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Palavras ao Mar por Dy Elbe

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Palavras: 2671
Acessos: 1883   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 4

Capítulo 12: Desvendando o mar

 

 

 

Já estávamos no meio da tarde e não havia uma notícia sequer sobre o estado da Lívia. Soube enquanto conversava com a Neide que a Lívia trabalhava ali, ela me contou também da relação conturbada que a Lívia parecia ter com a mãe e a avó, e do quanto aquilo parecia afetar a ela e ao garoto. Ela só não me colocou a par dos detalhes porque dizia que isso só a Lívia poderia me contar, um dia, se sentisse vontade para tal. Não insisti porque sabia que ela tinha toda razão.

 

- Estou preocupada com o Lucas todo esse tempo no hospital, além do mais ele não gosta de lugares com muitas pessoas. – falou a Neide preocupada.

- Estava pensando nisso também. – falei olhando para o garoto que agora dormia no colo dela. – Mas não sei se é boa ideia você levá-lo para sua casa, uma delas pode lhe ver chegar e quererem ficar com o garoto.

- Pois é, mas não há outro jeito. – falou ela triste, enquanto fazia um carinho na cabeça do menino.

- Há sim! Ele vai ficar na minha casa. – falei decidida.

- Na sua casa? Mas você mal os conhece. É uma estranha. – falou desconfiada.

- Sei disso, mas peço que confie em mim, não poderia fazer nada de mal com ele. Além do mais você está sem opção.

- Bem, se você não fosse boa pessoa já teria se mandado e vejo que sua preocupação com os dois é verdadeira.

- Então não se fala mais nisso, ele vem comigo.

- Espero estar fazendo a coisa certa. – falou ainda com receio.

- Garanto que sim. – tentei tranquiliza-la.

 

Depois passamos a combinar os detalhes: ela passaria na casa da Lívia e pegaria algumas roupas para os dois. O Lucas ficaria comigo o tempo necessário para que a irmã se recuperasse, e depois a própria Lívia decidiria sobre o destino dos dois.

 

Como combinado levei o Lucas imediatamente para minha casa. Lá pedi ao seu Antonio, o porteiro do meu prédio, que me indicasse alguém que desocupasse e arrumasse o outro quarto que tinha no meu apartamento, e que agora seria ocupado pelo garoto.

 

Eu não tinha o menor jeito com criança, mas imaginei que deveria convencê-lo a tomar banho, comer e dormir. Ele continuava sem dizer uma palavra, o que não facilitava muito as coisas.

 

O primeiro passo foi o banho. E ele não queria começar enquanto eu estivesse no banheiro. Expliquei a ele que não poderia deixá-lo sozinho, então ele fez a expressão mais triste que já havia visto em uma criança e começou a se despir, então percebi o porquê dele não querer que o visse sem roupa, não era vergonha de sua nudez, como imaginei, mas das marcas de agressão que ele trazia no corpo inteiro.

 

Tentei não parecer assustada para que ele não se sentisse pior. Pelo que eu observava aquelas marcas eram bem recentes e pelo pouco que a Neide me contou, comecei a entender a gravidade da situação a que os dois irmãos estavam passando, principalmente o Lucas. Mas não havia muito que eu pudesse fazer, não tinha o direito de submeter aquele garoto a delegacia, exames e toda a burocracia de um processo, embora fosse o certo a fazer, para que quem quer que tivesse feito isso, pagasse.

 

Mas não tinha esse direito, a irmã quando acordasse decidiria o que seria melhor para ele.

 

- Ei rapaz não fique assim. Não tenha vergonha disso, quem fez isso com você é que deve se envergonhar.

 

Ele continuava de cabeça baixa.

 

- Está doendo? – ele balançou a cabeça em sentido negativo.

- Mas precisamos saber se está tudo bem. Eu tenho uma amiga que é médica, você deixaria ela te examinar?

 

Ele levantou a cabeça assustado.

 

- Prometo que não vai doer nada. – então ele concordou.

