Capítulo 13

 

Rebecca sorriu timidamente. Luiza deu espaço para ela passar e segurou delicadamente a sua mão.

 

-- Vem... Vamos para o meu quarto... 

 

Rebecca apenas concordou sendo conduzida por Luiza. A ruiva se sentou na cama e ficou novamente observando o quarto da menina. Luiza fechou a porta e aproximou-se, sentando ao seu lado. 

 

-- Eu acho seu quarto tão aconchegante - comentou a ruiva - É simples e a mesmo tempo grandioso... Me sinto bem aqui. 

 

Luiza sorriu. 

 

-- O seu não parece em nada que é seu... 

 

-- É muito luxuoso né? - disse fazendo uma careta. 

 

-- Demais! 

 

-- Meus pais acham que isso é tudo que uma garota precisa... Coisas modernas, coisas de última geração, enfim, tudo que o dinheiro pode comprar. 

 

-- Eu sei que você não gosta muito disso. 

 

Rebecca encarou suas unhas que estavam sobre as pernas. 

 

-- Não... Não sou de negar que é bom ter uma vida confortável e comprar o que eu quiser, mas isso nunca me deixou mais feliz...  A verdade é que sempre me senti sozinha. 

 

Luiza segurou as mãos da ruiva que a encarou.

 

-- Não precisa mais se sentir assim... Eu estou aqui... Com você. 

 

-- Queria ter te conhecido antes... 

 

-- Tudo no seu tempo. 

 

-- Eu acho você tão sensata... Você nem parece que só tem 15 anos... É tão madura. 

 

-- Carol diz que eu sou velha, deve ser isso - sorriu - Sou uma pessoa muito caseira. Não gosto de festas, nenhum tipo de bebida alcoólica, cigarro muito menos. O meu maior momento "rebelde" foi quando eu namorei a Bia, pois, meus pais eram contra a relação.

 

Rebecca ficou seria. 

 

-- Não gosto da Bia.

 

-- Mas você viu ela tão pouco, vocês nem chegaram a se falar... Ela é uma menina muito legal - disse carinhosa. 

 

Rebecca bufou. 

 

-- Eu conversei um pouco com ela ontem... Vocês parecem ser tão íntimas... - estava com ciúme.

 

Luiza percebeu, mas não tinha certeza. 

 

-- Eu e a Bia somos amigas, nada mais que isso. O que a gente teve ficou no passado. Sei que é difícil pra você gostar dela... Eu também não suporto a Daniela e não é apenas pelo fato dela ser sua ex... Essa nosso rixa é antiga. 

 

-- Eu tenho ciúmes de você - confessou corando - Por isso não consigo gostar dessa tal Beatriz.

 

Luiza sorriu. 

 

-- Eu também tenho ciúmes de você, Rebecca. Quando a gente gosta isso é normal. 

 

-- Você já amou antes, Luiza? - perguntou seria. 

 

-- Não... Apenas você... O amor é novidade pra mim. 

 

-- E pra mim também. 

 

Luiza suspirou profundamente e apertou as mãos da ruiva que ainda segurava. 

 

-- O que é do passado fica no passado... Esquece Bia,  Daniela... Nesse momento só importa nós duas... Eu me sinto realizada por saber que sou amada em igual intensidade... Você é linda Rebecca... Não enxergo apenas sua beleza exterior, pois ela é passageira... O que é mais lindo em você é a singeleza beleza da sua alma... Que eu consigo enxergar perfeitamente nesses seus olhos de mel... Você não foi corrompida pela ganância que existe nesse mundo... Você não é levada pelo dinheiro... Eu acredito que você prefira realizar os seus sonhos, que aposto que são coisas simples - sorriu - O que estamos vivendo é algo novo para ambas... E se você não sentir receio de viver esse sentimento... Então enquanto durar... Eu quero estar ao seu lado... É por esse motivo que quero lhe dizer... - Luiza beijou as mãos da ruiva sem deixar de encará-la - Rebecca aceita ser minha namorada? ... Pelo tempo que isso durar e eu confesso que nesse momento quero que dure por toda a vida. 

