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A culpa é do destino por Chris V

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Palavras: 4532
Acessos: 3462   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 12 - Parabéns

            Faltavam um pouco mais de duas semanas para meu aniversário e duas para o nosso aniversário de casamento.

-- O que acha melhor? Uma viagem nacional ou internacional?

-- Ta podendo hein amiga? – brincou.

-- É sério Alice, eu estou em dúvida. Sei que ela é louca pra conhecer Fernando de Noronha, mas sei também que ela é apaixonada por Buenos Aires. Me ajuda!

-- Eu ainda acho que você deve falar com ela antes de qualquer coisa.

-- Se eu falar com ela deixa de ser surpresa Alice!

-- Mesmo assim ainda acho que seria melhor. Vai que ela também tem planos para vocês duas nessa data especial.

-- Não quero falar com ela, quero fazer surpresa, deixar tudo pronto e só falar quando já estivermos no aeroporto.

-- Fala com ela sobre os planos de viajar, você omite o lugar.

-- Porque insiste tanto para que eu fale com ela?

-- Só estou tentando ajudar ué. Você pediu minha opinião, e eu  estou dando. E de verdade acho que é melhor falar com ela do que acabar planejando tudo e dar com os burros n’água, porque é bem provável que ela não deixe essa data passar em branco, e assim como você, ela esteja planejando algo.

-- Certo! Você venceu, eu vou falar com ela, mas antes quero decidir para onde iremos.

-- Olha, se eu fosse você levava ela para Buenos Aires. Lá é bem frio, assim ela iria querer passar a maior parte do tempo agarrada em você

-- Sério que o seu argumento é esse?

-- Você não pediu a minha opinião?

-- Sim, mas...

-- Malu, os dois lugares são lindos, são perfeitos e se você quer um lugar romântico, esse lugar é em qualquer lugar, só depende de você meu bem. O romantismo vai ser por sua conta.

-- Já sei!

-- Para onde vai levá-la?

-- Veneza.

-- Nossa! Reconciliação em alto estilo meu bem!

-- Ela merece Alice, e essa viagem não é só como um presente por nosso casamento, é também como um pedido de desculpa. Farei uma surpresa para ela, algo que possa demonstrar o tamanho do meu amor.

-- Amor eu aposto que se você a levasse ali na esquina, no bar do seu Filomeno ela iria amar. O importante não é o preço da viagem.

-- Eu sei que não, Giovanna nem se importa com isso, mas quero fazer algo bem romântico e especial.

-- Sei o quanto você se tornou romântica.

-- Isso é culpa dela.

-- Com certeza eu sei disso. Voltou tudo ao normal mesmo?

-- Sim. Depois do dia em que pedi desculpa pra ela ficou tudo bem, estamos bem novamente. Só que... – cocei a minha cabeça.

-- Só que...o quê? Conta mulher!

-- Estou um pouco preocupada com a Giovanna, ela tem andado muito enjoada, tem náuseas repentinas, e algumas até severas. Até o corpo dela está sensível, não consigo nem tocá-la direito. Já pedi para que ela fosse ao médico, mas ela tem se negado.

            Alice sorriu, um sorriso contido e disfarçado, mas ainda sim um sorriso. Fiquei sem entender. Como eu falava de minha preocupação com minha esposa e ela simplesmente sorria? Eu estava preocupada de verdade, não era uma brincadeira.

-- Do que você está rindo?! – perguntei encarando-a com os olhos semi cerrados.

-- Eu? Ah, é que eu me lembrei de uma estória que Elisa me contou.

-- Alice o assunto é sério!

-- Desculpe! - tentou ficar séria novamente - Eu acho que você não precisa se preocupar, Giovanna trabalha em um hospital, se ela estivesse mesmo doente alguém já teria percebido, e ela mesmo já teria procurado ajuda, ela sempre cuidou da própria saúde. Percebeu mais alguma coisa?

-- Como assim?

-- Se você percebeu mais alguma coisa estranha.

-- Não. Apenas isso, e pra falar a verdade já está de bom tamanho, isso já é o suficiente para me deixar preocupada.

-- Não fica. Vamos fazer um acordo: se você perceber algo mais, me fala que eu mesma vou ter uma conversinha com ela. Está bem assim?

