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O dia por thays_

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Palavras: 2148
Acessos: 3239   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 9 - Trans-parência

 

- O que vamos fazer?

- Entre na próxima saída à esquerda.

- O que vamos fazer? - Insistiu.

- Continue seguindo em frente agora.

- O que vamos fazer, Caroline?!

- Só tente se acalmar, Azizah! Eu estou pensando!

Azizah seguia as orientações da outra, sem conseguir pensar em nada, muito menos raciocinar. Era dominada por aquela sensação terrível de pavor e desesperança. A mesma sensação que trazia dentro de si até poucos dias atrás, quando corria sozinha pelo mundo.

O ponteiro de gasolina abaixava lentamente e já tinham passado do meio dia. Caminhavam por uma estrada paralela à rodovia nesse momento e acabaram saindo em um bairro nobre. Era todo arborizado, as casas eram enormes, com muros com mais de três metros de altura, parecendo fortalezas. Alguns zumbis isolados caminhavam sem direção.

- Pega a rua de trás.

- O que está procurando?

- Algum lugar seguro. Não vamos conseguir voltar hoje, precisamos nos abrigar o mais rápido possível. Veja, aquela casa serve.

Carol apontou para uma casa bege, com trepadeiras pelo muro e um portão de ferro que acompanhava a altura do muro. No meio deste, havia uma pequena porta do mesmo material.

- Pra mim é igual a todas as outras que passamos.

- Não, essa é mais fácil de entrar.

Encostou próxima a guia e manobrou pra ficar em uma distância rente. Um zumbi começou a se aproximar lentamente do carro.

- Tá com medo de ser multada? - Carol brincou, tentando descontrair a outra que até então estava silenciosa e possuía uma feição completamente tensa. Deu certo, pois Azizah então sorriu pela primeira vez desde o último acontecimento.

- Sou só uma pessoa perfeccionista.

Desceram do carro apenas com as mochilas nas costas. Não foi preciso de muito para atrair o zumbi, Carol enfiou uma faca certeira na cabeça dele sem maiores problemas. As duas então olharam de cima a baixo o portão. A mais velha enfiou a mão por dentro da grade, a abrindo. Estava destrancada.

- Voilà.

Ela entrou na frente. Azizah olhou para trás, outros dois zumbis se aproximavam lentamente, mas eles não aparentavam causar receio.

- Vai guardar o carro?

-Tá com medo de ser roubada?

- Ta piadista demais hoje hein?

Carol se aproximou sorrindo. Aquele sorriso.

- Você não viu nada ainda. - Fechou o portão.

- Só perguntei, porque a primeira coisa que fez aquele dia foi guardar o seu.

- Tenho ciúmes da ranger.

- Só porque eu ia pedir pra dirigir ela.

- Nunca. - Brincou. - Guardei porque tinha que descarregar as coisas. Não pretendo demorar por aqui.

Logo viram a garagem da casa.

- Pode ficar com sua ranger, já encontrei um carro pra mim.

Havia um Audi A7, da cor prata, estacionado e as duas caminharam até ele. Azizah dava voltas ao redor, babando, olhando cada detalhe, nunca tinha visto um tão de perto.

- À vontade, prefiro caminhonetes.

- Podemos ficar com ele?

- Porque você fala como se ele fosse um cachorro ou algo assim?

- Não, não podem.

Uma voz um tanto quanto masculina as surpreendeu, mas o que as surpreendeu ainda mais foi perceberem que se tratava de uma loira belíssima. Alta, por volta do 1,80m, cabelo liso abaixo dos ombros. Usava um vestido comprido da cor salmão, com um decote que exibia seus seios perfeitos e salientes. Nas mãos, uma mini metralhadora.

- Desculpe - Carol imediatamente colocou seu rifle no chão e levantou as mãos. Azizah continuou apontando a pistola para a loira, sem piscar, mesmo tendo ideia de que seu poder de fogo era menor. Aquela situação despertou nela um instinto de proteção exacerbado em relação à outra. Carol continuou: - Nós não sabíamos que havia alguém morando aqui, estávamos procurando um lugar seguro pra ficar. Azizah, larga a arma.

- Eu não vou largar. – Sussurrou, sem desviar o olhar da loira.

- O que foram aquelas explosões? - Ela agora apresentava uma voz mais feminina, baixa, controlada.

- Um posto de gasolina. - Azizah respondeu séria - Eu explodi.

Da mesma forma que posso fazer com você se machucar Carol. Pensou.

- Estávamos fugindo dos zumbis. - Carol tentou explicar em um tom mais amigável. - Mas a estrada está repleta deles, não íamos conseguir voltar pra casa - Cutucou Azizah com o cotovelo. – Abaixa-a-merd*-da-arma. – Frisou, irritada.

