• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Foi o Fim ou só mais um Começo?
  • Capítulo 43 – Mais um desafio

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • A HORA CERTA PARA AMAR
    A HORA CERTA PARA AMAR
    Por Raquel Santiago
  • Mais
    Mais uma de amor
    Por Frasson

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Foi o Fim ou só mais um Começo? por Anonimo 403998

Ver comentários: 9

Ver lista de capítulos

Palavras: 4382
Acessos: 5170   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 43 – Mais um desafio

Uma semana depois de saber do desafio Charlie se dirigia ao local dos desafios acompanhada por Jodie e Max além de Jeremy e outros 4 homens dos mais confiáveis dele. Chegando lá eles encontraram os outros dois grupos; o primeiro composto por 5 homens e o segundo por 6. Eles estavam separados tentando parecer não quererem proximidade entre eles, mas era óbvio que não se odiavam.

 

Jeremy e alguns de seus guardas foram conversar com os outros líderes enquanto uma cadeira foi colocada em frente a beirada do buraco para Charlie se sentar. Jodie se posicionou atrás da mais velha massageando os ombros dela enquanto Charlie ficava de olhos fechados parecendo calma, mas a mais loira podia sentir a tensão presente nos músculos da mulher que amava. Quase meia hora depois o pequeno grupo de líderes se desfez e Jeremy retornou. Charlie se ergueu e Jodie tirou o sobretudo que ela vestia.

 

- Tentei o que pude, mas você vai ter que enfrentar os dois hoje mesmo, Charlie. Deixei que eles se decidissem quem lutaria primeiro – comunicou Jeremy quando se aproximou delas.

 

Max ficou com a expressão raivosa e cruzou os braços, Charlie apenas concordou com um movimento da cabeça enquanto encarava o grupo conversando do lado oposto. Sam se aproximou encostando-se na perna esquerda de sua dona  ganhou um carinho na cabeça antes de Charlie se virar para encarar Jodie que estava atrás dela. Antes que a mais velha dissesse qualquer coisa a loira agarrou a frente de sua regata puxando-a para frente e beijando seus lábios rapidamente, num selinho discreto.

 

- É bom não deixar eles te machucarem, ouviu? – avisou Jodie com um olhar sério – Ou eu acabo com essa palhaçada e, nem que precise enfrentar todos eles, tiro você de lá.

 

- Prometo que vou vencer os dois – falou Charlie puxando-a pela cintura e a beijando delicadamente sem se importar com os olhares lançados pelos outros presentes – Mas não garanto que não me machucarei – murmurou a mais velha ainda com um braço em volta da cintura de Jodie e com as bocas próximas – Então se controle e me espere terminar.

 

- Sim senhora – sussurrou Jodie com os olhos semiabertos ainda sentindo o gosto daquele beijo.

 

Antes de se virar Charlie ainda beijou a mais nova pela segunda vez deixando uma Jodie de olhos fechados para trás quando se aproximou da beirada e pulou para dentro do buraco que levava ao piso inferior. Um dos desafiantes pulou logo depois se aproximando de Charlie que já estava no centro. Era um homem alto e forte, por volta de 180cm de altura, usava uma regata que deixava seus músculos e algumas tatuagens a mostra e um jeans velho de uma cor azulada e desbotada. Era chamado de Touro por causa de uma das tatuagens que representava o animal e que cobria todo seu ombro direito.

 

- Sabe, sempre achamos que você era aquele tipo de mulher mal amada e por isso era desse jeito – riu ele enquanto se aproximava de uma Charlie séria e calma – Que pena que joga no outro time, Charlie – ele ainda disse encarando-a com um olhar de cobiça – Teríamos nos divertido muito juntos. Apesar de que, eu ainda posso me divertir muito.

 

Charlie bocejou claramente entediada com a conversa do rapaz e cruzou os braços.

 

- Veio aqui lutar ou parecer um retardado falando sozinho? – perguntou ela.

