Capítulo 91 - A decisão I
Isabella.
Depois que nos despedimos na garagem eu segui para a empresa. Sorri lembrando que Larissa me esmagou pela manhã. Nem sei como conseguimos dormir naquela rede e não ficarmos completamente doídas. Meu celular tocou, eu atendi no viva voz.
-Diz Isac.
-Isa, você já está vindo?
-Sim, já estou quase aí. Algum problema?
-Preciso de sua assinatura em alguns documentos, preciso entregar a Samantha hoje ainda.
-Tudo bem, já estou a caminho.
Encerramos a ligação, alguns minutos depois eu já estava caminhando em direção a minha sala. Isac e Bianca estavam lá, logo, começamos os trabalhos, primeiro assinei o que Isac precisava entregar a Samantha. Quando terminei de assinar Bianca disse:
-Eu vou entregar. – olhou para meu irmão, que entregou o papel.
-Nós sabemos que isso é desculpa para agarrar ela. – falou rindo logo que a amiga saiu da sala.
Isac e eu nos olhamos e rimos, ele voltou sua atenção aos trabalhos, lembrei que precisava ligar para Marta, sobre o pedido de guarda provisória. Procurei seu número e liguei, no segundo toque ela me atendeu:
-Bom dia Isa. Já estava me perguntando quando ia receber sua ligação. – falou calma.
-Bom dia Marta, já era pra eu ter ligado mais acabei me prendendo aqui com outras coisas. – sorri. – Bem, vou te encaminhar o pedido por e-mail, assim você pode levar para sua amiga ver.
-Claro, Duda está de volta a cidade hoje à tarde, assim que ela me ligar vou para o fórum encontrá-la.
-Obrigada Marta.
-Não precisa me agradecer, faria qualquer coisa por Larissa. E podem cuidar em arrumar o quarto de Alice, pois acredito que logo ela irá morar com vocês.
-Claro, pode deixar que cuidaremos disso. –falei rindo. – Bom, preciso ir agora.
-Tudo bem querida, bom trabalho. – disse e desligou.
Logo me juntei a Isac na pilha de relatórios, processos, contratos. Passou algum tempo e mal reparamos que Bia ainda não havia voltado. Quando de repente ela abriu a porta em um rompante. Olhamos para ela que estava mais pálida que o normal.
-Que foi? – Isac perguntou.
-A...a...- sentou tentando completar a frase. – A Alana está aí. – disse me olhando.
Mais essa agora, Isac olhou para mim.
-Não sairemos da sala, se ela tem alguma coisa a dizer será conosco aqui. - olhou Bianca que concordou.
-Tudo bem, vou mandar ela entrar. – me sentei e liguei para a secretária. – Pode mandar Alana entrar.
-Certo Dra.
Não demorou e ouvimos batidas na porta.
-Pode entrar. – a voz de Isac saiu séria.
-Oi. – Alana me encarou. Depois olhou para Isac e Bianca, os dois ficaram parados encarando minha ex. –Bom já vi que Larissa deixou você com os cães de guarda. – sorriu de canto. Virou em minha direção. – Só vim comunicar que o contrato do shopping não será mais necessário. Depois que dei o recado que Larissa mandou para John, ele resolveu que se ela não sabe deixar a vida pessoal de lado, será melhor que nós procuremos outra engenheira. – disse sorrindo vitoriosa.
-Ótimo, não acho que isso vá fazer muita diferença para a empresa. – falei tranquila e ela logo tirou o sorriso da cara. – Bom, se era apenas isso você já pode ir. – apontei a porta e encarei os documentos que estavam em minha mesa.
Ela passou por Isac e Bianca, em seguida bateu a porta da sala. Os dois se olharam e caíram na risada, eu levantei minha cabeça e acabei rindo do jeito daqueles dois. O restante da manhã passou sem mais novidades ou visitas inesperadas e indesejadas. Enviei os documentos para Marta, já era meio dia.
