Fiquei encarando-a por um tempo, parecia que ela buscava as palavras certas para poder começar a conversa. Ela levantou-se e ficou olhando para janela, mas seu olhar parecia perdido.

-- Quando eu era mais jovem, conheci um rapaz encantador, sempre me ajudava em tudo o que eu fazia e criamos um laço de amizade. Com o tempo eu me apaixonei por ele e começamos a namorar. – começou ela. Imediatamente ela se virou e me encarou, percebi que era difícil para ela falar sobre isso. – Bem, o nosso namoro ia muito bem, tínhamos muito em comum. Foi aí que descobri que ele tinha se envolvido com pessoas erradas e me afastei dele meu mundo desmoronou. Depois que nos separamos ele sumiu, após alguns meses descobri que estava grávida dele. Decidi que iria criar está criança sozinha, não queria que caísse a má influência do pai sobre a criança. – disse ela dando um suspiro pesado, em seguida veio sentar-se na poltrona de frente para mim. – Não sei como, mas ele descobriu que estava grávida e apareceu pedindo que fosse morar com ele, me prometeu que cuidaria de nós e formaríamos uma família feliz. Só que eu não aceitei, não queria criar minha filha no mesmo ambiente que ele, pois tinha descoberto o meio em que ele estava envolvido, disse que não queria mais saber dele e cuidaria da minha filha sozinha. – percebi que ela ficou emocionada. – Amei você desde que descobri que eu estava grávida, mesmo que tenha sido de um homem como ele. – falou ela dando um sorriso emocionado. – Bem depois disso ele sumiu novamente, porém eu não esperava que ele fizesse o que fez. Assim que você nasceu ele pegou você, te raptou e te levou para longe de mim. – ela caiu num choro compulsivo. Não sabia o que falar, minha cabeça dava voltas e mais voltas. – Depois disso procurei você por todos os lugares, mas não conseguia te encontrar.

-- E como me encontrou? – perguntei confusa. Não acreditava que meu próprio pai tivesse feito isso com minha mãe, me separar assim dela tão brutamente.

-- Bem com o passar dos anos contratei vários detetives, eu mesma fui e te procurar em vários lugares e países diferentes, no entanto a única pessoa que poderia me trazer essa resposta de onde você estava, era seu pai. – ela falou limpando as lágrimas que caiam. – Depois de quase vinte anos conheci você, tinha acabado de vim morar na Inglaterra e começou a trabalhar na empresa que eu já trabalhava. Mas com você veio à lembrança de minha filha perdida que tentava superar, por isso, não gostava de você, sempre fazia algo para te irritar e isso fez com que você não gostasse de mim. Após alguns anos você saiu da empresa e perdemos o contato direto. – ela disse dando um suspiro pesado.

-- Como você descobriu que eu era sua filha? – perguntei olhando para ela, tentando lembrar-me de algo, porém tudo era tão nebuloso, tão branco.

-- No mesmo dia que você sofreu o acidente. Fiquei destruída quando descobri que você era minha filha, eu te odiei por tanto tempo por se parecer comigo quando tínhamos a mesma idade, de me fazer lembrar da minha filha que tinha perdido, mas no entanto, era você minha filha perdida. – percebi que ela estava emocionada. Ela limpou as lágrimas. – Quando descobri que tinha congelado alguns óvulos tinha descoberto um jeito de trazer um pedacinho seu de volta. Não tinha ninguém melhor que Gabi para trazer esse pedacinho seu de volta. Acompanhei todo o processo desde o início, queria dar todo amor que não me deixaram dar para você. – disse ela emocionada. – Quando vi você viva naquele quarto de hospital eu prometi a mim mesma, que faria de tudo, que está ao meu alcance para poder consertar meus erros do passado e poder ser a mãe que não me permitiram ser para você. – ela falou caindo no choro. Não sabia o que falar, eram muitas informações para minha cabeça que ainda não está completamente recuperada. Olhei para ela e percebi a sinceridade das palavras, não me lembrava do passado mesmo, quem sabe no futuro não poderíamos criar essa relação que ela tanto sonhava. Dei um suspiro pesado, levantei-me, me ajoelhando em seus pés e comecei a limpar as lágrimas que ela derramava.