 

O descaso dela fez o rapaz explodir de raiva e avançar sobre ela puxando uma faca da cintura. Charlie deu um passo para o lado acertando um soco no cotovelo do braço que segurava a faca e se afastou calmamente enquanto ele segurava o braço olhando-a com puro ódio, mas a faca continuava firme em sua mão. Ele inverteu a lâmina e ergueu a guarda se aproximando de Charlie com mais cautela. Depois de vários socos trocados a médica tinha vários cortes superficiais nos braços e Touro já não conseguia enxergar com o olho esquerdo devido ao corte na testa que sangrava, além de ter muitas dores nas costelas, mas ele não parecia perto de ser vencido.

 

Novamente ele avançou sobre Charlie que continuou a desviar da faca e acertar o tronco dele com toda a força que tinha. Num movimento de sorte ele conseguiu se aproximar mais ainda e tentou acertar a faca na lateral do ombro dela. Charlie não teve escolha além de erguer o braço esquerdo e avançar ainda mais para impedir que ele a acertasse. Tê-la tão perto deu vantagem a Touro que a agarrou com o braço que tinha a faca e começou a acertar socos na cabeça de Charlie que teve que erguer o outro braço para proteger o rosto.

 

Para mantê-la presa Touro largou a faca e agarrou Charlie pelo pescoço, ele empurrou-a até que ela batesse as costas contra uma parede e continuou a distribuir socos na cabeça e tronco de Charlie. Ela aguentou vários minutos até que a velocidade dos socos dele diminuiu, quando isso aconteceu Charlie soltou um gancho de esquerda que acertou o queixo do rapaz jogando-o para trás e quase derrubando-o. Ele chegou a colocar um joelho no chão, mas se apoiou num amontoado de concreto que havia sido uma coluna de sustentação.

 

Charlie sentia as costelas arderem assim como o rosto, sabia que a batida na parede tinha aberto um pequeno corte em sua cabeça que sangrava pouco, mas ela sentia o sangue escorrer e quase chegar em sua nuca. Ela inspirou profundamente e então começou a caminhar na direção do rapaz que tentava se erguer, mas estava tonto ainda. Ele conseguiu se levantar no ultimo instante e puxou outra faca tentando acertá-la, mas Charlie se abaixou enquanto acertava três socos na altura da cintura dele.

 

Os pés de Charlie trabalhavam tirando-a do alcance de Touro e recolocando-a em posição de ataque tão rápido que ele não conseguia acompanhar. A pancada na cabeça ainda tinha seus efeitos sobre o rapaz que agora só conseguia ver Charlie como um vulto. Tentando, desesperadamente, fazê-la parar ele soltou um chute pesado assim que sentiu ela acertá-lo outra vez. A perna dele acertou a cintura de Charlie quase desequilibrando-a, mas ela foi rápida e segurou a perna de Touro impedindo-se de ser jogada para longe e segurando-o de forma que ele não poderia acertá-la. Mas ela não ficou segurando-o por muito tempo; assim que firmou a perna dele Charlie ergueu o braço direito e desceu seu cotovelo contra a rótula do joelho de Touro fazendo-o gritar de dor.

 

Após a cotovelada ela ainda acertou um soco na lateral do joelho dele antes de soltá-lo para que caísse no chão chorando de dor. Quando ele caiu ela se aproximou de novo e teve que desviar da faca que ele, mesmo no chão, tentou usar contra ela. Um chute certeiro tirou a arma da mão dele e logo depois Charlie estava acertando socos no rosto do homem que se encolheu. Ela o agarrou pela frente da camisa e acertou uma cotovelada na lateral do rosto dele que, mesmo nem a proteção do braço dele foi capaz de segurar o impacto que o fez desmaiar.

 

Charlie aproveitou que o primeiro grupo veio recolher seu companheiro desacordado para respirar e recuperar a calma. Jodie não esperou que a impedissem e pulou correndo na direção da médica que estava sentada num pedaço de escombro do teto.

 

- Não deveria estar aqui – disse Charlie quando a viu chegar.

 

- Quieta e me deixa olhar sua cabeça – disse a loira ficando em pé ao lado de Charlie e tocando a parte de trás da cabeça dela – Está sangrando, vamos subir e dar um jeito nisso antes de você enfrentar o outro.

 

- Eles não vão me dar tempo pra isso – disse Charlie notando que o grupo já estava quase na borda do buraco para retirar o desacordado e que seu outro oponente já estava descendo – Ele já está aqui. Suba de novo, vou acabar logo com isso.