-Bom, eu vou almoçar com minha namorada. – disse Isac saindo da sala.
-Eu vou encontrar minha ruiva. – Bia saiu em seguida.
Acabei indo para o Santé, assim que cheguei liguei para Larissa, chamando-a para almoçar comigo. Em pouco tempo ela já estava comigo, ri da brincadeira que ela fez. Quando ela se sentou à minha frente nos encaramos. Quis matar a dona da voz que se atreveu a cortar nosso momento:
-Larissa, que surpresa, a segunda vez que nos encontramos hoje. – a loira disse com a mão no ombro de Lari.
Encarei a mão posta no ombro da minha noiva, logo depois analisei aquela criatura que no mínimo comprava as roupas na sessão infantil, devia ter um e cinquenta de altura. Ela continuava com a mão no ombro de Lari, nem se importou com o olhar que lhe dei, além de sem tamanho, ainda era cara de pau.
-Pois é Camilla, uma coincidência e tanto. – sorriu sem jeito, retirando a mão dela do ombro. – Deixe-me lhe apresentar a Dra. Isabella Magalhães, minha...
Não esperei que Lari completasse a fala.
-Futura Isabella Magalhães Rodrigues.- estendi a mão cumprimentando a mulher, apertei sua mão de forma firme, sem deixar de encara-la. – Muito prazer Camilla. – sorri da cara de espanto que a mulher fez, quando percebeu que eu era namorada de Lari.
-Ah, você é a futura senhora Rodrigues. – sorriu sem graça. – Bem que todos me falaram que você era linda. Bom, preciso ir agora. Foi um prazer conhece-la. – disse e saiu.
Larissa sorria divertida, não entendi o porquê.
-Do que você está rindo? – encarei-a séria.
-Você com ciúmes. – continuou rindo.
-Não fiquei com ciúmes, só quis deixar claro quem eu sou. – ela riu ainda mais, dessa vez eu ri junto. – Afinal onde vocês se viram? – perguntei.
-Na construção, quando eu cheguei lá, ela já me esperava. Queria ver a obra. – contou calma.
-E porque Milena não fez isso? – questionei intrigada.
-Camilla insistiu que fosse eu. Você realmente está com ciúmes?
-Não, ela já entendeu que você tem dona. – lhe sorri de lado, ela balançou a cabeça rindo de volta.
Pedimos o almoço, enquanto esperávamos a comida resolvi contar sobre a visita de Alana.
-Alana esteve na empresa hoje. – olhei para ela, que mudou a expressão.
-O que ela queria? – perguntou com invado.
-Dizer que John não irá contratar a empresa. – falei calma.
-Azar o dele. – disse séria. – Quando der merd* com outra construtora ele vai me procurar. - ficou em silencio por alguns segundos. – Não me diga que você ficou sozinha com ela?
-Não, Isac e Bianca estavam na sala, inclusive ela disse que eles dois são meus cães de guarda. – acabei rindo.
-Menos mal, nem tinha pensado nessa ideia. – riu macabra.
Resolvi mudar de assunto.
-Mandei o pedido para Marta, ela disse que nós devemos começar a organizar o quarto para Alice. – olhei para ela e nesse momento nosso almoço chegou.
-Podemos ver isso hoje.- disse calma.
-Você tem aula.
-Verdade.
Logo, já conversávamos sobre outras coisas, estávamos pagando a conta quando Andressa ia chegando.
-Oi meninas. – disse nos cumprimentando.
-Oi Andressa. – respondi.
-Oi. - Lari disse.
-Já estão saindo? – perguntou.
-Sim, preciso voltar para a empresa.
-E eu para a obra.
-Eu venho do médico, fui levar Adisa. – contou calma.
-Está tudo bem? – Larissa se preocupou.
-Sim, ela só estava se sentindo enjoada, me preocupei um pouco. – disse envergonhada.