 

Rebecca sentiu os olhos ardendo e lágrimas descendo. Estava emocionada. Coração disparado. Sorriu em meio ao choro.

 

-- Eu não poderia deixar de querer isso mais que tudo... Eu sou louca por você, Luiza... E minha resposta não poderia ser outra senão um sonoro... SIM! 

 

Rebecca agarrou Luiza pela nuca e a beijou. Um beijo repleto de significados. Luiza correspondeu com a mesma urgência que a ruiva. Beijar era algo bom, mas beijar alguém que se ama é  algo diferentemente maravilhoso. 

 

Era o começo de um relacionamento intenso que teria que vencer a barreira do preconceito, do tempo e principalmente de pessoas ruins. 

 

*****************

 

Faltava um dia para o início das aulas. 

 

Luiza estava no quarto da ruiva, que nesse momento estava vermelha de vergonha. 

 

-- Eu nunca fiz isso na frente de ninguém, portanto, nada rir - disse a ruiva com o rosto em brasas. 

 

-- Eu não vou rir, amor. Prometo - Luiza beijou os dedos em forma de juramento. 

 

-- Se eu for ruim você pode jogar o travesseiro em mim. 

 

-- Você não é ruim. 

 

-- E como você pode saber disso? 

 

-- Você é perfeita em tudo que faz - disse apaixonada. 

 

Rebecca riu. 

 

-- Quero só ver daqui há uns anos...

 

-- Continuará sendo perfeita... Agora deixa de enrolar... Estou ansiosa pra te ouvir. 

 

-- Calma deixa eu ficar menos nervosa... 

 

Luiza concordou. Rebecca respirou fundo algumas vezes. Posicionou o instrumento corretamente. Respirou fundo outras vezes e começou a tocar. 

 

O som do violono preencheu todo o quarto. Luiza sorriu encantada. Se Luiza era boa, Rebecca era melhor ainda, tudo que a ruiva fazia era com uma enorme dedicação. Luiza fechou os olhos para curtir aquele som divino que tinha o dom de deixá-la calma. Rebecca relaxou e ficou observando a namorada. Nunca antes havia se sentindo tão feliz. 

 

A canção terminou e a ruiva aproximou-se da namorada. Luiza levantou e a abraçou apertado. Beijaram-se apaixonadamente , aquilo já havia se tornado um vício, sempre que podiam estavam se beijando. Rebecca sorriu em meio ao beijo. Afastaram-se. Ficaram se encarando. Rebecca passou os dedos sobre os lábios de Luiza, sempre fazia isso depois que se beijavam. Luiza sorriu.

 

-- Seus lábios são lindos - disse a ruiva olhando fixamente para a boca da menina - São cheios... E sempre ficam vermelhos e inchados, depois que a gente se beija... É uma perdição. 

 

Luiza riu do comentário da ruiva e Rebecca corou violentamente. 

 

-- Ai que vergonha - disse as ruiva colocando as mãos sobre o rosto. 

 

Luiza parou de rir e tirou delicadamente as mãos da ruiva do rosto. Rebecca a encarou ainda vermelha. 

 

-- Não precisa ficar com vergonha... Fico muito feliz que você pense isso, pois, eu sinto a mesma coisa quando olho esses seus lábios... Que sempre estão vermelhos... É uma perdição, meu amor... 

 

Rebecca sorriu e deu um leve selinho na namorada. 

 

-- Amanhã vai começar as aulas. Aquelas pessoas sempre me deixam nervosa - comentou a ruiva. 

 

-- Você não precisa se sentir assim... Não sou muito fã da escola também, mas é porque ninguém me trata bem lá... Só minha irmã mesmo. 

 

-- Falando nela... Como a Carol está? 