 

- Charlie você está exausta – sussurrou Jodie vendo o suor se misturar com o sangue no cabelo de Charlie – Precisa de um minuto pra respirar.

 

- Eles não me darão isso; essa é a estratégia – falou Charlie se levantando – Saia logo daqui.

 

Jodie não pode discutir e se afastou vendo a mulher que amava cheia de cortes se aproximar de outro oponente enorme e que segurava dois pedaços de metal. Esse era claramente mais velho do que Touro. Alto, tão alto quando o outro, pele escura assim como seus olhos, muitos músculos e a cabeça raspada, mas com uma barba por fazer que era espessa tão escura quanto sua pele. Cada uma de suas mãos segurava uma barra de ferro que deveria ter algo perto de 7Kg. Ele usava apenas um jeans cinza com um cinto preto, seu nome era Tom.

 

Não houve conversa entre eles, assim que Charlie chegou perto o bastante tom direcionou as barras de ferro na direção de Charlie que teve que se abaixar e esquivar sendo forçada a se afastar dele que continuou avançando e brandindo aquelas pesadas armas contra ela. Charlie tentava de todas as formas se aproximar, mas sempre que tentava aquelas barras de ferro vinham em sua direção e ela era forçada a recuar. Mas Tom não ficava apenas esperando-a chegar, ele também avançava tentando sempre acertá-la com força. Várias foram as vezes em que, ao errá-la, as barras acertaram as colunas ou o chão levantando poeira e abrindo pequenos buracos no concreto.

 

Charlie sabia que se não chegasse a ele primeiro ele a alcançaria, mas estava com muita dificuldade de se aproximar. Só que ela tinha razão, tendo tempo para se preparar e se aproximar logo Tom estava pressionando-a contra um dos cantos do buraco. Charlie tentava sair, mas sempre voltava ao canto quando fugia dos golpes das barras. Chegou um momento em que ela tinha que sair dali ou seria encurralada, mas quando tentou Tom conseguiu acertá-la.

 

O golpe veio na altura da cabeça, mas Charlie conseguiu erguer os braços para bloqueá-lo a tempo de reduzir o impacto, mesmo assim parte da barra de ferro acertou seu queixo e o impacto fez com que ela cortasse a boca por dentro e por fora. Charlie foi jogada com aquele golpe para trás e bateu as costas contra a parede caindo de joelhos logo depois. Tom parou sorrindo ao ver que a havia acertado e achando que o golpe havia deixado Charlie desacordada.

 

Ele chegou a sorrir achando que havia vencido antes de ouví-la cuspir sangue com saliva no chão a sua frente. Tom se virou e a olhou com um olhar assustado a tempo de ver Charlie se apoiar na parede e se erguer. Charllote tinha o lábio inferior cortado, assim como a parte interna da boca que sangrava muito fazendo com que ela tivesse que cuspir mais um pouco de sangue antes de limpar a boca com as costas da mão. Seus braços tinham marcas avermelhadas que já começavam a ficar roxas.

 

Charlie, contra todas as expectativas de Tom, se ergueu e o encarou com o mesmo olhar assustador de sempre, só que agora mais assustador ainda. Ela olhou para a mão com sangue e um brilho de raiva surgiu no olhar dela ao encarar novamente seu oponente. Ela apertou suas mãos em punhos e começou a caminhar na direção de Tom como se estivesse completamente bem.

 

Ele avançou contra ela rápido com um golpe usando as duas barras que deveria acertar Charlie na barriga, mas ela correu e pulou por cima das barras e rolando no chão logo ficando em pé outra vez. Quando Tom consegui virar já era tarde demais. Charlie impediu que ele girasse as barras com o braço direito bloqueando os braços dele. Com a mão esquerda ela começou com os socos, cabeça, pescoço, costelas, cintura. Quando ele tentou se afastar Charlie socou um dos cotovelos dele, fazendo com que uma das barras caísse no chão.

 

Ele se afastou vários passos com uma expressão de dor enquanto que Charlie apenas continuou a caminhar calmamente na direção dele. Tom estava apavorado, não conseguia acreditar que ela, depois daquele golpe, conseguia se mover. Ele tentou acertá-la com a outra barra, mas Charlie desviou; sem a segunda arma Tom não conseguia pressioná-la e acabou tendo que recuar, mas Charlie não parava e, mesmo avançando com calma e lentidão, ainda permanecia firme em seus passos.