 

Ele não precisou de ajuda no banho, na verdade sabia fazer tudo sem precisar de ajuda, banhar-se, vestir-se, comer. Aproveitei e liguei para a Luciana que não demorou muito a chegar. Expliquei toda a situação a ela que ouvia tudo espantada.

 

- Mas que história mais surreal. – falou assustada.

- Também acho, ainda estou meio tonta.

- Para uma pessoa tonta até que você foi bem rápida resolvendo tudo. – ela tentou descontrair.

- Fiz o que pude. Isso tudo é muito doido não é?

- É, amiga, mas você parece que atrai esse tipo de coisa. – brincou. - E ainda não tem notícias da mulher?

- Nada. A vizinha ficou de ligar para cá caso houvesse alguma notícia. Estou achando estranho porque já é noite e nada.

- É um hospital público, com centenas de casos mais complexos que o dela, é natural que demore. Além do mais devem estar realizando muitos exames para terem certeza do que ela tem, vamos esperar. Por hora vamos examinar o menino.

 

A Luciana foi super simpática e delicada com o Lucas. Ela teve uma sensibilidade tão grande com ele que quase achei que ele iria falar com ela, mas ele continuava a responder o que perguntávamos por gesto. Ela confirmou que os ferimentos eram recentes e também superficiais, sem risco de infecção ou qualquer coisa assim, segundo ela fruto de uma surra mais rigorosa. Perguntei se havia algum problema com a voz dele e ela disse que não, que ele talvez não estivesse falando por causa do trauma e que precisaria de tempo até se abrir com alguém.

 

Graças a eficiência da pessoa que o Seu Antonio conseguiu o quarto já estava pronto para que o Lucas pudesse dormir nele. Ele não se importou de ficar sozinho nem demorou muito para adormecer, fiquei imaginando por quantas coisas aquele garoto já teve que passar e como isso fez com que ele fosse uma criança bastante madura para idade dele.

 

Tomei um banho demorado antes de me jogar na cama, estava incrivelmente cansada e ainda tonta com toda aquela confusão. Incrível como a vida das pessoas muda completamente de um dia para o outro, ou ainda, de uma hora para outra. E quando já estava quase adormecendo, vencida pelo cansaço, o telefone toca.

 

- Alô? Julia?

- Sim, quem fala?

- É a Neide.

- Ah sim! Alguma novidade?

- Bom, o médico disse que ela está ótima, mas ainda não acordou e eles não sabem quando ela irá acordar. Parece que a doença dela é psicológica, como se ela não quisesse acordar e o cérebro entendesse assim e a deixasse inconsciente. Ela pode acordar amanhã, ou na semana que vem, ou até no mês seguinte, ninguém sabe.

- Então tudo que temos que fazer é esperar?

- Sim. E esta é a notícia ruim, pois ela não pode continuar no hospital, quando existem outros casos mais complicados que o dela a espera de um leito, então amanhã ela será liberada para casa.

- Para aquela casa maluca, onde ninguém vai cuidar dela? Não tem jeito mesmo de ela ficar por mais alguns dias?

- Eles dizem que infelizmente não. Não sei para onde levá-la.

- Sabe sim.

- Bom, sei, mas não tenho como lhe pedir isso.

- Não precisa pedir. Ela virá para cá. Amanhã ajeitamos tudo. Ok!?

- Obrigada.

 

Sim, a vida muda mesmo de uma hora para a outra, mas ao contrário do que imaginei não fiquei a noite inteira remoendo sobre isso e sob o fato de ter uma pessoa desacorda e uma criança sob minha responsabilidade. O que está feito, está feito.

 

Dormi longa e pesadamente. Quando acordei o menino estava na varanda, de olho no mar. Sentei do lado dele e passei a lhe explicar sobre o estado de saúde da irmã.

 

- Sabe ontem a Neide ligou para dar notícias da Lívia.

 

Ele me olhou atento.

 

- Ela está bem, mas não pode acordar, ainda.

 

Eu já começava a interpretar as reações do garoto, e aquela expressão era de dúvida.

