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No caminho da retina por Sarah Spagnol

Ver comentários: 2

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Palavras: 840
Acessos: 1864   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 7

Passamos aquele resto de semana da forma mais caseira possível. Mariana fazia questão de deixar claro a mim que eu não estava a trabalho e, desta forma, fizemos muita bagunça e comilança em casa. Dormimos juntas todas as noites e, pude finalmente perceber que a nossa química era perfeita, o que me dava medo. Com ninguém era assim, só com ela, Mariana. Minha patroa. 

No sábado, já estávamos afim de sair de casa, dar o ar da graça na rua, e então fomos almoçar no restaurante italiano preferido da Mariana. Depois disso, fomos numa parte mais distante da cidade observar a natureza, lá havia água abundante e uma vista de tirar o folego, este lugar era na divisa entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Sentamos nos bancos que ali haviam e ficamos a tarde toda ouvindo o som da natureza, foi maravilhoso. Na volta, paramos num bar que era também mirante e jantamos iguarias da localidade. A Alice já estava cansada, então decidimos ir para casa.

Dei um banho na Alice, e depois tomei o meu no banheiro dela mesmo, pois imaginei que Mariana estaria usando o do quarto dela. Sai do banheiro e fiquei conversando com Alice, que estava cada dia mais esperta. Conversávamos sobre as aulas de natação que ela estava querendo fazer, e fomos no papo até a noite, quando ela dormiu. Arrumei mais cobertas pra ela e liguei no ar numa temperatura gostosa, e sai do quarto. Entrei no quarto da Mariana, e vi que a cama estava arrumada e amassada no lado que ela costuma dormir. Tinha o cheiro dela no ar. Deitei no outro lado da cama, fechei os olhos e sorri. Hoje eu ia querer dormir agarrada nela de conchinha. Fiquei meia hora esperando e nada dela, mas não a procurei, sabia que ela tinha que ter seus momentos no escritório, coisas de Mariana… Foi quando ela entrou no quarto, se despedia de alguém no celular e tinha o tablet em mãos, seu semblante era sério. Se despediu de maneira informal, pois mandou beijos e se dizia estar com saudade, só podia ser a Bryanna.. Guardou os aparelhos na mesinha que tinha no quarto e em seguida deitou na cama, cobrindo se e chegando cada vez mais perto de mim. Ela nada falava, mas me olhava profundamente, percebi que estava angustiada.. 

-O que houve, Mari?
-Você me conhece mesmo, não é?_deu um sorriso despretensioso e continuou: - Leh, vou precisar viajar com a corporação, é um caso meio urgente, por isso vou segunda cedo, depois que eu passar com o médico, só por medida de precaução.

-Tudo bem, eu fico com a Ali, não se preocupe.. É perigo? Quem mais vai?_perguntei querendo saber se a loira de farmácia iria, meu coração ansiando pela resposta negativa.. 
-Perigoso não, mas vamos precisar de bastante ajuda. Grande parte da corporação vai… _Ela estava desconversando?
-Ela vai?_Perguntei logo.
-É para não ir, só se houver necessidade mesmo._ Me encolhi, conhecia Mariana, sabia que a brybry iria e a cercaria todo momento, se ela não fosse, estaria com semblante tranquilo. Me enrosquei nela e escondi meu rosto, sabia que provavelmente eu estaria corada de raiva, senti seus braços me cercando e ela beijando meus cabelos, e naquela noite dormimos assim. 

Passei o domingo amuada, e Mariana me mimou e grudou em mim e na Ali o quanto pode. Ela perguntava o tempo todo o que se passava, eu sabia que era saudade antecipada, mas escondi isso dentro de mim. Aprendi essa faceta depois que conheci ela, esconder.. Naquela noite, trans*mos de uma maneira diferente, diria que fizemos amor. Ela me tocou como se eu fosse uma joia rara e, seus olhos estavam vidrados em mim. Fez tudo lentamente, sem pressa, parecia que queria gravar cada momento, foi intenso e eu tive vontade de chorar depois. Parecia uma despedida. Me fundi em Mariana e ela me apertou mais em seus braços, fazendo carinho nas minhas costas. Senti sua respiração a noite toda, sabia que ela também não dormira.

 

Na segunda de manhã, ela me instruiu quanto a Alice e arrumou suas coisas em tempo recorde. Percebi que só levava roupas confortáveis e muitos produtos de higiene. Eu ainda não levantara da cama, e ela estava pronta, de calça jeans, coturno e um casaco grosso. Arrumou a cabeleira loira num rabo de cavalo e não se maquiou. Me pegou pelo braço me levantando, arrepiei de frio, eu estava apenas de calcinha, ela sorriu quando me viu e me abraçou, me levantando do chão e me colando na parede. Beijou meus lábios, meu pescoço, meu colo, me cheirava, me apertava..

 

-Letícia, você acordando assim pra mim, me faz querer nunca mais sair deste quarto.. _Dei uma risada baixa e ela me olhou, agora com um olhar diferente, penetrante, entramos naquele transe que só nós conseguíamos criar…
-Leh, se cuida, cuida da Alice, vou morrer de saudades de vocês, minhas princesas.. _Senti uma vontade absurda de chorar, só balancei a cabeça e o celular dela tocou, já estava atrasada, então ela saiu.

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi meninas, 


 


estava com dificuldade para postar, mas até que enfim, aqui está! Não foi bem como eu queria, mas... Ah, relevem os erros, rs. A partir de agora a história vai evoluir, não sei se vocês vão gostar do que esta por vir, rs. 


 


Beijos


 


Sara S


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Comentários para 7 - Capítulo 7:
Ana_Clara
Ana_Clara

Em: 07/02/2016

Que não seja a morte da Mari ou algo de ruim com a Let ou a Ali, o resto damos um jeito. Bom, confesso que este romance, essa troca de carinhos entre elas é uma delícia. Não fuja disto que a história continuará sendo sucesso.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Sara
Sara

Em: 03/02/2016

Parece que as coisas vão começar a mudar.

Adorando a história :) bjs

Responder

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