-- Tudo bem. Eu vou ficar de olho. – peguei um panfleto de pacote para Veneza e mostrei para ela – O que acha?

-- Vai ser perfeito, amiga! – falou sincera.

            Decidida, olhei para a moça da agência de viagens e decidi por aquele pacote. 4 dias em Veneza, com direito a tudo. As passagens seriam reembolsáveis, e poderiam ser remarcadas, sendo assim se Giovanna não concordasse em viajar na data que marquei, poderíamos viajar em outra oportunidade.  Seria uma ótima viagem, seria perfeita por vários motivos. Sai da agência de viagens com um brilho a mais nos olhos.

            Já era perto da hora do almoço, dessa maneira, Alice ligou para Elisa, e eu, para Giovanna. Marcamos de almoçar num restaurante que havia perto do Centro.

Quando chegamos ao restaurante Giovanna e Elisa já se encontravam lá, ocupavam uma mesa no andar superior, e conversavam animadamente com um entrosamento e intimidade que eu não imaginei que existisse entre elas, afinal, nos conhecíamos há muito pouco tempo. Havíamos saído com Elisa no máximo umas 3 vezes, pois ela estava em um eterno revezamento entre o Brasil e Portugal.

-- Olá meus amores! – disse Alice quando nos aproximamos da mesa.

            Elisa levantou e cumprimentou a namorada com um breve selinho, e me estendeu a mão gentilmente. Giovanna permanecia sentada, com um sorriso singelo enfeitando seus lábios. Aproximei-me de sua cadeira e me curvei ficando da sua altura.

-- Oi meu amor. – beijei o cantinho da sua boca – Está tudo bem? – sentei-me ao seu lado em seguida.

-- Está sim, só estou com um pouco de sono.

-- Vai voltar para a Clínica?

-- Não. Não me senti muito bem durante a manhã, falei com a Débora e com o Leonardo, e como eu não tinha muitos pacientes para hoje eles acharam melhor que eu fosse pra casa.

-- Ainda está sentindo algo? – perguntei sentindo minha preocupação aumentar consideravelmente.

-- Estou bem amor, não se preocupe.

            Busquei o olhar de Alice, mas essa olhava completamente encantada para minha esposa, assim como Elisa. Pigarreei chamando a atenção de minha amiga e sussurrei “De novo!”. De novo Giovanna sentia-se mal.

-- Então meninas, vocês já pediram alguma coisa? Vamos pedir? – Alice falou mudando o assunto da água para o vinho.

            Todas na mesa pareceram ficar bastante entusiasmadas com o cardápio, menos eu. Não conseguia relaxar, fazia bastante tempo que minha maior preocupação era a ruiva sorridente a minha frente, a mesma que tentava me convencer de que estava tudo bem, mas sua saúde falava exatamente o contrário.

            Com o tempo, no meio daquelas três pessoas maravilhosas, acabei me distraindo e dando boas risadas. O clima ficou leve e completamente extrovertido. Elisa com seu sotaque lusitano e com boas piadas de portugueses acabou arrancando gargalhadas da mesa. Conseguimos até chamar a atenção de pessoas que estavam a nossa volta. Nenhuma de nós se importou.    

            Despedimos-nos e nos dividimos novamente em casais. Antes mesmo de deixar o restaurante liguei para Thaís e informei que não voltaria para a escola hoje à tarde. Dei-me à tarde de folga, queria dedicar aquele tempo para minha esposa.

            Assim que chegamos a casa Giovanna subiu para tomar um banho, enquanto eu fiquei na cozinha colocando água e ração para Nala. Bebi uma água e subi. Giovanna ainda estava no banho, então me veio uma idéia, retirei toda a minha roupa ficando apenas de calcinha e sutiã.

-- Amor?

-- Oi.

-- Posso tomar banho com você?

-- Pode amor, claro.

            Retirei o restante da roupa, fui até o guarda roupa e peguei o que chamávamos de nosso brinquedo. Vesti e fui até a porta do banheiro, vi que Giovanna estava de costas, então aproveitei e entrei sem que ela me percebesse.

            Aproximei-me e mordi seu pescoço mantendo meu corpo a certa distância do dela. Giovanna suspirou pesadamente enquanto jogava a cabeça para trás. Passei as mãos por seus braços que estavam estendidos de encontro à parede. Mordi e suguei o lóbulo de sua orelha.