 

- Sabe quando estamos muito cansados e dormimos por muito tempo? Pois então, a Lívia está muito cansada e por isso está dormindo tanto.

 

Ele voltou a fitar o mar, parecia triste.

 

- O que acha de irmos buscá-la lá no hospital e ela ficar aqui, com a gente?

 

Foi a primeira vez que o vi sorrir.

 

No hospital tudo já estava pronto para a transferência da Lívia. Seus amigos enfermeiros ficaram de se revezar para auxiliá-la no que pudessem. Além disso, explicaram para mim e para Neide como lidar com alguns equipamentos, como alimentá-la e como exercitá-la.

 

Ela foi levada até a minha casa numa ambulância e a mesma enfermeira que falou comigo no dia anterior, que se apresentou como Márcia, nos acompanhou. Ficou encantada com a ideia de eu ter um apartamento tão perto da praia. No caminho ela nos falou, ainda, o quanto seria importante sempre conversarmos com a Lívia e estimulá-la a acordar.

 

Enquanto a instalavam no meu quarto, aproveitei e liguei para o NAP, já era o segundo dia que não iria dar as caras por lá.

 

- Qual foi a parte do “mantenha-me informada” que você não entendeu? – perguntou a Cátia assim que ouviu minha voz.

- Bom, aconteceram muitas coisas e não tive tempo de te ligar. – falei a verdade.

- Mas teve tempo de ligar para a Luciana. – reclamou.

- Porque alguém precisava examinar o garoto. Pare com isso Cátia.

- Você não faz nada do que eu te digo. Depois que você estiver choramingando pelos cantos sou eu que tenho que segurar as pontas.

- Não gostaria de discutir com você agora. – falei cansada.

- Como você coloca duas pessoas estranhas na sua casa?

- Pelo amor de Deus!? O que um garoto e uma mulher desacordada poderiam fazer contra mim? – perguntei já irritada.

- Você está envolvida demais com essa mulher, vai acabar se machucando.

- Cátia, por favor! Ela está precisando de ajuda, você sabe que faria isso por qualquer um.

- Estou vendo.

 

Desliguei o telefone antes que me irritasse ainda mais. A Cátia e seu excesso de proteção, mas eu não podia perder a cabeça naquele momento. Fui até meu quarto e vi a Márcia e a Neide que ainda arrumavam tudo para instalar a Lívia o mais confortável possível. O Lucas assistia a tudo meio curioso e meio perplexo.

 

- Ei moço, o que acha de fazermos umas compras? – convidei.

 

Ele concordou com a cabeça. E informei as duas mulheres que logo voltaríamos, que poderiam ficar a vontade. O Lucas era muito comportado para uma criança. Não saía do meu lado, não pegava nada das prateleiras a não ser que eu pedisse, não pedia nada, embora olhasse com curiosidade para algumas coisas.

 

- Você não vai levar nada para você?

 

Ele apontou para si mesmo com uma cara hilária, como se não acreditasse que eu estava falando aquilo.

 

- É, pegue o que quiser.

 

Ele então pegou um litro de iogurte.

 

- Mas só isso?

 

Ele respondeu que sim.

 

- Bom, então eu vou levar salgadinho, pipoca, biscoitos, cereal, sorvete! Hum! Adoro sorvete! Você gosta?

 

Ele balançou a cabeça de modo efusivo.

 

- Então porque não pega? É sério, pode pegar. Ah! E também temos que levar coisas para a Lívia, para quando ela acordar, o que ela gosta?

 

Então foi apontando as coisas uma a uma e ainda fazia careta para as coisas de que não gostava. Aquelas foram as maiores compras que fiz desde que fui morar sozinha e eu estava muito feliz por isso. Lembrei de quando eu e meu pai íamos ao supermercado, era sempre uma festa. Minha mãe depois fingia brigar conosco porque sempre nos esquecíamos de trazer algo importante, mas o carrinho estava sempre abarrotado de besteiras. Era um tempo bom aquele, e estava sendo bom não estar mais sozinha, mesmo que temporariamente, e sob circunstâncias nada comuns.

