Capítulo 11 - O que os olhos vêem, e o coração sente
Quando acordei, eram quase 11hs. Acordei atordoada, sentindo um peso enorme no corpo e no coração. Busquei alguma coisa em meu celular, algo de Giovanna, porém, não tinha nada. Perguntei-me por qual motivo ninguém havia me chamado já que saíamos cedo para o Complexo Poliesportivo.
Liguei para o celular de minha esposa e esse ainda estava desligado. Insisti, liguei mais algumas vezes. Nenhum resultado. Olhei para as paredes me sentindo perdida.
Não tinha ânimo nenhum para levantar daquela cama, porém me arrastei para o banheiro. Milhões de coisas em minha cabeça, e ainda sim sem saber qual seria a primeira coisa que eu tinha que fazer.
Voltei correndo para o quarto quando ouvi meu celular tocar. Sai do jeito que estava: completamente molhada e nua. Escorreguei e quase cai, mas consegui alcançar o aparelho. Meu coração palpitava com a esperança de que fosse ela, Gio.
-- Alô? – quase não respirava.
-- Malu?
-- Oi Thaís. – desanimei quando reconheci a voz.
-- Nossa, que muxoxo.
-- Desculpa.
-- Tudo bem. Eu posso imaginar que esperava ouvir outra voz. E é exatamente sobre a dona dessa voz que eu quero falar.
-- Você sabe onde a Giovanna está?
-- Sim. Sei sim. Ela me procurou ontem no meio da noite.
-- Nós brigamos.
-- Sei um pouco da estória, ela me contou enquanto eu tentava acalmá-la. Ela não estava bem.
-- Thaís eu fiz uma grande merd*! – falei sentindo as lágrimas inundarem meus olhos.
-- Olha, apesar do que sei, eu não quero me meter, isso é um assunto seu e dela, então o que eu posso dizer é que vocês devem sentar e conversar.
-- Ela saiu daqui tão...tão...
-- Arrasada. – completou.
-- Isso.
-- Ela está no seu quarto?
-- Não.
-- E onde ela está?
-- Em casa.
-- Como assim?
-- Ela queria voltar ainda ontem, mas com certo custo consegui convencê-la de que isso não era o melhor. Então ela dormiu no meu quarto e hoje de manhã consegui uma passagem, e ela já foi pra casa.
-- Porque não me avisou Thais?
-- Ela pediu para que eu não contasse para você que ela estava comigo, e momentaneamente achei que era melhor respeitar o pedido dela.
-- Obrigada por cuidar dela.
-- Nem precisa agradecer. Ah, tem uma passagem para daqui a duas horas debaixo da sua porta. Não perca tempo, vá atrás dela, vocês precisam conversar!
-- Mas, e os meninos? Ainda temos alguns jogos pela frente.
-- Eu cuido de tudo por aqui, não se preocupe.
-- Thais você tem se saído uma ótima funcionária, aliás, melhor que isso! Você tem se saído uma ótima amiga. Muito obrigada pelo que fez por ela, e por mim.
-- Amor como o de vocês é quase extinto, uma raridade. Não precisa agradecer, é um prazer pra mim. E obrigada pela consideração, agora é melhor se apressar...
-- Obrigada Thais! Muito obrigada. Não hesite em me ligar se precisar.
-- Tudo bem. Pode ir tranqüila, está tudo sobre controle.
-- Beijo. Tchau.
-- Beijo. Tchau e boa sorte.
-- Obrigada.
Assim que encerramos a ligação eu joguei o aparelho sobre a cama e corri até a porta. Havia um envelope branco onde tinha escrito “Conserte as coisas!”. Voltei para o banheiro com um sorriso de orelha a orelha e terminei o meu banho.
Meu coração estava mais tranqüilo por saber que Giovanna de certa forma havia sido cuidada ontem. Me sentiria um lixo se qualquer coisa acontecesse a ela por minha causa. Não queria nem pensar nessa possibilidade.
Apanhei minhas coisas e as joguei de qualquer jeito dentro da mala. Liguei mais uma vez para o celular de Giovanna e dessa vez chamou até cair na caixa postal. É, ela queria mesmo que eu pensasse.
Aquilo me entristeceu um pouco, porém, não me desanimou, pelo contrário, me deu mais forças e me fez ficar ainda mais decidida de que eu precisava de qualquer maneira concertar as coisas com Giovanna. Sei que ela estava magoada e com razão.
Deixei o hotel passado um pouco mais de 20 minutos da ligação de Thaís. Dei sinal para o primeiro taxi que passou à minha frente e pedi ao motorista que por gentileza fosse o mais rápido possível para o aeroporto. Pedido atendido.
Mais uma vez me “dopei”, tinha que dormir, do contrário passaria o vôo agitada. Eu morria de medo de avião, sei que era meio criança, infantil sei lá, mas eu tinha medo e não escondia de ninguém.
Acordei com o trem de pouso tocando, quer dizer, impactando contra o solo. Não sei o que era pior, a decolagem ou o pouso.
Peguei minha bagagem e corri para a rua sem nem mesmo verificar se a mala que eu tinha ao meu lado era mesmo a minha. Foi difícil pegar um táxi ali na frente, não sei se era a minha pressa ou era realmente aquilo, mas me parecia que aquele aeroporto estava mais lotado do que o normal.
Quando finalmente consegui um taxi só faltei chorar de alívio. Mas para meu desespero o taxista dirigia tranquilamente enquanto cantava uma música que saia do som do carro. Olhei para o senhor ao meu lado incrédula. Avistei os carros a frente e eles também pareciam não se mover. Só podia ser uma brincadeira!
-- Senhor será que dá pra andar um pouquinho mais depressa?
