Capítulo 5
ELISE
Elise acordou no outro dia com disposição primeiro que iria para o restaurante com a Duda para começar as obras e segundo vai pegar minha moto, ao levantar cumprimentou as mães na cozinha Emy saiu correndo pois estava atrasada.
--Está vendo vai ficar a madrugada toda namorando acaba perdendo a hora do trabalho- Elise falou sentando na mesa.
--O atraso não foi por causa disso apenas foi por que a Estelinha teve uma crise e ela quando tem essas crises a Emy fica com ela ate ela dormir é assim desde que ela era uma bebé.
--É mesmo ela ficava com ela no jardim para ela respirar melhor como ela dizia, mas ela já está melhor mãe?
--Está sim filha a correria foi que a bombinha dela acabou e ela esqueceu de comprar outra, e o pior usou as que fica com os irmãos dela, dai só a que eu guardo na minha bolsa.
--Ainda bem agora deixa eu ir, que vou para o restaurante pois a Duda vai chegar lá as dez.
--Vai no meu carro eu peço alguém do hospital para vim me buscar.
--Não precisa hoje vou providenciar meu meio de transporte – Falou levantando, pois sabia que a mãe iria perguntar sobre.
--Como assim meio de transporte você vai comprar um carro é isso filha? Gritou, pois a filha já tinha saído da cozinha
--Também mãe. – Ela respondeu de onde estava igualmente gritando, ligou para um taxi e assim que ele chegou foi pegar a sua moto, o fez e saiu andando com ela ate o restaurante, ao chegar perto viu a Duda conversando com uma mulher na frente do restaurante, encostou a moto próximo e sem levantar a viseira disse.
--Que sorte a minha encontrar uma coroa tão gata uma hora dessa. – Falou e tirou o capacete.
--Nossa que susto sua doida- falou abraçando a loira.
--Como estão todos? – Ela perguntou descendo da moto e ajeitando os cabelos.
--Estão bem, sua mãe não ti matou antes de deixar sair com essa moto?
--Acabei de pega-la ela nem sabe ainda- Falou e reconheceu a mulher que estava com a Duda.
--Paula é você mesmo? – Ficou surpresa, pois tinha perdido todo contato com ela.
--Em carne e osso, quanto tempo em Elise? Como você está?- falou dando dois beijinhos em forma de cumprimento.
--Estou ótima, na realidade ansiosa, para começar a reforma.
--Então vamos lá mãos a obra- disse Duda, elas entraram no local e ela saiu dizendo o que queria e como deveria ficar cada coisa, as arquitetas anotavam tudo, o resto da manhã se passou rápido.
--Pronto gente eu acho que isso é tudo. – Disse Elise finalizando o que ela queria inicialmente.
--Elise eu vou está por dentro de tudo, porem a Aninha que vai ficar como encarregada da sua obra, pois eu estou sobrecarregada e se eu passar mais tempo no escritório ou nas obras a Julia me mata, mas não se preocupe ela é tão competente quanto eu e talvez ate mais criativa, então seu restaurante e sua casa está em boas mãos.
--Tudo bem eu tenho certeza que a Paulinha vai cuidar bem de tudo, mas agora o que acham de um almoço? Estou com fome.
--Eu também estou vamos tia?
--Infelizmente vou passar dessa vez tenho um almoço com aquela cliente da casa cor de rosa, mas não se preocupe que você ficará em uma ótima companhia – Ela falou para a loirinha apontando para a sobrinha.
--Tudo bem, bom almoço então, você veio de carro Paulinha?
--Não vim com a tia.
--Então será a primeira a estreia na minha garupa vem que já comprei um capacete para o carona.
--Nossa faz muito tempo que andei de moto. – Ana Paula falou indo em direção a saída.
--Juízo vocês duas e Elise depois quero dar uma voltinha na possante, mas sem a Julia saber hein eu prometi a ela que nunca mais pilotaria.
--Também tia a senhora quase morria em um acidente.
--Sim, mas isso já faz mais de vinte anos, e a culpa foi de um motorista alcoolizado. – Ela falou se defendendo
--Ate mais Duda, pode deixar que depois vemos isso.- Elise falou entregando o capacete Ana Paula.
--Onde nos vamos almoçar?
-- Em um restaurante de uma amiga minha é aqui perto. – Ela concordou e subiu na moto em pouco tempo a Elise para em frente ao restaurante de Adriana.
--A eu conheço é da esposa de uma amiga minha. – Disse Ana Paula e Elise ficou surpresa.
--Nossa você conhece a esposa da Dri?
--Clara é uma das minhas melhores amigas. – Ela falou enquanto elas entravam no restaurante.
--Mundo pequeno esse – Disse Elise pensando alto.