-- Olha, eu não me lembro de quase nada do meu passado, mas será uma honra poder conhecer melhor você, sinto que fala a verdade sobre as coisas que você disse e sente muito pelo passado conturbado que tivemos. Então para quem sabe poder construir uma relação de mãe e filha. – falei dando um sorriso, não demorou muito e senti seus braços me envolvendo num abraço apertado e uma Lilian chorando em meu ombro. Demorou um pouco para ela se acalmar, quando ela se sentiu melhor ela saiu do nosso abraço e olhou pra mim com um sorriso. O resto do dia passamos conversando, nos conhecendo melhor. Ela me contando um pouco de sua vida, descobri que tinha dois meios irmãos Aaron e a Alexandra, de 19 anos e 17 anos respectivamente. Contei um pouco sobre minha vida em Marselha, rimos um pouco das histórias que me contava sobre ela.

-- Lilian queria te pedir um favor. – disse me virando para olhá-la nos olhos.

-- Fale filha. – disse ela sorrindo.

-- Queria sua ajuda para poder recuperar meus documentos como Yasmin Ferreira. – falei dando um sorriso.

-- Sabia que você ia querer isso, já mandei contestar seu atestado de óbito Robert está cuidando disso. – percebi que quando falava do seu marido seus olhos brilhavam, dei um sorriso.

-- Que bom, assim posso voltar o mais rápido para minha vida normal. – disse dando um sorriso.

-- Você pensa em voltar para Londres? – perguntou ela curiosa.

-- Eu vou para onde a Gabi for, quero poder acompanhar de perto a gravidez dela e não me separar dela mais. – falei sorrindo, agora que descobri que tenho uma família quero ficar o mais perto possível dela.

-- Vou providenciar tudo para você voltar. – disse ela me dando um abraço.

-- Mas antes tenho que resolver algumas coisas por aqui. – falei dando um beijo em seu rosto. – Agora eu preciso ir, quero conversar com Justine, pois prometi a Gabi que vamos sair para jantar. – falei sorrindo, me levanto e dou um abraço nela e parti. Quando estava saindo esbarro em Gabi que me olha surpresa.

-- Pensei que iria vê-la um pouco mais tarde. – falou ela encarando-me, observei que ela estava acompanhada por duas mulheres, Robert e tinha algumas sacolas nas mãos.

-- Era para ser, acabei de sair do quarto de Lilian estávamos conversando. – disse dando um sorriso e olhei para as mulheres que estavam encarando-me como se estivesse vendo um fantasma. – Quer ajuda para levar as sacolas? – ofereci-me para ajudá-la.

-- Não precisa, elas estão leves. – falou ela sorrindo, mesmo assim peguei algumas sacolas de suas mãos.

-- Bem Gabi já vamos depois a gente conversa mais. – falou a mulher ruiva que ainda ficou encarando-me por um tempo.

-- Está certo Emma. – falou ela dando um beijo na face da ruiva e da mulher de cabelos castanhos. Que logo saíram de mãos dadas.

-- Bem também vou indo, adorei a companhia de vocês, mas agora vou ver como Lilian está. – disse Robert dando um beijo em sua face e entrando no seu quarto. Logo começamos a andar em direção ao quarto onde ela estava hospedada.

-- Fiquei sabendo que você procurou a Lilian para conversar. – notei que ela estava querendo saber o que conversamos, percebi que ela estava um pouco aflita. Coloquei as sacolas na cama, peguei sua mão, a fiz sentar no sofá e sentei-me ao seu lado virada para ela.

-- Eu sei que Lilian é minha mãe biológica e conversamos muito, nos conhecemos um pouco, resolvemos que vamos tentar criar laços maternais e familiar. – notei que ela deu um sorriso.

-- Que bom que você dará essa oportunidade para ela conhecer você, assim como você irá conhecer a mulher maravilhosa que Lilian é. – falou ela dando-me um abraço e um beijo em meu rosto.

-- Sim quero poder conhecer minha mãe e meus meios irmãos. Também tenho uma outra novidade. – falei fazendo suspense, senti que ela me olhou apreensiva. – Resolvi que assim que meus documentos forem liberados irei voltar para Londres. – logo a senti abraçando-me forte, não queria mais me separar dela queria poder viver para sempre ao seu lado, assim que voltasse para Londres com certeza juntaria todos os amigos, a pediria em casamento.

-- Que bom amor, mas quero que saiba que iria para qualquer lugar com você, não quero mais me separar de você nunca mais. – disse ela beijando-me.

-- Eu também meu amor, não quero mais me separar de você nunca mais. – disse abraçando forte. Ficamos conversando, fazendo planos para o futuro. Quando percebi já era noite, precisava ir, mas não queria afastar-me dela.

-- Que tal saímos para jantar? – perguntou ela fazendo uma carinha que me faria fazer qualquer coisa.

-- O que você quiser, porém tenho que passar em casa para trocar de roupa. – falei fazendo carinho no seu rosto e ela concordou.