 

No caminho eu e Lucas apostamos corrida para não deixarmos nossos sorvetes derreterem e foi bem divertido vê-lo mais solto. Chegamos em casa e o garoto me ajudou a guardar todas as compras.

 

- Vou confessar para você que não sei fazer muita coisa na cozinha. Mas não vamos morrer de fome, vou arrumar alguém para cozinhar pra gente de vez em quando. – falava pra ele enquanto guardávamos as últimas compras.

- Então hoje o jantar é por minha conta. – disse a Neide saindo do quarto.

- Não se incomode, deve estar cansada.

- Imagina, é o mínimo que posso fazer.

- Se você insiste, eu acho ótimo! – brinque. - Te mostro onde fica tudo.

 

Enquanto ela começava a preparar tudo eu e o Lucas fomos ver a Lívia. Ela estava ligada a um equipamento que media seus batimentos e sei lá mais o que, que segundo a Márcia era bem importante. Aquela era a primeira vez que de fato eu observava o quão bonita ela é, além do mais eu tinha uma estranha sensação de já conhecê-la, mas não lembrava de onde poderia ser. Ela estava pálida e com uma expressão um tanto rígida, como se estivesse sentindo alguma dor, acho que o Lucas também percebeu.

 

- Oi Lívia, eu sou a Julia e o Lucas também tá aqui no quarto, só que ultimamente ele não anda falando muito, mas vou deixar vocês sozinhos, então quem sabe ele não fala um pouquinho com você. – disse piscando o olho para o Lucas e saindo do quarto logo depois.

 

Na cozinha a Neide já começava a fazer o jantar.

 

- Estava pensando como vai ser amanhã. O Lucas precisa ir à escola e eu tenho uma audiência à tarde que não posso deixar de ir.

- Audiência? O que você faz mesmo? – perguntou a Neide curiosa.

- Eu... Bom, sou advogada.

- Sério? - ela perguntou assustada.

- Sei que não pareço uma advogada e isso é proposital.

- Não parece mesmo, está sempre tão... – ela pensou um pouco antes de completar: - despojada?

- Gosto de ficar a vontade, ainda mais quando não estou trabalhando.

- Entendo.

- Então como faremos amanhã?

- Bom, eu vou embora assim que acabar aqui. Tenho algumas coisas para resolver em casa. Meu filho estuda na mesma escola do Lucas, só que é um pouco contramão eu vir aqui buscá-lo e depois voltarmos para a escola que fica perto da minha casa.

- Certo então você deixa o endereço comigo e eu o levo. Mas você pode buscá-lo? Pode trazer seu filho para cá, os dois podem brincar durante a tarde e você pode ficar de olho na Lívia também, se não tiver outra coisa para fazer, claro.

- Se não houver problema para você, também não vai haver problema pra mim.

- De jeito nenhum, podem ficar a vontade.

 

O jantar não demorou muito tempo para ficar pronto e estava tudo uma delícia. Depois de muita insistência minha a Neide deixou que eu pagasse um táxi para ela, a teimosa queria ir para casa de ônibus já tarde da noite. Depois eu cuidei da louça com a ajuda muito prestativa de meu mais novo amigo, Lucas, que parecia mais animado do que pela manhã. Ao mesmo tempo expliquei tudo a ele sobre como seria a rotina dali em diante e que ele podia me pedir qualquer coisa que precisasse.

 

 

Logo que terminamos com a louça fomos direto para cama. Eu para o sofá, que seria onde eu dormiria dali pra frente, e o Lucas para o quarto, que agora era dele. Fui dormir, mas não sem antes desejar boa noite a mulher que agora ocupava minha cama, mas que apesar de tudo era um mistério completo para mim.

Fim do capítulo


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Comentários para 4 - Capítulo 4:
Eva Bahia
Eva Bahia

Em: 29/03/2016

Muiiiito feliz por estares de volta....esse estoria é maravilhosa, eocionante, linda...Parabens e muito obg....nao demore muito nao mulher, oxente! rsrs...bjss

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