--É mesmo, escolhe uma mesa que vou ao banheiro estou apertada. – Ela falou e Elise concordou com a cabeça, ela sentou e logo estava o garçom aproximou-se ela disse que iria esperar a amiga e quando ela pensou que não a Adriana chegou próximo dela a abraçando.
--Mas que surpresa boa já está com saudades da ruiva aqui é?- Ela falou após se afastar de Elise que ainda tentou impedi-la de falar demais porem não deu tempo.
--Olha se a Clara te escuta falar assim o mundo se acaba- Ana Paula fala se aproximando.
--Ana que bons ventos te trouxeram a meu restaurante? – Ela falou dando dois beijinhos de comadre nela.
--Quem me trouxe foi a loira e sua moto. – Ela falou rindo.
--Vocês se conhecem ? não sabia. - Ela ficou sem graça
--A Paulinha é sobrinha da melhor amiga de uma das minha mães e agora minha arquiteta. – explicou Elise
--Nossa que coincidência não é? Bem se sentem e comam a vontade que tem outros clientes esperando
-- Claro, vai lá Dri antes de sair vou lá de dar um abraço. – Ela afirmou com a cabeça e saiu rumo à cozinha
-- Vocês são apenas amigas mesmo?- Ela perguntou sentando-se
--Claro muito amigas, a mais de dez anos eu conheço essa ruiva doida. -Ela falou rindo, mas por dentro estava com medo que ela tivesse pensado em algo.
--Isso é ótimo para sua integridade, a Clarinha é louca de ciúmes nela. – Ela falou rindo.
-- E eu não sei, acho ate que ela não vai muito com minha cara, pois sempre que eu vinha para o Brasil e encontrava a Dri ela ficava com uma cara não muito boa, mas a doida da Dri sempre diz que eu tenho direito adquirido de toda sua atenção por causa do tempo da nossa amizade, ela é louca. – Riram e ficaram conversando sobre tudo, menos sobre as obras, Elise achou muito bom conversar com a Ana Paula, saíram do almoço e a Elise fez questão de dar uma carona para a arquiteta.
--Caramba é uma emoção andar de moto nessa cidade louca.
-- É mesmo, e olhe que eu estou adorando tudo isso.
--Foi um prazer te reencontra loira ninja – Falou lembrando de como a chamava quando se conheceram.
--Eu também adorei, então ate amanhã tudo bem?
--Claro que sim amanha estarei no restaurante as 8:00 horas pois vou levar já os homens para começar o serviço e te espero as dez para acertarmos tudo.
--Com certeza estarei lá agora deixa eu ir que quero chegar antes da minha mãe, assim ela não vai querer me matar ainda encima da moto.- Ela falou rindo e prendendo o capacete que a outra lhe entregou, ela foi para casa e assim que chegou a Estelinha pulou em seu braço afim de uma voltinha com ela na moto.
--Estelinha agora não, deixa a mamãe ver logo se acalmar depois eu prometo que te levo na escola.
--Tudo bem, já que você promete, Lili você vai sair ou está ocupada?
--Não o por que?
--Queria te perguntar uma coisa.
--Pergunte então.
--Vamos para o jardim lá os meninos não vão atrapalhar. – Ela acenou a cabeça e saiu caminhando com a jovem.
--Pronto pode falar agora. – Elise falou sentando com ela em umas grandes almofadas espalhadas em um alpendre
--É que eu queria tirar uma duvida, mas as mães não podem saber, não ainda.- Ela estava com vergonha
--Então eu não digo nada a elas fica sendo nosso segredo. – Falou pegando na mão da menina.
--É que assim sabe as garrotas lá da escola maioria, já perderam a virgindade dai entroncham a cara quando digo que ainda sou virgem, dizem que eu sou tão esperta e pegadora e não saiu dos beijos e amassos, sei que não estou pronta mas queria saber para você como foi? Como soube que estava pronta? – Ela falou e o coração da Elise bateu mais forte ela foi remetida a noite de seu aniversario de dezoito anos, seu coração acelerou como se chamasse pela sua baixinha, ela respirou fundo para organizar os pensamentos e falou para irmã.
--Ai Estelinha foi no meu aniversário de dezoito anos, eu sabia que estava pronta pois eu amava a muito a Mila e já namorávamos a um tempinho, certa dia vi que mesmo sendo dispensável para nosso namoro iria ser bom se nos fizéssemos amor, pois o sex* não pode ser uma condição para um relacionamento e sim um ato de entrega. – Ela olhou para a menina que estava com a boca aberta.
--Espera ai a Mila que você fala e a nossa tia Mila? A Camila filha da vó Eva? – ela pelo visto não sabia do relacionamento delas
--Essa mesmo namoramos por três anos, vocês não sabiam?