-- Vou me arrumar, então vamos passar na sua casa e depois vamos jantar e em seguida voltamos para cá. – falou ela fazendo uma carinha do gato do Shrek que me faria dizer sim para qualquer coisa.

-- Claro amor. – logo ela deu-me um beijo, levantou-se da cama e foi em direção ao banheiro, acabei dormindo esperando ela se arrumar para podermos sair e jantar.

****

POR GABI

Assim que saímos fomos para um shopping perto do hotel onde as meninas tentaram distrair Robert e eu, pois estamos com a cabeça em Yasmin e Lilian “O que elas estavam conversando? Será que finalmente criariam laços de amor e maternal como mãe e filha?!”, esses eram os pensamentos que se passavam na minha cabeça naquele momento. Depois de um tempo no shopping não aguentava mais ficar andando e olhando coisas para comprar então resolvemos voltar. Quando chegamos, subimos direto para nossos quartos, minha vontade era poder ligar para Yasmin e saber o que tinham conversado. Ao chegarmos ao quarto de Lilian e Robert alguém esbarra em mim, eu quase cai se não fosse os braços de Yasmin para segurar-me, olhei surpresa de vê-la ainda aqui.

-- Pensei que iria ver você só mais tarde. – falei encarando a percebi que os olhos dela estavam um pouco inchados e pareceriam que traziam paz interior que emanava dela como nunca tinham acontecido.

-- Era pra ser, acabei de sair do quarto de Lilian estávamos conversando. – disse ela dando sorriso. – Quer ajuda para levar as sacolas? – ela ofereceu-se quando viu que eu trazia algumas sacolas na mão.

-- Não precisa, elas estão leves. – falei sorrindo, mesmo assim ela pegou algumas sacolas de minhas mãos.

-- Bem Gabi já vamos depois a gente conversa mais. – falou Emma que ficou um pouco encarando Yasmin, sabia que era difícil para as amigas acreditar que ela estava viva mesmo que não se lembrasse de nada, percebi que elas dariam um tempo para poder tentar voltar à amizade e a cumplicidade que elas tinham.

-- Está certo Emma. – falei dando um beijo na face dela e de Jess. Que logo saíram de mãos dadas.

-- Bem também vou indo, adorei a companhia de vocês, mas agora vou ver como Lilian está. – disse Robert dando um beijo em minha face e entrando no seu quarto. Logo começamos a andar em direção ao quarto onde eu estava hospedada.

-- Fiquei sabendo que você procurou a Lilian para conversar. – falei tentando sondar o que elas tinham conversado. Ela colocou as sacolas em cima da cama, virou-se pegou minha mão, conduziu-me para o sofá, deu um suspiro pesado e me encarou.

-- Eu sei que Lilian é minha mãe biológica, conversamos muito, nos conhecemos um pouco, resolvemos que vamos tentar criar laços maternal e familiar. – dei um sorriso, era tudo que Lilian queria, ela deveria está feliz, afinal consegui o que tanto queria poder conviver melhor com sua filha desaparecida.

-- Que bom que você irá dar essa oportunidade dela conhecer você, assim como você irá conhecer a mulher maravilhosa que Lilian é. – falei abraçando ela e dando um beijo em seu rosto.

-- Sim quero poder conhecer minha mãe e meus meios irmãos. Também tenho outra novidade. – falou ela fazendo suspense, fiquei olhando apreensiva para ela. – Resolvi que assim que meus documentos forem liberados irei voltar para Londres. – voltei a abraça-la forte. Fiquei feliz, afinal poderíamos viver uma vida juntas, mesmo que ela não voltasse para Londres, eu viveria em qualquer lugar com ela ao meu lado.

-- Que bom amor, mas quero que saiba que iria para qualquer lugar com você, não quero mais me separar de você nunca mais. – disse beijando ela, tentando demostrar todo o amor que sentia por ela, que cada dia crescia mais, logo nos separamos e ficamos nos encarando.

-- Eu também meu amor não quero mais me separar de você nunca mais. – disse ela abraçando-me forte. Ficamos conversando, fazendo planos para o futuro. Estava sentindo-me tão feliz, minha vida parecia está entrando no eixo de novo, minha família finalmente estava completa e faria de tudo para continuar assim para sempre.

-- Que tal saímos para jantar? – perguntei a ela fazendo um bico que sabia que ela não me negaria nada e faria qualquer coisa que eu pedisse.

-- O que você quiser, mas tenho que passar em casa para trocar de roupa. – falou fazendo carinho no meu rosto, fechei os olhos para sentir melhor seus carinhos.

-- Vou me arrumar, então passaremos na sua casa e depois vamos jantar, em seguida voltamos para cá. – falei fazendo uma carinha do gato do Shrek que sempre usava quando queria alguma coisa.