            De olhos fechados Giovanna suspirava e gemia ainda timidamente. Porém, eu queria aqueles gemidos descontrolados, aqueles que me levavam a loucura sem que ela precisasse nem mesmo me tocar.

            Deslizei minhas mãos por sua barriga, arranhando suavemente. Levei minhas mãos até suas coxas e as separei enquanto passava minha língua por seu pescoço, arrancando um gemido mais rouco e mais alto. Deixei meu corpo resvalar de encontro ao seu e só então Giovanna sentiu que eu vestia a cinta. Apertei seu corpo contra o meu e deixei que o strap-on deslizasse para o meio de suas pernas. Puxei seus cabelos para trás com certa força e movi meu quadril devagar.

-- Ai amor... – ela falou entre um suspiro.

-- Você é tão linda! – minha voz rouca não deixava dúvidas sobre a intensidade de meu desejo por ela naquele momento.

-- Eu quero você.

-- Quer? Como?

-- Sim, dentro de mim.

-- Tem certeza, amor? – perguntei passando a ponta de minha língua em seu ouvido, e o resultado disso foi um corpo completamente arrepiado.

-- A mais completa certeza.

            Giovanna levou minhas mãos até seus seios e empinou um pouco mais seu bumbum de encontro ao meu, facilitando ainda mais aquela tarefa deliciosa. Sorri de lado e comecei a massagear lentamente o bico de seus seios – tinha ciência de que ultimamente eles estavam demasiadamente mais sensíveis – e passei a movimentar meu quadril um pouco mais rápido, apenas roçando em seu sex*.

            Com a mão direita levei a prótese até a sua entrada e penetrei-a vagarosamente, foi torturante até pra mim. Giovanna gem*u deliciosamente.

            Comecei a estocar enquanto mantinha minha mão esquerda estimulando seu clit*ris em movimentos circulares. Dava para sentir perfeitamente a sua umidade, e claro, aquilo me deixava ainda mais acesa e com vontade. Aumentei a velocidade debaixo de gemidos mais altos e cadenciados. Fechei os olhos me deixando levar por aquele som que mexia completamente comigo.

            Giovanna empurrava seu corpo de encontro ao meu, e isso me fazia aumentar cada vez mais a velocidade. Meu gozo estava bem próximo, mas tentei me segurar, queria que chegássemos ao clímax junto. Quando senti o corpo de minha ruiva amolecer eu me deixei levar.

            Os gemidos se misturaram dentro daquele banheiro. Foi gostoso, foi arrebatador.

            Segurei o corpo menor junto ao meu tentando também me manter de pé. Sua respiração ainda era irregular e acalmava-se pouco a pouco, assim como a minha. Beijei seu pescoço delicadamente, com carinho.

-- Quero mais banhos assim.

-- Sempre meu amor. – falei buscando seus lábios.

            Movi-me com cuidado retirando o strap-on de dentro dela. Quando retirei a prótese de silicone para fazer a higiene notei que havia um pouco de sangue em sua extensão.

-- Amor, tem um pouco de sangue aqui. – falei ainda encarando o objeto em minhas mãos.

-- Onde? – perguntou se virando para mim.

            Mostrei o objeto para ela e sua reação foi incomum. Podia ver dúvida e confusão em sua expressão. Isso me foi ainda mais estranho. Fiz as contas em minha cabeça e sua menstruação já era para ter vindo, porém, eu sabia que não tinha vindo.

-- Amor eu acho que te machuquei. Tá sentindo algo?

-- Não.

            Olhei para as suas pernas e vi que escorria uma pequena quantidade de sangue ali. Ela acompanhou meu olhar.

-- Amor, por favor, me deixa tomar banho. – suas bochechas estavam levemente avermelhadas.

-- Não precisa ter vergonha.

-- Por favor... – Giovanna praticamente sussurrou, e o que mais me assustou foi ver a formação de lágrimas em seus olhos.

            Preferi acatar seu pedido sem mais perguntas. Peguei uma das toalhas que havia ali, me enrolei e saí deixando-a sozinha. Antes de fechar a porta do banheiro ainda pude ouvir um fungado. Aquilo me deixou muito assustada.

            Desci as escadas praticamente correndo. Peguei meu celular e disquei o número de Alice, não demorou muito para ouvir sua voz levemente sonolenta.