O homem me olhou feio, juro que me encolhi no banco do carro. Apesar da minha estatura, eu era mesmo uma criança assustada.
-- Do jeito que isso aqui ta é impossível minha filha.
-- Ahh. – foi só o que falei.
-- Alguma reunião ou assunto de trabalho?
-- Como?
-- A sua pressa é por algum desses motivos?
-- Não. Nada relativo a trabalho, mas é algo que não posso perder tempo. Digamos que é algo vital para mim.
-- Vou pegar outro caminho, nem todo mundo conhece, mas essa cidade eu conheço como a palma da minha mão. – disse sorrindo pela primeira vez.
Acho que enfim o homem entendeu a minha pressa e compadeceu-se. O senhor tinha razão, nunca andei por aquele caminho, e parecia até mais rápido que o caminho que eu fazia normalmente. O bom é que saímos bem próximo a padaria perto de casa, pedi para que ele desse uma paradinha lá e comprei sonhos.
-- Muito obrigada seu...
-- Gilberto.
-- Muito obrigada seu Gilberto.
-- Imagina. Quando precisar, estamos às ordens. – disse entregando-me um cartãozinho.
Paguei a corrida e caminhei lentamente até a portaria. Cumprimentei o porteiro enquanto chamava o elevador. Meu coração parecia bater na boca. Sensação parecida com a que senti no dia em que a pedi em namoro.
**********
Alguns anos atrás...
Parei o carro na frente da mansão sentindo minhas mãos trêmulas, o coração palpitando e me dando a impressão de que a qualquer segundo eu o cuspiria. Não era muito comum ser acometida por nervosismo, eu costumava ser decidida, calma e centrada. Alguns até diziam que eu costumava ser durona, do tipo que nada afetava.
Olhei além daqueles enormes portões sentindo meu estômago congelar. Estava parecendo uma adolescente prestes a ter o seu primeiro encontro. Só parecia, porque aquele já era o...nem sei mais qual era o número daquele encontro, nunca contei, apenas os vivi intensamente.
A questão é que hoje cedo eu havia tomado uma decisão muito importante. Pediria Giovanna em namoro. Senti vontade de fazer isso logo após o nosso primeiro beijo, mas vi que era muito cedo, eu tinha que mostrar a ela um pouco mais de mim. O que eu conhecia dela me bastava, ela era perfeita, tudo o que eu queria pra mim.
Guardei minha vontade debaixo de sete chaves, até hoje a tarde. Durante um passei no shopping com Alice quando avistei um pequeno colar, escrito amor. Fechei os olhos por alguns segundos e me imaginei dizendo isso a ela, dizendo que a amava. Essa pequena palavra vinha do fundo do meu coração e eu a queria mais que tudo pra mim. Aquela era a hora certa de fazê-la minha.
Olhei novamente pelo portão e liguei para ela. Sua voz me acalmou em questão de milésimos de segundos. Isso era incrível, parecia mágica, mas era somente ela que me causava aquilo.
Apertei a caixinha quadrada em minha mão e respirei fundo mais uma vez. Guardei-a no porta luvas no instante em que a vi desfilar, quer dizer, andar na direção de meu carro. Precisei dar uma atenção maior a minha boca, ela insistia em manter-se aberta. Quase babei. Nossa! Ela estava ainda mais perfeita.
Desci do carro e caminhei até o outro lado abrindo a porta para ela. Ela sorriu, e minhas pernas ficaram moles, quase cai ali mesmo. Fechei os olhos ao sentir aquele perfume gostoso que ela usava. Marcante! Sensual!
Sorri e dei a volta no carro.
-- Giovanna você...
Aqueles lábios maravilhosos me calaram. A cada beijo que trocávamos eu me sentia cada vez mais viciada e maravilhada. Nunca provei beijo como aquele. Tirava-me todo o ar e a capacidade de raciocinar, eu me entregava, me jogava e tinha a sensação de que podia voar.
Suas mãos apertaram a minha coxa e eu quase perdi o controle que tinha e me deixei levar pela excitação. O desejo que eu sentia por ela era enorme, e eu sabia que ela também sentia por mim, mas apesar de estarmos saindo a quase dois meses, nunca havíamos nos tocado de maneira mais íntima.
Separamo-nos ofegantes. Seu rosto estava avermelhado. O desejo nos consumia, mas não podia ser assim, tinha que ser especial, marcante...
-- Eu ia dizer que você está linda. – comentei tentando tirar o foco que nesse momento estava sobre as suas pernas desnudas pelo vestido, que havia erguido-se quando ela inclinou para o lado para me beijar.
-- Você também está linda Luíza! Muito linda. – seu tom de voz era diferente, rouco.
Milhares de coisas passaram-se por minha cabeça naquele instante. Balancei a cabeça discretamente de um lado para o outro tentando afastar todos aqueles pensamentos.
-- Podemos ir?
-- Claro. Mas aonde iremos?
-- Isso é surpresa.
Dirigi enquanto conversávamos sobre vários assuntos aleatórios. O som do riso de Giovanna me fazia bem, bastava ouvi-lo para ser preenchida por uma sensação incrível e indescritível.
Chegamos. Era um restaurante que a pouco inaugurara, seu nome era Avec Amour. Os elogios sobre aquele lugar não podiam ser melhores. O lugar era romântico e com uma das melhores comidas da cidade. Era a primeira vez que entrava ali, mas não me decepcionara em nada, aquele lugar era mesmo tudo aquilo que diziam. Magnífico.
Pedi ao maitre a mesa mais romântica daquele lugar, o jovem cortês disse que me levaria para a melhor, e ele não exagerara. Ficamos em uma mesa que dava vista para um belo jardim completamente iluminado. Perfeito!