 

Tom continuou golpeando com a barra de ferro, mas Charlie parecia quase ignorá-la exceto quando se movia para desviar. Ele tentou um golpe baixo, mas ela chutou a barra e se aproximou ainda mais. Tom tentou acertar um soco, mas Charlie nem ligou quando o punho dele encontrou suas costelas. Ela agarrou o braço dele e socou o cotovelo novamente fazendo-o gritar de dor. Quando a barra de ferro voltou de encontro ao rosto dela Charlie usou o braço direito para bloquear e então segurou a arma com a mão direita e socar o outro cotovelo de Tom fazendo a mão dele se soltar do metal que ela logo deixou cair no chão.

 

Tom tentou acertar uma cabeçada nela, mas Charlie se afastou, mas logo se aproximou de novo socando o rosto dele com raiva. No segundo soco já era possível ver o sangue dele espirrar quando sua cabeça girava com a força dos golpes. Mas Charlie socou também as costelas e a cintura. Tom tentava manter os braços altos para se proteger, mas mesmo os golpes que acertavam a guarda causavam algum impacto e ela quase nunca errava. Vários golpes depois Charlie acerta um chute forte no joelho esquerdo de Tom fazendo-o cair de joelhos, logo depois ela acerta uma cotovelada na cabeça dele.

 

Tom a empurra e tenta se erguer, mas já está tonto. Ele ergueu um braço num soco desesperado, mas Charlie se esquivou para a direita e então, enquanto Tom tentava trazer o braço de volta para outro soco, ela soltou um gancho de esquerda que entrou por baixo dos braços dele acertando-o no queixo e jogando-o para cima. Quando ele caiu no chão não restavam dúvidas da vitória de Charlie.

 

Todos ficaram encarando a cena sem reação por segundos, exceto Jodie que pulou de novo e correu em direção a Charlie que se abaixava ao lado de Tom para chegar a pulsação verificando que ele estava apenas desacordado. Jodie chega e já segura o rosto da mais velha com ambas as mãos tentando analisar o estado dela. Charlie afasta as mãos da loira, mas apenas para segurá-las entre as suas e puxar a garota daquele lugar.

 

Os oponentes encaravam a cena desacreditados, vários do grupo de Tom desceram para ver se ele estava mesmo desacordado, enquanto isso Charlie já tinha chegado no piso superior e Jodie colocava seu sobretudo nela. A médica parecia estar completamente bem, apesar de ainda ter um pouco de sangue escorrendo da boca e testa. Jeremy anunciou a vitória de Charlie e da cidade deles e disse que estava tudo acabado por aquele dia.

 

Todos saíram e começaram a caminhada de volta para casa, Charlie começou o percurso como se estivesse completamente bem, mas assim que ficaram longe o bastante dos outros ela se agarrou em Jodie que teve que sustentar o peso da mais velha. Mas a loira já sabia que isso aconteceria e estava esperando para segurá-la e ajudar Charlie a caminhar.

 

- Como você está? – perguntou a loira com muita preocupação enquanto firmava Charlie segurando-a pela cintura.

 

- Tonta, tudo parece girar, meus braços doem muito e talvez eu tenha sofrido alguma fissura, minha cabeça está latejando, tem sangue escorrendo pela minha nuca e costas e minha boca ainda está sangrando – respondeu ela sentindo a mão direita sobre sua cintura – Mas não é nada demais, vou melhorar logo.

 

------xxx------

 

- Nós podemos levar ela lá para cima – disse Jeremy quando o grupo chegou no galpão que era a casa delas.

 

Jodie recusou a ajuda e Jeremy acabou tendo que ir embora, mas ele deixou avisado que mandaria alguém com suprimentos para as três. Assim que entraram no galpão Jodie ergueu Charlie no colo surpreendendo a mais velha que se agarrou na loira com o susto.

 

- O que acha que está fazendo?? – questionou Charlie tentando se soltar.

 

- Quieta, não dificulte as coisas – falou Jodie de um jeito sério indo na direção das escadas – Vamos subir então coopere comigo.