-- Alice isso basta pra mim, você tem que falar com ela. Giovanna precisa ir ao médico, eu não sei o que fiz, não sei o que foi, mas ela não está bem, eu acho que ela está chorando, eu...

-- Malu! Para! Fala com calma, eu não estou conseguindo entender.                 

-- Alice por favor...

-- O que aconteceu Malu?

-- A Giovanna está sangrando, nós estávamos no banheiro e agora ela ta sangrando.

-- Ela está bem?

-- Não sei.

-- Leva seu celular até ela, vai!

            Subi as escadas da mesma maneira que desci, correndo. Sentia minhas mãos trêmulas e o ar rarefeito. Cheguei até a porta do banheiro e chamei por ela, a resposta veio simples, foi apenas um “Oi” dita com uma voz embargada.

            Tentei abrir a porta, mas esta estava trancada.

--Amor, a Alice está no telefone, ela quer falar com você.

            Giovanna destrancou a porta, no entanto colocou apenas a mão para fora. Dei-lhe o celular e sentei na cama, esperando. Pouco tempo depois ela saiu. Os olhos levemente avermelhados, mas sem nenhum indício de lágrimas.

            Prontamente levantei-me e me pus ao seu lado.

-- Amor o que aconteceu? – perguntei nervosa.

-- Nada meu amor, está tudo bem. – falou tocando meu rosto com uma das mãos.

-- Era a sua menstruação?

-- Uhum. – respondeu e foi até o guarda roupa.

-- Porque você chorou?

-- Por nada meu amor, foi apenas um pequeno susto.

            Ok! Fiquei sem entender nada do que tinha acontecido. Por qual motivo Giovanna havia se assustado se no fim ela suspeitava de sua menstruação? Aquilo não era normal?

-- O que acha de dormirmos um pouquinho? – perguntou já vestida com uma camisola de tom azul claro.

-- Não estou com sono Gio. Mas posso ficar aqui com você.

-- Agarradinha?

-- De preferência!

            Giovanna sorriu e deitou na cama esperando que eu fizesse o mesmo ao seu lado. Só que lembrei que não tinha terminado de tomar o meu banho, pra dizer a verdade nem havia começado.

-- Me espera só um pouquinho enquanto tomo banho, amor?              

-- Espero sim amor.

            Corri para o banheiro. Tomei um banho rápido e aproveitei para fazer a higiene devida do strap-on. Quando voltei para o quarto encontrei Giovanna dormindo. Sua feição serena e tranqüila, até parecia com a de um anjo, o meu anjo ruivo.

            Deitei ao seu lado, e aconcheguei o corpo menor em meus braços beijando o topo de sua cabeça. Ela sussurrou um “te amo” e eu fechei os olhos me sentindo tranqüila.

            Mesmo sem sentir sono, acabei adormecendo e só acordei quando a tarde começava a ir embora, com um barulho vindo da cozinha. Desci e encontrei Giovanna mexendo na geladeira. Perguntei o que ela queria, e ela me disse que estava com uma louca vontade de comer um sanduíche com muito molho. Achei até engraçado, pois normalmente quem fazia esse tipo de lanchinhos era eu.

            Convidei-a para irmos ao shopping, assistiríamos a um filme e comeríamos o tal sanduíche que ela estava com vontade de comer. Deixamos o condomínio no início da noite, pegamos um pequeno trânsito, mas ainda sim chegamos cedo ao shopping.

            Giovanna estava mesmo com vontade de comer aquele sanduíche, não esperou nem mesmo o fim do filme, fomos direto para a praça de alimentação e só então fomos para a bilheteria. Escolhemos um filme de comédia romântica que ela queria ver há tempos. Sentamo-nos nas cadeiras do fundo da sala, assim poderíamos ficar abraçadas sem nenhum inoportuno se “incomodar” com a gente.

            Notei que a sensibilidade de minha esposa não estava apenas em seu corpo, mas em seu humor também. Ela sempre fora sensível e doce, mas ultimamente esse seu lado estava mais aflorado, ela estava ainda mais amorosa e posso até dizer que chorosa. Giovanna chorou com uma cena boba do filme.