-- Tudo aqui é lindo. – comentou uma Giovanna encantada.
-- Ainda bem que gostou.
-- Eu adorei Luíza, é lindo.
-- Confesso, quis te surpreender, essa noite será uma noite muito especial para nós.
-- Por quê?
-- Verás!
-- Hum. Toda enigmática. – sorriu.
Fizemos nossos pedidos, que chegaram com uma rapidez surpreendente, e jantamos num perfeito clima de romance. Os olhares que trocávamos diziam tudo. Não sei se alguém a nossa volta percebia aquela áurea que nos envolvia, mas eu não conseguia deixar de senti-la.
Terminamos o jantar e ficamos sentadas, nos olhando, sorrindo bobamente.
Os sorrisos de Giovanna pareciam mais intensos, abertos e inevitavelmente mais lindos. A hora de meu propósito se aproximava e eu estava ficando nervosa outra vez. Coloquei uma mão sobre a mesa e segurei a sua que repousava ali.
-- Você está tremendo. – observou assim que segurei sua mão.
-- Giovanna Klein. – sorri – Tem alguma noção de tudo o que causa em mim?
-- Se for parecido com que eu sinto em relação a você, sei sim.
Respirei fundo e resolvi soltar antes que a coragem me faltasse.
-- Não. Não tem. Nunca me considerei mulher de uma só, nunca cogitei passar muito tempo com uma pessoa, nunca me doei inteiramente a nenhum tipo de relação. – olhei para nossas mãos - Só que desde o dia em que te conheci essas coisa mudaram assim – estalei os dedos da mão livre. E eu nem me importei. Hoje, eu só quero ser de uma única pessoa, quero passar todo o tempo que tenho na presença dela e quero ser tudo para essa mulher. Eu quero ser a namorada dessa mulher...
Olhei para Giovanna e percebi que seus olhos estavam úmidos. Sei que os meus também estavam. Peguei a caixinha que estava sobre o meu colo e a depositei na mesa. Abri-a lentamente enquanto falava.
-- Giovanna Klein, será que você poderia me dar a honra de ser minha namorada?
Giovanna pôs as mãos na boca impedindo que um soluço saísse. As lágrimas já caiam com intensidade, molhando seu delicado rosto. E eu, apesar de nervosa e muito ansiosa mantinha um sorriso no rosto.
-- Luíza, eu...
Meu coração apertou-se e um medo absurdo de ouvir um “não” sacudiu meu corpo.
-- É claro que sim, eu aceito, mil vezes eu aceito namorar você meu amor. – falou olhando para o cordão que tinha a mesma palavra.
Explodi em felicidade, larguei sua mão e me ergui quase levando a mesa junto. Agachei ao seu lado e com as mãos segurando seu rosto suavemente tomei sua boca. Nem me importei com os assovios e os aplausos a nossa volta. Só importava ela, minha namorada.
-- Meu amor, minha namorada. – falava bobamente entre um beijo e outro.
Giovanna sorria intensamente, ainda chorava, mas sei que era de alegria e emoção, assim como eu. Peguei o colar de dentro da caixinha e me posicionei as costas dela. Ela puxou o cabelo para o lado exibindo a pele alvinha e eu o coloquei depositando um beijo em seguida.
-- Obrigada! – ela disse.
-- Vamos, ainda tem mais uma parte.
-- Mais que isso? Você vai me matar do coração.
-- Nossa como você ta fraquinha. – brinquei.
Saímos do restaurante sorrindo, de mãos dadas. Faltava muito pouco para que eu enfim voasse.
Fomos direto para o meu apartamento. Eu não tinha más intenções, mas o presente que eu tinha para dar para Giovanna não podia ser carregado por onde íamos, por isso o deixei no apartamento.
Mesmo sabendo que eu não tinha más intenções, me preocupava com o que a ruiva ao meu lado poderia estar pensando. Sei que quando a nossa hora chegasse aconteceria naturalmente. Quando ela se sentisse pronta.
A possibilidade de acontecer, de nos entregarmos de corpo e alma uma para a outra estava me deixando ainda mais nervosa. E tanto nervosismo assim quase me fez tropeçar na porta do carro quando tentei sair no estacionamento do meu prédio.
Pagar micos era só o que me faltava.
Giovanna e eu subimos até o meu andar de elevador, totalmente caladas. Aquele nervosismo estava me matando, dava até para ver o meu peito subir e descer por causa das batidas aceleradas e frenéticas.
-- Seja bem vinda. Esse é o meu cantinho. – falei abrindo a porta do apartamento e dando passagem para ela.
Gio entrou calada, observando cada cantinho daquele espaço. Eu estava atrás dela, esperando que ela dissesse algo.
-- Sempre tive vontade de vir aqui.
-- Sério?
-- Sim. Queria conhecer o lugar onde você se escondia, descansava, e ficava em paz.
-- Não precisava vir até aqui para conhecer esse lugar.
-- Como não?
-- Não é aqui que faço tudo isso. É dentro do seu abraço, sentindo seu coração pulsar, sentindo teu cheiro e ouvindo tua voz. – falei abraçando-a por trás.
-- Você é perfeita Maria Luíza.
Ficamos abraçadas no meio da sala até ouvirmos um barulho vindo do meu quarto.
-- O que é isso?
Não respondi, subi as escadas, fui até o quarto e abri a porta. Um pequeno latido e passinhos apressados desceram as escadas na direção da sala. Caminhei sorrindo logo atrás e ao chegar ao cômodo vi Giovanna sorrindo com o pequeno bichinho nos braços. Fazia carinho e recebia carinho.
-- Qual o nome dela amor?
Sorri. Ainda não havia me acostumado com aquela pequena palavrinha.
