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O dia por thays_

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Palavras: 2172
Acessos: 3742   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 2 - Ambigüidades

Ouviu o clack ecoar no silêncio da casa. Segurou a respiração. Gostava de flertar com a morte. Deitou-se em posição fetal no chão de madeira, terrificada. O que eu fiz?

 

Ouviu um grunhido baixo no cômodo. Levantou-se temerosa e olhou para o par de olhos sem vida de Célia e seus braços tentando alcançar suas pernas. Ela se rastejava lentamente. Sentiu medo. Azizah não teria coragem. Por um segundo, entendeu seu padrasto e se perguntou como um homem tão cruel quanto ele, pudesse ter sentimentos por algo ou alguém. Ele não tinha conseguido aniquilar seu meio-irmão, assim como ela estava apavorada ao ver sua mãe naquele estado. Eu não vou conseguir.

 

Ela tentou se levantar, mas Célia grudou em sua perna. Em um instinto automático, chutou, tentando se desvencilhar. Não conseguiria por um fim aquilo, mesmo tendo consciência de que aquilo não era mais sua mãe. Chorava, tomada por um sentimento ambíguo. Eu não quero morrer, mas também consigo matar, era minha mãe. Veio a sua mente reminiscências de sua infância, lembranças que tinham desaparecido, encobertas apenas pelos momentos ruins. Lembrou-se de seu pai, da forma alegre que tinha que levar a vida. De como ele e Célia foram felizes até a chegada do câncer.

 

Azizah sentia a morte próxima, como nunca antes. Agora entendia a seriedade da situação, nada se comparava as suas ideias ingênuas. Todos aqueles pensamentos e tentativas mal executadas tinham um sentido: Ela não queria de fato morrer. Agora era real.

 

BAM!

 

Ouviu um tiro e aquela massa morta ficou inerte após atingir o chão. Um buraco de bala atravessou o crânio da criatura. Olhou surpreendida para a porta. Uma mulher negra abaixou o rifle pelo qual acertou a zumbi. Trazia a cabeça raspada em máquina, usava três brincos de argola pequenos em cada orelha. Parecia ter passado dos 30, era mais alta que a outra e mais forte, como se o Dia nunca tivesse chegado para ela. Seus olhos profundos e castanhos fitaram os negros assombrados de Azizah. A estranha era terrivelmente bonita. Usava uma calça verde musgo larga, uma camiseta preta colada ao seu corpo, exibindo uma leve protuberância em seu ventre. Estava... grávida?

 

A salvadora esticou a mão para Azizah, ainda em choque.

 

- Vamos, há um bando se aproximando. – Tinha um tom de voz controlado, como se nada daquilo a assustasse.

 

Sentiu seu corpo ser elevado fortemente pela desconhecida, como uma pena. A mulher focou o olhar onde devia ser o rosto de Carlos, completamente desfigurado pelos tiros, em nada que lembrasse a feição de um homem. Bateu os olhos intrigada na garota,  o silencio foi tácito. Em seguida pegou a espingarda do corpo do padrasto morto, conferindo a munição.

 

- Você tem alguma arma?

 

- Não tenho mais balas.

 

Jogou a espingarda de Carlos Henrique nas mãos de Azizah. Estava suja de sangue. Tinha o sangue dele em suas mãos. Literalmente. Ela voltou a tremer ou talvez até então não tivesse parado.

 

- Vamos, temos que ser rápidas, eles estão se aproximando. Mire na cabeça.  – Fez uma pausa - Bom, acho que isso você sabe fazer. – Olhou de relance para o cadáver na sala. - A propósito, sou a Caroline, mas pode me chamar de Carol.

 

- Me chamo Azizah.

 

- A... o que?

 

- Cuidado! – A garota gritou, ao ver um zumbi pelas costas da outra e atirou por cima de sua cabeça, Carol se abaixou com o reflexo. Olhou para trás, vendo o corpo caído e sorriu, aliviada.