            Quando saímos da sala voltamos para a praça de alimentação, agora ela estava com vontade de tomar um milk shake de ovo maltine. Fiz a sua vontade e acompanhei. Achei aquela uma ótima oportunidade para seguir o conselho que Alice me dera hoje cedo. Falaria para minha esposa dos meus planos de viajarmos no nosso aniversário.

-- O que acha de viajarmos amor?

-- Quando? – perguntou dividindo a sua atenção entre o copo e eu.

-- Daqui a duas semanas.

-- Quantos dias?

-- Quatro dias. Acha que daria certo encaixar na sua agenda?

-- Acho que sim amor. Tenho direito há algumas folgas e o Wilson sabe disso, na clínica é mais flexível, os meninos não se importariam com alguns dias longe.

-- Perfeito então amor.

-- Mas para onde iríamos?

-- Essa parte é surpresa, você só vai descobrir quando chegarmos ao aeroporto, infelizmente, porque se dependesse de mim, você só descobriria quando chegássemos ao nosso destino final.

-- Que mulher mais misteriosa essa minha. – brincou.

-- Posso confirmar tudo então?

-- Claro amor. Vou adorar viajar com você. Será uma viagem super especial.

-- Será sim.

 

 

**********

 

Duas semanas depois...

 

 

-- Amor? Vamos nos atrasar. Cadê as suas malas?

-- Ai amor, calma, já estou aqui. E as minhas malas também.

-- Vamos amor! – falei alvoroçada com a chave da casa nas mãos.

-- O táxi ainda nem chegou Luíza, se acalme, desse jeito vai acabar tendo uma síncope.

-- Estou ansiosa. – falei finalmente sentando-me no sofá da sala.

            Quando o assunto era viagem eu sempre ficava nervosa, ainda mais quando Giovanna estava comigo, porque eu me preocupava em dobro e me empenhava ao máximo para que tudo saísse como o planejado.

            Giovanna sentou ao meu lado e depositou a cabeça em meu ombro. Aquilo bastou para me deixar um pouco mais calma. Peguei sua mão entre as minhas e entrelacei nossos dedos.

-- Eu vou tentar ficar mais calma ta certo?

-- Tudo bem. – disse sorrindo – Você pegou o seu remédio?

-- Aquele que me faz apagar?

-- Sim.

-- Já está na mala, por nada nesse mundo viajo sem aquela belezinha.

            O interfone tocou, era o porteiro avisando que o táxi que havíamos pedido estava a nossa espera. Peguei minha mala e a de Gio, beijei seus lábios mais uma vez antes de sair de casa e enfim saímos.

            Durante essas duas semanas Giovanna até tentou descobrir para onde iríamos, mas, eu consegui enrolar e não contar nenhum detalhe e nenhuma pista. Ela tentou me enrolar, perguntou que tipo de roupa ela deveria levar, então, eu mesma arrumei as suas malas.

            Chegamos ao aeroporto sem nenhum percalço ou problema. Até o trânsito colaborou com a gente nessa noite. O vôo tinha cerca de 11 horas de duração, contando com a conexão chegaríamos em Veneza praticamente na hora do almoço.

Giovanna ficou completamente entusiasmada quando nosso vôo foi anunciado, quase não acreditou que iríamos para Veneza. Assim que nos acomodamos dentro do avião, ela começou a dizer pontos românticos que queria conhecer, me empolguei com aquilo e começamos traçar um roteiro particular.

Porém, foi só o avião começar a taxiar para que eu afundasse na cadeira, tomasse o meu remedinho e segurasse firmemente a mão de Giovanna.

            Acordei para fazermos nossa primeira conexão, voltei a dormir e acordei novamente somente em solo italiano. Nem Giovanna e nem eu conhecíamos a Itália, aquela era a primeira vez que íamos. Estávamos maravilhadas desde o momento em que pusemos os pés fora do aeroporto.

            Fomos direto para o hotel. Que para variar era outra maravilha, ficava bem próximo da Piazza San Marco – única praça de Veneza e principal ponto turístico. De uma das janelas do quarto podíamos ver parte do canal. A vista era linda.

            Por causa do fuso e do longo vôo, estávamos exaustas, por isso nem nos arriscamos a sair para almoçar, pedimos comida no quarto mesmo. Tomamos banho, comemos algo leve e nos entregamos ao cansaço. O primeiro dia em Veneza foi dessa maneira.