-- Não sei.
-- Como não sabe? Você a encontrou perdida por ai? Não é sua?
-- Não, ela não é minha. E eu não sei o nome dela ainda porque você não deu. Ela é sua, meu amor.
Giovanna correu ao meu encontro e me abraçou apertado. A pequenina yorkshire foi quase esmagada no meio do nosso abraço. Seus pequenos latidos pareciam demonstrar felicidade.
-- Obrigada meu amor, muito obrigada.
-- Sei que sua mãe nunca deixou criar nenhum bichinho de estimação, então ela pode ficar aqui em casa, você poderá vir vê-la, brincar, o que quiser. – falei entregando a chave do apartamento com um pequeno lacinho.
-- Você só pode estar testando o meu coração. – falou com lágrimas nos olhos.
-- Não é um teste. – sorri.
Giovanna olhou para a pequena cachorrinha em seus braços, depois para a chave em sua mão direita e me olhou de uma forma diferente.
-- Eu te amo Maria Luíza!
**********
Atualidade...
A porta do elevador abriu. Fiquei parada por alguns instantes, relembrando todas as sensações e emoções que senti naquele dia, há alguns anos atrás. Aquela foi a primeira vez que Giovanna disse que me amava. Lembrava de tudo com requinte de detalhes. Eu nervosa como nunca, e ela linda e decidida como sempre.
Sorri limpando as poucas lágrimas que se formaram em meus olhos e finalmente sai. Caminhei até a porta do apartamento, o mesmo apartamento onde ela disse que me amava pela primeira vez. Pensei em tocar a campainha, idéia meio tosca, mas que me passou sim pela cabeça. Tirei a chave de dentro do bolso da calça sentindo minhas mãos trêmulas.
Assim que entrei, a pequena Nala me recebeu na porta. Coloquei a mala de lado e a peguei no colo, recebendo lambidinhas de uma contente cachorrinha.
-- Oi Nala! Cadê a mamãe hein?
Andei com ela no colo e ao passar pela sala vi uma garrafa de vinho aberta, e mais três vazias ao lado de uma taça na mesa de centro. No sofá de três lugares havia uma blusa e um casaco largados. Eram femininos, mas não eram de Giovanna. Eu sabia que não.
Coloquei Nala no chão sentindo todo aquele sentimento ruim voltar e tomar conta de mim. Desconfiança, insegurança, medo e ciúmes. Olhei na direção das escadas e fazendo total silêncio, percebi que havia um chuveiro ligado. Subi lentamente, me preparando para o que veria.
Cheguei ao quarto e vi mais roupas espalhadas próxima à porta do banheiro. Até roupas íntimas. Meu coração bateu descompassado e depois gelou. Tive medo de continuar, adentrar o banheiro e ver Giovanna com outra pessoa.
Respirei fundo e caminhei na direção do banheiro. Estanquei quando ouvi uma voz chamar “amor”. Transtornada escancarei a porta abruptamente chamando a atenção de dois pares de olhos que pareciam assustados.
Coloquei a mão no peito. Não acreditando no que estava vendo.
-- Está louca Malu? Que susto!
-- O-o que está acontecendo aqui?
Senti-me ridícula. O que encontrei dentro daquele banheiro foi minha esposa com olhos chorosos e vermelhos e Alice ajudando-a a tomar banho dentro da banheira. Fiquei pior ao encontrar os olhos de Giovanna, eles pareciam decepcionados, arrasados.
-- Esperava me encontrar com outra pessoa Maria Luíza? – perguntou-me com a voz pastosa, ela havia bebido.
Suspirei. Sim, no fundo foi isso que pensei encontrar quando abri aquela porta. Abaixei a cabeça me sentindo horrível. Diante de meu silêncio Giovanna soluçou e começou a chorar. Um choro que me cortou a alma.
-- Calma amor. – falou Alice enquanto passava a mão pelo rosto de minha esposa – Não chora assim. Malu será que você...
-- Tudo bem, eu vou até a cozinha beber um copo de água.
Arrastei meu corpo até a cozinha. Encostei-me no balcão e antes de meus lábios tocarem o copo senti um gosto salgado em minha boca. As lágrimas desciam silenciosamente e sem que eu percebesse.
Como eu podia ser tão idiota assim? Onde eu estava com a cabeça? Porque tanta desconfiança? De onde aquilo tinha surgido?
Logo soluços intensos balançavam meu corpo. Eu lembrava os olhos de Gio e me sentia culpada, sentia vontade de chorar, sentia dor. Caminhei até a sala e me joguei no sofá. Pus a cabeça entre as mãos e assim me deixei chorar.
Nunca imaginei que um dia encontraria aquela ruiva daquela maneira, e pior, que a causa fosse eu.
Sei que algum tempo passou, mas não percebi, não sei precisar. Levantei a cabeça quando senti um toque suave em meu ombro. Respirei fundo e encarei minha amiga que me recriminava com olhar.
-- Agora a senhorita pode me explicar o que está acontecendo com você? – perguntou sentando no sofá, bem ao meu lado.
-- Cadê ela? – perguntei passando a mão no rosto de qualquer jeito.
-- Ela tomou um banho e eu a deitei na cama. Ficou quietinha até que acabou adormecendo. O que aconteceu Malu?
-- Aconteceu que eu fiz a maior merd* da minha vida. – voltei a chorar – Acusei a Giovanna de traição.
-- Hoje acordei com uma ligação da Gio, ela parecia alterada, chorava e não falava coisa com coisa. Preocupada eu vim até aqui e a encontrei bebendo feito uma louca. Ela chorava e não conseguia conversar comigo, precisei de um tempo para acalmá-la e ela me contar o que aconteceu. Juro que não acreditei quando ela finalmente disse. De onde você tirou isso Maria Luíza? Como você a acusou assim?