 

Luiza havia falado sobre a situação da irmã, a ruiva. Rebecca ficou muito triste, pois tinha um enorme afeto pela baixinha maluquinha. Carol era uma menina encantadora e não tinha como não gostar dela. Sua cunhadinha era um amor. Uma pena uma menina tão boa como ela está passando por aquela situação e com uma doença tão horrível. 

 

-- Os remédios estão ajudando bastante. Carol parou de ter aquelas febres tão constantes, mas ela fica meio mole e sonolenta... Amanhã ela começa a quimio... - disse triste -  Ela vai começar definitivamente a luta contra o câncer. 

 

-- Ela vai vencer essa luta, amor - Rebecca abraçou carinhosamente a namorada.

 

-- É o que todos esperam...  Papai ainda não falou muito bem sobre a situação dela, mas uma hora eu vou cobrar isso. 

 

-- Calma minha linda... Você precisa relaxar um pouco... Vem aqui... 

 

Rebecca a conduziu até a cama. Luiza deitou no colo da ruiva que passou a fazer Cafuné. Ficaram namorando o dia todo, até Luiza voltar para casa. 

 

*************

 

Érika jantava em silêncio. Há dias a menina não se sentia bem. Felipe percebeu e tentou conversar com a menina, mas ela não falou nada.

 

Júlio conversava várias bobagens com Fernando. Os dois sempre se deram muito bem. Fernando sem dúvida alguma era o filho preferido de Júlio.

 

Tudo estava tranquilo até o homem resolver chamar a atenção da loira.

 

-- O que está havendo com você, menina? Está com essa cara a dias. 

 

Érika encarou aquele homem de olhar frio. 

 

-- Não é nada senhor Júlio... Acho que é apenas um mal estar.

 

-- Você não me engana menina... - disse duramente. 

 

-- Júlio, por favor, deixe a Érika - pediu Marta. 

 

-- Aposto que deve ser alguma briguinha com algum cara.. Conheço as meninas - Fernando disse todo cheio de si. 

 

-- Eu não quero saber dessas coisas, entendeu menina? Se você aparecer grávida, vai ter o que merece - Júlio nunca chamava Érika pelo nome. Talvez fosse uma forma de diminuí-la cada vez mais. 

 

-- Não há possibilidade disso acontecer - disse a loira se defendendo. 

 

-- É pai.. Deixa ela em paz... A Érika é cabeça pra essas coisas - Fernando apesar de ser um garoto difícil, gostava da irmã. 

 

-- Assim eu espero. Não quero esquentar minha cabeça com essas coisas. Aliás, já decidiu que curso vai fazer? Esse é seu último ano e não estou com a mínima vontade de ficar sustentando alguém que só quer viver no bem bom e não fazer nada da vida... Se quer ser vagabunda..  Fique sabendo que longe dessa casa! - disse irritado. 

 

Érika sorriu ironicamente. Os gêmeos também estavam fazendo o último ano, mas nunca foram cobrados, principalmente Fernando, pois Felipe já sabia muito bem o que fazer. Érika sabia que isso era apenas uma forma que Júlio tinha de encrencar com ela.

 

-- Já decidi sim... Irei cursar medicina - disse sorrindo feliz. Era o sonho da loira. 

 

-- Do jeito que eu vejo você estudando, vai passar nem no curso mais fácil que tem... Aqueles de licenciatura - o homem  disse debochado. 

 

-- Acho que o senhor deveria ter um pouco mais de respeito com os professores. Eles que nos ensinam tudo e se não fosse por eles, não existiriam engenheiros como o senhor - Felipe não suportava o preconceito do pai. 

 

-- Cale essa boca garoto! - vociferou e encarou a loira - É bom você  passar nessa porr* de vestibular, pois não irei aceitar você aqui depois - disse se levantando e deixando todos calados.

 

Marta segurou a mão da filha. 

 

-- Não se importe com as coisas que ele diz, meu amor. Não vou deixar ele fazer nada disso que falou. Não quero que você se sinta pressionada a nada. 

