Gisela entrou na sala do escritório da Empresa que pertencia a sua família geração, precisava  conversar com Roberto. Viu quando ele entrou pela mesma porta que ela entrou a pouco.

- Querida o que faz aqui? Falou ele parecendo feliz ao ver a noiva ali.

Gisela deixou beija-la, mas logo se afastou.

- Precisamos conversar.

Roberto deixou os documentos que tinha na mão encima da mesa e voltou a ficar de frente a ela.

- Pela sua cara não é coisa boa amor!

- Não. Ela respirou fundo. – Estamos com problema muito grande.

-O que seria. Roberto já se mostrava impaciente.

- Estamos falidos. Gisela falou de uma única vez.

- É brincadeira? Porque se for não tem graça querida.

Gisela respirou fundo novamente.

-Senta Roberto temos que conversar.

     Gisela dirigia pelas ruas sem acreditar em tudo que seu ex .noivo  disse a ela. Como ela pode confiar nele. Pois a única coisa que ele realmente queria todo esse tempo era  seu maldito dinheiro. Lagrimas corriam livremente pelo seu rosto. “O que faria agora?”

Estacionou o carro e saiu lentamente entrando na mansão que agora não mais pertencia a sua família. Foi para o escritório e encontrou seu pai com um copo de whisky e charuto formando uma nevoa de fumaça fedorenta.

- Pela sua cara aquela idiota mostrou realmente quem era né?

- Você sempre  soube que ele era assim? Deixaria eu me casar com aquele patife?

- Adiantaria falar algo? Você estava cega. Enfim não temos saída, estamos arruinado e temos que sair.

Gisela viu que seu pai estava visivelmente embriagado. Era sempre assim para fugir de suas responsabilidades.  Andou ate a mesa e pegou o cartão que foi deixado pela Regina.

“ Regina Millis”

Tinha o numero logo à abaixo do cartão.

Pegou o telefone e discou tudo parecia em câmera lenta. Ouviu o som do toque e a voz rouca atender.

- Millis falando.

Gisela estremeceu ao som da voz dela.

- Eu aceito sua proposta.

Um silencio se fez presente, quebrado por Regina.

- Ótimo espero você dentro de dois dias para o casamento, traga quem quiser. Mandarei meu advogado entrar em contato com você para lhe passar todo o contrato.

- Ok

-Te vejo em dois dias querida. Falou Regina desligando o telefone.

Gisela colocou o aparelho de volta na mesa e olhou para seu pai.

- Vai se arrepender de aceitar a proposta dessa mulher.

Gisela riu alto de modo histérico.

- Não quero ouvir sua voz, sinto asno pelo homem que mais admirei na vida e que na verdade só mentiu para sua família, não pense que faço por você, mas por minha mãe e por minha irmã.

O homem tentou se levantar mas se desiquilibrou e foi ate o chão derrubando tudo ao seu lado fazendo um enorme barulho que chamou atenção da mulher e da filha mais nova que entraram no escritório e o ajudaram a levantar.

- O que aconteceu aqui? Perguntou a mulher vendo a filha inerte com o rosto molhado pelas lágrimas que caiam livre.

- Seu querido marido perdeu tudo que tínhamos em jogos. Despejou de uma vez só.

- Cale sua boca Gisela, se perdi foi o que era meu... meu entendeu.

- Seu? Ela se aproximou dele devagar e apontou o dedo para ele. – Pois eu vou garantir que não tenha mais nenhum centavo de minha mulher.

- Sua mulher? Que historia e essa Gisela. Perguntou a mãe indo ate a filha.

- E uma longa história mãe, é melhor vocês se sentarem.

Regina sentia uma alegria sem tamanho. Finalmente teria ela em seus braços, como sempre sonhou.

- Ana me liga com o  doutor Carlos.

- Sim Regina. Respondeu a secretaria.

Regina estava sentada em sua mesa no escritório no ultimo andar de sua Empresa. Lutou com mãos de ferro para construir esse império e agora finalmente teria o que realmente sempre sonhou Gisela.

Faria pagar por tudo que ela sofreu e ao mesmo tempo a amaria como ninguém jamais amou.

Fim do capítulo