-- Não sei, não sei. Ela andava estranha ultimamente, parecia fugir e esconder alguma coisa de mim. Algumas coisas suspeitas, algumas mentiras e saídas injustificadas. E ainda tem aquele Henrique.
-- Escuta aqui sua cabeça de vento! Você tem que conversar antes de sair acusando assim. Quantos homens já se aproximaram de Giovanna com outras intenções e nunca conseguiram nada? Muitos, não é?
Balancei a cabeça em afirmativa.
-- O seu problema ultimamente tem sido esse, você simplesmente não conversa. Não vai ser um doutor bonito que vai mudar o que a sua esposa sente por você assim do nada.
-- E porque ela estava diferente comigo Alice? Porque ela mentiu?
-- Você tem que perguntar isso para ela.
-- Acha que ela vai me perdoar?
-- Sim, com certeza ela irá te perdoar. Mas, você precisa tirar essas coisas da sua cabeça de vez, ou isso acontecerá outra vez. Você esperava mesmo encontrá-la com outra pessoa? – perguntou com incredulidade.
-- Eu vi essas roupas aqui, vinho, chuveiro ligado, e ai mais roupa lá em cima... – suspirei.
-- A roupa é minha, troquei de roupa, peguei essa sua blusa velha aqui pra ajudar a Giovanna no banho. Ela não tinha condições.
-- Ela não é velha. – falei abaixando a cabeça e sorrindo fraco – Eu a amo Alice, ela é tudo pra mim, é minha vida.
-- Pois trate de mostrar isso para ela. Tire essas caraminholas da sua cabeça que ela não merece nada disso.
-- Vou conversar direitinho com ela. Vou reconhecer o meu erro.
-- Faça isso mesmo, mas, faça bem mais do que isso. Deixe-a dormir um pouco porque ela não dormiu a noite toda, ela está um pouco frágil e cansada. Depois vocês conversam com calma.
-- Acho que vou aproveitar pra descansar um pouco também.
-- Perfeito! Agora – falou recolhendo as roupas e a sua bolsa – eu tenho que ir. Deixei Elisa em casa e já estou com saudades.
-- Você está se saindo uma bela de uma sapa!
-- Sua chata!
-- Obrigada amiga. Obrigada por ter cuidado dela por mim.
-- Não precisa me agradecer, Giovanna é uma amiga também para mim. É a minha outra irmã, assim como você.
Fui até Alice e a abracei.
-- Não faça mais besteiras.
-- Pode deixar que eu não farei.
-- Depois eu devolvo essa sua blusa velha ta?
-- Minha blusa do Guns N’roses não é velha!
-- Tá. – riu – Se cuida.
-- Você também. Beijo.
Fechei a porta encostando minha cabeça ali. Fechei os olhos e respirei fundo. Apertei os olhos e impulsionei o corpo para trás. Subi as escadas com certa pressa. Ao entrar no quarto me deparei com Giovanna dormindo serenamente, nem parecia a mesma mulher que encontrei instantes antes.
Encaminhei-me para o banheiro tomando todo cuidado para não fazer nenhum barulho que pudesse acordá-la. Quando saí, vesti uma roupa confortável e a observei antes de deitar ao seu lado. Ela dormia na mesma posição – de lado.
Apesar de estarmos na mesma cama não me atrevi a me aproximar demasiadamente dela. Mantive distância enquanto aspirava o cheiro bom que emanava de seu corpo.
-- Amor? – ouvi ela me chamar, mas fiquei incerta, não sabia se aquilo se tratava de um sonho ou realidade.
-- Estou aqui minha princesa. – respondi algum tempo depois.
-- Está cheirosa.
Sorri.
-- Você também ruiva.
Giovanna moveu-se jogando seu braço esquerdo para trás buscando minha mão. Suavemente ela me puxou, entendi o que ela queria e me aproximei até que nossos corpos se encaixassem. Passei meu braço por sua cintura e depositei um beijo em sua nuca.
-- Assim fica melhor. – balbuciou, se entregando ao sono logo em seguida.
Passei algum tempo velando o sono tranqüilo de Giovanna. Perguntava-me mentalmente como pude ter a capacidade de ferir aquele ser doce e gentil que tinha em meus braços. Ela me dava tanto amor, me fazia tão feliz.
Meu coração só clamava por ela, e somente ela.
Sorri quando ela empurrou o bumbum de encontro ao meu corpo e finalmente relaxei o corpo me entregando ao sono junto dela.
Não havia sensação melhor e melhor do que aquela. A serenidade, a paz que ela me passava. Tê-la em meus braços sempre foi a melhor sensação do mundo, e por muito pouco eu quase perdi tudo aquilo. Por nada mais nada menos do que minha culpa. Se bem que, nada era certo ainda, precisávamos conversar.
Acordei com um barulho vindo do banheiro. Abri e fechei os olhos lentamente tentando me concentrar naquele barulho. Olhei para o lugar ao meu lado e ele estava vazio. Mais do que depressa sentei-me na cama e olhei para a porta do banheiro que estava aberta.
Joguei o lençol de lado e fui até lá. Encontrei-a agachada e praticamente abraçada ao vaso sanitário.
-- Amor, o que aconteceu? – perguntei tocando seu ombro.
-- Não quero que veja isso, por favor, amor, saia. – disse fracamente.
-- De maneira nenhuma.
Aproximei-me um pouco mais e arrumei seu cabelo prendendo-o em um coque. Toquei sua nuca e senti sua pele gélida, ela suava frio. Fiquei ao seu lado até que ela se sentisse melhor. O que não demorou muito, logo ela abaixou a tampa do sanitário e sentou sobre ela.
