• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Quando Minha Vida Virou Roteiro De Novela Mexicana
  • Capítulo 6 - Um flashback dentro de outro

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Faxina de Ano Novo
    Faxina de Ano Novo
    Por caribu
  • Depois do colorir
    Depois do colorir
    Por Cida Dias

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Quando Minha Vida Virou Roteiro De Novela Mexicana por Celaena Sardothien

Ver comentários: 0

Ver lista de capítulos

Palavras: 2292
Acessos: 1372   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 6 - Um flashback dentro de outro

Bom, bem sei eu que quando a gente gosta de um romance, as partes que nós mais esperamos são as partes em que o casal está junto. Estou narrando para vocês apenas um trecho da minha vida, que é a parte de mais turbulência com relação à romance, mas aconteceu algo um tempo antes que acho bem relevante que vocês saibam, pois, teve grande influência no relacionamento que eu construí com Natália.

Pois bem, esclarecimentos feitos, vamos aos fatos.

 

Três anos antes...

 

Ouço um barulho irritante em algum lugar ao fundo da minha mente. Não estou completamente acordada, disso eu tenho certeza, caso contrário já teria feito ele parar – da forma mais delicada e carinhosa possível.

O barulho persiste e eu sei que não é um sonho, acabo acordando plenamente. Quando abro os olhos uma luz forte ofusca minha visão, fazendo com que eu enfie o rosto no travesseiro por alguns segundos. Com a mão direita, tateio pela cama até achar meu celular e o atendo.

“Hmmmm” – Sempre de bom humor, claro.

“GRAÇAS A DEUS VOCÊ ATENDEU, EU PRECISO DE VOCÊ!” – Percebo a urgência na voz de Emily e me sento na cama, mais atenta.

Emily era uma amiga que eu já conhecia desde o maternal. Morávamos no mesmo bairro e estudamos juntas até certa altura da vida. Quando estávamos para começar a segunda parte do ensino fundamental – antiga 5ª série, novo 6º ano – acabamos por nos separar, eu ficando na escola particular onde sempre estudei e ela indo estudar em uma escola pública próxima.

A escola para onde ela tinha ido, era conhecida pelo bairro inteiro por ser extremamente violenta. Já havia saído no jornal inúmeras notícias onde alunos agrediam funcionários e professores, fora o que nós, que morávamos no bairro, sabíamos que acontecia e que não saía no jornal. Mas saber de terceiros é uma coisa, estar nessa realidade é outra completamente diferente.

Quando Emily se mudou pra lá – por sua família não ter mais dinheiro para pagar a escola particular – eu fiquei bastante preocupada, mas era muito nova e não tinha noção do quanto a escola era realmente perigosa. De qualquer maneira, o ano começou e com ele, nossas aulas. Como os colégios eram próximos, sempre nos encontrávamos no final do período escolar. Por vezes ela vinha até a porta da minha escola, mas vez ou outra eu ia também até a dela.

Foi em um desses dias no qual eu ia até ela que eu conheci os novos amigos de Emily. Era um grupo que não aparentava ter nada de diferente, cheguei, cumprimentei a ela e a todos. Ela me apresentou e eles retribuíram o cumprimento. Conforme o tempo passava, eu não dava muito atenção aos amigos dela, nem ela, particularmente. Ficamos as duas sentadas conversando, porém, isso não impediu que eu reparasse no que eles estavam fazendo.

Por vezes vi como alguns eram rudes ao tratar outras pessoas que saíam do colégio, senti um clima pesado entre eles e algo lá no fundo me alertou de que eu não deveria estar ali, Emily muito menos. Apesar da intuição, ainda não havia acontecido nada para que eu os julgasse, por esse motivo continuei conversando com Emily ali mesmo.

Foi quando eu quase estava indo embora que aconteceu algo estranho, eu continuei conversando com Emily para que não vissem que eu prestava atenção ao meu redor, mas pelo canto do olho vi quando um menino, que devia ter por volta dos 12 anos, chegou com uma quantia grande de dinheiro e disfarçadamente entregou a um dos garotos mais velhos que estavam ali. Se aquilo tivesse acontecido em outro ambiente eu não teria estranhado, porém, estávamos em um bairro e um colégio com uma fama já não muito boa, o que me fez ficar alerta.

Depois disso, decidi que já tinha passado da hora de ir embora e junto comigo, Emily também foi pra casa dela. Porém, o ocorrido e o que eu tinha reparado daquele grupo não saía da minha cabeça, por isso, assim que me encontrei com Emily de novo, resolvi ter uma conversa mais séria sobre eles.

“Hey, preciso te perguntar uma coisa séria.” – Nós estávamos na casa dela, ela sentada em uma ponta do sofá e eu – nada espaçosa – estava com a cabeça no colo dela e ocupava o resto do sofá de três lugares.