 

Azizah saiu de seu estado de torpor no mesmo instante que pisou fora de seu antigo e destruído lar. Assistiu a quantidade de mortos-vivos que as cercavam do lado de fora da casa. Cerca de dez estavam mais próximos, fora o bando que se aproximava lentamente pelo fim da rua. Caroline pegou a dianteira.

 

- Temos que chegar à rua de trás. - Atirou no mais próximo. - Estamos rodeadas.

 

Azizah olhou para a casa em frente, lembrando-se do quintal dos Mendonça.

 

- Vem, eu conheço um atalho.

 

Correram para o portão da casa há alguns metros de onde estavam. Deram mais alguns tiros até chegarem à frente da moradia. Azizah tentou empurrar, mas estava trancado.

 

- Que merd*!

 

- Vai logo! Eles estão se aproximando!

 

Azizah atirou na tranca que se arreganhou abrindo passagem para as duas. Seguiu adentro pela garagem, correram pela beirada da casa até os fundos. Ela sentiu seu corpo gelar. Não era como se lembrava. No lugar de um simples alambrado, havia um muro. E agora? 

 

No mesmo instante viu Caroline correr em direção ao muro, pegando impulso na parede, segurando nas bordas, elevou seu corpo, apoiando os cotovelos, deixando a outra de boca aberta.

 

- Me ajuda aqui, A. – Gritou. E a outra se posicionou a baixo de Carol, que usou seus ombros como suporte para terminar de subir. Os zumbis tinham alcançado o portão e entravam atrás das duas. Viu as mãos fortes de Caroline em cima do muro esticadas para ajudá-la a subir. Foi puxada novamente com facilidade. Azizah automaticamente a abraçou ao se verem a salvo. Seu coração parecia que ia furar sua carne. Enfiou seu rosto no pescoço de Carol, tremendo, sentindo um cheiro gostoso de maçã verde que vinha da estranha.

 

            - Calma, falta pouco. - Carol percebeu seu nervosismo.

 

            Só que se esqueceram de olhar para o outro lado do muro. As duas foram puxadas. Foi tudo muito rápido. Azizah sentiu uma pontada abaixo do seu ombro após a queda, na região das costas. Ouviu dois tiros. Sentou com dificuldade, tinha se cortado em uma garrafa quebrada. Ouviu mais outro. Tocou suas costas e arrancou o pedaço de vidro cravado de uma só vez, urrando de dor. Caroline a olhou, preocupada enquanto matava mais um.

 

            - Temos que ir. Agora. - Seu tom soou urgente. Estavam novamente ficando cercadas.

 

            Correram em direção a uma ranger vermelha, que em sua carroceria aberta continha caixas de papelão com mantimentos. Azizah logo bateu a porta do lado do passageiro e aguardou a outra dar partida e saírem cantando os pneus. Apenas se sentiu segura quando alcançaram 100 km/h na rodovia fugindo da capital.

 

             Tirou sua regata cavada com dificuldade, ficando apenas com um sutiã preto rendado e percebeu o olhar de Carol percorrendo seu corpo semi-nu e suas tatuagens. Aquele olhar. Tal como os homens a olhavam. Só que dessa vez, estranhamente não sentiu nojo como sempre sentia. Azizah dobrou a regata e a colocou no local do corte, apoiando-se nela na tentativa de estancar o sangramento, analisando o sentimento de prazer que dominava seu corpo ao sentir-se desejada. Fazia muito tempo que isso não lhe ocorria sem que ela sentisse repulsa.

 

            - Estou sujando seu estofado.

 

            - À vontade. – Carol desviou o olhar rapidamente, extasiada, tentando se concentrar na estrada.