Giovanna me olhou com certa aflição. Seu rosto estava lívido, seus lábios antes tão rosados, agora estavam sem cor.
-- O que bebeu?
-- Vinho, muito vinho.
Arregalou os olhos parecendo ainda mais aflita. Preocupada, não sei precisar. Balancei a cabeça de um lado para o outro e agachei-me a sua frente retirando alguns fios de cabelo que estavam grudados em seu rosto.
Toquei seu rosto suavemente, olhando-a com carinho e ternura. Uma enorme vontade de cuidar dela, de colocá-la no meu colo, enchê-la de beijos e carinho. Giovanna me olhava nos olhos, de maneira intensa, e sem qualquer vestígio de tristeza ou mágoa dentro daquele mar azul.
-- Preciso escovar meus dentes. – falou timidamente.
Apenas sorri e ajudei-a a levantar.
-- Vá para a cama, vou pegar um remédio lá embaixo, vai te ajudar.
-- Tudo bem. Obrigada.
Desci até a cozinha e procurei nos armários a caixinha de remédios que Gio costumava guardar ali. Peguei um copo com água e coloquei em uma bandeja. Estava prestes a subir quando a vi no alto da escada, já descendo. Parei e esperei que ela descesse.
-- Não quis ficar na cama?
-- Acho que ficarei mais enjoada se continuar deitada.
-- Toma. – falei entregando o remédio e a água para ela.
-- Obrigada.
Giovanna sentou-se no sofá da sala enquanto eu fui deixar a bandeja na cozinha. Lavava o copo quando a ouvi dizer em um tom baixo, mas suficiente para que eu ouvisse.
-- Precisamos conversar.
Fechei os olhos ao ouvir aquilo, senti meu coração bater fortemente dentro do peito. Medo e angustia agora faziam parte de mim. Respirei fundo, e caminhei mesmo vacilante até onde ela estava.
-- Sim, precisamos. – falei sentando ao seu lado.
-- Antes de tudo, eu preciso te fazer uma única pergunta: tudo aquilo que me falou em Porto Alegre foi somente da boca para fora? Não acredita mesmo naquilo, acredita?
Apertei nervosamente minhas mãos. O que falei, as asneiras que disse não eram tão irreais e impossíveis assim na minha cabeça. Pelo menos não naquele momento, agora eu via que isso era um tremendo absurdo.
Sinceridade! Era o melhor.
-- Naquele momento eu acreditava.
Giovanna respirou de maneira ruidosa, apertando seus lábios. Não era bom ouvir aquilo, mas, eu não podia mentir.
-- E agora, o que mudou Luíza?
-- Minha cabeça! Eu estava cega, cega de ciúmes, cega de raiva. Não conseguia enxergar um palmo de distância além do meu nariz. Comecei a pensar um monte de besteira a respeito das suas saídas, e isso juntou com aquele dia em que você estava com o Henrique, depois veio a estória nas palestras em que você me disse que ele não iria.
-- Eu disse o que eu sabia, e o que eu sabia era que ele não iria Luíza.
-- Eu sei, sei que sim. Mas o que eu senti ao ouvir a voz dele do outro lado da linha, ele lá com você...perdi a cabeça.
-- Só pelo fato de ele estar lá, você achava que eu iria para a cama com ele?
Baixei a cabeça sentindo um peso em meu peito.
-- Não... – sussurrei.
-- Luíza eu não sinto nada por ele, nada. A minha relação com o Henrique é estritamente profissional, ele sabe disso e você deveria saber também. Não enxerga que eu te amo?
-- Eu também te amo, eu te amo muito. Sei que errei, pisei feio na bola e tudo o que eu disse não dá para simplesmente retirar, assim do nada. – suspirei – Te peço desculpa, te peço perdão por ter te acusado daquele jeito. Eu não podia ter duvidado.
-- Mesmo que eu te desculpe ou perdoe, isso vai deixar uma marca entende?
-- Sim, entendo. – falei tristemente.
-- Essa marca vai ficar tanto em mim, quanto em você. Se você chegou a desconfiar de mim agora, quem me garante que isso não voltará a acontecer? Nunca te dei motivos Luíza, e isso é o que me deixa mais triste. Você duvidou do nosso amor...
-- Amor, por favor, me perdoa. – falei já não conseguindo mais segurar as lágrimas.
Deitei a cabeça em seu colo e chorei. Chorei feito uma criança arrependida. Criança eu não era, mas eu era sim arrependida, extremamente arrependida. Giovanna começou a passar as mãos suavemente em minha cabeça, embreando seus dedos em meus cabelos.
Ficamos assim por um tempo. Enquanto eu chorava, ela respeitava aquele meu momento ficando em silêncio. Aliás, nem sei se aquele silêncio no fim era algo bom ou ruim, mas mesmo assim me deixei ficar ali sentindo seu cheiro e seus carinhos.
-- Sabe o que é o pior de tudo? – perguntou.
-- O quê? – funguei e girei o corpo para olhar para seu rosto.
-- Não consigo ficar com raiva, guardar rancor ou ressentimento quando se trata de você. Aqui estou eu morrendo de saudades e amando esse cheirinho que vem dos seus cabelos. – falou com um pequeno sorriso.
-- Eu te amo tanto minha pequena. – falei sentindo os olhos molharem novamente – Nem sei o que faria da minha vida se um dia eu te perdesse.
-- Então não me perca! Só te peço que confie em mim, confie no nosso amor e tenha sempre a certeza de que eu nunca faria nada para ferir a pessoa mais importante da minha vida.