Ela desviou os olhos da televisão onde passava uma série que nós gostávamos muito de ver e olhou pra mim. Emily era realmente muito bonita, a pele bem clara, o corpo cheio de curvas, o sorriso lindo e os olhos, ah os olhos. Seus olhos eram de uma cor incrivelmente rara, não eram simplesmente verdes, eles possuíam diversos tons. Na borda mais externa da íris, eles eram circundados por uma linha fina de preto e clareavam para o castanho, avelã, verde, até que ao chegar à pupila, atingiam o tom de dourado.

Eu conhecia aqueles olhos há anos, mas sempre parava para admirá-los quando podia.

“Diga.” – Respondeu Emily, me fazendo voltar ao que era importante.

“Aqueles seus amigos. É impressão minha ou não são a melhor companhia para se andar?” – Perguntei de maneira direta, mas séria.

“Mais ou menos. Eles mexem com algumas coisas que não me orgulho de contar, mas não é como se eu fosse melhor amiga deles, eu só fico por perto, assim eles não mexem comigo.” – Ou mexem mais do que você espera, pensei comigo mesma.

“Você devia manter distância, de verdade. Nós duas conhecemos muito bem a fama que aquela escola tem e agora você resolve se aproximar justo de gente como eles?”

“Acho que você está exagerando, eles não são modelos a se seguir, mas não vão me fazer nada.”

“Não vão até você discordar de algo que eles te peçam, aí eu quero só ver.”

Ela não concordou, mas também não negou. Emily ficou mais calada no decorrer do dia depois dessa conversa, acredito que refletia sobre o que fazer.

Depois daquele dia, não tocamos muito mais nesse assunto, quando eu perguntava, ela dizia que não passava muito tempo com eles, que tentava se afastar quando podia, mas que eles acabavam a incluindo no grupo em alguns momentos. Eu dizia repetidas vezes para ela se afastar enquanto podia, mas ela não me dava muita atenção.

Foi em uma quarta-feira, depois da aula, que eu percebi que algo não ia bem. Esperava Emily na porta da minha escola, como sempre fazíamos, porém o tempo passava e nada dela aparecer. Depois de uma hora esperando, resolvi ligar pra ela. O telefone só caía na caixa postal e ela também não respondia minhas mensagens. Comecei a ficar realmente preocupada.

Decidi passar na porta da escola dela enquanto ia pra casa, mas já estava praticamente vazio e não a avistei. Chegando em casa, tentei ligar no telefone da casa dela, também sem notícias. Acabei por não ter o que fazer, além de sentar e esperar ela aparecer. Era muito cedo para presumir que algo tinha acontecido com ela, por mais que eu tivesse quase certeza que sim.

Eram quase 20 horas quando tive notícias, ela me mandou uma mensagem que dizia apenas “Está tudo bem, não quero falar agora, amanhã conversamos.” e eu apenas respeitei, estava preocupada e curiosa, mas ela respondeu e era o que importava agora.

No dia seguinte, saí da aula e Emily já me esperava do lado de fora com uma cara muito séria, o que me deixou bastante tensa. Ela pegou minha mão e me puxou até o final da rua onde ficamos sós, sentamos no meio fio e ela me olhou.

“Okay, agora pode me contar o que aconteceu.” – Disse olhando-a de maneira a não deixar dúvidas de que ela não sairia dali sem me contar.

“Antes de mais nada, quero que prometa que não vai contar a ninguém. Isso é muito sério e tenho meus motivos, se eles descobrem que contei pra alguém, eu não sei o que fazem comigo” – Ela me pediu, com os olhos cheios d’água.

Passei meu braço por trás dela e a puxei para mais perto, ela inclinou a cabeça e apoiou a mesma no meu ombro. Ela tremia e aquilo me deixava cada vez mais preocupada, porém, esperei que ela continuasse.

“Eu devia ter te ouvido antes, você tinha razão.” – Me olhou por um segundo e voltou a encostar a cabeça no meu ombro, olhando para o chão enquanto falava. – “Ontem quando estava vindo te ver, eles me pararam e perguntaram pra onde eu ia. Disse que tinha compromisso com uma amiga e eles disseram que não tinha mais, que eu ia sair com eles. Eu tentei recusar de forma a não irritar ninguém, mas parece que eles não estavam acostumados a receber um não e eu fui induzida a ir.”

Eu queria muito interferir, tinha mil perguntas a fazer, mas deixei que ela continuasse a falar.

