Capítulo 6
EMILE
--Val onde estão os meus amores? – Cheguei perguntando por todos
--Os meninos estão malhando e a Estelinha está lá fora com a Elise, e a doutora ainda não chegou.
--É por isso que te amo sabia? Sempre sabe responder as minhas perguntas, mas e o namorado como está?- Falei pegando uma maçã
--Ai dona Emy na mesma dos últimos dez anos, não me assume com medo do que os outros vão pensar. – A coitada era enganada por um cara que dizia que tinha medo que descobrissem que ele namora com alguém que já foi homem, ele ainda tem a cara de pau de dizer que não querem que o chamem de viado.
--Eu já te avisei desde começo que ele era sacana, mas você insiste.- Falei mordendo a fruta
--Mas o difícil é que gosto dele ele é tão, tão – suspirou —Másculo e carinhoso que é difícil de deixar de ama-lo.
--Se você o diz quem sou eu para discutir, agora deixa eu ir tomar um banho que tenho que bater um papo com os moleques.
--O que eles aprontaram dessa vez?
--É exatamente isso que quero saber Val agora fui- Subir para o quarto para um banho aproveitei e liguei para Carol.
--Vida pode falar?
--Posso sim, estou na sala da diretoria .
--Acabei de chegar vou tomar um banho e descansar um pouco hoje o dia foi puxado, você vai demorar?
--Não amor só vou resolver uns detalhes aqui e já saio, e estou morrendo de saudade da minha esposa.
--Eu também linda agora deixa eu acabar meu banho que vou conversar a molecada. – Falei e logo nos despedimos, assim que sair do banheiro fui a procura dos meninos.
--Onde está a Estelinha?
--Deve tá lá no quarto- Respondeu Toninho
--Então vão chamar ela quero falar com os três dentro de cinco minutos no escritório.
--Mainha o que eles fizemos dessa vez? – Toninho perguntou assustado, pois sabia quando ficava seria demais era por que vinha chumbo grosso
--Estou descendo a espera de vocês cinco minutos escutaram? – Desci no escritório aproveitei para da uma olhada nas minhas redes sociais, roubei umas frutas na fazendinha da Duda, e quando passou-se exatamente cinco minutos eles batem na porta e entram com uma cara de quem mesmo sem saber o que foi estavam arrependidos, nessas horas eu via o quanto iguais os três eram ate mesmo a Estela sendo totalmente diferente fisicamente dos meninos no sentido feição e comportamento eles eram iguais.
--Boa tarde mainha. – Estelinha disse fazendo uma cara de manha que eu conhecia muito bem
--Está melhor filha?
--Estou sim acordei boa.
--A Val já comprou suas bombinhas ver se não deixa isso repetir-se, sempre tem que ter uma consigo, mesmo sendo tão difícil das crises acontecerem. – Ela concordou com a cabeça e eu resolvi ver o que houve pela manha no quarto, nunca eu e a Carol deixamos de nos inteirar sobre o que acontecia entre eles e isso não ia mudar agora. – Bem gostaria de saber o que houve na discursão entre vocês hoje de manhã que acabou desencadeando a crise da Estela?
--Eu não tive nada a haver com isso mainha. – Gui defendeu-se
--Estou esperando explicações?
--Foi que eu fui falar uma coisa para o Tony e ele não gostou e veio com grosseria para o meu lado, dai revidei. – Estela falou e olhei para Toninho para ouvir a versão dele
--É que ela quer se mete onde não é chamada, se acha a dona da razão então me excedi e acabei sendo bruto com ela.
--Ok não vou perguntar o assunto da briga se vocês quiserem falar estou aqui para escutar, mas quero perguntar um coisa, quantas vezes vocês já viram brigas nessa casa?
--Nunca- Responderam juntos
-- Como resolvemos nossos embates aqui?
--Conversando- novamente os três juntos disseram
--Então o porquê de vocês dois ficarem se estranhando? Vocês sabem que nem eu nem a mãe de vocês admitimos nenhum tipo de agressão nem verbal nem física então na próxima vez que os dois resolverem discutir conversem e se a conversa não resolver conversem novamente afinal vocês são irmãos e se amam ou eu estou errada? – Às vezes eles só escutavam se nos agíssemos um pouco duras.
--Não mainha – Responderam juntos
--Então acho melhor vocês se resolverem, Estela às vezes as pessoas não querem intromissões em seus assuntos, mesmo das pessoas que amamos, e Antônio se não gostou de alguma coisa não é dando patada nas pessoas que vai resolver, simplesmente diga que não gostou do ato e pronto, estamos conversados? – Eles balançaram a cabeça afirmando ate o Gui que não tinha nada haver com a historia levou a lição de moral – Agora venham aqui quero um abraço dos meus três pestinhas. – Falei abrindo os braços e caminhando ate eles, esses não se detiveram e pularam no meu braço, eu adorava quando os três me abraçavam de uma vez.