--Não ninguém nunca nos disse nada, Caraca isso deveria ser legal ela é super legal. –Elise quase riu da cara e espanto da menina.
--Esquece isso e vamos voltar ao assunto principal.
--A sim é mesmo, sei lá mana fico pensando se essa pessoa especial não aparecer? Não me apego a ninguém.
--Isso um dia poderá acontecer não se preocupe, como a tia Irene diz a sempre uma tampa que feche uma panela.
--Eu que não quero não agora prefiro ficar sozinha.
--Vai por mim ninguém prefere estar sozinha. – Falou puxando a irmã para um abraço
--Eu prefiro ser de todos do que ser de um ou uma só, mas eu vou saber esperar, o momento certo, não comenta com as mães por favor.
--Claro se a Emy sonhar que você esta pensando em sex* agora você não terá mais sossego.
--E eu não sei mainha é toda ciumenta, fica perguntando com quem nos saímos e o que aconteceu, só que ela pensa que eu não sei que aquele jeitinho manhoso dela perguntar não é apenas curiosidade.
--É mesmo comigo era da mesma forma, e olha que eu tinha dezoito imagina você com quatorze.
--Credo não quero nem pensar nisso, mas os meninos só falam nisso acho que eles não vão esperar tanto assim principalmente o Gui.
--Imagino, vou dar o toque a doutora Carol para ter a conversa sobre sex* com vocês é muito engraçado ver a cara que ela faz, eu me acabo de rir.
--Credo imagino mamãe toda metódica deve falar os nomes científicos de todas as possíveis DST’s que podemos pegar e tudo mais, e a mainha vai ficar se mordendo de ciúmes só de imaginas nós trans*ndo.
--É quase isso mesmo, é muito engraçado para quem escuta e constrangedor para quem fala.
--Olha lá os fedelhos vindo. – Ela apontou para os irmãos se aproximando.]
--Atrapalhamos a conversa? – Perguntou Toninho
--Atrapalhou –Estela disse com grosseria
--Ei o que houve para você tratar ele com tanta grosseria?- Perguntou Elise
--O grosso aqui é ele fui dar um conselho a ele hoje de manha e ele veio cheio de estupidez para o meu lado, acabou desencadeando uma crise.
--Eu não falei com estupidez só acho que você não deveria se meter onde não é chamada.- Falou um pouco mais alto
--Está bom chega não precisa começar novamente.
--É a mana tem razão, agora vamos que a mainha quer falar com agente lá no escritório.
--Qual de vocês aprontaram? – Estela perguntou um olhou para o outro esperando ele falar algo
--Como vocês sabem que ela vai dar bronca- Elise perguntou
--Ela só nos chama no escritório para dar alguma bronca.- Toninho respondeu
--Então boa sorte para vocês.
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TRIGEMEOS (Estela, Guilherme e Antônio)
--Tony você está namorando com o Gabriel? – Estelinha perguntou indo escovar os dentes
--Ainda não, estamos apenas ficando por quê?
--Nada só que você tem que tomar cuidado ele sempre foi muito sacana com as garotas, com todo aquele jeito de mação pega geral.
--Ele não pode dar pinta por causa do pai dele.
--E você acha isso legal? Acha que isso é futuro para alguém? – Falou já saindo do banheiro e indo pegar as suas roupas.
--E o que você tem haver com isso? Fica na sua garota. – Falou gritando
--Ei cara não precisa gritar – Gui se meteu no meio
--Seu idiota eu sou estou querendo ajudar, agora se você prefere ficar com um cara escondido por que ele não pode dar pinta, o problema é seu, baixa a bola para falar comigo. – Ela falava no mesmo tom de voz
--O pai dele não aceita ele ser gay você não entende isso ?
--Entendo sim, e por isso mesmo que acho que é uma furada, você já viu as atrocidades que o pai dele fala e ele sempre confirma tudo você acha isso certo? – Cada um que quisesse gritar mais alto
--Sabe de uma coisa garota fica na sua, eu faço o que quero e não te devo satisfação de nada vai lá ficar agarrando um e outro que isso que você sabe fazer. – A garota não aguentou a provocação e foi para cima dele, mas foi segurada por Gui
--Ei calminha ai, o que deu em vocês hein?
--Me solta Gui deixa eu fazer esse mané engolir cada palavra que ele disse. – Ela se debatia
--Solta ela deixa ver se ela é brava mesmo ou é só falatório.
--Gui? Minha bombinha ? – Estela falou sentindo o ar faltar nos pulmões suas pernas ficaram bambas e ela sentou na cama com o rosto avermelhado
--A minha você pegou e não me devolveu, cadê a sua Tony?