 

- Eu ainda posso andar Jodie – reclamou Charlie.

 

- E isso é ótimo – disse a loira, mas continuou a caminhar pela escada até entrar pela porta que Max tinha deixado aberta.

 

- Leva ela pro quarto, eu vou pegar água limpa, acha a caixa de primeiros socorros no quarto dela – orientou Max já descendo a escada de novo acompanhada de Sam.

 

Jodie deitou Charlie no colchão do quarto da mais velha e foi até a prateleira do outro lado pegar os equipamentos médicos enquanto Charlie observava tudo com um olhar tranquilo, diferente do preocupado que a loira tinha no rosto. Quando ela voltou Charlie pediu água para beber e Jodie saiu para buscar. Enquanto a mais nova não voltava a médica abriu a caixa e começou a organizar o que precisaria. Com cuidado ela tocou seus antebraços tentando saber se havia alguma fratura e se aliviou ao não encontrar sinais, mas sabia que, pela dor, seus ossos deveriam ter várias fissuras.

 

Ela tentou examinar sua cabeça também, mas logo notou que a dor nos braços não lhe permitiria isso, então desistiu. Com a língua tentou achar e avaliar o corte que tinha na boca, logo encontrando-o na parte inferior da bochecha esquerda e percebendo que, apesar de fundo, ele era pequeno. Diferente do corte no lábio e na sobrancelha que ainda sangravam um pouco. Ela sabia que seus ombros e joelhos estavam arranhados, mas não eram ferimentos sérios.

 

Ela separou dois fios de sutura dos 15 que ainda tinha, um deles já estava aberto a algum tempo. Num pequeno pote de alumínio ela colocou um pouco de iodo lembrando que tinha sorte dos exploradores de Jeremy terem encontrado aquilo alguns meses atrás já que esse era um produto raro. Ela mergulhou uma pequena agulha de sutura junto com o que sobrava do fio no líquido avermelhado junto com a ponta do porta-agulhas.

 

(N/A: porta-agulha é um instrumento cirúrgico de metal, tem a aparência de uma tesoura, mas o que seria a lâmina é uma ponta muito reduzida e possui ranhuras e uma fenda central que firma a agulha de sutura que é curva; o cabo ainda tem uma trava que permite o manuseio do instrumento sem que seja necessário a aplicação de força para manter a agulha firme. Algumas ilustrações: http://coral.ufsm.br/tielletcab/HVfwork/img/portagus.jpg, o da Charlie é o da direita).

 

Jodie voltou com um copo de água que Charlie bebeu inteiro, logo depois Max chegava com alguns panos limpos e água numa bacia.

 

- Certo – disse a mais velha – Não tem nada quebrado, mas meus braços vão precisar daquela planta Max, pode ir buscar o máximo que conseguir?

 

- Já estou indo, mas tem certeza de que não precisa de ajuda? – perguntou a garota preocupada.

 

- Tenho sim, a Jodie pode ajudar – respondeu a médica e logo Max já estava saindo sendo acompanhada por Sam – Agora, preciso que você use um pano molhado para limpar o sangue da minha cabeça e me diga o tamanho do corte – orientou Charlie para a loira que engoliu em seco, mas molhou um pano – Você só tem que limpar – disse Charlie vendo que a mais nova tocava sua cabeça com receio – Vamos lá – disse ela rindo um pouco – Molhe para o sangue seco ficar mole, então afaste os fios de cabelo até encontrar o corte.

 

- Isso não é simples – falou Jodie nervosa – Eu não sou médica e estou preocupada com você, então não ria de mim – disse ela um tanto irritada.

 

Charlie afastou as mãos da loira e ergueu a cabeça para encará-la; segurou o rosto dela com uma mão e a puxou para um selinho rápido.

 

- Só fique calma, o pior já passou – garantiu a mais velha com um pequeno sorriso.

 

Jodie conseguiu limpar e viu que o corte tinha quase 2 cm e era um tanto profundo. Charlie suspirou sabendo que precisaria de pelo menos um ponto ali. Ergueu a cabeça e disse que Jodie teria de dar o ponto deixando a loira desesperada.

 

- Charlie eu não tenho nem ideia de como fazer isso!! – falou assustada.