--Mainha posso andar na moto da Lili? – Fiquei de boca aberta pensei logo “Fudeu a Carol vai matar ela”
--Ela comprou uma moto?
--Comprou ela é linda. – Disse Estelinha
--A Carol vai matar ela.
--Eu avisei na hora que ela estava comprando, mas ela não me escutou- Toninho falou
--E vocês foram comprar com ela?
--Ajudamos a ela escolher mainha
--Vamos fazer uma coisa , os três vai defender a irmã quando a Carol chegar e despejar toda a sua fúria nela. – Eu disse rindo, fui olhar a moto que era uma maquina, fui para o quarto e dei uma cochilada acordei a tempo da Carol chegar, chamei a Elise lá para baixo para defender a moto da mãe ficamos conversando ate a Carol chegar .
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ELISE
Elise ficou no quarto vendo umas burocracias do restaurante quando escutou as batidas na porta.
--Elise, bela moto a sua.- Disse Emy entrando no quarto
--Você gostou mesmo? Eu me amarrei nela.
--E você sabe que vai ter uma certa loira que vai pirar com essa ideia não é?
--Ela já está vindo para casa? – Elise perguntou coçando a cabeça
--Acabou de ligar.
--Então vou descer esperar a bronca lá embaixo. – Falou rindo
--É melhor mesmo, alias uma pergunta essa moto tem seguro contra incêndio provocado por mãe? – Falou rindo da cara da menina
--Credo Emy ela não seria capaz de colocar fogo no meu bebé- Olhou bem para Emy em um salto completou- Seria sim, é melhor eu ficar lá no jardim esperando ela chegar. – Elas desceram e logo os seus irmãos juntaram-se a ela depois de uns trinta minutos ela escuta um grito ecoando da garagem da casa.
--Elise Feitosa que invenção é essa? Eu não acredito que você comprou esse monstro quebrador de ossos para você. – Falou vindo em direção a todos.
--Calma mãe é só uma moto eu vou ter cuidado e depois vou comprar um carro não se preocupe eu quase não vou usa-la. – Mentiu
--Eu não te dou uma surra por que você já tem trinta e dois anos e sabe o que faz da vida, mas pode ter certeza que se você cair e quebrar algum osso vou mandar a ambulância te levar para a emergência mais desestruturada de toda cidade só para você aprender, nem me venha com ossos quebrados que não irei conserta, sua inconsequente, é esse o exemplo que você que dar para seus irmãos? – Todos ficaram estáticos escutando ela falar, ate ela jogar a maleta dela encima de uma cadeira e saiu em direção a garagem.
--Mãe calma o que a senhora vai fazer? – Elise saiu correndo atrás da mãe
-- Vou pegar meu celular no carro. – Ela disse tranquilamente e todos respiraram aliviados.—Por que todos vieram atrás de mim?- perguntou confusa
--É que a Lili pensou que você ia colocar fogo na moto. – Tony disse
--E não seria má ideia mesmo, eu não vejo graça de ter um objeto tão perigoso como esse, mas se foi assim que ela decidiu não posso fazer nada ela não liga em deixar a mãe dela nervosa imaginando as atrocidades que podem acontecer com ela quando pegar esse transito caótico mas tem nada não um dia ela terá filhos e vai sentir o que uma mãe senti quando fica morrendo de preocupação com a filha irresponsável . – Fez drama.
--Mãe, mãezinha que amo tanto não se preocupe que vou tomar cuidado está bem? E tomara que isso nunca, mais nunca aconteça mesmo nada comigo porem, se acontecer que eu quebrar algum ossinho a melhor cirurgiã ortopédica do mundo irá cuidar de mim direitinho eu tenho certeza, agora vamos lá para dentro você está cansada a Emy vai com você para o quarto você toma um banho e vem jantar conosco o que você acha.- Falou passando um braço em torno da cabeça da mãe e a levando para dentro da casa.
--Não adianta tentar me bajular eu sempre pedir para você tirar essa ideia maluca de comprar moto da sua cabeça, mas se você quer, não é mais aquela adolescente que eu podia controlar, agora deixa eu subir que estou morta de cansada vou tomar um banho e cama, amor você me acompanha? – Ela falou
--Claro linda vamos. – Elise respirou aliviada que sua moto estava intacta e ficaram ali conversando ate as mais velhas descerem para o jantar.
Os dias passaram rapidamente ela passou a semana resolvendo os detalhes do restaurante cada dia que passava ela e a Ana Paula ficavam mais próximas.
