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Pentimentos por Cidajack

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Palavras: 6175
Acessos: 2736   |  Postado em: 00/00/0000

Notas iniciais:

Gente,

 

Estou na correria da vida de brasileira.

 

Gostaria de publicar tudo de uma vez, mas passei em um teste de seleção da prefeitura e, em breve, serei a Xena dos mosquitos: vou comabter a Dengue, Chikungunya e Zika...kkkk

Mas, meu sonho de ter Pentimentos em livro continua. Assim, com ad evida autorização dos administradores do site Lettera, divulgo a link para a campanha de arrecadação que lancei, para ver se, ao menos uma parte de Pentimentos eu transformo em livro e, com as vendas, vá conseguindo lançar o resto da saga. 

www.kickante.com.brcampanhaspentimentos

http://kickante.com.br/campanhas/pentimentos

 

Capítulo 7

 

Não fora tanto tempo assim. Talvez uns cinco anos. A cidade era pequena. Um único hotel, na verdade, uma pensão.

 

A região era cercada por sítios e fazendas. Na cidade, apenas as coisas de utilidade pública: correio, banco, escola, posto médico. Uns 50 km mais adiante e outra cidade era alcançada e esta possuía melhor infra-estrutura.

 

O pai de Becky era um médio agricultor. As filhas tiveram a primeira alfabetização na própria fazenda e depois começaram a freqüentar a escola local.

 

Becky nunca entendeu bem o porquê deles terem abandonado as terras. O pai falara em falta de oportunidade para as filhas, especialmente Rebecca, que tinha interrompido os estudos pela distância entre a fazenda e a cidade mais próxima para a continuidade dos aprendizados.

 

Quando pousou as malas na sala da hospedaria, a moça que ali chegava jamais daria pistas de que era a adolescente que deixara a cidade com os pais.

 

Conhecia a hospedaria, viera algumas vezes entregar produtos para os donos. Algo havia mudado. Percebera que as instalações foram melhoradas.

 

Clara estava se registrando, quando percebeu a curiosidade nos olhos da senhora que fazia a recepção. Mal prestando atenção ao que Clara perguntava, os olhos da mulher prenderam-se aos de Rebecca, quando esta retirou os óculos escuros.

 

- Rebecca!? Você é Rebecca... Diferente, enricada, mas esses olhos verdes...

 

A loirinha corou um pouco, pois mal dera conta de que seria reconhecida. Tudo bem, era sua cidade natal, mas passara tanto tempo enfurnada em suas terras, que realmente não acreditava que seria reconhecida. Não como estava agora. Na verdade, mal lembrava o nome da senhora.

 

- Sou eu mesma, Dona... Rica. - de repente, o nome brotou em sua língua.

- Você se lembra de mim, minha menina. Seus pais estão com você?

 

Clara percebeu que metade da viagem acabara de ser perdida. A tristeza que tomou conta dos olhos verdes atordoou a pobre senhora. O silêncio só foi rompido pela negativa de Rebecca, feita através de um fio de voz.

 

- Ah, minha filha, desculpa. Suas chaves. Nossas acomodações são simples....

 

Todas as palavras se perderam. Clara e Becky dialogavam silenciosamente. A secretária sabia que para Becky o principal motivo da viagem era a esperança de encontrar seus pais.

 

- Eu quero ir embora. Não quero ficar aqui. Já soube o que queria.

- Quero, não quero, queria... Dá pra você se focar em algo, Rebecca? Você sabe que estamos aqui com outros propósitos. Depois, amanhã iremos para a próxima cidade. Vamos, temos que saber o que a escola tem para nós.

 

 

 

****

 

 

 

Para uma cidade pequena, talvez por ser pequena, a escola era bem organizada. Quase nada informatizada, não fosse pelo computador sucateado em um canto da secretaria. Tudo ainda estava em arquivos de papel, mas estavam lá os registros. Clara fora informada pela auxiliar que demoraria dois dias para que ela obtivesse o histórico. Existia um formulário que deveria ser preenchido, protocolado e toda sorte de burocracias. Clara abençoou todos os antepassados de Luciana por metê-la neste fim de mundo.

 

- Não vou ficar dois dias nesta cidade, Clara!!! Eu quero ir embora. Luck está voltando hoje. Estou morrendo de saudade dela....

- Amanhã, vamos para a outra cidade e, enquanto aqui fica pronto, a gente pega o que tiver por lá. Tenha paciência. A doutora deve estar mais ansiosa do que você, mas vai querer ver os resultados. Não podemos voltar de mãos abanando.

- Podemos pedir pra mandarem pelo correio....

- Rebecca, devo lembrá-la que EU sou a especialista em facilitar as coisas; EU devo me preocupar com os detalhes e EU, EU tenho que responder diretamente para a Dra. Luciana. As ordens dela foram claras, apesar de toda a minha argumentação. Se eu falhar, você ganha beijos e paparicações e eu... Bem, não que já não esteja acostumada, mas nenhum beijo será destinado pra mim.

