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  • Capítulo 5 – Um filme, um doce e um beijo.

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Ame o que é seu por PriHh

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Palavras: 3623
Acessos: 9584   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 5 – Um filme, um doce e um beijo.

“Beijar é como beber agua salgada: você bebe e aumenta a sua sede.” (José Feliciano Damião)

 

Desci as escadas do quarto dela tentando ignorar meus pensamentos mas as palavras dela ressoavam em minha cabeça como o badalar de um sino que ecoa quando é tocado. “Será que estou apaixonada? Isso seria muita loucura, eu não posso estar apaixonada por uma garota. Eu nem sequer sei o como é se apaixonar. Eu não estou apaixonda.” – pensei.

- Eu gostei muito de passar a tarde com você!  - disse-lhe já na porta de entrada.

- Eu também. Nos vemos amanhã então. Posso te esperar na entrada? – fiquei feliz por saber que ela queria me esperar no portão do colégio.

- Claro. Ate amanhã – fui até ela e dei um beijo em seu rosto. Pude sentir a maciez de sua pele, assim como o aroma gostoso de shampoo que exalava de seus cabelos. – Tchau.

- Tchau – respondeu-me. Entrei no carro e viemos para casa. eu quase não falei durante o caminho, apenas respondia algumas perguntas de meu pai, tudo muito no automático.

Um mês já havia se passado desde o dia em que a conheci. A cada dia Larissa e eu estávamos mais unidas e aquelas sensações que eu tinha perto dela só fazia aumentar. Todo dia eu repetia mentalmente que não estava apaixonada por ela, como se aquilo fosse um mantra, capaz de mudar o que já sabia sentir por ela. Sim eu estava apaixonada por Larissa. E eu percebia cada vez mais, e cada vez mais ficava difícil controlar o ciúmes que eu sentia dela. Eu evitava sair da sala nos intervalos, sempre com uma desculpa de que não havia terminado um outro dever,  assim não seria obrigada a vê-la se agarrar com o Tom, e por isso, algumas vezes ela ficava comigo, o que me deixava muito feliz por dentro. Naquela quarta-feira não foi diferente.

- O que vai fazer no sábado? Vai sair com o Tom? – perguntei torcendo para que ela não fosse.

- Não – respondeu e eu soltei fogos de artificio internamente  – Como amanhã é feriado ele vai viajar com os pais pro interior. Estou sem planos e você?

- Eu tava pensando... o que você acha de ir dormir la em casa? A gente escolhe uns filmes e come pipoca.

- Só se você prometer que vai ter M&M´s de amendoim – sorriu fazendo uma carinha travessa.

- Hum deixa eu pensar... – falei colocando a mão no queixo com ares de quem analisava o pedido dela - Prometo que eu te compro um pacote grande – respondi voltando meus olhos nos seus.

- Então tá combinado. Vou só pedir pra minha mãe e amanhã eu te confirmo ok?

- Ok. – eu já imaginava que sua mãe deixaria, já que não seria a primeira vez que ela dormiria em casa.

Passei o feriado todo em casa e na sexta-feira Larissa me ligou a tarde. Passamos um bom tempo conversando pelo telefone e ela confirmou que sua mãe havia a deixado dormir em minha casa. Com tudo confirmado, só restava esperar o sábado chegar. Escolhi dois filmes um de comédia, tipo preferido dela, e um de ação. O pai de Larissa deixou ela em minha casa por volta das 18:00h. Após cumprimentar meus pais e minha irmã seguimos para o meu quarto. Meus pais estavam de saída, iriam levar Ana Cecilia ao shopping e ao cinema, Lúcia já tinha ido para a casa dela e restamos apenas ela e eu.

- Acho seu quarto muito legal – ela disse após olhar as poucas coisas que havia por ali.

- Eu não gosto de muitas coisas no quarto. Gosto de ter espaço. Só não abro mão da TV – disse apontando o aparelho preso na parede - O que quer ver primeiro?  - disse mostrando os filmes a ela.

- Este aqui – respondeu pegando o filme de comédia de minha mão.

