Gisela olha seu reflexo no espelho. Usava um vestido de noiva que caia perfeitamente em seu corpo. Dali a alguns dias seria uma mulher casada e não cabia mais tanta felicidade.

- Você esta linda mana! Elogiou Marcele sua irmã mais nova

- Gostei muito dele ficou o perfeito. Gisela alisava o vestido.

- Esta sim.

- Vou ficar com esse. Informou a vendedora que sorriu mediante a escolha da mulher. Com certeza era um dos vestido mais caros da loja, pois Gisela fazia questão do melhor  para o seu casamento que certamente entraria para a história da cidade.

   Depois de tirar as medidas do vestido para futuros ajustes, as duas moças saíram da loja.

- Tô morrendo de fome Gi, vamos comer? Pediu Marcele já puxando a irmã.

- Calma Ma parece que faz anos que não come.

- É essa sensação que tenho nesse momento. Vamos logo!

Gisela seguiu a irmã rindo estava de muito bom humor naquele dia e nada faria ela sair daquele bem estar.

   - Saia da minha casa sua maldita! O homem gritava enlouquecido para mulher que estava sentada de frente para ele.

A mesma pareceu não se alterar com a atitude do homem que continuava a apontar a mão em direção da porta. Respirou fundo para não perder a paciência e falou:

- Acho que não me entendeu não e mais sua casa e minha casa.

- Você esta louca se pensa que vai me tirar a casa assim... nunca ouviu nunca!

- Os documentos estão ai para provar o que eu digo. Falou ela apontando os papeis que estava  sobre a mesa.

Leonel  esse era o nome do homem pegou os mesmo e começou a rasgar –los e jogar na cara da mulher que continuava calma.

- Oras seu  Vieira isso que o senhor rasgou são só copias, vamos não quero mais perder meu tempo, quero que saia imediatamente da minha casa. Decretou sem piedade se levantando e indo em direção a porta.

- Como vou sair assim, minha família não sabe que estou arruinado! Falou ele caindo sentado no sofá e levando as mãos ao rosto deixando as lágrimas de desespero cair.

- Problema é seu, só quero o que é meu! Falou sem se virar para o homem que ergueu a cabeça não acreditando na crueldade daquela mulher.

- Espere! Pediu ele se levantando e indo ate perto da moça que parou virando totalmente o corpo para olha-lo.

- Tem que ter alguma coisa que possa te dar , qualquer coisa. Ele estava desesperado.

- Qualquer coisa? Perguntou ela com um sorriso diabólico nos lábios.

Ele apenas meneou a cabeça concordando.

- Sim seu Vieira tem algo que eu quero.

Os olhos do homem se encheram de esperanças.

- Diga –me o que quer?

Ela se aproximou mais dele e saboreou cada palavra da frase que pronunciou para ele.

- Quero que me de a mão de sua filha em casamento.

   Gisela estacionava o carro enfrente a mansão dos Vieiras, desceu em seguidaindo em direção a porta de entrada que foi aberta pelo mordomo.

- Bom dia Wili!

-Bom dia Senhorita. Onde esta a outra senhorita? Perguntou ele não vendo a mais nova com a irmã.

- Ficou no shopping  encontrou uns amigos lá. Disse sorrindo colocando sua bolsa no aparador.

- Onde estão meus pais? Perguntou olhando em volta.

- A senhora  Vieira esta no almoço com sua amigas do clube e seu pai esta no escritório com uma pessoa.

- Pessoa? Perguntou estranhando Pois seu pai não levava seus clientes para casa. Sentiu algo que algo estava acontecendo e os gritos do seu pai comprovaram isso. Gisela correu para o escritório abrindo a porta de uma única vez e vendo seu pai apontando o dedo para a mulher a sua frente, nunca viu seu pai dessa maneira, parecia que estava a ponto de matar aquela mulher misteriosa.

- Papai o que esta acontecendo?

Ao ouvir a voz da filha Leonel pareceu se acalmar e tentava disfarçar.

- Nada querida!

- Como nada você esta aos berros com ela. Falou apontando para a mulher que continuava virada de costas para ela, viu que a mesma andou em direção a janela e olhava a paisagem como se nada tivesse acontecido minutos antes.

- Filha deixe que resolvo, assuntos da Empresa, você tem um casamento para programar vai querida.

Gisela realmente não queria se meter em negócios de seu pai.

- Tudo bem papai. Concordou dando o beijo no rosto dele que sorriu para sua primogênita. Gisela caminhou para porta e pela primeira vez ouviu a voz da mulher que ate então ouvia tudo calada.

- Até quando vai mentir para sua família.

Gisela parou no mesmo instante. Aquela voz grossa e sensual causou um arrepio que Gisela sentiu ate vertigens. Virou-se para mulher que no mesmo instante que ela. Pode ver o quanto era bonita, branca olhos castanhos cabelos negros curtos ate o ombro, mas o que chamou atenção foi a boca grossa que sustentava um batom vermelho sangue, e a cicatriz que tinha na parte superior dos lábios.

- Cale sua boca. Leonel  gritou

- O que ela esta falando papai?

- Não se meta Gisela.

- Claro que me meto o que esta me escondendo ou prefere que eu pergunte a ela? Ameaçou apontando para a Mulher que ergueu a sombrancelha.

Leonel respirou fundo não tinha outra saída. Sentou em sua cadeira lentamente passou a mão  pelo rosto e encarou a filha.

- Eu estou arruinado!

- O que ? Gisela pensou em ter ouvido errado. – Esta brincando ?

- Não filha perdi tudo no jogo e essa mulher. Apontou para ela. – E a dona de tudo que possuo, casa,carros  a Empresa tudo.

Nessa hora o homem chora, Gisela caiu sentada na cadeira que outrora estava sentada a mulher que agora olhava a cena sem esboçar reação a nada.

- Como pode papai fazer isso conosco?

- Sento muito filha eu...

- Senti? Gritou Gisela se levantando e andando de um lado para o outro. – Sentir agora não resolvera nossos problemas, agora temos que pagar pelo seu erro?

- Filha eu...

- Não diz nada papai. Gisela não queria ouvir nenhuma explicação, tinha que pensar em como sair disso, não poderia deixar sua mãe e sua irmã na ruina. Olhou para mulher que a olhava profundamente.

- Me diz tem algo que possamos fazer?

-Não

- Sim

Os dois falaram ao mesmo tempo.

- Não permitirei que faça isso. Leonel já se levantava agarrava os ombros da filha que se desvencilhou do contato  e voltou a atenção para a mulher.

- Então senhora...? Quis saber o nome dela.

- Millis, Regina Millis. Respondeu

Gisela gostou do nome combinava com ela, nome de rainha o que ela realmente parecia.

- Me diga a algum jeito de mudarmos isso? Gisela estava apreensiva e aquela mulher lhe olhando daquele jeito fazia sua barriga dor de nervoso.

- Na verdade só você pode mudar isso.

- Eu? Como?

- Case-se comigo

Fim do capítulo