--Elise amanhã você vai para a festa de aniversario da tia Duda? - A arquiteta perguntou
--Vou sim Paulinha, a Duda já me intimou, mas a festa é só amanhã e hoje o que faremos? – Perguntou já arrumando suas coisas
--Não sei alguma ideia?
--Balada ou barzinho? O que você escolhe?
--A pergunta maior é como você quer acabar a noite e não como quer começar. – Ana Paula falou rindo
--Adoraria acabar a noite numa cama trans*ndo com uma mulher linda e eu totalmente bêbada – Ela falou rindo e a outra deu uma boa gargalhada.
--Então somos duas, vamos a um barzinho que tem ao lado de uma balada se no barzinho não rolar vamos para balada o que acha?
--Perfeito, me passa o endereço por mensagem, vou para casa trocar de roupa e de lá peço ao motorista para me levar. – Elise disse já subindo na moto para ir embora.
--Combinado, ate mais loira. – Elas partiram cada uma para suas respectivas casas, Elise chegou jantou e foi arrumar-se.
--Mãe vou sair com a Paulinha. – Ela disse avisando as mãe que estava deitada com Emy numa rede no alpendre do jardim da casa.
--Vai com Deus filha e cuidado com essa maquina mortífera que você pilota.
--Eu não vou de moto Zé vai me levar.
--Tudo bem agora me dar um abraço? – Ela abaixou-se para abraçar a mãe e Emy a puxou abraçando-a também
--Nossa já tinha desacostumado a ganhar tanto carinho e também ter que dar explicações assim. – Ela abraçou a mãe
--Isso te faz mal? – Emy perguntou
--Não muito pelo contrario faz muito tempo que não me sinto tão bem, eu amo tudo isso, agora deixa eu ir da um beijos nas crianças .- Ela se despediu e saio, o local era um pouco distante, mas ela conseguiu chegar no horário marcado, assim que chegou viu que a arquiteta já estava em uma mesa com varias pessoas.
-- Elise, são alguns amigos meu te incomoda se sentarmos com eles? – perguntou no ouvido dela quando foi cumprimenta-la.
--Claro que não, se eles não se importarem.
--Bem pessoal essa aqui é a Elise uma amiga que não via há muito tempo, mas que agora está de volta ao Brasil, Elise esse são alguns amigos meus, não vou falar os nomes de todos vou deixar eles se apresentarem . – Ela falou Apontando uma cadeira, tinham cinco pessoas, três mulheres e dois homens.
--Boa noite. – Ela falou sentando e uma das mulheres logo se pronunciaram.
--Nada de um simples boa noite, veja como nos fazemos para nos apresentarmos. – Ela falou tomando a atenção de todos.
--Cara você é muito louca. – Um dos homens disse e os demais começaram a rir, ela não ligou e continuou.
--Ola Elise meu nome é Vera, tenho 35 anos, sou advogada, solteira ha exatamente um dia. – Ela falou levantando o como com bebida, todos riam e brindaram com ela.
--Muito prazer Vera, deixa eu pedir uma bebida para poder brindar com vocês. Elise levantou a mão chamando a atenção do garçom e enquanto ele ia buscar a bebida um dos rapazes se pronunciou.
--Bem agora sou eu meu nome é Victor sou químico tenho 38 anos e sou casado com esse gostoso aqui. – Ele falou apontando para o outro homem sentado a mesa, e em seguida levantou o copo e todos fizeram o mesmo.
--Muito prazer Victor. – Assim que acabou de falar o garçom chegou com sua bebida.
--Bem meu nome é Kleber, sou arquiteto tenho 35 anos, casado como o Vi já disse e melhor amigo dessa louca aqui. – Falou abraçando a Ana Paula.
--Isso é mesmo . – Ela falou levantando o copo.
--Caraca quando acabarmos de nos apresentar estaremos todos bêbados – Elise brincou tomando a bebida –- Muito prazer Kleber.
--Meu nome é Marina tenho 31 anos, sou engenheira civil, e estou namorando. – Falou erguendo o copo
--Prazer Marina.
--Meu nome é Raissa tenho 29 anos, sou medica, e estou solteira pois essa nanica ai não me quer mais. – Apontou para a Ana Paula rindo.
--Eu sei que sou difícil de esquecer, mas sei que você está brincando- ela falou rindo e todos acompanharam ela nas risadas, após acabar olharam para Elise.
--Agora é sua fez Loira- disse Vera. – Ela disse olhando para Elise
--Então está bem, meu nome é Elise sou chef de cozinha, tenho 33 anos e solteira. – Ela erguei o copo e bebeu o resto da bebida que lá tinha, todos riram e a acompanharam, ficaram ali conversando a Elise gostou muito do pessoal, achou a Raissa muito bonita então resolveu investir, elas embalaram em uma conversa paralela da que rolava na mesa.