            Já no segundo dia, não escondemos de ninguém que éramos turistas. Não tivemos vergonha nenhuma de tirar milhares de fotos ou nos deslumbrar com construções, monumentos e artes que eram tão comuns aos olhos dos italianos.

            A Basílica de São Marcos era a coisa mais incrível que já tive a oportunidade de conhecer. Todos aqueles mosaicos dourados, iluminados por feixes da luz do sol, faz com que a Basílica literalmente brilhe. Perfeito. Giovanna ficou emocionada com cada pedacinho daquela arquitetura especial.

            No terceiro dia, na parte da manhã e tarde, nos dedicamos aos museus: Gallerie dell’Accademia e o Museu Correr. À noite saímos e observávamos as luzes refletirem em alguns dos tantos canais daquela cidade. Não havia nada mais romântico do que a noite naquela cidade.

            Preparei algo bem especial para aquela noite, o dia exato do nosso aniversário. Uma comida especial, um bom vinho e uma música, a nossa música. Declarei para ela todo o meu amor, e relembrei cada passo e cada momento da nossa relação. Inclusive relembrei meu terrível erro e novamente pedi perdão por tal. Choramos e nos declaramos mais uma vez, refizemos todas as nossas juras de amor.

            Infelizmente naquela noite não pudemos nos amar, Giovanna ficou enjoada e com um leve mal estar. Não faria mal, tínhamos a vida inteira pra isso.

            No quarto e último dia, ousamos e nos aventuramos até Roma. Voltamos logo porque Giovanna insistia em ir até a Ponte dos suspiros e passear de gôndola.

            Na ponte dos suspiros ela me fez literalmente suspirar com um beijo apaixonado. Sua boca envolvia a minha com ternura e paixão, me fazendo esquecer até mesmo das pessoas que passavam por nós e nos olhavam com curiosidade, e infelizmente até com aquele velho preconceito.

-- Tem gente nos olhando amor... – falei sorrindo contra a sua boca.

-- Eles que se danem, quero beijar a minha mulher. Virem o rosto se não querem ver demonstrações de amor...

            Segurei seu rosto entre minhas mãos e olhei diretamente para aquele mar azul de seus olhos.

-- Será que você faz idéia de que é a razão da minha vida?

-- Você também Luíza, você é a melhor coisa me aconteceu. Deus te colocou em meu caminho para que você trouxesse luz para minha vida, ele traçou nossos destinos porque nos pertencemos, e não há nada que possa mudar isso. Estamos ligadas, e agora mais do que nunca.

-- Eu te amo tanto minha ruiva.

-- Não mais do que eu...

            Voltamos a nos beijar até que ela interrompesse o beijo e corresse puxando minha mão.

            Já era início de tarde quando entramos em uma Gôndola. Era um passeio tranqüilo e até parecia que fazíamos aquele trajeto sozinhas, pois o gondoleiro fazia questão de ser discreto e invisível.

-- Isso é tão perfeito. – Giovanna disse passando um de seus braços por minha cintura.

            Suspirei e fechei os olhos, sentindo o vento bater em meu rosto. Giovanna me deu um beijo estalado na bochecha e me chamou.

-- Amor?

-- Oi pequena.

-- Eu sei que ainda falta um pouquinho para o seu aniversário, mas é que, faz muito tempo que venho tentando esconder isso para te fazer uma surpresa. Só que eu não agüento mais imaginar a sua reação e guardar isso comigo. – suspirou e tirou uma caixa de tamanho médio de sua bolsa colocando em minha mão – Espero que goste.

-- Nem preciso abrir para saber que vou gostar amor.

-- Abre.

            Sorri e lentamente abri a caixinha.

-- O-o que...o que é isso?

-- Tem certeza de que não sabe amor?

            Olhei novamente para o conteúdo daquela caixa sem conseguir acreditar que era aquilo mesmo. Era! Não era? Com as mãos trêmulas retirei e olhei atentamente cada objeto que ali continha.

            Dentro daquela caixa havia um par de sapatinhos xadrez, um teste de gravidez de farmácia e um exame médico. Devolvi tudo para a caixa e olhei para Giovanna sentindo meus olhos molharem. Giovanna sorria largamente, enquanto eu sentia meu coração bater feito louco.

-- Grávida? – minha voz quase não saiu.