-- Claro amor. – disse ela, dei um beijo nela, me levantei e fui para o banheiro. Tomei um banho demorado, estava muito feliz com o que estava acontecendo, minha felicidade era estar com Yasmin do meu lado e agora também tinha nosso filho ou filha. Sai do banho de roupão quando cheguei ao quarto vi uma cena linda, Yasmin dormia profundamente, com um sorriso nos lábios, era tão diferente vendo ela dormir assim tão tranquila. Lembro-me até hoje da primeira noite que dormi junto dela. Ela parecia ter tido um pesadelo muito ruim, ela se debatia e gritava, parecia que estava sofrendo. Dei um beijo em sua face tranquila e comecei a vestir uma roupa, coloquei um vestido preto justo e um scarpin preto que me deixava na altura de Yasmin, fiz uma maquiagem suave, afinal a gente só ia jantar. Assim que fiquei pronta sentei na cama e comecei a dar beijos no rosto para ela acordar, demorou um pouco para ela acordar, porém ela despertou com um sorriso no rosto e com os olhos que traziam um olhar terno e apaixonado.

-- Hum, é tão bom acordar assim. – disse ela sorrindo. – Poderia acordar assim para sempre. – falou ela me dando um selinho.

-- Não queria te acordar, mas realmente estou com fome, então vamos? – percebi que ela estava olhando-me. – Que foi? – perguntei envergonhada com seu olhar.

-- Sabia que você é linda? – perguntou ela sentando-se e segurando minha cintura, senti ela cheirando meu pescoço arrepiei-me na hora. – Amo seu perfume. – disse ela dando-me um beijo no pescoço, fiquei entorpecida, senti meu corpo ficar quente. – Te amo. – disse ela com uma voz rouca no meu ouvido que me arrepiou inteira e fez meu corpo queimar, em seguida ela começou a olhar-me nos olhos e pude perceber que ela estava se entregando sem medos e sem reserva.

-- Também te amo. – disse acariciando seu rosto e selei nossos lábios num beijo lento e carinhoso. Nossas línguas buscavam e se descobriram cada canto da boca uma da outra, senti ela mordendo meus lábios isso está me deixando cada vez mais excitada, minha vontade era de pegar ela, jogá-la na cama e fazer amor com ela até o amanhecer. Fomos nós separando por faltar de ar, assim que nos separamos abri os olhos e pude contemplar o sorriso mais lindo que tinha visto.

-- Melhor a gente ir, senão não respondo por mim. – disse ela tentando controlar sua respiração e com um sorriso safado que me atiçava. Concordei com a cabeça, me levantei, fui até o banheiro retocar a maquiagem e voltei para o quarto onde a encontrei olhando a sacada. Abracei ela por trás e ficamos assim juntas por um tempo. – Vou sentir falta de Marselha. – falou ela se virando e me encarando.

-- Sempre que quiser vim, viremos afinal, aqui pode ser nossa segunda casa. – falei fazendo carinho em seu rosto.

-- Minha casa é onde você está. – disse ela sorrindo, senti meu coração acelerando e deu-me uma vontade de chorar que controlei, dei um selinho.

-- Vem, melhor irmos senão fica tarde. – ela concordou com a cabeça, pegou minha mão e saímos do quarto, seguimos em silêncio pelos corredores. Assim que saímos do hotel ela tinha chamado um táxi, entramos e seguimos em direção onde ela morava. Queria conhecer um pouco do lugar onde ela viveu pelos últimos meses. Chegamos numa casa bem espaçosa saímos do carro e Yasmin começou a dar a volta pelos fundos da casa, quando iríamos atravessar a piscina ouvimos alguém chamado Yasmin.

-- Haydée queria poder falar com você sobre mais cedo. – disse a mesma ruiva que tinha ido buscá-la no hospital.

-- Agora não Pietra, agora estou ocupada. – disse virando as costas, mas percebi que ela fechou a expressão quando ela me viu de mãos dadas com Yasmin.

-- Está ocupada com essa sem sal? Foi por isso que não me quis? – perguntou ela com um olhar de ódio para mim.

-- Isso não lhe interessa Pietra, não temos mais nada para conversar. – disse ela puxando-me pela mão em direção a uma edícula.

-- Isso não vai ficar assim, não vai mesmo. Quem ela pensa que é? Haydée é minha, não é nenhuma sem sal que vai chegar aqui e me tomar ela. – a escutei falando, mas nem dei bola e continuei andando. Assim que Yasmin destrancou a porta pediu para eu entrar, disse que eu ficasse à vontade, pois ela não demoraria a tomar banho e arrumar-se. Sentei no sofá da sala e fiquei esperando ela sair, logo a campainha toca e eu fui abrir.