 

Inesperadamente, um beijo exagerado foi plantado no rosto de Clara.

 

- Mesmo assim, vamos ficar, querida.

 

Becky atirou-se na cama antiga, que rangeu ao impacto do seu corpo.

 

- Eu quero Luck!!! - berrou com toda a força dos seus pulmões.

 

Clara apenas sorriu. Neste exato instante, o celular de Becky tocou e era Luciana.

 

- Seu desejo é uma ordem!

 

 

 

****

 

 

 

Ao menos, o hotel era melhor. Tinha até como conectar o notebook, o maior vício de Becky.

 

As mensagens de Luciana eram raras, pois a doutora não gostava muito de escrever. Naquela manhã, entretanto, tinha uma mensagem, incentivando Becky a ter calma.

 

A resposta foi curta, mas totalmente chorosa, lamentando a falta e clamando a necessidade de tê-la.

 

Pior foi a descoberta de que a escola sofrera um incêndio e todos os registro se perderam. Parece que somente no ministério da educação seria possível obter alguma informação.

 

- Chega!!! Com ou sem baboseiras de históricos, eu vou embora!!!! Não se preocupe com a Luck. Eu dou um jeito nela.

- Não me crie problemas, Rebecca. Não posso deixá-la ir e não posso ir sem o que conseguimos. Depois, vôo só amanhã, minha linda!

 

 

 

****

 

 

 

O dia foi arrastado. Andar nas ruas da cidade era legal, mas não trazia grandes recordações. A distância entre a cidade e o sítio não era tão grande, mas era árdua para se percorrer, o que fazia o tempo na cidade muito restrito. Sendo a irmã mais velha, nos finais de semana não tinha com quem ir à cidade e não gostava de ir sozinha. De vez em quando, acompanhava o pai.

 

Almoçaram em um restaurante caseiro, comida típica. Visitaram a igreja local.

 

Na escola, Becky reconheceu alguns funcionários, mas não foi reconhecida.

 

- Você não tem algum amigo ou amiga que queira ver? - Clara quis saber, até como forma de distrair Becky.

 

Falar dos amigos da infância era estranho. A distância entre as terras era considerável. Encontravam-se pelo caminho para a escola.

 

Durante o curso mais avançado, todos eram conhecidos. Todos ambiciosos. Os conhecimentos eram adquiridos de acordo com as curiosidades. Becky sempre fora insaciável em termos de conhecimento.

 

Sempre leu muito. Organizava escolinha para quem não pudesse ir até a escola principal.

 

As meninas quase todas pensavam em ser professoras, casar e filhos. Uma ou outra falava em ir para uma capital e fazer cursos mais ambiciosos. Becky estava entre elas. Sempre quis ser escritora.

 

- Não, não tenho. Ninguém era marcante. Minha irmã era... - Becky entristeceu - minha única amiga e pouco tínhamos para compartilhar, mas mesmo assim éramos confidentes uma da outra.

- Mas, todas a moças costumam ter "a melhor amiga". Você não tinha?

 

Não. Nenhuma conversa me agradava. E a minha conversa também não era bem compreendida. Eu vivia querendo interpretar, ensaiar peças, ler poemas... As meninas mal queriam ler os livros de alfabetização. Além, é claro, de todos os afazeres domésticos, que eu burlava o quanto podia, uma vez que minha irmã sendo um pouco mais nova....

 

Que vergonha, Rebecca,explorar a irmã mais nova!

 

Tem que ter alguma vantagem em ser a mais velha. – foi a respostas marota.

 

Estavam atravessando uma rua, quando Becky parou, olhou ao redor e sorriu, sacudindo a cabeça.

 

- Sabe, Clara, eu não ficaria por aqui por muito tempo. Mesmo que papai não tivesse saído, eu sairia por minha conta. Só não queria tê-los perdido.

 

De repente, Becky estava falando da família. Era claro que a saudade estava ficando insuportável. Não só a saudade, como o medo de nunca revê-los.

 

- Becky, ainda não entendi porque você não concentra esforços para achar seus pais, nós podemos...

- Podemos o quê? Eu estou sem condições. Não sei o que vou encontrar se buscar. Tenho medo. Não sei como Luck reagirá.

- Você sabe que a doutora não medirá esforços...

- Eu sei e ficaria mais uma vez devendo algo pra ela. Primeiro eu chego, depois vem a família. O que mais eu vou trazer?

- Esse seu orgulho. Por que você sempre acha que está devendo algo para ela?

 

Pela primeira vez, Clara sentiu o calor da ira nos olhos verdes.

 

Pode me fuzilar com estes olhos, mas você está sempre arrumando algo para complicar o que já deve ser muito complicado. A Doutora quer dar a você tudo o que ela puder. Não é uma forma de mensurar poderes e status. É apenas a forma dela se sentir segura de estar retribuindo a você tudo de bom que você está devolvendo para ela.