- Vou lá fazer nossa pipoca. Fica a vontade.  – disse saindo. Passei alguns minutos na cozinha, peguei  2 latinhas de refrigerante e ao retornar ela já me esperava. Entreguei a bandeja com as pipocas para ela e deitei ao seu lado na cama, que apesar de ser de solteira era bem mais espaçosa que as comuns. Ela encaixou a travessa com pipoca entre nós. Entreguei uma latinha a ela e abri a minha. Assistimos ao filme todo gargalhando muito, em algumas vezes nossas mãos se tocavam ao pegar a pipoca, fazendo com que nos olhássemos, sempre com uma das duas sorrindo. Após o fim do filme, levantei-me para colocar o outro, contudo, antes mesmo que eu me deitasse ao seu lado ela chamou minha atenção esticando seus braços e pernas pela cama toda.

- Não está esquecendo nada?

- Não. O que? – fingi inocência. Eu sabia bem o que ela queria.

- Você me prometeu uma coisa. Só vai deitar aqui se cumprir o que prometeu.

- Hum... - respondi indo até meu guarda-roupas – e por acaso essa coisa seria um pacote amarelo cheio de bolinhas dentro? – disse pegando o M&M´s e mostrando-lhe. Ela abiu um sorriso e seus olhos brilharam. Incrível como ela era viciada naqueles doces. Larissa devorava um pacotinho desses toda semana. Voltei para a cama entregando-lhe o pacote e deitando ao seu lado.

Mais ou menos no meio do filme olhei para o pacote, percebendo que só restava um ultimo doce. Levei a mão pegando-o, porém, antes de coloca-lo na boca ela interviu em minha ação.

- Ei é o ultimo! – gritou.

- Eu sei. Por isso peguei!

- Nem pensar Júlia. Pode me passar ele. – disse estendo a mão na minha frente.

- Não! – disse rindo da cara de bravinha que ela fazia.

- Se não me entregar por bem... – veio em minha direção e eu sai da cama.

- Nem pense que vou entrega-lo assim – respondi fechando minha mão com o doce dentro.

Larissa se aproximou tentando pegar minha mão, que eu já havia escondido atrás das costas. Sua mão esquerda segurou a minha direita, enquanto sua mão direita tentava a todo custo alcançar o doce. Virei meu corpo para o outro lado do quarto tentando me afastar dela, enquanto Larissa continuava a me pressionar. A cada tentativa dela e pegar minha outra mão eu dava um passo para trás. Somente percebi que fiquei sem caminho quando minhas pernas encostaram-se à beirada da cama e ela caiu sobre meu corpo.

Nossos olhos fitaram-se, ela estava a centímetros de mim. O sorriso em seu rosto foi diminuindo aos poucos até sumir completamente. Permanecemos em silencio, nos olhando. Eu sentia sua respiração quente tocar meu rosto e meus olhos alternavam-se entre seus olhos e sua boca. Tê-la assim tão próxima desestabilizou as  barreiras que eu tinha erguido, me fez perder o  único resquício de controle que eu ainda mantinha dentro de mim.  Molhei meus lábios com a língua e antes que ela recuasse, levei meus lábios aos seus, tocando-os suavemente. Ela prendeu a respiração. Ao perceber que ela não recuou fechei meus olhos e minha boca pediu mais espaço na sua, com minha língua invadindo lhe devagar e delicadamente, aprofundando o beijo. Ela correspondeu-me, com sua língua tocando a minha e senti seu corpo relaxar sobre o meu, com toda aquela tensão entre nós dissipando-se. Beija-la era tudo que eu queria já há algum tempo. O beijo era calmo, sem pressa. A boca dela era uma delicia, muito melhor do que eu ja havia sonhado,  eu poderia passar o resto da minha vida sentindo aquela boca. Acabei me esquecendo de tudo, até mesmo de onde estávamos.

Fiz menção de puxar minha mão para tocar seu rosto, entretanto, ela parou o beijo e  afastou-se, saindo de cima de mim.

- Desculpa – disse levantando-se e virando-se de costas sem me olhar. – eu não sei o que deu em mim.