 

            Caroline estava grávida. Não podia gostar de mulheres. Como aquele bebê ia ter chegado ali dentro? A não ser que tenha feito inseminação, é óbvio. Em que mundo você vive, Azizah? Ela podia ser bissexual também, nada a impedia. Ou apenas ficou curiosa com minhas tatuagens. Lembrou-se dela lhe chamando de "A" e sentiu um calor gostoso em seu peito. Até que ela era bonita, pensou. Riu consigo mesma ao analisar a possibilidade e diante de todos os trágicos acontecimentos presentes, estar com esses pensamentos sem pé nem cabeça não faziam o menor sentido. Aquilo era loucura. Devia ter batido a cabeça na queda, só podia ser.

 

            - Aonde estamos indo?

 

            - Pra minha casa. É afastada da capital, fica mais pro interior de São Paulo, onde é mais seguro. Eu estava em busca de mantimentos... Ai eu ouvi os tiros. – Ela fez uma pausa e continuou, encafifada. – Você atira bem, A. – Sentiu um arrepio percorrer seu corpo ao ouvir novamente aquele novo apelido na voz aveludada de Caroline. – Não ia precisar de todos aqueles tiros pra matar dois zumbis. Duvido também que tenham sido os primeiros que você matou. Você tem idéia de que o barulho atrai eles, não tem? Aquilo foi suicídio.

 

            A menina pensou em quão irônico aquilo soava aos seus ouvidos. Suicídio. Tornou a olhar pela janela, pensativa. Carol respeitou sua quietude, que era apenas externa, em seu interior pelo contrário, ela gritava ensurdecidamente. Foi levada novamente àquele estado de letargia, voltando sua cabeça pros últimos acontecimentos. Sentia o vento em seu rosto.

 

            Seria ela uma assassina? Assustou-se com o fato de se ver parecida com seu algoz. Deixou o peso do seu corpo cair contra o banco, o cansaço abatendo-a. Seu ferimento ardia, mas não mais que seu peito. Sua mãe tinha partido. Seu irmãozinho também. Ao menos o sofrimento deles tinha chegado ao fim. Previu as lágrimas se aglomerando, querendo explodir por seus olhos, mas respirou fundo, não ia chorar, não ali. Ela não podia.

 

            Não devia ficar se culpando pelo que fez. Foi em legítima defesa. Ele atirou em mim primeiro. Fora que ele a tinha matado em vida há muitos anos atrás. Aziah também sentia responsabilidade por esse fato, pelos abusos que sofria, a sociedade a fazia acreditar que a culpa era dela, quando não era, nunca tinha sido. Estava farta desse sentimento. Ela não iria mais carregar aquele peso em suas costas.

 

            Percebeu novamente que suas mãos tremiam e tornou a se concentrar em sua respiração. Carol a olhava, Azizah retribuiu e então sentiu um toque suave em sua mão proveniente da mulher ao seu lado, como se quisesse dizer que tudo ia ficar bem. Permitiu-se segurá-la, entrelaçando os dedos nos dela. Reparou na barriga saliente de Caroline. Devia ter entrado no quarto mês de gestação, não estava muito grande. Ela nunca tinha pensado em engravidar, nem em ter filhos na verdade. Sempre foi alguém sozinha no mundo, mesmo antes do Dia.

 

No entanto, imaginava o quão desesperador deveria ser estar naquele mundo novo, com uma criança em seu ventre, sabendo que quando a criança nascesse esta seria sua realidade. Nunca teria conhecido o mundo de antes. Não que fosse muito diferente. Pensou. As pessoas agora somente mostravam quem elas sempre foram. Não existia mais governo, nem leis, nem punição. Apenas lutar para permanecer vivo, como em uma seleção natural de espécies.

 

            Carol estacionou o carro em frente a uma casa pequena, com grades de cima a baixo e largou a mão de Azizah, que já não mais tremia, colocando o câmbio em ponto neutro.

 

            Cortou o silêncio que tinha se instaurado.

 

            - O medo de assaltos acabou nos preparando pra isso, invariavelmente. - Referia-se às grades.

