito eu estar tão descontrolada por alguém que de fato, acabei de conhecer.

 

- Ela só desmaiou, acho que estava fraca, podíamos induzi-la acordar, mas é melhor deixar que ela descanse. – continuou a Luciana.

- Certo, obrigada a todas vocês. Eu não sei o que faria sem vocês. – agradeci sinceramente.

- Podia começar nos oferecendo um jantar. – sugeriu a Luciana animada.

- Minha cozinha está a seu dispor.

- Não tem vergonha de não saber cozinhar!?

- Bom, sei fazer outras coisas. – disse piscando para ela.

- Comporte-se! Temos visitas. – disse ela ficando vermelha.

 

Achei estranho a Luciana com vergonha, sempre fazíamos aquelas brincadeiras, mas devia ser pelas crianças. Fui tomar um banho, pois ainda estava cheia de terra desde que fui para a praia com o Lucas, antes ainda dei uma olhada na Lívia que dormia tranquilamente. Depois do banho, percebi que a Neide já havia ido embora, quem ajudava a Fernanda na cozinha era a Márcia e as duas pareciam animadas conversando sem parar.

 

- Hum. O cheiro está bom. O que vai ser? – perguntei tentando ver as panelas.

- Você podia pelo menos arrumar a mesa, em vez de ficar aqui atrapalhando. – disse a Luciana me tirando de perto do fogão.

- Mas que injustiça. – reclamei. – E a Neide?

- Teve que ir para casa, sabia que ela veio direto do médico do filho para cá?

- Não. – falei envergonhada. Eu havia simplesmente chamado todo mundo, sem nem ao menos perguntar se estavam disponíveis. – Vou me desculpar com ela amanhã. Devo desculpas a vocês também.

- Tudo bem! – falaram as duas juntas.

 

O jantar foi divertido. A minha amiga e a enfermeira mostraram que tinham sintonia na cozinha e fora dela, as duas não pararam de conversar durante todo o jantar. Podia estar imaginando coisas, mas acho que estava rolando alguma coisa ali, ou pelo menos começando. As louças ficaram por minha conta, como sempre, e o Lucas logo se pôs a me ajudar. A Fernanda se ofereceu para levar a Márcia em casa e ficamos só eu e o Lucas com as louças.

 

- Você acha mesmo que a Lí vai ficar bem? – perguntou o Lucas enquanto guardava um talher.

- Claro, amanhã ela já está de pé. Ah! Tive uma grande idéia! O que acha de comprarmos algo para ela amanhã? – falei lavando o último prato.

- Como um presente de boas vindas? – ele perguntou animado.

- Sim!

- Legal! E o que vai ser?

- Eu achei que você ia me ajudar com isso. Vou te buscar na escola e vamos atrás de um presente legal para sua irmã.

- Ok.

- Bom, gosto de você falante, mas hoje foi um dia cheio de emoções e já passou da hora de você ir para cama.

 

 

E ele foi sem reclamar e ainda lembrou que tinha que escovar os dentes antes, me recomendando fazer o mesmo. Aprontei-me para dormir, mas não consegui nem fechar os olhos. Então, já que o sono parecia longe de chegar, resolvi trabalhar.

Fim do capítulo

Notas finais:

Em breve teremos capítulos inéditos, obrigad pela paciência, pela atenção e pelo carinho! 


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Comentários para 5 - Capítulo 5:
Silvana Januario
Silvana Januario

Em: 30/03/2016

Só vc pra fazer eu passar quase a madrugada toda lendo esta história linda e encantadora!!!

Amei tudo o que li e estou ansiosa por mais.

Quando volta?

 

 

Responder

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josi08
josi08

Em: 29/03/2016

Ai simmm ja tava com saudades suas...amando demais a história...a Livia e o Lucas merecem serem felizes....e pq nao essa atrapalhada advogada nao ser junto com eles??? Rsrsrs

Responder

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Mille
Mille

Em: 29/03/2016

Dois capítulos ameiiiiiii 😘😘😘😘😘😘😘

Júlia estava que nem boba olhando a Lívia, e o jeito que ela a olhou a fez desmaiar. 

Bjus e esperando ansiosa para os capítulos inéditos

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