-- Ah! É você coisinha o que quer aqui? – perguntei querendo dar na cara dela.

-- Que eu saiba essa casa é min... – dei um sorriso irônico.

-- A casa pode até ser sua, mas estou aqui na casa que ela aluga, então fala logo o que quer, pois estamos ocupadas. – falei olhando para ela com indiferença.

-- Você acha mesmo que vou deixar você ficar com que é meu? Está muito enganada, melhor você se afastar dela ou vai ver do que eu sou capaz. – ri na cara dela, daquela ameaça mais infantil.

-- Meu bem não tenho medo de você, afinal você não passa de uma criança mimada que Yasmin tem pena, acha mesmo que ela iria querer você? – disse irônica. Queria poder dar na cara dela mais não me rebaixaria a isso por uma pessoa insignificante.

-- Yasmin? – ela começou a rir. – Você é tão vulgar que não sabe o nome da mulher que estava saindo. – comecei a rir, pois percebi que ela não sabia que Yasmin tinha recuperado algumas memórias. – Do que você ri? – percebi que ela estava ficando vermelha de raiva.

-- De você. –falei com um sorrisinho irônico. – Acabou de encher o saco, pois minha noiva está me esperando. – falei debochada.

-- Noiva? No máximo que ela pode quer com uma sem sal como você é uma boa trepada. – falou ironicamente, pronto perdi minha paciência.

-- Eu não trepo com ela, a gente faz amor gostoso, coisa que você nunca vai saber como é, pois nunca ninguém te amou, acho que todas que você dormiu é tão vazia ou pior que você. Quer saber eu tenho pena de você – falei virando-me para fechar a porta quando ela segura meu braço e me acerta um tapa na minha face. Olhei para ela com ódio.

-- Vou te mostrar quem tem pena de quem agora. – disse ela partindo para cima de mim, segurei sua mão e dei um senhor tapa na cara dela que a fez cambalear e cair no chão, pulei em cima dela e comecei a dar tapas na sua face. Quando eu percebi Yasmin tinha me tirado em cima da biscate.

-- Mas que diabos está acontecendo aqui. – percebi a cara de choro que ela fez.

-- Haydée ela me ofende e me agrediu depois que ela falou que só quer uma boa trepada com você. – falou ela cinicamente, olhei para ela perplexa por tamanha cara de pau. Yasmin me olhou, me analisando e logo que ela se virou para mim. Pietra deu um sorriso, pensando que ela iria me mandar embora e ficaria com ela.

-- Você está bem meu amor? Ela te machucou? – perguntou ela voltando a encarar ela. Percebi que Pietra tinha aberto um enorme sorriso, pensando que Yasmin falava com ela, antes de eu responder ela falou.

-- Estou com a face ardendo, mas estou bem. – falou ela se encaminhando em direção a Yasmin e abraçou-lhe. Rapidamente Yasmin desvencilhou-se do seu abraço e olhou para ela com raiva.         

-- Não estou perguntando para você. – ela então virou-se para mim, me abraçou e ficou analisando meu rosto, vendo se tinha algum machucado.

-- Não acredito mesmo que está com essa biscate... – percebi que o corpo dela tencionou.

-- Vou falar uma coisa Pietra. Nunca mais insulte Gabi na minha frente, se não eu esqueço que sua irmã é minha amiga e te ensino umas boas maneiras, agora sai da minha casa agora. – falou ela com raiva.

-- A casa é minha se você quiser, você que saia. – falou ela achando que Yasmin me mandaria embora, pensando que a casa dela era o último lugar da terra para ela ficar.

-- Já que é assim. – ela pegou minha mão e me puxou para fora da casa dela. – Fala para Justine que amanhã eu passo aqui para conversar com ela e pegar o resto das minhas coisas. – falou ela entre dentes. Logo que saímos da propriedade Yasmin parou e ficou olhando-me. – Me desculpe não queria te causar esse transtorno. – disse ela triste abaixando a cabeça, segurei seu queixo e fiz ela encarar meu rosto. 

-- Você não tem culpa amor. Vem vamos para o hotel, perdi a vontade de comer, agora quero poder ficar assim agarradinha com você ganhando seus carinhos. — ela concordou com a cabeça e seguimos em direção ao um ponto de táxi. Retornamos ao hotel em que estava hospedada e subimos direto para o quarto, assim que chegamos tirei a sandália e deitei na cama logo ela também deitou, abraçou-me e ficamos assim uma nos braços da outra.

Fim do capítulo