--E ai Elise onde você estava morando antes de voltar para o Brasil? – Perguntou Raissa também interessada.
--Em Londres, morei treze anos lá.
--E por que voltou?
--Estava com saudades da minha família e amigos, estava me sentindo só, e queria abrir meu restaurante aqui estou eu.
--Então em breve poderemos apreciar sua comida? – Ela falou insinuante
--Para mulheres lindas como você eu iria para cozinha agora e faria o meu prato mais especial- Devolveu o flerte
--Nossa eu iria adorar experimentar, sua comida. - Todos na mesa perceberam porem nada falaram.
--Vou adorar cozinhar para você nós poderíamos... – Parou de falar pois o telefone da mulher estava tocando
--Licença tenho que atender é do hospital. – Ela falou levantando e saindo.
--E ai vai conseguir alguma coisa com a Ra? – Perguntou Ana Paula virando para Elise.
--Estou quase, mas algum problema por ela ser sua ex?
--Nenhum, já faz quase um ano que terminamos e foi tranquilo, e uma coisa eu posso te garantir, essa morena é um furacão. – Disse baixo e as duas começaram a rir, silenciaram ao ver ela chegando.
-- Ai que pena vou ter que ir mil desculpas.- Ela falou olhando para Elise.
-- A patroinha ligou brava novamente?
--Aquela ali não sai do meu pé.- Falou pegando a bolsa.
--Que pena a conversa estava tão boa. – Falou Elise fazendo manha
--Me acompanha ate no taxi?- Jogou um olhar sedutor
--Claro que sim – Levantou e foi caminhando ao lado dela.
--Vou conseguir o teu telefone para marcar o dia que a chef vai cozinhar para mim?
--Claro, que dou com uma condição. – falou aproximando-se da morena.
--E qual seria? – Aproximou-se mais ainda.
--Essa aqui. – E puxou ela para um beijo cheio de desejo, foram interrompidas pelo telefone dela que tocava novamente.
--Desculpa, é que minha chefe acha que por que ela não trans* todas nos temos que ser igual a ela, mas deixa eu ir ver quem está com tanta pressa para nascer. – Disse se afastando.
--A você é obstetra que legal, e aposto que sua chef deve ser uma velha feia. – Falou rindo
--E o pior que não ela é maior gata porem, acho que ela chega a ficar meses naquele hospital. – Falou já abrindo a porta do carro
--Espera qual o hospital você trabalha? – Ela perguntou com ela já no carro
--Real Feitosa. – Falou com o carro já saindo a loira deu um sorrisinho de canto de boca e voltou para dentro do bar.
--O que foi aquele beijaço hein? -O Victor perguntou rindo.
--Apenas um beijo. – Elise respondeu sem graça.
--E ai por que você voltou rindo? – Ana Paula perguntou
-- Ela trabalha lá no hospital, isso significa que amanhã vou levar a comida preparada por mim que ela pediu – disse para Ana Paula que começou a rir com o jeito conquistador da loira.
--Mas você quer algo serio com ela?
--Eu nunca quero nada serio com ninguém minha cara agora vamos para dentro da boate que aqui tenho certeza que não vamos concretizar nossa vontade de como acabar a noite.
--Caramba eu sempre quis ter uma amiga assim. – Ana Paula disse rindo.
--Assim como?
--Tão safada como eu – Respondeu rindo
--Então vamos que a noite é pequena. – Ela disse rindo e tomando o ultimo de sua bebida.
--Pessoal vamos entrar na boate vocês nos acompanham?
--Eu não estou afim Aninha deixa para a próxima.
--Claro que sim, vou esperar vocês me ligarem essa semana.
--Adorei conhecer vocês- Elise disse cumprimentando a todos na mesa
--Veja se não some em adoramos você. – Vera disse e elas seguiram para dentro da boate.
--É legal aqui, mas só acho que as pessoas muito novas não acha? – Elise perguntou ao analisar o local
-- Acho sim, e por isso mesmo viemos, nada melhor que uma de vinte para termos uma noite deliciosa. – Ana Paula disse rindo.
--Se você está dizendo vamos lá então. – Ficaram por ali um bom tempo dançaram conversaram conheceram algumas meninas porem nada, quando deram por se estavam totalmente bêbada.
--Paulinha estou completamente bêbada e não peguei ninguém. – Falou sentando no banco do bar.
--Nem eu não passei de um amasso lá encima. – Falou desapontada.
--Vamos já deu para mim.
--Vamos sim – saíram da boate e o taxi iria deixar a Ana depois a Elise em casa, porem ao chegar na frente do seu prédio Ana Paula notou que a loira tinha apagado, em um sono profundo.
Fim do capítulo
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