 

-- Tudo bem,  mamãe - Érika sorriu forçadamente. 

 

Ninguém disse nada, mas todos ali sabiam que a mãe era uma pessoa que sempre abaixava a cabeça para tudo que Júlio falava. Se ele quisesse colocar Érika para fora de casa, assim seria feito. Marta não tinha voz ativa, tudo que Júlio falava, eram leis.

 

**************

 

Era o primeiro dia de aula e Rebecca procurava apenas uma pessoa no meio daquela multidão de alunos. Seus olhos estavam atentos na entrada. Ela viu Daniela que a encarou, mas a ruiva desviou o olhar. A verdade é que Rebecca decidiu manter distância da morena. 

 

Daniela estava acompanhada de Adrian, o menino que havia ficado na festa. Às vezes os dois se pegavam, mas nada sério. Virgínia também estava com eles e mais algumas garotas. Rebecca ficou aliviada quando eles passaram por ela e não falaram nada. 

 

A ruiva sorriu largamente assim que enxergou Luiza. Carol e Vick estavam com ela e também sorriram para a ruiva. Seria o primeiro ano de Victoria no colégio. A ruiva não pensou duas vezes e aproximou-se delas.

 

-- Oi... - disse com um sorriso que não conseguia desfazer. 

 

-- Oi ruivis bobona - Carol disse abraçando a menina. 

 

-- Carolzinha - disse tocando nos cabelos dela carinhosamente - Como você está se sentindo? 

 

-- Por enquanto, eu tô bem, ruivis. 

 

Rebecca sorriu para Vick a abraçando também.

 

-- Já disse que seu cabelo é lindo de morrer? - Vick disse tocando nas madeixas ruivas. 

 

Rebecca riu. Todos que estavam por ali observavam a cena curiosos, pois nunca tinham visto a toda poderosa Rebecca Thompson tão descontraída.

 

-- Você já disse várias vezes, mas obrigada mesmo assim. 

 

-- Vem Vivi... Deixa eu te mostrar o colégio. 

 

Carol arrastou a prima para longe dali. As duas corriam feito duas crianças. Rebecca ficou sozinha com Luiza. Aproximou-se abraçando a namorada, beijando seu rosto.  Já sentia saudade da menina e antes de se afastar sussurrou.

 

-- Você está muito linda, amor...

 

Luiza ficou toda arrepiada. Afastaram-se. 

 

-- Rebecca fazer qualquer coisa aqui, é muito arriscado - Luiza disse baixinho - As pessoas amam cuidar da vida alheia e todos aqui sabem de mim. Não quero te expor. 

 

-- Eu não me importo com o que os outros vão pensar - disse fazendo bico e olhando em volta. Realmente todos os olhares estavam voltados para elas. Rebecca encarou cada uma daquelas pessoas com um olhar tão arrogante que cada uma decidiu cuidar da sua própria vida - Pronto, eles pararam de olhar. 

 

Luiza riu. 

 

-- Também com esse seu olhar de gelo. 

 

-- Às vezes é preciso ser assim... Algumas pessoas ultrapassam o limite de nossa paciência. 

 

-- Uau hein... Que poderosa você - disse brincando. 

 

Rebecca sorriu. 

 

-- Boba... Mas eu realmente não me importo com a opinião deles. 

 

-- Eu sei, amor... Mas isso pode cair no ouvido de seus pais e isso não seria nada bom. 

 

Rebecca ficou com receio. Não por todos saberem dela, mas porque os pais poderiam afastar as duas, afinal, a ruiva ainda era menor de idade. Temeu aquilo. 

 

-- Você tem razão. 

 

-- Vamos...  Temos que ir para nossas salas. 

 

-- Sim, vamos. 

 

Seguiram para as suas devidas salas. Rebecca ficou o tempo todo pensando na namorada e o sorriso bobo não deixava seu rosto. 