Senti os lábios quentes e doces de Giovanna contra os meus. Não havia sensação melhor do que aquela, do que ser beijada por ela. Meu coração aqueceu e bateu irregular momentaneamente para logo depois bater tranqüilo, do modo como ele sempre batia ao lado dela.
Pus as mãos em seu pescoço a mantendo-a naquele beijo, mantendo-a presa em meus lábios. Tanta saudade!
-- O que acha de subirmos? – falou próxima a minha boca.
-- Concordo plenamente.
Levantei-me depressa, sorrindo feito criança. Puxei o corpo de Gio de encontro ao meu, passei o braço por suas pernas e suas costas e a suspendi no ar. Um gritinho e um imenso sorriso. Beijei sua boca mais uma vez antes de subir as escadas com ela em meu colo.
Entrei no quarto e fechei a porta dando um empurrãozinho com o pé. Aproximei-me da cama e deixei seu corpo deslizar delicadamente pelo meu até encontrar o colchão. Ela me sorria, e não me sorria só com os lábios, com os olhos também.
Praticamente engatinhei sobre a cama, fazendo com Giovanna fosse mais para trás. Deitei meu corpo sobre o dela e tomei a sua boca com pressa e fome. Sua boca também devorava a minha, sua língua bailava junto com a minha.
Abandonei a boca rosada para dar atenção ao pescoço. Beijei delicadamente, mordi, aspirei, passei a língua e pude ver todos os pelinhos arrepiados. Giovanna mantinha os olhos fechados, me indicando que aquele era o caminho certo.
Suas mãos logo ganharam vida e tentavam tirar a blusa que eu vestia. Levantei os braços facilitando a tarefa dela e depois fiz o mesmo com a blusa que ela usava. Tirei-a jogando em um canto qualquer do quarto e vislumbrei os seios que estavam livres de qualquer peça de roupa.
Envolvi os dois montes de auréolas rosa em minhas mãos e os apertei firme. Um gemido rouco acabou escapando da garganta de Giovanna. Voltei a beijar e lamber seu pescoço enquanto apertava os biquinhos de seus seios. Meu quadril já agia de forma involuntária me fazendo rebol*r sobre o corpo de minha esposa.
Suas mãos já ousavam, e agora me libertavam do sutiã que eu usava. Ergui o corpo mantendo minhas mãos sobre sua barriga perfeita. Fechei os olhos ao sentir suas mãos quentes apertarem possessivamente meus seios. Rebolei mais.
Precisava me livrar das roupas que ela vestia urgentemente, e foi isso o que tentei fazer, mas diante de minha ansiedade acabei me atrapalhando e não consegui desabotoar o short jeans.
-- Perdeu a habilidade amor? – perguntou com um olhar provocante.
De maneira diferente aquilo acabou mexendo comigo, meio que liberando um lado um pouco mais selvagem. Com mais pegada, digamos assim.
Abri o seu short com certa força e observei a peça minúscula de cor branca. Dava para ver o quanto Giovanna estava excitada pela pequena marca que havia em sua calcinha deixada pela sua umidade. Ansiei por sentir aquele gosto. Cansada de esperar, rasguei a peça.
Giovanna gem*u com tal ato, o que só aumentou ainda mais a minha luxúria. Passei minha mão em seu sex* para sentir com meus dedos a umidade que vi antes. Estremeci quando constatei.
Fiquei passando os dedos de baixo pra cima, indo até a sua entradinha, mas recuando em seguida. Aumentando tanto a sua vontade quanto a minha. Eu queria estar dentro dela. Provoquei tanto Giovanna, que ela mesma resolveu aquela minha demora movendo-se de um jeito que foi capaz de encaixar meu dedo dentro dela. Penetrei-a.
-- Mais um amor... – falou entre um gemido.
Atendi e coloquei mais um dedo. No primeiro momento foi um pouco descoordenado, Giovanna movia-se mais rápido do que eu movimentava meus dedos, ela parecia realmente apressada. Sorri de lado e tentei igualar o ritmo. Deu certo, e percebi, quando ela diminuiu os movimentos e aumentou os gemidos.
Ah! Aqueles gemidos, eles me enfeitiçavam, me excitavam e instigavam cada vez mais. Levei minha boca até o meio de suas pernas e passei a brincar com seu clit*ris enquanto ainda a penetrava. Seu corpo ficava cada vez mais tenso, e eu cada vez mais molhada.
Um gemido mais alto ecoou no quarto. Quase cheguei ao clímax naquele instante. Giovanna me puxou de volta e me beijou sensualmente. Quando nos separamos notei que ela ainda ofegava.
Deixei a cabeça descansar em seu ombro, podia ouvir perfeitamente as batidas do seu coração. Ainda batia forte, se acalmando pouco a pouco. Giovanna suspirou profundamente, beijou meus cabelos e falou.
-- Já cansou?
-- Eu? – olhei para ela – Você sabe que eu não canso de fazer amor com você. Nunca.
-- Hum. Que bom saber disso, porque eu não estou nem perto de estar satisfeita, estou ardendo desde o dia que você entrou naquele avião, e piorou bastante depois daquela nossa ligação nada inocente.
Giovanna sorriu e de repente senti meu corpo sendo empurrado para o lado.
-- Nossa! – falei sorrindo.
-- Não ouse cansar, eu te quero a noite toda!
-- De onde vem todo esse fogo?
-- Acho que daqui.
Minha esposa encostou seu sex* no meu, eu não fiz nada, mas ela já estava completamente molhada. Nem preciso dizer como aquilo me ascendeu. Foi pior do que um rastro de pólvora na beira de enorme fogueira. Instantâneo!
Levei minhas mãos até a sua cintura, mas ela logo tratou de tirar minhas mãos de seu corpo as prendendo ao lado de minha cabeça. Encarei-a surpresa. Seus olhos eram puro desejo.