A loira então olhou para o ventre de Caroline. Abaixou imediatamente a metralhadora.

- Você está... Grávida? – Parecia maravilhada.

- Sim, ela está. E nós estamos de saída, se nos permite.

Carol pousou a mão no ombro da outra para que não se excedesse ainda mais.

- Se acalma, menina - Fitou Azizah. - Pensei que fossem pilhadores. - Aproximou-se das duas lentamente, os saltos eram o único barulho existente. A loira deslumbrante parou em sua frente lhe estendendo a mão com anéis. Tinha os olhos verdes, usava batom vermelho. Azizah então abaixou a arma, guardando-a no coldre. Estendeu a mão a segurando, tinha um aperto de mão firme.

- Sou a Melissa.

- Sou a Azizah.

- Caroline.

- Posso? - Ela se aproximou de Carol, olhando para seu ventre.

Esta hesitou na resposta, mas confirmou com a cabeça. Melissa tocou de leve sua barriga, com um sorriso comovido. Aquele toque causou certa irritação em nossa protagonista. Mais do que ela podia conter. Talvez ao ponto de deixar transparecer, pois Melissa sorriu olhando em direção a ela, limpando o rosto com uma lágrima singela que deixou escorrer. Mas nem isso abrandou o incômodo que sentia ao ver outra pessoa tocando em Carol.

- Não precisa ficar com ciúmes não, meu bem. - Afastou-se, deixando a outra surpresa com sua perspicácia. Carol sorria de canto de boca, como se essa situação a divertisse.

Melissa continuou com um tom melancólico:

- Tudo o que mais queria nessa vida era poder gerar uma criança. - Revelou, desviando o olhar para o jardim. - Rafa, querido, pode aparecer, elas são inofensivas.

Inofensivas. Cuidado com o que fala, menina.

Um homem então surgiu pelo jardim, com uma ak47 nas mãos. Ele era quase 10 cm mais baixo que a loira, gordinho, quadril largo, barba por fazer, óculos de grau com armação grossa, usava uma calça jeans e uma camisa quadriculada.

- Por que explodiram um posto de gasolina? - Ele tinha a voz como de um daqueles meninos ao entrar na puberdade.

- Por segurança própria. - Azizah respondeu, o encarando de cima a baixo, achando aquele casal bem distinto. O rapaz até que era bem bonitinho. Ela sempre se atraiu pelo que era diferente, pelo que fugia do comum, do esperado, mas devido às circunstancias atuais – de apenas o fim do mundo – não abriu espaço para simpatia imediata.

- O que segurança própria tem a ver com quase se explodir junto com ele?

- Queria chamar atenção dos zumbis. Atraí-los para outro local.

Rafa ficou em silêncio analisando, concordou com a cabeça.

- Inteligente. - Trocou olhares com Melissa.

- Vocês estão com fome? - A loira perguntou.

- Não, já estamos de saída.

- A. - Carol balbuciou daquele jeito que deixava a outra de pernas bambas, abaixando completamente suas defesas. - Não seria de mal grado aceitarmos a hospitalidade dos dois. E além do mais eu estou cansada.

Azizah imediatamente desfez sua cara de poucos amigos.

- Cl-claro.

- Vamos, vou requentar nosso almoço. - Rafa as convidou para entrar, sorrindo. – Nunca recebemos visitas, ao menos, não amigáveis.

Caminharam até a porta de entrada, toda trabalhada em madeira. Viram o quintal enorme, com flores e árvores e alguns anões de jardim dando uma aparência mais descontraída ao local. Passaram pelo hall de entrada, em seguida pela sala de estar com móveis todos de madeira, uma lareira na extremidade e um tapete enorme e marrom no meio. Entraram por outra porta de madeira, caindo na cozinha, grande, belíssima. Havia uma panela no fogo. Aquele cheiro delicioso de tempero pairando no ambiente.

Melissa lhes estendeu pratos e talheres e serviram-se de macarrão ao molho branco. Era inacreditável, fazia muito tempo que Azizah não comia algo tão bom.

- Isso tá muito bom, Melissa. - Disse de boca cheia, repetindo o segundo prato.

O casal mostrou-se muito receptivo e logo Azizah percebeu que podia confiar nos dois, que não tentariam nada para prejudicá-las, muito menos à Carol e ao bebê. Pelo contrário, fizeram de tudo para que se sentissem confortáveis.

Claro que estar de estômago cheio melhorou muito o humor dela.

- Foi o Rafa quem fez, ele que gosta de cozinhar aqui. Eu sou um fracasso.

- Nós gostamos de quebrar papéis de gênero nessa casa. - Eles riram entre eles trocando um beijo rápido. - E vocês, como chegaram aqui?