- Lari... – sentei na cama e tentei contato, mas não obtive resposta. – Acho que a gente deveria conversar. Eu... não queria... quer dizer eu queria mas... – eu estava igual cego em tiroteio, completamente perdida nas palavras quando ela interrompeu-me.

- Acho melhor a gente dormir – ela respondeu virando-se para mim e seguindo em direção ao banheiro.

- Droga! – disse baixinho deixando meu corpo cair novamente na cama. Fechei os olhos tocando minha boca com a mão e lembrando o beijo que havíamos trocado minutos atrás. Não pude deixar de sorrir. Eu já tinha beijado alguns garotos, é claro, mais nenhum beijo se comparava àquele que havíamos acabado de ter. Mesmo que aquele viesse a ser o primeiro e o ultimo beijo, ele valeu a pena em todos os sentidos. Quando ela voltou ao quarto já estava vestindo seu pijama favorito e pronta para dormir. Deitou-se na cama virando para o lado de onde eu estava, sem nem mesmo olhar para mim. Levantei e ajeitei-me para deitar também. Apaguei a luz e o silencio dominou o quarto. Eu começava a me culpar por tê-la beijado, ao mesmo tempo em que estava feliz por tê-lo feito. Fiquei um longo tempo revivendo aquele beijo.

- Lari – chamei baixinho mas só obtive o silencio como resposta. Levantei meu corpo devagar e olhei para ela, que mantinha os olhos  fechados e a respiração tranquila, provavelmente já estava dormindo. Deitei-me novamente encarando seus cabelos por algum tempo  – Desculpa... eu não queria... não queria ter me apaixonado por você! – confessei  baixinho deixando uma lagrima escorrer de meus olhos. Virei-me para o outro lado. Não queria deixar minhas emoções falarem mais alto, não naquele momento, mais foi impossível controlar a dor que eu sentia. Levantei da cama e caminhei até o banheiro, fechei a porta encostando meu corpo nele e deixei as lagrimas que eu segurava caírem. Eu não correria o risco de chorar ao lado dela.

Foi praticamente impossível dormir aquela noite. Depois do que havia acontecido eu ficava imaginando um milhão de consequências, mas o pior de tudo era o medo que eu tinha de que ela se afastasse de mim. Quando o dia finalmente amanheceu, eu decidi que tentaria conversar novamente com ela. Eu não queria ficar longe dela e nem força-la a aceitar minha presença em sua vida, por isso aceitaria sua decisão. Se ela me dissesse que nós seriamos apenas amigas, então era isso que seriamos. Eu já estava acordada quando ela finalmente abriu os olhos.

- Bom dia – disse ainda deitada, meus olhos procuraram os seus.

- Bom dia – ela respondeu ajeitando-se na cama.

- Dormiu bem?  - tentei ajeitar uma mecha de seu cabelo mais ela rejeitou meu toque, segurando minha mão antes que eu a encostasse nela.

- Sim. Obrigada.

- Podemos conversar? – pedi.

- Se for sobre ontem,  acho melhor deixarmos do jeito que está. – percebi constrangimento na voz dela.

- A culpa foi minha eu não quero...-  toquei sua mão que estava sobre a cama e ela a puxou afastando-as, como se tivesse nojo do meu toque. Aquilo me magoou profundamente. Tentei explicar que não queria perder sua amizade, porém, ela me interrompeu antes.

- Esquece Júlia. – fitou-me seria - É melhor a gente esquecer o que houve.

- Tudo bem – respondi vencida. – se é o que você quer!

- Acho melhor eu ir para casa. Amanhã a gente se vê no colégio. – disse levantando-se e começando a arrumar suas coisas.

- Você vai sozinha? – levantei-me também – Você não precisa ir embora.

- Eu quero ficar sozinha – respondeu sem me olhar. – eu pego um taxi até em casa.