-Isso vai acontecer muito, acostume-se. – falei rindo.
-Vou tentar, mas sempre que vejo que ela está mal eu fico agoniada. – confessou sem graça.
-Daqui a pouco isso diminui. – falei.
-Assim espero, bom, hoje iremos começar a comprar as coisas para o bebê. Que Adisa insiste em dizer que é menina. – deu de ombros e nós rimos.
-Olha amor, você podia ir com elas e olhar algumas coisas para Alice. – Lari disse.
-Seria ótimo ter sua companhia. – Andressa me olhou.
-Claro, podemos ir sim. – concordei. – Só me liga e eu encontro vocês no shopping.
-Tudo bem.
-Bom, vamos indo. Até mais tarde. – nos despedimos.
Fomos para o estacionamento, Larissa me olhava, caminhávamos de mãos dadas. Logo que chagamos no meu carro, ela disse:
-Vou te ver antes de eu ir para aula? – perguntou, já encostando seu corpo no meu.
-Não sei, talvez. – falei olhando seus lábios. Ela mordia levemente, em um sorriso que era sexy.
-Então acho que esse vai ser nosso beijo até a noite? – disse ainda mais perto.
-S-sim.
Ela segurou minha nuca, me beijou intensamente, me tirou todo o ar. Quando se afastou de mim, senti minhas pernas bambas. Agradeci por estar encostada no carro. Lari se afastou e disse sorrindo:
-Até a noite. – me deu uma piscada e foi para seu carro.
Eu não fui capaz de formular uma resposta, fiquei parada lhe observando entrar no carro. Depois de alguns segundos nessa admiração eu balancei a cabeça e voltei a mim. Entrei no carro e segui para a empresa. Estava chegando na empresa quando meu celular tocou:
-Siqueira, como vai? – perguntei feliz ao ouvir a voz do meu amigo.
-Muito bem Isa. Será que você poderia dar uma passadinha por aqui mais tarde, você e Larissa? – perguntou.
-Claro, só que vai ser tarde pois ela tem aula hoje, tem algum problema?
-Não, claro que não, depois da faculdade está ótimo para mim. – concordou.
-Então passaremos ai mais tarde.
-Estaremos esperando vocês.
Encerramos a ligação, eu caminhei em direção a empresa, Isac e Bia já estavam lá, passamos o restante da tarde trabalhando. Logo que deu cinco horas os dois foram embora, pois ainda tinham aula. Eu resolvi ficar mais um pouco, revisei alguns contratos, já era pouco mais de seis da noite quando meu celular tocou.
-Alô.
-Isa, nós já estamos no shopping, você vem? – a voz de Andressa.
-Claro, nossa, nem vi a hora passar, encontro vocês daqui a pouco.
-Tudo bem. Até já.
Arrumei minhas coisas às pressas e logo sai, alguns minutos depois já encontrava as meninas.
-Oi gente, desculpa a demora. – disse logo que avistei as duas.
-Imagina, nós não chegamos a tanto tempo assim. – Adisa contou sorrindo.
Depois dessa curta conversa nós seguimos para as lojas, era engraçado ver a empolgação de Adisa, escolhendo todas as roupinhas para menina, e Andressa protestando.
-Meu amor, nos nem sabemos se será mesmo uma menina.
-Andressa, quem está com a criança na barriga? – questionava uma Adisa com as mãos na cintura.
-Você meu amor. – Andressa respondeu.
-Então eu sei que vai ser menina. – disse isso e fez carinho na barriga. Andressa logo tirou a cara emburrada.
Eu me divertia vendo as duas juntas, aproveitei e comprei algumas coisas para Alice, inclusive os móveis do seu quarto, quando vi uma loja de papeis de parede, sabia o que iria colocar no quarto da pequena. Perguntei a uns dos atendentes e logo ele confirmou que tinha o que eu queria, fiz a compra e deixei o endereço para entrega. Depois de duas longas horas andando de loja em loja. Andressa se jogou na cadeira de um restaurante.