-- Parabéns mamãe.

            Giovanna me respondeu começando a chorar. Emocionada eu a abracei de lado, apertado e me deixando chorar de vez. Ainda não conseguia acreditar naquilo. Chorei a ponto de soluçar.

-- Não é pra chorar amor. Não ficou feliz? – falou ao meu ouvido.

            Balancei freneticamente a cabeça em uma afirmativa. Estava tentando controlar o choro para finalmente conseguir falar. O choro não me deixava, mas era de alegria, era de emoção. Uma sensação indescritível dominou cada célula de meu corpo. Uma enorme felicidade. Solucei mais uma vez antes de falar.

-- Como? Como isso aconteceu? Como não fiquei sabendo? Como escondeu isso de mim?

-- Ai amor, eu tentei fazer surpresa. Comecei a fazer o tratamento um tempo depois que tivemos aquela conversa no parque. Planejei tudo na esperança de que tudo desse certo, para que eu conseguisse mesmo engravidar e te fazer essa surpresa. E tudo só foi possível mesmo, graças a Elisa.

-- Foi uma das melhores surpresas da minha vida meu amor. – beijei sua boca com euforia. – Mas o que Elisa tem haver com isso?

-- É muita coisa pra te explicar amor, mas só quero fazer isso quando as duas pessoas que mais me ajudaram em tudo isso, em todo esse processo estiverem presentes.

-- Tudo bem. – sorri bobamente – Isso é mesmo verdade? Nós vamos ser mamães?

-- Sim meu amor, seremos mamães, só não sei ainda se de uma princesa ou de um príncipe.

-- Não acredito! Nossa! Como não percebi nada disso?

-- Tenho que confessar que ainda me pergunto isso. Como não percebeu amor? Todos os enjôos, o sono em excesso, os desejos, meus seios inchados...

-- Eu sou mesmo uma idiota.

            Só agora me toquei de que todos os sinais estavam bem a minha frente, na minha cara e eu nunca enxerguei. Por isso todo aquele sono, aquela fragilidade e facilidade para chorar, os seios sensíveis e mais volumosos. Olhando para Giovanna agora eu podia notar que seu corpo começava a ganhar formas diferentes. Como sou idiota.

-- Você me faz a mulher mais feliz desse mundo amor.

-- Você é que me faz Luíza.

            Passei a mão sobre a sua barriga me sentindo nas nuvens. Nada poderia descrever aquela sensação. Abaixei minha boca até a sua barriga e falei.

-- Acabei de saber de você, não sabia que você estava aqui. – alisava a sua barriga enquanto falava – Mas olha só, eu já te amo imensamente, e estou morrendo de curiosidade para ver o seu rostinho. Aposto que você vai ter os cabelos da cor do da mamãe, ruivos. – comecei a chorar novamente – A mãe te ama...

 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Pronto meninas, a partir de agora as coisas começam a ficar claras. Mas me digam: o que estão achando desse novo fato?

Beijos


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Comentários para 12 - Capítulo 12 - Parabéns:
rhina
rhina

Em: 16/10/2016

 

Olá. 

Giovana grávida. ...maravilha.

Tudo explicado e agora novos rumos. ..novos desafios. ...

Parabéns para as mamães. 

Beijos 

Rhina

Responder

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Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 29/02/2016

Lindas! d84; d84; d84;  Finalmente sabemos que a Gio estava apenas preparando uma big surpresa pra Lu. Agora tudo entra nos eixos, com certeza! 

Responder

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flawer
flawer

Em: 15/02/2016

Goooooooooool, eu chutei esta gravidez! Acertei Chris!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Eu sabia, tananam... Eu sabia, tananam... (fazendo dancinha do convencimento aqui!) Rssssss

 

P.S.: Ain, viagem romantica para Veneza? Aff! maravilhaaaa, também quero! 

 

Gostoso o capitulo! Beijão Chris.


Resposta do autor em 22/02/2016:

Acertou sim menina! Você foi fera, marcou um golaço, ficou firme e forte na teoria e acertou. Olha, divide ai comigo o número da loteria viu? Juro que não espalho...

kkkkkk adoraria ver essa dancinha ai. Fiquei mega curiosa, vai ter que me ensinar.

P.S.: Eu também quero, divide ai comigo o número da loteria que a gente vai dar uma passeada lá kkkkk

Beijão Flawer. Cheiro!