Decido não lutar contra sua vontade. Depois de arrumada acompanhei-a até a porta. Antes de sair ela tornou a olhar-me. Eu queria poder decifrar o que aquele olhar dizia, mas eu não conseguia. Eu não sabia se era medo, raiva, magoa, nojo, eu não conseguia saber o que ela estava sentindo, e isso me matava por dentro. Voltei ao meu quarto novamente e chorei, chorei muito. Chorei de medo, de angustia, de dor. Chorei por tudo que eu estava sentindo até que o cansaço e sono me venceram.

Acabei acordando tarde. O resto do domingo correu devagar, quase se arrastando. Quando a noite chegou eu estava ansiosa e ao mesmo tempo aliviada, pois sabia que na manhã seguinte eu a veria novamente. Infelizmente, para aumentar meu desespero, minha segunda-feira me fez sentir pior do que eu já me sentia.

Eu mal entrei no colégio e dei de cara com Larissa, que estava sentada no colo do idiota do namoradinho dela. Ela sorria, todavia, ao me ver, seu sorriso morreu. Mas o que mais me matou foi vê-la beija-lo, como se fizesse aquilo para me magoar. E isso tinha dado certo porque senti uma dor lancinante em meu peito. Segui para a sala e ao passar por eles nossos olhos se encontraram. Desviei meu olhar do dela, não queria que visse meus olhos marejarem e segui até a sala de modo apressado.

- Ei Júlia – gritou Samira – Júlia...- ignorei as meninas me chamando.

- Que deu nela? – perguntou Tati estranhando.

- Vai ver brigou com o namorado – disse Tom.

- Ela não tem namorado Tom – disse Samira – Ainda não. Mais tarde eu falo com ela.

Bom pelo menos eu já tinha uma certeza nisso tudo, aquele seria o ultimo beijo que teríamos. As coisas estavam estranhas entre nós, e a cada dia ficava pior. Nos falávamos menos e ela evitava ficar sozinha comigo. As meninas estranharam nosso comportamento, chegando a perguntar se havíamos brigado. Respondi que era apenas impressão delas enquanto Larissa apenas sorria para confirmar minha desculpa.

Os dias foram passando e as coisas entre Larissa e eu não estavam nada boas, mesmo assim mantínhamos nosso grupinho “unido”. Quando tínhamos algum trabalho em dupla para fazer eu acabava fazendo com Samira e Larissa com Tatiana. Dez dias depois do nosso beijo estávamos no final na aula de educação física quando Samira atravessou a quadra correndo e com uma cara de quem estava aprontando. Já viu criança quando sabe que fez arte e se esconde atrás da cortina? Era ela.

- Jú será que você pode vir comigo rapidinho?

- Ir pra onde? – Tati perguntou mais curiosa do que eu.

- Tem alguém que quer conhecer ela – disse  para Tati

- Quem? – perguntei.

- O nome dele é Thiago. Ele estuda no 1ºC.

- Ele é um babaca – ouvi Larissa resmungar ao ouvir o nome do garoto.

- É um babaca lindo – disse Tati  suspirando – vai lá – encorajou-me.

- Vem – disse Samira puxando-me. Percebi Larissa me acompanhando com os olhos até onde o garoto estava. Ele era mesmo bonito. Passei alguns minutos conversando com ele. Era educado e me fazia rir. Ao se despedir, deu-me  um beijo no rosto. Virei-me para voltar a quadra e Larissa estava sozinha ali, me encarando. Ela estava com um olhar nada amigável. 

“Quem entende essa pessoa? Eu até pensaria que tá com ciúmes mas isso seria impossivel” – pensei olhando-a. Peguei minha toalha e minha squeeze  com agua e fui em direção ao vestiário, sendo seguida de perto por ela. Assim que entrei as meninas vieram ao meu encontro.

- E ai o que achou dele? – perguntou Tati.

- Ele parece legal.

- Legal? Só isso?

- Ah sei la gente. Ele é bonito também.- sorri.