 

"Lu... Estou perdida de amor por você"

 

Infelizmente a vida de Luiza não seria fácil naquele ano, pois estava na mesma sala que Daniela e isso não ia prestar. Durante toda aula escutou alguns risinhos abafados e seu nome ser pronunciado. Respirou fundo precisaria de muita calma. 

 

Finalmente o sinal do intervalo bateu e Luiza suspirou aliviada e saiu imediatamente daquela sala. Por sorte encontrou a prima e a irmã que estavam sentadas em uma das mesas do refeitório. 

 

-- Como foi o primeiro dia de aulas de vocês? 

 

-- Ótimo! 

 

-- Péssimo!

 

Vick e Carol falaram juntas. A baixinha revirou os olhos. 

 

-- Tu não é normal, Victoria. 

 

-- Ué, por que? Só porque eu gosto de química? 

 

-- Tá vendo né, Luiza - disse encarando a irmã. 

 

Luiza apenas riu. 

 

-- Química é muito bom. 

 

-- Tu tem problemas, cara. Aula de química é  a "tleva"...  Três aulas de química seguida é  o inferno! Tô estressada, quero meu sorvetinho de morango agora - disse fazendo um bico. 

 

-- Vou comprar algo pra mim - Victoria disse se levantando e afastando-se. 

 

-- E aí, como foi sua aula, maior nerd de todas? 

 

-- Horrível... 

 

Carol arregalou os olhos. 

 

-- Num "cleio" que tu tá falando isso. 

 

-- Daniela é da minha sala... 

 

-- Sangue de Jesus! ... Que sorte hein, mana. 

 

-- Nem me fala... Vou comprar algo. Você vem?

 

-- Luh tu tem dez pratas pra mim emprestar? 

 

-- O que você fez com toda a sua mesada, Carol? 

 

-- Ah, gastei tudo em sorvete de morango. 

 

Luiza revirou os olhos.

 

-- Eu trouxe pouco dinheiro. Só o suficiente mesmo. Mas a gente divide, quer?

 

-- Lógico né... Você e a Vick são duas pão duras. 

 

-- Olha que eu não te dou nada - Luiza ameaçou.

 

-- O que eu disse mesmo? Ah, sim... Minha irmã e prima são meninas tão amáveis - sorriu inocentemente.

 

Luiza riu. 

 

-- Falsa - disse antes de se afastar. 

 

Rebecca aproximou-se de Carol. 

 

-- Oi Carol... 

 

-- Ruivis!... - Carol olhou bem para a menina -  Já disse como você está tão lindíssima hoje... 

 

Rebecca sorriu. 

 

-- Obrigada. 

 

-- Você é uma moça tão bela e boazinha... E linda e perfeita. 

 

Rebecca estranhou todos aqueles elogios. 

 

-- Nossa, obrigada. 

 

-- Me dá dez pratas ruivis... Por favor - fez uma carinha fofa. 

 

-- Ah, claro -  Rebecca tirou o dinheiro do bolso da calça e entregou a baixinha. 

 

-- Por isso que te amo, ruivis! - disse se levantando e pulando feliz. Deixou a ruiva sozinha. 

 

Rebecca ficou observando Luiza que também a  olhava. A menina já estava voltando para a mesa quando foi abordada por um garoto que entregou um bilhete para ela e sorriu malicioso. Rebecca apertou os olhos desconfiada.

 

"Quem é esse menino?"

 

Estava tão distraída que acabou derramando o suco em sua blusa. 

 

"Droga"

 

Encarou Luiza que ainda conversava com o garoto. Luiza a olhou e Rebecca fez sinal de que iria ao banheiro. 

 

"Depois quero saber sobre isso direitinho, Luiza. Agora preciso me limpar"

 

Disse caminhando em direção ao banheiro. 

 

Daniela que não havia desgrudado os olhos da ruiva um só instante, percebeu que aquela era sua chance de abordar a ruiva. Levantou-se e seguiu a passos largos em direção ao banheiro que a ruiva tinha entrado. 

 

 

 

Fim do capítulo