 

- Não é só dinheiro. Se você a conhece tão bem, deve saber como ela age com as pessoas. Como ela se sente quando cercada por pessoas estranhas. Só por serem meus pais, não serão menos estranhos.

 

Becky sorriu amargamente.

 

- Eu mesma. Penso que ainda sou uma estranha para ela, Clara.

 

Conhecendo seus limites, Clara não entrou no mérito da questão, mas entendera bem o que Becky falara.

 

OK. Vamos voltar para o hotel. Dá tempo de dar alguns telefonemas. O tema da nossa conversa quer um relatório diário de nossos progressos.

 

Você está falando com Luck todos estes dias?

 

Clara fez um gesto afirmativo.

 

- Está vendo. Ela é muito... "profissional", mesmo quando assunto é emocional.

- Becky...

- O que isto me torna, Clara? Um investimento?

- Você está sendo injusta. Não é você. É o meu trabalho. É a nossa rotina, minha e da doutora. E isto é como ela é... Ainda.

 

 

A troca de olhares foi o suficiente para Rebecca recuar em sua indignação.

 

 

 

****

 

 

 

O barulho parecia distante.

 

Aos poucos, Rebecca foi saindo do estado de entorpecimento. As batidas pareciam ser em sua própria cabeça.

 

Seu nome estava sendo chamado.

 

Em seu sonho, ela estava chamando por Luck. Na verdade, clamando para ser libertada de seus desejos.

 

Relutantemente, saiu da cama. Ainda com os olhos fechados, abriu a porta.

 

Credo, menina, que sono pesado!

 

Espero que você tenha um bom motivo para me interromper quando estou sonhando com Luck...

 

- ... Tê-la ao telefone é um bom motivo?

 

Parecia que a linha do quarto de Rebecca estava com problemas e Luciana também não conseguia ligar no celular. Bem mais desperta, mas ainda confusa com as explicações, a jovem loira foi atender a doutora no quarto de Clara.

 

Falaram umas coisas meio sem sentido, falaram sobre a saudade que sentiam. Mas, Luciana estava estranha, parecia que estava se movendo.

 

- Essa respiração acelerada é saudade de mim? Você está brincando sozinha, doutora?

 

Alegara que acabara de fazer exercícios. Era tarde, mas vindo de Luciana, qualquer horário era perfeito para o que quer que fosse que a doutora quisesse.

 

Quando voltou para o quarto, tudo o que Becky queria era retomar o sonho, de onde tinha parado. Chegara a fingir-se zangada com Luck, por ela tirá-la de seus braços tão acolhedores no sonho.

 

Fez o caminho para a cama no escuro, praguejando contra o que quer que tenha acontecido com as instalações de seu quarto, uma vez que a luz também havia pifado.

 

- Ah, Dra. Luciana, eu mato você por me colocar aqui... Quando poderia estar em seus braços. - foi a última reclamação, feita em voz alta, antes de deitar.

 

Não conseguia dormir. A voz de Luciana devia tê-la acendido. Ou melhor, despertado todas as lembranças sensoriais, pois sentia o perfume de Luck vividamente em seu olfato. Sacudiu a cabeça, tentando afastar a sensação que invadia seu corpo.

 

- Como você pretende me matar?

 

Becky quase se agarrou ao teto do quarto.

 

Antes que pudesse assimilar o que acontecia, sentiu o abraço, o cheiro e o contato com o calor do corpo de sua amada.

 

- Você está melhor agora? - Luciana sentia as batidas aceleradas do coração.

- Quando eu ressuscitar, a gente conversa....

- Não sou necrófila... Como faço para ressusci... - sua boca fora voluptuosamente ocupada.

- ... Nunca... Ouviu... Falar em... Respiração... Boca a boca, doutora? Como você se tornou uma médica!?!?

- ...Acho que preciso de aulas práticas...

 

Ambas estavam em seus limites. Era difícil ser gentil e ceder espaços. Queriam ocupar todos os espaços, ao mesmo tempo.

 

Quem sofreu com a fúria de ambas foi o pijama que cobria Becky.

 

Suas sensações pareciam que realmente estavam em comunhão. Luciana não deu tempo para Becky pensar. Guiando sua mão, a fez tocá-la no ponto mais sensível do seu corpo e, da mesma forma, dirigiu-se ao centro do corpo de Becky. As duas estremeceram e deixaram claro que o momento não era de romantismo, nem de brincadeiras. Era algo puramente físico.

 

Luciana sobre Becky, com a mão livre, apoiava-se no colchão, com a preocupação de não sufocar sua amante com seu peso. Becky, abrira generosamente suas pernas, permitindo o acesso que queria, enquanto agarrava Luciana pela cintura. Foi tudo muito rápido. Com a urgência que a distância impusera.