- Acho que vocês dois formariam um casal lindo – disse Tatiana. Ouvimos um barulho e ao olharmos vimos Larissa saindo de costas em direção as duchas. O barulho tinha sido a porta do armário dela, que fora batida com um pouco de força. Ela parecia irritada. “Será que ela ficou brava por causa dele? Será que... sentiu ciúmes mesmo?” – pensei mais assim que lembrei da forma que ela reagiu ao meu toque aquele dia tirei essa ideia da cabeça. Ninguém sente ciúmes de alguém por quem não tem sentimentos. E as atitudes dela deixavam isso bem claro para mim.

“Talvez se eu der uma chance a ele eu esqueço meus sentimentos por ela, e ai finalmente poderemos voltar a ser amigas de verdade” – pensei.

Depois daquele dia eu comecei a passar os intervalos no pátio e Thiago sempre estava com a gente. Sempre ao meu lado tentando me agradar. Às vezes me trazia bombons, outras vezes, sorvete. Eu adorava claro, pois além de ganhar os doces percebia que Larissa se incomodava com aquilo. Mesmo assim ela nunca dizia nada e pra aumentar minha raiva se agarrava cada vez mais com o rei dos idiotas. Eu já havia desistido de tentar entende-la.

Depois de um mês praticamente insistindo, Thiago acabou baixando um pouco minha guarda. Num certo dia no final do intervalo, eu estava seguindo em direção à sala com as meninas quando ele me chamou pedindo para conversar a sós. Assenti, informando a elas que logo subiria. Conversamos por pouco tempo e ele me deu uma linda rosa vermelha. Quando fui agradecê-lo com um beijo no rosto, ele virou-se me pegando de surpresa e me beijando, contudo, ao invés de repeli-lo eu correspondi seu beijo. Era muito diferente do beijo dela. Era bom, mais o beijo dela era mil vezes melhor. Quando nos separamos, sorri afastando-me. Ia voltar para a sala mais assim que me virei meus olhos encontraram-na parada no topo da escada. Virei-me e caminhei até o banheiro para lavar meu rosto antes de subir e quando estava saindo Larissa entrou.

- Foi bom o beijo? – perguntou ironicamente. Seu rosto estava vermelho, parecia furiosa.

- Ele não beija mal – respondi sorrindo, irritando-a ainda mais. Segui em direção a porta mais ela segurou meu braço e puxou meu corpo de volta ao lugar onde estava antes..

- Por que beijou ele?  - aproximou-se, ela parecia decepcionada. Encostou meu corpo na pia e cruzou os braços a minha frente.

- Isso não é da sua conta é? – retruquei.

- Não não é mesmo! Mas achei que fossemos amigas... eu – interrompi-a, explodindo minha  raiva sobre ela.

- Amigas... – sorri sarcasticamente balançando a cabeça  – Você mal fala comigo desde aquele dia. Eu tentei falar com você, acertar a coisas entre nós, foi você quem não quis conversar esqueceu? Eu estou fazendo o que você me pediu. – disse apontando o dedo em sua direção - Estou esquecendo Larissa.

- Esquecendo com o primeiro babaca que aparece que na sua frente?

- Na verdade ele seria o segundo já que o primeiro, ou melhor, a primeira foi você! – disse para magoa-la, me arrependendo logo após ter pronunciado tais palavras. Dei a volta e caminhei em direção a porta, mas detive-me ao ouvi-la novamente.

- Tá apaixonadinha por ele? É tão fácil pra você se apaixonar?  - virei-me olhando-a. Ela sabia! Estava acordada naquela noite quando eu disse que estava apaixonada por ela.

- Do mesmo jeito que é fácil pra você ignorar a mim... ou ao meu sentimento por você todos esses dias.

- Não é nada fácil tá legal – gritou. – Acha que não sinto nada? Você não sabe de nada. Acha que não me doeu ver você com ele? – uma lagrima correu por seu rosto. – Doeu sim! Doeu mais do que eu esperava. Tá feliz por ouvir isso? Eu sai da sua casa completamente confusa. Eu nunca tive sentimentos assim por uma garota e ai você apareceu e tudo mudou...- pausou – Tudo mudou e a culpa é sua! – gritou. Eu já sentia minhas lagrimas descerem por meu rosto - Eu me sinto tão perdida... o que sinto cada vez que te vejo vai contra tudo aquilo que eu sempre achei certo, que minha família acha certo  - disse entregando-se as lagrimas. Larissa encostou-se à parede do banheiro e deixou seu corpo deslizar até sentar-se no chão. Vê-la chorar partiu meu coração. Aproximei-me devagar, ajoelhando-me na sua frente.

