Regina olhava para Gisela avaliando a expressão da moça, que a olhava incrédula. Mergulhou naqueles olhos como se fosse, no mar, sentiu sua mente viajar até o dia que a viu pela primeira vez e se apaixonara por ela.

- Eu ouvi direito? Perguntou Gisela incrédula.

- Será que, todos nesta família, tem algum problema em entender o que digo? Regina revirava os olhos ato característico, seu quando esta entediada ou aborrecida com algo.

Gisela tentava expressar algo mas a única coisa que conseguiu foi pergunta:

- Por que?

- Vocês realmente não se lembram quem eu sou? Pois bem deixe me refrescar a memoria de vocês. Sou Regina Almeida. Filha do senhor Almeida que trabalhou para o senhor durante mais de trinta anos de sua vida e que o senhor.- Regina apontava para Leonel deixando transparecer o quando era dolorosa reviver essas lembranças do passado.- E o senhor Vieira simplesmente o colocou na rua como se ele fosse um cachorro, pois naquele mesmo dia sua querida filha havia lhe contando que eu tinha me declarado para ela.

Nesse  momento Leonal cai sentado no sofá próximo ao lembrar do episodio que acontece a quinze anos atrás. Gisela olhava incrédula para ela que sustentava o olhar da loira.” Não pode ser ela”

- Sim sou eu mesma! Exclamou  Regina como se lesse seus pensamentos, chegando mais perto dela.- E essa cicatriz você se lembra como foi feita.

Os olhos de Gisela se arregalaram ainda mais ao olhar para a marca boca de morena.

- Fui eu!

- Sim naquele dia que fui ate você me declarar, eu havia me apaixonado perdidamente por você, sua resposta para mim foi uma chicotada que fez você e suas amigas se divertirem muito.

Uma lagrima rolou do olho de Gisela.

- Sinto muito Regina.

Regina lhe deu as costas, não cederia a suas lágrimas. Não agora não depois de lutar tanto pra chegar aonde estava.

- Estou cansada disso tudo, a proposta foi feita. Disse indo ate a bolsa e retirando um carta de lá e depositando encima da mesa.- Você tem ate amanhar a tarde para me dar a resposta, aqui esta o numero do meu advogado. Tenham um excelente dia! Desejou com sorriso irônico nos lábios saindo em seguida deixando uma Gisela sem chão e sem rumo.

   Regina finalmente respirou normalmente, estava dentro do carro e apertava com força o volante tentando conter as lágrimas que pediam passagem. Sabia que seria difícil estar diante dela depois de tantos anos, mas descobrir que ainda aquele sentimento estava vivo dentro dela a enfraqueceu por um minuto.

- Não vou fraquejar, ela será minha como jurei um dia.

Respirou fundo mais uma vez e deu partido no carro e saiu da mansão Vieira com a certeza que ela aceitaria sua proposta.

  - Filha você não precisa fazer isso, aceitar o pedido daquela aberração. Leonel falava com desdém.

- Será que não percebe que toda essa desgraça foi culpa sua. Gritou ela.

- Minha? Oras não se esqueça que foi por sua culpa também, pois foi você que chorando pediu para tira-la daqui.

Gisela se calou diante da resposta do pai. Ela tinha quinze anos na época era mimada uma verdadeira patricinha e seu pai sempre fez todas suas vontades. Era verdade tinha muita culpa nessa história e agora vinham cobrar dela essa divida que com certeza marcou a vida daquela mulher.

- Não temos outro jeito pai! Falou desesperada não queria se casar com ela amava o noivo era com ele que queria viver pra sempre. – Vou conversar com Roberto quem sabe ele pode achar uma solução para isso.  Falou ela saindo rumo ao encontro do seu noivo. Sua ultima esperança de não se prender  aquela mulher.

Já seu pai não tinha tanta certeza que seu genro ajudaria em alguma coisa.

Fim do capítulo