As duas então começaram a narrar todos os últimos acontecimentos do dia e dos anteriores. Azizah contou de como a conheceu, omitindo grande parte da história.  Depois contaram sobre o plano, sobre o dia atual e de Ilha Bela. Eles disseram que já tinham ouvido falar do lugar, mas que decidiram não ir pra lá por medo do que pudessem encontrar.

 

Após sentirem-se satisfeitas, foram os quatro se sentar na sala. Era uma situação tão agradável que por instantes as duas até se esqueceram do caos que existia por fora daqueles portões. Como se estivessem visitando um casal de amigos que conheciam há muito tempo. A conversa fluía de maneira gostosa e nem viram a tarde tornar-se noite.

- Você sempre morou aqui, Melissa?

- Não. - Ela sorriu. Rafa pegou em suas mãos de uma maneira cuidadosa. - Só com os mortos voltando à vida mesmo pra eu conseguir ter uma casa dessas. Eu venho de família pobre, Azizah, trabalhava nas ruas, morava na periferia, jamais ia conseguir ter essa grana toda.

- Trabalhava com o que?

- Prostituição. - Rafa interveio. - Fazia programa.

- E ele era programador. - Os dois riram como se fosse uma piada interna, trocando olhares apaixonados. - Eu dou risada agora porque estou aqui – Olhou em volta – mas foram os piores anos da minha vida. Não vale a pena nem entrar no mérito. – Fez uma pausa  –  Tudo só melhorou quando eu o conheci, ele me tirou das ruas. Ele veio de uma família com mais dinheiro, conseguiu fazer faculdade, ao contrário de mim.

- Como o conheceu? - Azizah perguntou.

- Fui fazer a despedida de solteiro de um amigo dele. Um cara cis, no caso.

- O que é cis?

- A pessoa que se sente confortável com o gênero e o sex* que lhe atribuíram ao nascer. Ao contrário de nós dois. – Sorriram. - Então, mas não teve jeito, a gente se apaixonou acho que na hora. – Eles se olharam, seus olhos brilhavam. - Têm coisas que não tem explicação, tudo acontece como tinha que ser, sabe?

Nesse exato momento, a memória de Azizah a levou pra conversa que teve com Caroline dias atrás, enquanto estava bêbada e seminua. Caroline lhe disse na ocasião:

 

            - Eu acredito que cada pessoa tá no lugar certo na hora certa. Tudo acontece como tinha que ser.

            - Acha que tínhamos que ter nos conhecido, então?

            - Seguindo essa lógica, creio que sim.

 

Olhou para a outra com o mesmo brilho no olhar. Carol também a encarou e naquele momento, ao ver aqueles olhos castanhos, deu-se conta de que estava completamente apaixonada.

- Só que na época ele ainda não tinha começado o tratamento hormonal.  - A conversa continuava, puxando Azizah de volta à realidade.

Carol voltou a atenção à conversa:

- Como assim?

- Só comecei minha transição depois de tudo isso - Olhou e apontou pela janela, referindo-se ao Dia - Sei que é triste falar, mas agora eu não tenho mais ninguém pra me esconder ou me julgar, eu finalmente posso ser quem eu realmente sou. – Fez uma pausa. - Eu nunca tive a coragem que a Mel teve, ela sempre foi mais forte que eu em relação a isso, começou a tomar hormônios aos 16. Eu sempre tive muito medo do que as pessoas iam achar e bom... agora não tem mais ninguém. Pra um cara covarde igual a mim, é um prato cheio.  Posso dizer que esse apocalipse foi a melhor coisa que já me aconteceu. – Deu um sorriso triste. Melissa fazia carinho em sua mão.

- Você não é covarde. – Azizah interveio.

- Era apenas questão de sobrevivência. – Carol também se manifestou - O mundo de antes não era nem um pouco fácil pras minorias sociais. E bom... Se pensarmos bem, agora todos fazem parte de uma minoria, só que numérica.

- Os zumbis que dominam a porr* toda. - Azizah bufou.

Eles riram. Melissa concluiu:

- E mesmo assim, os homens de hoje estão ainda piores do que antes.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 9 - Capítulo 9 - Trans-parência:
Lea
Lea

Em: 10/04/2023

Aí meu coração,foi por muito pouco.

Gostei do novo casal.

Responder

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lucy
lucy

Em: 28/10/2016

nota mil, perfect, cheguei a achar que esse casal era maluco, que bom são pessoas boas .....

são néh ? não vai me mostrar no próximo cap. que são sinistros kkkkk coisa de filme assim


Resposta do autor:

sempre é bom desconfiar, né? hahaham mas eles são um amorzinho <33

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