 

- É fácil – afirmou a médica sorrindo – Vou dar um ponto na minha sobrancelha que também precisa, você presta atenção e então repete isso na minha cabeça. É só um ponto. Vamos lá, não tem como você fazer algo errado em apenas um ponto. Izzy me viu suturar diversas vezes, mas nunca tinha tentado e mesmo assim conseguiu fazer isso em você – disse a mais velha calmamente.

 

- É diferente – murmurou a loira ao se recordar do porque precisou que a amiga lhe desse pontos – Ela não tinha escolha.

 

- Hey – Charlie segurou o rosto da loira outra vez – Prometo que não é difícil.

 

- Você sabe que Izzy fez um péssimo trabalho nas minhas costas não sabe? – avisou Jodie com um olhar sério.

 

- Sei – falou Charlie descendo uma mão para as costas da loira onde ficava a cicatriz – Se fosse eu a suturar a linha teria ficado muito mais discreta, talvez até menor. Mas é a funcionalidade que importa, não a estética. E eu só preciso de um ponto. Agora – disse encarando a loira com calma – Limpa meu rosto e me alcança um espelho, tem um na prateleira.

 

Jodie limpou bem o rosto da mais velha; o sangramento até já havia parado, mas recomeçaria facilmente se a sobrancelha dela não fosse suturada logo. Como o tamanho dos cortes era muito parecido Charlie decidiu por apenas um ponto simples em cada um, só para a cicatrização ser mais rápida. Também escolheu um ponto mais fácil que deixaria uma cicatriz mais feia, mas que era mais simples de ser feito.

 

Com Jodie segurando o espelho a sua frente e prestando muita atenção aos movimentos de Charlie, a médica conseguiu fazer um ponto em sua sobrancelha, tudo muito lentamente para que a mais nova pudesse prestar atenção. Depois disso foi a vez de Jodie que, com muito cuidado e medo de errar, conseguiu imitar os movimentos da mais velha. Depois disso a mais nova ficou muito calada, guardou as coisas como Charlie orientava e então começou a limpar os outros ferimentos que a mais velha tinha.

 

Os piores eram os dos braços, mesmo sendo causado por um impacto, haviam vários pequenos cortes e arranhões nos antebraços de Charlie. O joelho esquerdo dela também estava muito arranhado e a loira nem havia visto as costas da médica ainda. Para Charlie a pior parte foi retirar a blusa, uma camisa de mangas curtas num tom marrom. Jodie teve que erguer o tecido com cuidado e lentamente por conta dos ferimentos nos cotovelos, antebraços e costas de Charlie. E quando terminou ainda teve que retirar o top preto que a mais velha usava porque haviam pequenos arranhões perto dele.

 

Com Charlie deitada de bruços no colchão Jodie foi passando o pano úmido pelas costas da mais velha que estavam muito vermelhas e com alguns arranhões. A água que umedecia a pele dela era um alívio para a dor e a ardência que Charlie sentia e Jodie, percebendo o quão quente estava a pele dela naquela região, pegou o pano e, com ele bem úmido, cobriu as costas de Charlie fazendo a mais velha suspirar.

 

- Obrigada – disse a médica virando o rosto para o lado em que Jodie estava – Essa foi uma boa ideia.

 

- Sempre tenho boas ideias – murmurou a loira se inclinando até colocar seus lábios sobre os de Charlie num selinho leve por conta do corte que a outra tinha na boca.

 

Mas Charlie a segurou pela camisa impedindo-a de se afastar e beijando-a de uma forma mais intensa. Jodie deitou ao lado da mais velha, ainda com Charlie de bruços, e continuou com os beijos enquanto sua mão direita acariciava de leve a cintura da médica.

 

- Me desculpe por preocupar você – sussurrou Charlie de olhos fechados.

 

- Tudo bem; acho que já fiz o mesmo contigo – responde a loira encarando o rosto machucado da médica – Vou cuidar de você agora. E para uma coisa essas lutas de hoje vão servir, teremos umas boas férias de desafios. Todos acham que você saiu de lá sem nenhum ferimento grave, provavelmente estão achando que você tem algum superpoder – brincou a loira se ajeitando ao lado de Charlie – Mas mesmo que te desafiem, não vou te deixar lutar.