 

Em poucos minutos, estavam convulsionando os corpos, cada qual perdida em seu próprio gozo. Com a pressão de Becky puxando-a e trêmula pelo orgasmo, Luciana deixou-se cair sobre o corpo menor. As pernas entrelaçadas, sentiam a respiração, uma da outra, em seus rostos. Becky encaminhou seus dedos para os lábios de Luciana, ainda que não pudesse enxergá-los. Ela fez o mesmo. Saboreavam em seus dedos o cheiro da saudade, o gosto que sentiam mesmo à distância. Beijaram-se e, desta vez, queriam continuar com a diversão.

 

O quarto estava realmente muito escuro e elas se guiavam cegamente por seu caminhos. Luciana tateou em busca do abajur. Ela queria ver o rosto de Becky. Seus braços se alongaram por sobre a cabeça de sua amada, que aproveitou para sugar um dos seios. A doutora soltou um gemido, enquanto sua coxa se movia involuntariamente, atingindo o sex* de Becky. Por um momento, a necessidade de luz foi esquecida.

 

- Esquece... Não sei... Pifou tudo...

 

A loirinha não perdia tempo. A escuridão propiciava surpresas e a lambida em sua axila, fez Luciana arrepiar-se, afastando o corpo.

 

- Hum... Eu quero ver você...

 

Passando um braço por sob a outra axila, Becky forçava o corpo de Luck para baixo. Sentindo que passava por seu rosto, a doutora deixou a língua traçar caminhos pelos contornos alcançados, ao mesmo tempo em que sentia os dentes de sua amada em seus ombros, tomando o lugar das mãos, que agora vagavam pela extensão das costas e se detinham firmemente nas faces firmes da bunda da doutora. Seus seios se tocavam e elas podiam sentir a rigidez mútua.

 

- Luck... Sua língua... Em minhas... - antes que pudesse terminar, a mensagem fora prontamente interpretada e a doutora estava literalmente engolindo os seios com os quais vinha sonhando ultimamente.

 

Apesar do clima que a escuridão criava, a doutora queria ver sua amada. Tinha fantasiado com o olhar de entrega nos belos olhos verdes. Aquele olhar que lhe dava a sensação de estar recebendo o mais precioso de todos os presentes divinos.

 

Num único gesto, segurou Becky firmemente, trazendo-a por sobre seu corpo; ao mesmo tempo em que, com um tapa, acendeu o abajur.

 

Ambas piscaram, para poderem se adaptar a luminosidade. Então, os olhos se encontraram e a energia emanada reacendeu a paixão.

 

Mesmo com a mudança de posição, Becky manteve o controle da situação e sugava entre os seios de Luciana, lambendo as laterais, fazendo a língua desenhar círculos, sem tocar os mamilos. Sabia que isto enlouquecia sua parceira, que nesta altura, estava totalmente entregue.

 

A posição era incômoda, pois estavam atravessadas na cama, um pouco estreita para a estatura da doutora. Porém, tal situação, deixava Becky com livre acesso ao pescoço, ao mesmo tempo em que os seios da morena ficavam mais empinados e os mamilos rijos eram um convite para os olhos e bocas ávidos.

 

Luciana sentia o centro do corpo transbordando. Sentia-se desesperadamente quente. Fortes contrações atingiam seu clit*ris, o que a fez esfregar as pernas, tentando aliviar um pouco. Percebendo o gesto, as mãos de Becky deslizaram por toda a lateral do corpo e forçaram a abertura das coxas fortes. Com mais facilidade, dedos escorregaram pela carne molhada e detiveram-se no delicado, mas rígido, ponto de prazer.

 

A doutora não só gem*u, como também lançou o quadril pra frente e deixou a cabeça pender fora dos limites da cama. O movimento se repetiu ao sentir os dedos de Becky penetrando seu corpo. E novamente, quando outro dedo preencheu seu ânus.

 

Percebendo o desconforto da posição, Rebecca escorregou seu corpo por entre as pernas da doutora, ao mesmo tempo em que a puxava para o centro da cama, arrancando os lençóis, uma vez que as mãos de Luciana estavam agarradas a eles.

 

- Melhor agora....

- ...Não... Não...

- ...Vamos melhorar então...

- ...Não... Sim... Não pare... - foi a resposta mal articulada.

 

Com as pernas sobre seus ombros, a visão que a loirinha tinha era o mais belo ser que jamais imaginara ter, totalmente largado e aguardando o que quer que ela quisesse fazer. Isto a enlouquecia. A única hora na qual achava que podia ser tudo o que aquela mulher merecia. A hora na qual se sentia mais poderosa, menos dependente, mais capaz de realizar o feito mais importante: dar prazer para aquele ser que era a sua própria força.