-Meu Deus, eu estou morta. – disse colocando as sacolas no chão ao seu lado.
-Eu também, agora vamos comer por que a pequena Aline está com fome. – olhou para nós duas e riu.
Fizemos os pedidos, enquanto esperávamos conversávamos banalidades. Até que o assuntou foi a herança de Andressa.
-Larissa já te contou que essa cabeça dura da minha mulher aceitou a herança? – Adisa disse olhando para a esposa.
-Não, acho que não teve chance. Que bom que mudou de ideia. – sorri para minha cunhada.
-Digamos que ela sabe como persuadir as pessoas. – falou rindo.
-Agora você entende porque não resisti a ela. – comentei e as duas riram.
Jantamos em meio a risadas, a companhia das duas era divertida. Percebi que aquilo era o início de uma grande amizade. Senti meu celular vibrar, era mensagem de Marta.
“Eu disse que vocês deveriam preparar o quarto de Alice,rsrs, como eu falei antes, ela aprovou, só precisa que Larissa venha conversar com ela e a assistente social, mas podem comemorar porque a pequena vai morar com vocês.”
Não me contive de alegria e acabei rindo, e ao mesmo tempo chorando. Andressa e Adisa me olharam sem entender nada, eu ainda segurava o celular na mão.
-Isa, você tá bem? – Adisa tocou minha mão.
-Sim, estou ótima. – sorri abobalhada. – Marta acabou de me dizer que a guarda de Alice será nossa.
-Que coisa boa, então vocês já podem ir buscar ela? – Adisa perguntou.
-Ainda precisamos ir falar com a juíza e a assistente social. Mas acho que no dia que fizermos isso poderemos trazê-la conosco. – sorri ainda sem acreditar.
-Você precisa contar a Lari. – Andressa me lembrou.
-Claro, vou ligar para ela agora. – disquei o número que eu já conhecia.
No segundo toque ela atendeu.
-Oi amor, já estava indo embora. Não vai ter o último período. – disse calma. – Bella você tá ai? – perguntou.
-Sim, sim. Preciso te contar uma coisa. – eu não conseguia não sorrir.
- Ok. – disse calma.
-Recebi uma mensagem de Marta agora a pouco. Ela disse que a juíza concedeu a guarda de Alice. – contei de uma vez só.
-Mentira. – falou desacreditada.
-Não meu amor, é verdade, ela só disse que você precisa ir conversar com a juíza e a assistente social, mas que podíamos comemorar que ela virá morar com a gente. – sorri.
-Nossa, eu...eu nem sei o que dizer. – ficou completamente sem palavras. – Estou muito feliz, obrigada Bella. – agradeceu.
-Não me agradeça, ela será nossa filha, tudo o que fiz foi para que isso aconteça o mais rápido possível. – sorri.
-Onde você está? Quero te encher de beijos. – falou divertida.
-Ainda estamos no shopping.
-Chego ai daqui a pouco. E Bella...
-Oi linda.
-Amo muito você. – sabia que ela estava sorrindo.
-Também te amo linda.
Logo escutei o som típico de fim de ligação. Adisa e Andressa me olhavam sorrindo. Ficamos o restante do tempo conversando sobre filhos, casamento. Alguns minutos e Larissa caminhava em nossa direção. Nós já estávamos em uma sorveteria, pois Adisa disse que Aline estava querendo sorvete. Logo que se aproximou, Lari me abraçou apertado.
-Você me faz a mulher mais feliz do mundo. – sussurrou em meu ouvido.
-Eu sei que faço, mas se você não me deixar respirar não poderei fazer mais. – sorri e ela me largou sem graça.
-Desculpa. Oi gente. – sorriu para as duas. – Sobrou alguma roupa para bebê ainda, parece que estão levando tudo. – apontou a sacola divertida.