 

- Não é uma escolha que temos – respondeu a médica abrindo os olhos que estavam num tom claro por conta da luz do sol.

 

- Não é uma escolha que eu tenha – disse Jodie de um jeito sério – Sei que nunca venci você, mas não vou perder pra ninguém. Tenho que proteger você, proteger a todas nós.

 

- Você não tem Jodie – murmurou Charlie colocando a mão esquerda sobre o rosto dela – Nós faremos isso juntas.

 

 

- Mas algumas coisas eu posso fazer e você não mais – disse a mais nova sorrindo – Eu amo você Charlie, não vou te perder, nunca. Não vou deixar nada nos separar – ela disse beijando novamente a mais velha e Charlie entendeu que não teria como argumentar com aquela loira que já estava mais do que decidida. 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 43 - Capítulo 43 – Mais um desafio:
Lea
Lea

Em: 22/11/2021

A Charlotte prefere não usar arma. Tem um pq dela não gostar de usa-las???

Esses cuidados são de derreter o coração!!!!!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

rhina
rhina

Em: 18/03/2018

 Foi uma luta bruta e violnta para Charlie. 

Desafiantes cada vez se apresentam 

Puxa seria bom ter novos caminhos para solucionar este tipo de problema em relação a quem comanda o território. 

Rhina


Resposta do autor:

Seria ótimo, mas a maioria das comunidades que se organizaram usam a força como ponto de escolha de líderes (ou não escolha tbm). 

Charlie conseguiu impedir que essas disputas de força continuassem a ser verdadeiras guerras ente gangues, mas ainda não há como as lutas deixarem de existir. 

 

;] 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 17/07/2016

Eu amo o jeito cuidadoso da Jodie. Essa loira é muitíssimo fofa!


Resposta do autor:

Ela é mesmo *-------*

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Ada M Melo
Ada M Melo

Em: 27/02/2016

tem cap hoje?


Resposta do autor em 03/03/2016:

Siiiiim kkkk

;] 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Dainah
Dainah

Em: 25/02/2016

Gente, que luta!!! Mas tudo acabou bem, apesar de ter se machucado um pouco, Charlie é Charlie...e esses idiotas vão pensar duas vezes antes de armar mais uma dessas pra cima da nossa lutadora. Jodie ...não preciso nem dizer né?! Fofa como sempre, cuidando da Charlie 💜💜
Resposta do autor em 03/03/2016:

Acabou bem sim, mesmo com os ferimentos, mas Charlie tem a Jodie p cuidar dela agora 

;] 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

NayGomez
NayGomez

Em: 25/02/2016

Ain é  tão gostoso ver a Charlie e Jodie assim nesse Love *-* eu preciso de mais... 


Resposta do autor em 03/03/2016:

Kkkkkkkk 

Que love neh? Demorou tanto, mas finalmente tá ai 

;] 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Ada M Melo
Ada M Melo

Em: 24/02/2016

ei essa luta foi muito injusta, os caras ainda lutam armados.... desse jeito coitada da Charlie. muito fofa a Jordie cuidando da Charlie...


Resposta do autor em 03/03/2016:

Bem, a regra é que só poderiam usar armas com a Charlie, então eles meio q aproveitam nem, é a unica chance que eles tem de derrotar ela. 

E Jodie é fofa sempre *-* 

;] 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

lay colombo
lay colombo

Em: 24/02/2016

Charlie é muito foda vei, aposto q os outros grupos tão td morrendo de medo agora kkkkk

Jodie ta certa depois de td q ela passou pra ficar junto com a Charlie ela tem mais é q proteger a relação delas e oq elas tem.


Resposta do autor em 03/03/2016:

Kkkkkkkkkkkkkkkkk Eu tbm aposto que estão. 

;]

Responder

[Faça o login para poder comentar]

mtereza
mtereza

Em: 24/02/2016

E realmente não foram demais os machucados mais ainda sim foram muito kkkkk achei linda a Jodie cuidando da Charlie com direito a levá-la no braço e tudo amei isso rsrsrs


Resposta do autor em 03/03/2016:

Na verdade foram mts machucados sim kkkk, ao menos eu acho que foram. 

Siiim, tbm amei Jodie fazendo isso *-* 

;] 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web