 

Ao mergulhar por entre os caminhos úmidos e macios, pensava no seu prazer também, pois isto era ele. Isto a alimentava. Esfregava seu rosto e sentia todos os seus músculos recebendo a força, a energia, a própria essência da vida da mulher que amava. Cada palavra desconexa, cada impulso do corpo, cada descontrole e arremetidas bruscas do corpo sob sua língua, a faziam saber que estava tornado-se alvo de sua própria tortura. Fazia-se forte para sustentar a força que Luciana não mais conseguia controlar. Enquanto uma das mãos mantinha firmemente o corpo da doutora contra a cama, a outra buscava satisfazer seu próprio desejo. Alternando os dedos, ora dentro da Doutora, ora em si mesma, misturava seus sentimentos liquefeitos.

 

Percebendo que estava próxima de goz*r, Luciana ergueu a cabeça para olhar nos verdes olhos. Pôde ver a forma ávida como sua amada a possuía. Pôde ver Rebecca também perdida em sua própria satisfação. Mas, não via sua luz verde. Queria ver os olhos...

 

- Abra os olhos... Por favor....

 

Rebecca parecia não ouvir.

 

- ...Não vou... - Luciana esforçava-se para retardar o orgasmo, querendo que Becky abrisse os olhos.

 

Rebecca podia sentir sob sua língua o pulsar, o gozo vindo para a doutora. Conhecia os movimentos.

 

- ...Agüentar...

 

Por segundos, olhos azuis prenderam e transfixaram os verdes mais intensos e flamejantes somente imaginados. Fora um dos momentos mais mágico e alucinante.

 

Sobre o corpo trêmulo da doutora, Becky atingiu seu orgasmo, enterrando seu rosto nos pelos negros, úmidos e com o cheiro da sua amada. A respiração de Becky fez Luciana soltar um gemido.

 

Recuperando-se, Luciana puxou sua amante, fazendo o corpo dela deslizar completamente sobre o seu e a olhou novamente. Demoradamente. Sorriu, iluminada pelo sorriso de Rebecca.

 

- Como vai você?

- Pensei que não fosse me cumprimentar direito!

 

Após um longo beijo, Luciana decidiu que ainda não tinha acabado. Ainda não dera o que queria dar à Becky.

 

- Vire-se!

- Doutora!!!!

 

 

 

****

 

 

 

Mesmo sentindo o peso de Luciana sobre seu corpo, Rebecca não acreditava que a tinha ali, ao seu lado.

 

Maluquice total!

 

Clara estava se saindo uma ótima cúmplice para as loucuras da doutora.

 

Toda a armação fora, por sorte, bem sucedida. Logicamente, a famosa sonolência de Rebecca dera conta de facilitar o insólito momento.

 

A hora fora escolhida a dedo, o sono pesado, a intimidação e o desejo que Luciana despertava, a correria com a qual Clara a tirara do quarto, para que a outra pudesse entrar; tudo fora muito rápido e confuso para a recém-despertada loirinha.

 

A única luz que fora removida era a da lâmpada principal. Se Rebecca quisesse, seria apenas surpreendida por ver Luciana em seu quarto. Mas, com a preguiça e sonolência, ela nem pensara em acender outras luzes. O que foi mais que perfeito para a surpresa. Sentia o seu próprio cheiro nos cabelos de Luciana. Não fora somente a saudade, mas o que a doutora queria que transformou o reencontro em algo selvagem.

 

Rebecca pensava como era engraçada a forma como faziam amor. Ambas queriam dar muito mais do que receber, mas recebiam muito mais do que imaginavam poder suportar. Era uma competição involuntária e sem adversários, pois estavam do mesmo lado.

 

Quando ela pensava estar dando tudo para Luciana, via-se preenchida de um prazer tão inexplicável, de uma embriaguez e tortura proporcional ao que ela quisesse entregar. Então, precisava do controle para não se deixar vencer pelo egoísmo. Quando o corpo moreno, de formas perfeitas, grande e forte começava a se tornar quase líquido sob seus toques, o auge era atingido; a partir daí, ela, Rebecca, alimentava-se daquela energia e transbordava a sua própria.

 

Sabia que o mesmo ocorria com Luciana. Mas, ao contrário, a doutora a reverenciava. Fazia-a se sentir como uma divindade. No começo, chegara a ficar constrangida com a forma como Luciana a olhava durante e após o gozo; como um discípulo que, após a oferenda, quer ter uma prova de que suas preces alcançaram seu deus. O olhar era perscrutador. As mãos ganhavam a precisão da sua profissão e tateavam o corpo de formas menores, mas insinuantes, generosas, também forte, com toques que queriam diagnosticar o que Rebecca sentia.

 

Rebecca preferia que Luciana goz*sse antes ou durante suas entregas, pois quando alternavam, a doutora, mesmo após ter deixado a loirinha totalmente extasiada e exaurida, mantinha-se tensa enquanto não olhasse nos olhos verdes e sentisse neles o sinal, a aprovação. Somente quando extenuada por seu gozo, Luciana relaxava e se permitia encontrar em si, os sinais que buscava, pois sabia que sua saciedade também era uma forma de dar para sua mulher o que ela queria.