-Adisa levaria tudo mesmo se eu deixasse. – Andressa disse rindo, olhando a esposa tomar o sorvete.
-Você comeu algo? – perguntei a Lari.
-Sim, lá na lanchonete com o pessoal. – sorriu para mim.
-Tudo bem, você precisa ligar para Marta e ver quando terá que ir falar com a juíza. – disse.
-Posso fazer isso quando chegarmos em casa. Agora quero aproveitar o fato de que seremos mamães. – me disse sorrindo.
A conversa foi agradável, Andressa e Lari já conversavam com mais intimidade, falando de coisas pessoais, o que me deixou imensamente feliz. Já era quase nove horas, quando resolvemos ir embora. Nos despedimos no estacionamento, Larissa e eu fomos no meu carro, já que Milena havia ido deixa-la.
-Siqueira me ligou. Temos que ir lá agora, tudo bem?
-Claro. – sorriu.
-Ah! Olha aí a amostra do papel de parede do quarto de Alice que eu comprei, -apontei minha bolsa.
Larissa olhou e riu:
-Ela vai adorar. – me encarou com aqueles olhos que eu tanto amo.
-Eu sei. - sorri para ela.
-Você vai ser a melhor mamãe do mundo. – me encarou.
-Acho que podemos dividir esse cargo.
O caminho todo, nos falamos sobre Alice, em que escola ela iria, se ela se sentiria sozinha, por deixar todos os amigos no orfanato, se nós seriamos mesmo boas em tomar conta dela. Estacionamos em frente à casa de Siqueira, o porteiro já nos deixou entrar. Tocamos a campainha e Suse abriu a porta.
-Meninas, entrem. – deu passagem.
-Oi Su. – Lari sorriu para a mulher.
-Oi menina. – abraçou Lari demoradamente. –Vamos para a sala, Siqueira está nos esperando.
Logo que entramos na sala, Siqueira abriu um sorriso. Nos cumprimentamos e sentamos ao seu lado no sofá. Larissa e eu olhamos os dois que pareciam ainda mais apaixonados.
-Então, qual o motivo dessa reunião? – Larissa perguntou.
-Bom, depois desses dias que passei em casa, depois de tudo que aconteceu. Eu cheguei a uma decisão.
-Na verdade nós chegamos. – Suse completou.
-Eu vou me aposentar. – contou Siqueira. Por um momento fiquei surpresa, mas por outro lado ele merecia, já estava a muito tempo trabalhando.
-Nossa, por essa eu não esperava. – disse olhando o homem. – Mas fico feliz por você, já estava na hora mesmo, já está velho demais. – sorri para ele que fez careta por eu chama-lo de velho.
-E eu decidi seguir seu conselho sobre ter uma vida. – Suse olhou Larissa. – Você agora tem Isabella, que cuida de você tão bem quanto eu cuidei. – sorriu me olhando. – Não vai mais precisar dessa velha aqui, por perto o tempo inteiro.
Larissa ficou quieta, apenas olhando Suse por algum tempo. E depois resolveu falar:
-Até que enfim você resolveu seguir meu conselho, quanto a eu não mais precisar de você, claro que preciso, você foi quem tomou conta de mim desde sempre, irei sentir sua falta, mas estou muito feliz mesmo. Quanto à parte de ser velha, você está certa. – riu e Suse lhe encarou séria.
-Já que todos estão contando novidades, acho que agora é a nossa vez. – sorri olhando Larissa.
Os dois nos olharam atentos, esperando que Larissa contasse.
-Nós já demos entrada no pedido do casamento. E resolvemos adotar uma criança.
A alegria dos dois foi nítida ao ouvir tudo isso, nos encheram de perguntas sobre Alice e como faríamos tudo. Já saímos de lá mais de onze horas da noite. Já no carro, Larissa procurou o celular na mochila. Leu uma sms em voz alta.
