- Rainha de copas olha só isso – Layla estava sentada no sofá da sala com os gêmeos no colo, ficou paralisada quando viu a noticia no jornal. Era sua prima que estava naquela escola.

- Calma amor, ela vai sair bem – Marisa tentava acalmar a esposa.

   As duas ficaram muito preocupadas, em dado momento quando os gêmeos dormiram, Layla andava de um lado para o outro. Parecia bezerro desmamado.

***

- Carolina vamos seguir com o plano, cada local da escola coloque uma criança amarrada, vamos detonar tudo – Marcelo falava com naturalidade, ainda chovia forte. Carolina pegou uma criança e levou para a biblioteca da escola, fez isso com as outras, porém em locais diferentes. Eles tinham planos de destruir tudo com as bombas nos coletes das crianças. Queriam fama no crime.

- Marcelo você ainda pode parar – Samuel falou, Tereza já estava de pé, porém não muito bem. Alexia ao seu lado e Gabriel ao lado de Thiago que também já estava de pé.

- Eu vou parar sim – Riu debochado – Quando eu acabar com todos aqui e sair vitorioso com dinheiro no bolso e muita, mais muita fama, todos os bandidos iram temer. Vou ser um deus. – Ninguém estava conseguindo crer naquilo, era algo tão cruel e surreal. Marcelo andava de um lado para outro, em dado momento parou – Estou com vontade de matar um de vocês, mas como irei escolher? – Gargalhou alto. Estava completamente fora de si.

- Como você chegou nesse ponto? – Alexia falou irada.

- Pronto, escolhi quem vou matar – Riu e puxou Alexia apontando a arma para sua cabeça.

- De jeito nenhum – Tereza gritou, puxou Alexia e ficou em sua frente. – Seu nojento – Cuspiu no rosto de Marcelo. – Não se atreva a encostar na minha mulher – Falou com ódio e ainda sangrava.

- Sua mulher? – Gargalhou – Faça o favor de ficar quietinha Terezinha – Falou e deu uma coronhada em sua cabeça, novamente Tereza caiu e ninguém podia fazer nada.

- Para Marcelo – Gabriel gritou – Seu maluco, você vai pagar caro por tudo isso – Gabriel já não se importava com nada, queria proteger a amiga.

- Vejo que vocês estão querendo morrer mesmo – Marcelo falou e se sentou calmamente em uma cadeira enquanto todos o olhavam. – Vou confessar uma coisinha pra vocês – Beijou a arma – Depois que eu detonar as criancinhas, vou matar a Carolina e dar a volta ao mundo espalhando minha droga e ganhando muito dinheiro, serei rei. – Todos estavam pasmos, na porta Carolina ouvia tudo.

- Então quer dizer que eu irei morrer – Carolina falou e como Marcelo estava de costas para porta, rapidamente a delegada chegou e encostou a arma em sua cabeça – Nunca gostei de trans*r com você mesmo – Nisso só se ouviu dois tiros e nenhum sinal de vida em Marcelo, morreu na hora com dois tiros na cabeça, caiu. Carolina queria mais, queria ver o sangue se espalhar, ficou de pé e descarregou toda a arma no corpo do Marcelo. Feito isso, recarregou a arma. – Agora somos nós – Riu como se nada tivesse acontecido. – Thiaguinho pode sair. – Deu ordem para Navarro sair da escola. – Gabriel e Samuel saiam e peguem as crianças, eu as escondi muito bem, então vocês terão exatamente vinte minutos para encontrar elas. – Os dois entraram em desespero e saíram apressados, antes olharam para Alexia e essa fez um gesto tranquilizando os dois. – Antes de fugir tenho um presente pra você Terezinha – Falou com deboche, Alexia se aproximou, porém se afastou, pois Carolina apontou a arma em sua direção – Sabe Alexia, ela te ama de verdade – Gargalhou – Como eu havia prometido – Carolina falou, aproximou a arma encostando na espinha dorsal da Tereza, sem pensar duas vezes, disparou. O que se escutava era o grito de dor da policial e o choro desesperado de Alexia. – Tchauzinho babys – Carolina levantou e saiu e o que se ouvia novamente no corredor era o barulho do salto e a chuva que ainda caia.

- Vai atrás dela – Tereza disse com muita dificuldade, chorava muito.

- Não... não amor – Alexia chorava muito, abraçava Tereza com força.

- Va...vai...por favor...dever – Tereza tentava falar. Ficaram se encarando, Alexia teve que ir atrás da bandida. Enquanto Alexia corria pelo corredor seguindo o rastro de Carolina, Tereza perdia os sentidos e as crianças eram liberadas pelos dois policiais.

***

7 horas depois

   Tereza se via perdida, olhava para o teto, não sabia onde estava.

- Vamos cuidar de você – O medico falou, e Tereza apagou novamente, estava no quarto, antes havia passado por uma cirurgia delicada para retirar o fragmento. O medico deixou ela descansando.

- Como ela está doutor – Gabriel se levantou da cadeira quando viu o medico aparecer na recepção. Se levantaram também Alexia e Samuel. O amigo tentava de todas as formas acalmar a mulher, os três ainda estavam sujos de sangue.

- Peço que fiquem calmos, a cirurgia foi ótima – Sorriu tranquilo – Ela está no quarto agora, não foi necessário UTI, essa garota é muito forte – Falou firme – Vamos esperar ela acordar, porém isso vai acontecer daqui a algumas horas, aconselho vocês a irem para casa, ela está em boas mãos.

- Daqui eu não saio nem amarrada – Alexia quase gritou.

- Então vamos amarrar você – Samuel falou – Santa paciência em Alex, tem que pelo menos tomar banho criatura.

- Bem, vocês podem ficar, mas não aconselho – O medico falou – Fiquem bem – Saiu.

   Alexia mesmo contra a vontade foi para casa junto com os amigos. Tereza dormia profundamente.

***

7 horas antes

   A chuva ainda caia forte Carolina corria atravessando o jardim da escola, quando caiu. Ficou confusa não sabia de onde tinha vindo o tiro, quando olhou para perna viu que estava sangrando. Olhou para frente e viu Alexia andando calmamente em sua direção. Pegou a arma ligeira e apontou em sua direção.

- Não se aproxime – Gritou, estava no meio do jardim, caída, segurando a perna com uma das mãos e a outra a arma.

- Você está acabada – Alexia falou também apontando a arma, havia pegado uma quando atravessou a porta da sala. – Se conforme – Gritou.

- Nunca – Gargalhou – Espero que tenha gostado do presentinho da Terezinha – Riu muito debochada. Alexia tentava se controlar. Carolina em um gesto rápido, encostou a arma na própria cabeça e disparou.

- Sua maluca – Alexia gritou, com isso a escola foi invadida pelos policiais de fora. Gabriel e Samuel conseguiram soltar as crianças. Tereza rapidamente foi levada ao hospital.

- Calma amiga, ela vai ficar bem – Samuel se aproximou de Alexia que estava sentada no jardim da escola.

- Foi horrível Samuka, eu quero a Tereza – Gritava e chorava, depois de tudo, havia entrado em choque. Os amigos tentaram acalmar ela de todas as maneiras. Porém foram direto para o hospital. Tereza passava por uma cirurgia delicada.

Fim do capítulo