 

- É um ciclo. - Becky pensou em voz alta.

- Não...sou eu....- Luciana resmungou, meio adormecida, puxando Becky para mais perto.

 

Relutante entre satisfazer suas necessidades fisiológicas e permanecer satisfazendo sua amada, Rebecca achou prudente optar pela primeira e tentou afastar o corpo quente e protetor que a cobria.

 

- Não...- Luciana prendeu o pulso de Rebecca.

- ....Luck faz muito tempo que eu não molho a cama...

- ...Mentirosa....

- ...Não desta maneira... Solta. Preciso ir mesmo!!!!

 

Enquanto Rebecca corria para o banheiro, Luciana preguiçosamente, virou-se de barriga para cima, permanecendo de olhos fechados. Algum tempo depois, sentia os pelos roçando a pele de seu estômago, as coxas prendendo a lateral de seu corpo. Com toda a confiança e sentimento de pertencerem-se uma a outra, a doutora puxou o corpo sobre o seu, encaixando as coxas rígidas por sobre seus braços. Ao abrir os olhos, tinha a visão dos pelos loiros a sua frente. Subindo os olhos, escalava com o olhar o torso perfeito: o abdômen plano, liso; os seios generosos e o vale entre eles. As mãos perseguiram o mesmo caminho e detiveram-se no rosto, quando os olhos novamente se cruzaram. Apoiando-se na parede, Becky ergueu e trouxe o corpo um pouco mais para frente. Foi recepcionada pela respiração ofegante e a ponta quente e úmida do que seria o mais perfeito instrumento de tortura da doutora: sua língua. Era mágica, perfeita, hábil, harmonizava-se com os lábios, que beijavam, sugavam e sumiam entre a cavidade de seu corpo.

 

Rebecca sugou e ch*pou, um a um, os dedos de Luciana que, sem perda de tempo, mergulhou-os em seu próprio corpo.

 

- ...Vamos...

 

Luciana sabia que não conseguiria manter a atenção em Becky, se continuasse buscando seu próprio gozo.

 

- Vem... Atrás...- Becky balbuciava.

 

Sem pensar, enfiou um dedo bruscamente no ânus, que opôs resistência e fez Becky quase sufocar Luciana com a arremetida que seu corpo deu. Um segundo dedo foi introduzido, desta vez com melhor recepção.

 

Querendo preenchê-la completamente, Luciana enfiou sua língua profundamente dentro de Becky, enquanto seus dedos estavam fincados, trabalhando o outro orifício. Rapidamente, sem perder o ritmo, Becky dava atenção ao seu ultra-sensível clit*ris. Por um momento, pensou que estava sendo egoísta. Mas, desistiu de atitudes nobres, quando seu corpo, não agüentando a carga de sensações, entrou em convulsões. Seus gemidos, viraram verdadeiros urros e ela só pode pensar que se não parasse, mataria Luciana, pelo frenesi de seus movimentos. Sabia que tinha que parar, mas não conseguia.

 

Por sua vez, Luciana tentava manter-se consciente e saborear cada gota, cada impulso, cada palavra vindos de algum lugar do corpo sobre o seu. Becky estava descontrolada. Luciana sabia que seu pedido desesperado para que a doutora parasse era apenas um incentivo para continuar. Para manter um pouco de controle e continuar respirando, Luciana teve que retirar seus dedos do nicho onde se acomodavam e firmemente suportar as arremetidas de Rebecca.

 

Aos poucos, ainda com a testa encostada na parede, ela abriu os olhos. Recompôs-se um pouco, mas sabia que tinha uma mulher totalmente acessa e quente, querendo ser saciada, pulsando sob seu corpo.

 

Foi escorregando por sobre Luciana, que abria as pernas, demonstrando que precisava recebê-la. Encaixou seu corpo entre as coxas. Quando seus sex*s se tocaram, iniciou um movimento ritmado, enfiando aos poucos os dedos dentro da abertura úmida, quente e gulosa; fazendo com que parte da palma da mão esfregasse a sensível região ao redor da fenda. A outra mão brincava com o mamilo rijo, enquanto sua boca saboreava o outro seio.

 

- Becky... Deus... É bom...

- Eu sou melhor.

Com o peso do corpo sobre seu punho, Becky dava arremetidas ritmadas, intensificando o vai-e-vem, alternando com massagens leves do polegar sobre o clit*ris totalmente avolumado.

 

- ... Meus seios... Mais forte... Morde....

 

Era um pedido diferente. Nunca haviam excedido em dores físicas. Becky ficou excitada, mas temerosa.

 

- ...Tem certeza?

- Tenho... Forte... Suga...