“Como você já deve saber a novidade, vou só dizer que preciso de você aqui amanhã”
-Você vem comigo? – perguntou nervosa.
-Porque tanto nervosismo? – olhei para ela.
-Não sei, só quero que você venha comigo.
-E quem vai preparar o quarto de Alice se nos duas formos? – perguntei olhando-a. Ela ficou quieta alguns segundos e logo sorriu.
-Tia Milena vai adorar fazer isso. – falou me olhando.
Encarei aqueles olhos verdes que esperavam uma resposta minha. Já estávamos em frente a mansão. Entrei na garagem e depois de parar o carro eu a olhei.
-Se a tia Mile, aceitar, eu posso ir com você. – fiz carinho em seu rosto.
-Obrigada. – sussurrou sorrindo.
Aproximou seu rosto do meu e nos beijamos. Saímos do carro em seguida, caminhávamos de mãos dadas, encontramos Milena e Isac na varanda, deitados na rede. Na verdade, nas preliminares. Milena estava em cima dele, e ele segurava seus quadris.
-Por favor, arrumem um quarto. – Lari disse rindo.
Os dois sorriram sem graça, Milena saiu de cima do meu irmão.
-Pensei que fossem demorar. – disse rindo.
-O que está demorando mesmo é a ereç*o do seu namorado sumir. – Lari disse e Milena logo olhou para Isac.
Colocou uma almofada no colo do meu irmão, Lari sentou-se na cadeira e me arrastou junto. Olhou Milena e ela perguntou logo:
-O que você quer? – encarou Lari.
-Como sabe que ela quer algo? – perguntei sem entender.
-Quando ela faz essa cara. – apontou para ela. – Sempre quer alguma coisa.
Larissa riu, as duas realmente se conheciam bem.
-Bom, o que eu quero é um favor da tia Mile. Amanhã nós iremos para Ouro Preto, a juíza precisa falar comigo. Provavelmente nós conseguimos a guarda de Alice, e precisamos de alguém para arrumar o quarto dela. – Lari olhou Mile que continuava séria. – Então eu pensei que você poderia ajudar nisso.
Milena riu, logo em seguida falou:
-Claro que faço, afinal eu serei a titia preferida. – nós rimos.
-Eu serei o titio preferido. Afinal serei o único tio. – riu. – Sabe quem poderia ajudar?
Sabia em quem ele estava pensando.
-A mamãe. – falamos ao mesmo tempo.
-Ótimo, quanto mais gente melhor. Vou deixar você com meu cartão de crédito. - entregou a Mile. – Agora nós vamos dormir. – beijou o rosto da amiga e nós saímos.
Depois de um banho, nos deitamos, Larissa estava quieta. Parecia aflita e nervosa, no fundo eu também estava, mas ficar assim não iria resolver nada. Segurei sua cintura, encaixando meu corpo atrás do seu. Ela suspirou quando sentiu minha respiração em seu ouvido.
-Vai dá tudo certo. – tentei acalma-la. Ela fez um gesto com a cabeça.
Se aconchegou em meus braços e logo dormiu. Eu fiquei acordada um tempo. Apenas sentindo o cheiro de seus cabelos, o que me dava uma paz, alguns minutos depois eu dormi.
Fim do capítulo
Oie, espero que depois dessa minha ausência vcs não estejam planejando acabar com minha raça. rsrsr
Alguns contratempos, porem com algum esforço ai esta mais um capitulo para vcs.
BOA LEITURA
BJOKAS
A&A
Comentar este capítulo:
lis
Em: 06/03/2016
Bom dia 😊 autora, tudo bem? Belo capítulo essas duas juntas são lindas e a cumplicidade que está se formando entre elas a Andressa e a esposa dela está melhor ainda, parabéns divina a sua história
Resposta do autor em 08/03/2016:
Olá, tudo certo. Larissa quer correr atras do tempo perdido.
Obrigada pelo comentário.
BJOKAs
A&A
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