-- É a minha vez de provar de você.
Fim do capítulo
Olá meninas. Voltei! Como foi o carnaval de vocês? Eu, tive que viajar mesmo contra a vontade e mesmo odiando esse auê todo. Mas enfim...
Mais um capítulo para vocês, e esse, é um pouquinho mais longo do que o normal. Espero que gostem. Ah, ainda responderei os comentários. E digo mais: no próximo capítulo esse mistério sobre a índole de Giovanna e o que tanto ela faz começa a ser desvendado. Um beijo para cada uma.
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Thamara_
Em: 11/02/2016
A cada capítulo a estória se mostra mais envolvente 👏👏👏. Parabéns autora.
Ansiosa pelo próximo capítulo então, louca aqui para ver o mistério se desenrolar.
Ainda bem que a Gio toda linda perdoou a Malu, mas que mulher não iria duvidar das fugidinhas da Gio!
Resposta do autor em 12/02/2016:
Obrigada Thamara, fico feliz em saber que você está gostando. De verdade!
O início com o começo do desenrolar de tudo isso já está aqui. É bonito ver quando o amor fala mais alto do que qualquer coisa. Perdoar não é fácil, mas quando se ama de verdade nada é mais importante do que o amor em si. O erro não foi nem duvidar (não há como duvidar neste caso), e sim a falta de uma conversa franca, Malu veio logo acusando ai o negócio ficou feio.
Beijos Thamara.
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patty-321
Em: 10/02/2016
Cap enorme e cheio de drama e emoção. Do jeito q gosto. Ah esse mistério. Elas são maravilhosas juntas nao podem ficar separadas. Lindo o.pedido de namoro. Amei. Bj
Resposta do autor em 12/02/2016:
Ain que bom que gostou. Esse mistério está torturando não está não? Se elas separarem seria terrível mesmo, mas, muita coisa ainda vai acontecer por ai.
Beijo linda.
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Amandha12
Em: 10/02/2016
Não quero acreditar que a Gio tá traindo a Malu, mas é muito esquisito essas atitudes dela. Porém um lado meu acha que ela ta querendo engravidar...
Esperando ansiosamente o próximo capítulo 😍😍😍😍
Resposta do autor em 12/02/2016:
Amandha tem muita gente apostando nesse versão aí, e achando que tudo não passa de uma bela surpresa envolvendo um lindo baby. Prefiro essa também, traição não, seria imperdoável.
O próximo já está ai, e com o início da resposta que esperávamos.
Beijos flor
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flawer
Em: 10/02/2016
Oi Chris! Delícia de capítulo!
P.s.: Ain que bom que no próximo capítulo tudo se esclarecerá! Aff! Tou dura de curiosidade...
Embora tenha cá minhas desconfianças, que td isso está ligado ao desejo da Gio surpreender com notícia de gravidez (POR INSEMINAÇÃO CLARO!!!)... Tou chutando aqui... rsssssssssssssss
Beijinhos
Resposta do autor em 12/02/2016:
Olá Flawer! Adorei escrever ele...
Não vai ser tudo esclarecido, mas as pontas soltas vão comear a serem aparadas. kkkkk comédia. Também tenho certas desconfianças. Será que você está certa nesse chute? Mas por favor, tem que ser por inseminação, natural não. ARG!
Beijos linda.
Ah, tô acompanhandoa sua estória viu? Continue por favor!
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Leka
Em: 10/02/2016
Não sei não, mas ainda acho as atitudes da Giovanna muito suspeitas. Eu não gostaria de acreditar que a Gio está traindo a Malu, mas tudo indica que sim, infelizmente. Agora uma pergunta: Vai demorar muito pra esse mistério ser resolvido?
Resposta do autor em 12/02/2016:
Infelizmente as coisas levam a crer que existe mesmo uma traição ai. Só que só temos basicamente um ponto de vista, não é? E respondendo sua pergunta: não vai demorar não, nesse próximo capítulo as coisas vão começar a desenrolar, não tudo de uma vez, mas vão sim...
Beijos Leka
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Pryscylla
Em: 10/02/2016
Eu estou perdidinha,não sei mais o que pensar. Agora com esse medo dela de ter tomado vinho foi suspeito,acho que ela dormiu com alguem pra engravidar algo assim kkkkkkkkkkkk. Estou loucaaaaaaa kkkkkkkkkk.
Bjão :)
Resposta do autor em 12/02/2016:
kkkkk já começo a ficar louca também. Será que ela seria capaz de tal coisa? Ficar com outra pessoa para engravidar? Mas foi suspeito mesmo o medo que ela teve por ter engerido bebida alcoólica.
Beijão Pryscylla
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Mille
Em: 10/02/2016
Espero que o mistério seja coisa boa, se não nos leitoras teremos um Treco.
Delicioso o capítulo, a conversa franca entre elas, da parte da Gio iremos esperar o próximo capítulo.
Bjus
Resposta do autor em 12/02/2016:
Nada de treco Mille, mantenha o coração firme e forte que agora as coisas vão começar a desenrolar. Mas, nem por isso teremos alívio e tranquilidade. Franqueza é o melhor de tudo, só acho.
Beijos
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Taypires
Em: 10/02/2016
Graças a Deus pq eu já tenho 200 pontos de interrogação na cabeça, não sei é com Henrique, Alice pq né ficou suspeito essa '' ajuda''.
Resposta do autor em 12/02/2016:
Vixe, até a Alice entrou na suspeita de conspiração foi? kkkkk Mas vai começar a desenrolar, o nó vai se desfazer, mas ainda sim sugiro que mantenha seu coração firme e forte.
Beijos Tay
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