 

A primeira investida dos dentes de Becky, ainda receosa, nos seios da doutora, fizeram-na arquear as costas e empurrar o corpo contra os dedos da loirinha, que penetraram com mais força e fizeram o polegar bater contra o ponto sensível em seu sex*, alçando Luciana ao delírio. Percebendo o que causara, Becky não perdeu tempo e torturou a carne morena, o aro mais escuro e delicado, mordendo com propriedade o bico rijo em sua boca.

 

- ...Assim... O outro...

 

De repente, Becky se deu conta de que a doutora estava orquestrando seu prazer. Isto também era novo. Era bom. Era extremamente excitante ouvir a voz, quase um ronronar, ditando os prazeres. Por vezes, Becky pensara em como não se deixar ser repetitiva.

 

Agora, Becky também se esfregava na parte da mão que penetrava Luciana. Largando por um segundo o seio de Luciana, acomodou seu próprio sex* sobre sua mão, mudando o ritmo da penetração. Em pouco tempo, estavam gem*ndo e ofegantes. Luciana entrelaçara suas pernas sobre a bunda de Becky. Com o novo movimento, sentia os mamilos rijos esfregando-se em suas costelas, uma vez que prendia o corpo da sua mulher contra o seu, num forte abraço. Alternando as mãos, Rebecca interrompeu rapidamente o movimento, retomando-os ao mesmo tempo em que Luciana tentava alcançar, por trás, sua abertura. Segurando a mão da doutora, sugou os dedos, a palma da mão, o punho e então a encaminhou para seu centro excitantemente molhado, transbordante.

 

Devidamente preenchidas, intensificaram o ritmo, buscando, em vão, sincronismos. Luciana estava muito, mas muito próxima. Seu corpo não obedecia ao ritmo de Becky, mas impusera o seu próprio, selvagem.

 

- ...Mais fundo... Mais rápido... Jesus...

 

Becky já não movia mais, apenas sustentava os impulsos do corpo. Aquilo a deixava literalmente encantada. Num gesto completamente egoísta, mas totalmente desculpável, Luck retirou sua mão do corpo de Becky e agarrou-se à cabeceira da cama, quando seu corpo começou freneticamente a engolir os dedos da pequena mão, prendendo-os nas contrações das paredes de seu interior. Num golpe de misericórdia, Becky pressionou e massageou vigorosamente o clit*ris, libertando totalmente o corpo tenso. O corpo moreno parecia um mar bravio, com ondas contínuas e intensas. Os braços da doutora caíram pesadamente paralelos aos corpos suados. Com as duas mãos segurando o rosto suado, a loira beijou os olhos, o nariz, o contorno dos lábios. Então, segurando uma das mãos de Luciana, a guiou para o centro de seu corpo.

 

- Becky, estou exausta....não sei se vou ...

- Silêncio. Não faça nada. Eu farei tudo. Seja minha ...

- ...como sempre...só pra você...

- ...só pra nós.

 

Literalmente cavalgando na mão de Luciana, Becky fez a doutora presenciar seu prazer. Seu mais simples e íntimo prazer. Ao som de seu nome.

 

Relaxadas, deitaram abraçadas, frente a frente, olhos nos olhos. Dormiram, apesar da tarde que estava iniciando.

 

 

 

****

 

 

 

Já era início de madrugada, quando o telefone no quarto de Clara tocou.

 

- Até que horas tem janta por aqui? - Luciana queria saber.

- To morrendo de fome, Clara!! - ela pôde ouvir o berro de Rebecca.

 

"Ainda está?", foi o pensamento que passou pela cabeça de Clara, ainda sonolenta.

 

- O restaurante já fechou há pelo menos umas duas horas. - disse, tentando disfarçar um bocejo.

- E... - o tom de Luciana era claro e se fazia entender: Clara tinha que se virar.

- ...bem, não sei se tem alguma coisa aberta por aqui. - "além das pernas de vocês duas".

- E...

 

Clara estava realmente irritada.

 

Logo de manhã, passara pelo quarto e vira o aviso de não perturbe. Foi para a cidade vizinha, buscar os documentos encomendados. Quando voltou, notou que o aviso permanecia no mesmo lugar e pôde ouvir os sons nada discretos das duas amantes. No início da noite, reinava o silêncio e o aviso estava lá, intocável. Chegara mesmo a pensar em ligar para o quarto, mas desistiu. Admirava-se, no entanto, que o estômago de Rebecca não tivesse dado sinais de protestos. Enfim....Porém, na indecisão, ela mesma ficara sem jantar. Agora, na madrugada de uma cidade pequena, no meio do quase nada, as duas resolveram sentir fome.

 

- ...eu preciso COMER....- era o grito desesperado de Becky.

- Você ouviu a moça, Clara. Estamos com muiiiiiiiita fome. Penso que comeríamos...comeremos um boi inteiro.

- Mas, doutora...

- ....se não tiver jeito, eu compro o hotel, mas abra o restaurante. AGORA!

- Pelo amor de Deus, Clara. Eu vou desmaiar. Você não quer que eu desmaie, quer? Você quer Luciana?