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Thamara_
Thamara_

Em: 15/02/2016

Malu lenta hahah, como não percebeu todos os sinais do corpo?!!! 

Parte 1 do mistério resolvida então (Ufaaa...acho que essa já estava bem encaminhada com suas pistas kkkk)! 

Só resta saber quem é o doador, nada de Henrique a Gio não varia isso (torcendo para que não mesmo, e é não mesmo né? Hahaha

Vou ler o outro cap logo, pq não me aguento de curiosidade. 


Resposta do autor em 22/02/2016:

Põe leseira ai viu? 

Parte 1, enfim revolvida. Adoro deixar essas dicazinhas espalhadas por ai. Mas, ainda bem que todo mundo percebeu, só que não percebeu mesmo foi a Malu. Aff. Giovanna não seria louca de fazer isso com a Malu, imagina ter que aguentar esse encosto na vida das duas. kkkkk

Beijos flor.

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Amandha12
Amandha12

Em: 13/02/2016

É, ela tá grávida, mas to querendo saber qual método ela usou pq tudo que ela fez foi estranho e acho também que ela deve esconder algo do Henrique para Luiza...

Mas vamos ver ai os outros capítulos 

Beijão!!


Resposta do autor em 15/02/2016:

Será que aquele nojento do Henrique tá metido em algo? O que será? Foi estranho, mas ela queria fazer uma surpresa e talvez tenha sido isso mesmo que tornou tudo estranho.

Beijão flor.

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Jessy
Jessy

Em: 13/02/2016

Capítulo lindo! Eu tô achando tudo maravilhoso, o amor delas é encantador.

Continue sempre. Beijos!


Resposta do autor em 15/02/2016:

Admirável um amor assim não é? Sorte de quem tem um, e quem tem, por favor, cuide! 

Pode deixar flor, vou continuar.

Beijos.

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Paz
Paz

Em: 12/02/2016

Fios soltos demais. Giovana não convence por não ter permitido que Malu participasse do processo, td muito estranho. 


Resposta do autor em 15/02/2016:

Isso é verdade, ainda tem muitos fios soltos e coisas para serem explicadas.

Beijos

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Mille
Mille

Em: 12/02/2016

Ai, ai, chega fiquei com os olhos cheios de lágrima, sou uma verdadeira manteiga derretida.

Chris nos enrolou certinho, mais no primeiro mistério pensei mesmo na possibilidade dela esta fazendo o tratamento mais é ruiva e danada e já esta gravidissima. 

Se a Malu era toda preocupação imagina durante a gestação da Gio, será a sombra dela.

Parabéns o capitulo foi delicioso, como sua história. Só que pelo amor de Deus não nos deixe cometer uma injustiça contra a ruiva.

Bjos e ótimo final de semana


Resposta do autor em 15/02/2016:

Olha então somos duas manteigas derretidas, porque você ficou com os olhos cheios de lágrimas lendo, e eu fiquei do mesmo jeito escrevendo. Passou toda a cena na minha cabeça sabe?

As ruivas são danadas mesmo, a gente tenta, mas uma ruiva não da pra segurar.

Ah, tenho que concordar com isso, Malu vai mesmo se tornar a sombra de Giovanna. 

P.S.: Acho que eu me tornaria uma sombra também.

Obrigada pelo elogio e pelo carinho Mille. Pode deixar, não vou dar brecha para que isso aconteça não.

Beijos minha flor. Tenha uma ótima semana!

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Pryscylla
Pryscylla

Em: 12/02/2016

Fiquei feliz que não teve traição,e que capítulo lindo. Não sei mais tem algo a mais.

Bjus :)


Resposta do autor em 15/02/2016:

O que será esse algo a mais? Acha que ainda vai surgir mais caroço ai nesse angú? Também fiquei feliz por não ter tido traição. Muita água ainda vai rolar.

Beijos

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Shayenne
Shayenne

Em: 12/02/2016

So tenho uma coisa para comentar...Que delícia de capítulo.A história esta muito linda.


Resposta do autor em 15/02/2016:

Ow minha flor obrigada. Isso me motiva a escrever sempre mais. Eu estou amando escrever essa estória, estou apaixonada e muito feliz com o carinho de vocês.

Beijos

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