--Ela também pegou, onde você colocou a sua? – Antônio procurava dentro da bolsa dela.
--Acabou – Ela falou deitando na cama
--Vou chamar a mãe – Guilherme saiu correndo e em pouco tempo voltando com a Carol
--Calma filha tenta ficar calma. – Carol disse colocando a bombinha na boca da filha. – Pronto meu amor agora respira e inspira isso devagar - Ela estava alisando os cabelos da garota, logo Emy chegou e se juntou a ela.
--Meninos desçam para tomar café – Carol disse e eles atenderam, desceram em silencio e foram para mesa.
--Que cara é essa meus amores? – Perguntou Val ao notar algo estranho com eles
--Nada não Val é que às vezes umas pessoas são muito manes mesmo. – Disse Gui emburrado
--Não sou mane só sei me cuidar agora cala a boca olha a mãe. – Apontou para Carol que entrava na cozinha
--Val você leva eles hoje e assim que der vai na farmácia e compra a bombinha da Estelinha, por favor.
--Tudo bem Doutora. – Ela olhou para os meninos e sabia que eles tinham aprontado alguma, pois conhecia bem eles.
--Meninos se apressem, olha a hora. –comeram pegaram suas mochilas o Antônio deu um beijo na mãe e saiu Guilherme foi fazer o mesmo porem a Carol perguntou – Filho o que houve para ela ficar daquele jeito?
--Foi que ela e o Tony discutiram. – Ele disse já na porta
--Tudo bem filho depois vemos isso agora vai para não se atrasarem
--Você falou alguma coisa para ela? – Antônio perguntou assim que ele entrou no carro.
--Apenas que vocês brigaram.
--Não disse o motivo da briga disse?
--Não, mas era para dizer
--Se você dizer elas não vão me deixar ver o Biel, ele gosta de mim eu sei disso.
--Mesmo assim cara ela só estava tentando dizer o que ela acha não precisava daquilo tudo.
--Eu sei falei demais, só que ela quer se meter muito na vida dos outros.
--Eu já disse o que eu achava agora vocês que se entendam. – Guilherme colocou o fone de ouvido e Antônio fez o mesmo logo chegaram na escola e assim que desceram o Antônio disse
--Gui lembra daquela minha amiga que você prometeu sair com ela eu vou sentar com ela e você vai lá puxar assunto combinado?
--Tudo bem, o que eu não faço por vocês hein? – Disse abraçando o irmão, as primeiras aulas correram normais e logo chegou o intervalo, e de longe o Guilherme viu o irmão e a menina ela estava vestida com um blusão bem grande, cabelos presos óculos fundo de garrafa, fez uma careta e foi.
--Oi gente, posso sentar aqui mano?
--Claro Gui senta, você já conhece a Paola?
--Ainda não, mas agora é a hora, prazer Paola, sou o Guilherme, mas pode me chamar de Gui.
-Oi. Ela falou de cabeça baixa
--Paola gostaria de saber se você queria sair comigo um dia desses.
--Sa sa sair?- Estava gaguejando.
--Isso mesmo, o que você acha?
--É pode ser.
--Me dá telefone, que combinamos.
--Tudo bem anota ai. –Disse e ficaram um tempo conversando logo o intervalo acabou, e voltaram para sala
-- Tony ela é legal mesmo?
--Escuta o que estou dizendo ela é legal de mais, agora vamos que iremos voltar de táxi.- Voltaram para casa e quando chegaram encontraram a irmã dormindo.
--Eu vou lá para baixo treinar um pouco. – Disse Guilherme
--Eu também, amanhã tem treino do time. – Antônio Completou, ficaram ali ate o meio da tarde, depois de sair do banho encontraram sua mãe entrando no quarto.
--Boa tarde mainha. – Disse Antônio
--Boa tarde meus lindos, onde está a Estelinha?
--Acho que no quarto – Guilherme respondeu
--Vão chama-la estou esperando vocês no escritório cinco minutos entenderam?.- Emy disse .e eles balançaram a cabeça a confirmando
--O que será que ela quer com nós Tony? – Guilherme perguntou com cara de assustado
--Sei não Gui, vamos chamar a Estela. – Encontraram ela com Elise no jardim, conversaram um pouco com a irmã mais velha e logo estavam no escritório levando uma bronca da Emy por terem brigado.
--Tony é eu é ... – Estela falava sem jeito. – Desculpa por ter me metido na sua vida.
--E me desculpa por te ter sido grosso com você, não queria.- Ele falou com a cabeça baixa.
--Ótimo agora abraço triplo e tudo resolvido – Disse Guilherme espremendo os irmãos que fizeram as pazes nos seus braços.
Fim do capítulo
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