- Eu tentei esquecer o que aconteceu... esquecer aquele beijo – soluçava – mais eu não consigo. Eu não consigo esquecer e eu não sei mais o que fazer... eu...eu não sei mais... – ela estava tão perdida em sentimentos quanto eu.

-Shiiii...  Ta tudo bem – disse puxando-a para um abraço –  Não chora... Eu entendo. Eu também fiquei com medo quando percebi o que estava sentindo – acariciei seus cabelos – Vai ficar tudo bem. Vamos ficar bem ok? - Levantei-me trazendo-a junto comigo – Vem, vamos lavar esse rostinho. Nunca te disseram que você só é linda quando sorri e  não quando chora?  – perguntei arrancando um sorriso contido de seus lábios. Ela lavou o rosto e eu fiz o mesmo, já mais calma ela voltou a me encarar. Deslizei a mão em seu rosto, fazendo uma caricia leve e ela fechou os olhos. Coloquei uma mecha do seu cabelo atrás da orelha e sorri para ela abraçando-a em seguida.

- Assim tá bem melhor! – afastei-me devagar e como eu era alguns centímetros mais alta que ela, encostei minha testa na sua e ficamos nos olhando até as mãos dela tocarem minha nuca, puxando-me para um beijo. Um beijo desejado por ambas desde aquela noite, um beijo de saudades, de paixão. Um beijo que começou apressado, explosivo como a fúria de um vulcão, e que aos poucos foi tornando-se calmo como uma brisa suave da primavera. Após o beijo abracei-a envolvendo meus braços em sua cintura enquanto suas mãos penduravam-se em volta do meu pescoço.

 

- Eu também me apaixonei por você! – sussurrou em meu ouvido me fazendo sorrir e aperta-la mais ainda em meus braços, tornando-me a pessoa mais feliz do mundo naquele instante.

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi meninas... estou revisando alguns capitulos que ja estão prontos e estarei postando-os.

Bjus


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Comentários para 5 - Capítulo 5 – Um filme, um doce e um beijo. :
Giih.Rosa
Giih.Rosa

Em: 16/06/2024

Responder

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rhina
rhina

Em: 23/06/2020

 

Que fofas.

Elas até tentaram......

Rhina

Responder

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annagh
annagh

Em: 26/03/2016

Que gracinha Júlia e Lari juntas...adoro ceninhas de ciúme. Acho fofo....kkkkkkkkk....pena que o destino foi tão cruel com as duas!!!

Responder

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Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 08/03/2016

Lindas! d84; d84; d84; 


Resposta do autor em 09/03/2016:

São fofas né! 

 

Responder

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Mille
Mille

Em: 08/03/2016

Muito bom. Dói muito quando você ver a pessoa que ama beijando outro.O pior é querer está no lugar da outra pessoa.

E esse Thiago será que permanecerá educado quando levar o fora.

Bjus

😘😘😘😘😘😘


Resposta do autor em 09/03/2016:

Eu ja passei por essa situação varias vezes e não é facil mesmo...

Mas as vezes você precisa disso pra cair na real né!?

Bjus

Responder

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Miss_Belle
Miss_Belle

Em: 08/03/2016

Amando a históriaa...tive até que favoritar!!

Posta mesmoo!!


Resposta do autor em 09/03/2016:

Ola Belle

Que bom que gostou...

Tem mais capitulos pra vc! e continue mandando sua opinião gosto muito de saber o que vocês estão achando de tudo!

Bjo

Responder

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Paloma Dias
Paloma Dias

Em: 08/03/2016

Posta, posta. Já estamos ansiosas por desenrolar da história


Resposta do autor em 09/03/2016:

Oi Paloma...

Já postei mais! Ate amanha posto mais dois pra vocês ok!!

Bjus

Responder

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