“Depois de um tempo vi que eles estavam indo para uma praça perto da minha casa, a praça estava vazia e eu fiquei um pouco menos nervosa, até que chegou um garoto e veio em nossa direção. O menino devia ter a nossa idade, ele veio nervoso, dizendo que não tinha conseguido o dinheiro, que não quiseram pagar e que ele não pôde fazer nada” – Ela parou e respirou fundo, continuando em seguida. – “Eu não entendia o que estava acontecendo, não fazia ideia. Até que começaram a brigar com o menino, dizer que isso não era problema deles. O menino tentava se explicar, falava que não tinha culpa, mas isso só os deixava com mais raiva, até que começaram a bater nele. Eu gritava, pedia para eles pararem e eles não paravam, não me ouviam. Ou pelo menos fingiam que não, porque quando o menino tinha desmaiado de tanto apanhar e eu tentei fazer com que parassem de bater nele, um deles me deu um tapa.”

Eu estava completamente chocada com o que ela me contava, mas quando ela disse que haviam encostado a mão nela eu não agüentei mais ficar calada.

“Emily! Eles não podem fazer isso! Nós precisamos contar para os seus pais, eles precisam chamar a polícia, denunciá-los. Nós precisamos fazer alguma coisa, não dá pra deixar que eles façam o que bem entenderem, pelo amor de Deus!” – Eu dizia já bem exaltada, mas ela me agarrou pelos ombros e me olhou desesperada. Eu nem tinha percebido que havia me levantado.

“NÃO! Você prometeu! Eu tenho medo, eles são todos filhos de traficantes e chefões desse bairro e gente assim já comprou todo e qualquer policial que vem aqui fazer alguma coisa. Sem falar que são todos de menor, se meus pais ficarem sabendo, com certeza vão denunciá-los, daí eles saberão que eu contei e vão vir atrás de mim e pior, dos meus pais.” – A essa altura, ela já chorava e eu não sabia o que fazer. Eu sabia que ela tinha razão, mas não aceitava, não entrava na minha cabeça que alguém podia fazer o que quisesse sem punição, mas infelizmente no mundo em que vivemos as leis só existem mesmo no papel.

“Calma.” – Abracei-a e deixei que ela se acalmasse – “Primeiro nós temos que te afastar deles.”

“Eu tentei, eu disse que não queria mais vê-los, mas eles disseram que o que eu quero não interessa. Disseram que eu vou fazer o que eles disserem e que se der uma de esperta que vão vir atrás de mim e fazer o mesmo que fizeram o menino, ou pior” – Ela não conseguia parar de chorar e agora até eu tremia. Isso não podia estar acontecendo, não podia mesmo. Isso não acontece na vida real, é coisa de filme, pelo amor de Deus! – “Eu to com tanto medo, não sei o que fazer, não sei o que eles são capazes de fazer e não tenho a quem recorrer.”

“Nós vamos dar um jeito, eu to aqui com você.” – Disse, mesmo não tendo ideia do que eu poderia fazer em uma situação dessas. Só queria que ela se acalmasse.

Aos poucos ela foi parando de tremer e com o tempo parou de chorar, apesar de ainda aparentar estar muito assustada. Eu não sabia mesmo o que fazer, mas sabia que não poderia deixar ela na mão depois de tantos anos.

Parei para pensar um pouco e resolvi apostar na ideia que eu tive.

“E se nós denunciássemos de maneira anônima?” – Não era bom, mas era tudo que eu tinha.

“Podemos tentar, mas como eu disse, a polícia não vai sequer vir aqui. Mas creio que não temos nada a perder.” – Ela parecia mesmo não colocar muita fé na ideia, mas pelo menos tentaríamos algo.

“Então ta. Vamos fazer o seguinte, vamos lá pra casa pegar minhas coisas, vou dormir na sua casa com você hoje e a gente liga pra polícia, ta bom?” – Tentei passar uma confiança que eu não sentia. Ela apenas balançou a cabeça afirmativamente.

Começamos a caminhar em direção a minha casa, ela andava cabisbaixa. Parei de andar e ela parou ao meu lado, me olhando para saber o porquê. Eu olhei no fundo de seus olhos, coloquei minhas mãos uma em cada lado do seu rosto e disse:

“Eu estou aqui com você e não vou te abandonar, eu prometo.” – Falei de maneira firme. Ela deu um pequeno sorriso e me abraçou forte. Em seguida voltamos a caminhar em direção à minha casa.

 

Eu poderia não saber o que fazer, é, eu não tinha a mínima ideia. Mas, eu não ficaria de braços cruzados, vendo alguém que eu amo e que sempre esteve comigo, entrar num caminho sem volta.

Fim do capítulo

Notas finais:

Alerto que os próximos capítulos serão um pouco pesados


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 7 - Capítulo 6 - Um flashback dentro de outro:

Sem comentários

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web