 

            Viram dois zumbis caminhando em direção ao carro. Azizah aquiesceu-se no banco, segurou no cano da espingarda. Carol tirou uma faca presa a sua canela.

 

            - Custe o que acontecer, não atire. Você viu o que acontece quando dispara uma bala. Espere dentro do carro.

 

            - Eu te ajudo.

 

            - Você está ferida.

 

            - São só dois.

 

            - Você ficou paralisada com uma só dentro daquela casa. – Desdenhou. – Fique aqui dentro. -   Azizah sentiu uma pontada no peito.

 

            - Era diferente. – Rebateu, tentando se defender.

 

            Carol percebeu o incômodo da garota e seu olhar abatido.

 

            – Desculpe, mas não quero que seu estado piore. Espere aqui, não saia de jeito nenhum até estar tudo limpo. Beleza?

 

            - Beleza.

 

            Carolina desceu, jogando a faca de mão em mão, não que precisasse muito para atraí-los.

 

            -Vem, aqui, vem.

 

            Os dois moviam lentamente, arrastando os pés, naquele andar vago e rastejante. Um deles tinha a barriga aberta, não tendo mais órgãos internos, via-se apenas a carne vermelha e podre de seu interior. A outra tinha o cabelo comprido, ensebado, caído no rosto esquelético, usava um vestido florido que agora tinha uma cor indecifrável. Essa chegou primeiro perto de Carol, que a empurrou contra o muro. Não, não. Vai dar merd*. Ela tentou cravar a faca em seu crânio, mas não conseguiu, a zumbi mordia o ar, furiosa, com as mãos tocando seu rosto. O outro estava próximo. Não vai dar tempo. Estavam naquele embate perigoso, ela andava de costas, segurando o pescoço da zumbi e tropeçou na guia da calçada, rolando as duas para o chão. Azizah saiu imediatamente do carro, aflita. Correu até as duas, o outro se aproximava, agora eram os dois pra cima de Carol, que finalmente conseguiu meter a faca na cabeça da zumbi. Faltava apenas um.

 

            BAM!

 

            Ouviu-se um tiro, rompendo o silêncio sacro que rondava a vizinhança e o outro zumbi que estava prestes a alcançar Caroline, tombou no chão.

Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Capítulo 2 - Ambigüidades:
Lea
Lea

Em: 09/04/2023

Adrenalina pura!!!

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lucy
lucy

Em: 27/10/2016

ela atirou kkkkkkkkkkkkkkkkkk vai vir trocentos zumbis amoooo, é o segundo conto com este tema que leio adorei o primeiro e pelo andar da carruagem aqui, vou amar este também......Parabéns, Perfect estou adorando a descrição dos zumbis os detalhes e toda a ação de fuga escapatória delas em meio ao caos, obrigada por compartilhar , nota mil , love forever rs


Resposta do autor:

Oi Lucy! Ela atirou! hahaha adorei escrever essa parte e acho muito legal isso dos zumbis estarem em volta de tudo, da mta adrenalina! bjss

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Luzia S de Assis
Luzia S de Assis

Em: 08/05/2016

Muito boa a história. Zumbis em São Paulo? Tudo! Eu sou uma fã obsessiva de The Walking Dead. Vejo os episódios várias vezes. É um vício kkkk

Quando a Carol apareceu, me lembrou o jeito da Michonne, uma personagem que amo na série.

Adorei o casal, elas são corajosas.

E você escreve super bem. Parabéns!

 

 


Resposta do autor em 09/05/2016:

Oi Luh! Seja bem vinda. Também AMO a Michonne, ela é muito foda. Eu shippava horrores ela com a Angela hahah Fico muito feliz que esteja gostando da história, espero que continue acompanhando ;) Obrigada pelo comentário! Bjs

Responder

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itbyar
itbyar

Em: 26/02/2016

Adorei os dois capítulos.. Você escreve muito bem aguardando os próximos capítulos.. Beijão!
Resposta do autor em 26/02/2016:

Obrigada!! :))

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