- CLARA! - apesar do tom alegre, a voz da doutora era firme.- CLARA?

 

Silêncio.

 

- Clara, você está aí? Espero que esteja ...- a voz de Rebecca era quase um lamento.

- Posso dispor de alguns minutos para me tornar apresentável?

 

Se Clara pudesse ter visto a expressão nos rostos das duas mulheres, arriscaria impor-se mais vezes.

 

Percebendo que fora a primeira vez que Clara deixara transparecer sua irritação, ao menos para Luciana, desligaram o telefone, sem maiores comentários e a secretária pode pensar em uma saída.

 

- Se ela quiser, ela nos mata de fome, Luciana.

- Ela pode estar irritada, mas não perdeu a noção do perigo!

- Nós perdemos a noção do tempo, meu amor.

- Está arrependida?

 

Beijando o colo da doutora, Becky deixou claro que não estava arrependida.

 

Se não tiver comida...eu como você.

 

- De novo!

- Está reclamando?

 

Sugando o pescoço da loirinha, Luciana deixou claro que não tinha do que reclamar e queria mais.

 

- Detesto fazer o que vou fazer...

- Detesta!?!?! Imagine se gostasse...

- ...Não, sua tonta... Detesto ter que parar o que estamos fazendo...

- ...Estamos?

- Como disse Clara, temos que nos tornarmos apresentáveis para o jantar.

- Ah! Entendi... Mas... Dá tempo...

- ...No banho. Vamos para o chuveiro, doutora.

 

 

 

****

 

 

 

- Só isso, Clara? Tem certeza?

- Foi o que consegui. Não tem mais nada.

- Bem, quais serão os próximos passos?

 

Rebecca dormia, enquanto Luciana despachava com Clara, à mesa do café.

 

- Obrigada por ontem, Clara.

 

Quase cuspindo seu café, a secretária mal disfarçou o sorriso, porém não fez comentários esfuziantes ao agradecimento.

 

- Clara, você tem alguém?

 

Agora foi demais. Se tivesse liberdade para tanto, tocaria a testa da doutora para ver se ela estava com febre. Só podia ser o calor da cidade.

 

- Como?

 

Percebendo o inusitado da situação, Luciana enrubesceu. Mais uma vez, Clara disfarçou o espanto.

 

- Nada. Esquece... Eu pensei alto...

 

Hesitante por um segundo, Clara imaginava no que implicaria sua resposta.

 

- Se BECKY Não acordar logo, vai ficar sem café da manhã.

- Se a doutora permite o comentário; depois do que ela comeu nesta madrugada, pode ficar sem o café, o almoço e o lanche da tarde.

 

Luciana teve que rir. Era verdade. Clara conseguira antecipar o que seria o desjejum do hotel e trouxe toda a sorte de pães, suco, café, leite; além de ovos mexidos, salsichas, frios e tudo o mais que pôde. Com a companhia da secretária, ambas comeram muito bem, com a loirinha justificando seu enorme "apetite".

 

- Eu preciso resolver umas coisas por aqui, Clara. Assim que Rebecca acordar, você me liga.

 

Sendo sutilmente dispensada, Clara parou a meio caminho da porta e voltou-se para Luciana, ainda sentada.

 

- Sim, doutora. Eu tenho alguém.

 

Os olhos azuis demonstraram certa oscilação de pensamento, mas a mulher permaneceu séria.

 

Vendo que não houve comentário, a secretária seguiu seu caminho para fora do aposento.

 

 

 

****

 

 

 

- Mas, que negócios ela pode ter por aqui, Clara?

 

Sem responder, a secretária estava acionando o celular. Rebecca arrancou o aparelho da mão dela.

 

- Pode parar com suas ordens. Chega! A hora que ela voltar, voltou. Não temos para onde ir mesmo. Agora, com ela aqui, não tenho pressa.

 

Ignorando Rebecca, Clara retomou o aparelho.

 

- Ta vendo. Nem você me obedece. Luciana diz que todos vocês acatariam minhas ordens, mesmo desafiando as delas. No entanto, desde que cheguei, só ouço você dizer que tem que fazer isto ou aquilo, pois são ordens dela.

 

Por quase quinze minutos, Rebecca falou um monte de absurdos e Clara só ouviu.

 

- Acabou? Já fechou a torneirinha de asneiras, D. Emília?

 

Os olhos verdes a fuzilaram.

 

- Em primeiro lugar: sim, eu cumpro as ordens dela e sempre cumpri. Porém, agora ela me enxerga e graças a quem? A você. Não são ordens no sentido da palavra, mas pedidos que ela só sabe fazer sob sua forma autoritária. Foram pedidos e instruções para buscar seus antecedentes escolares; para retê-la aqui, o quanto eu pudesse, para que a surpresa fosse feita; pedido para oferecer a você toda e qualquer assistência que eu pudesse, uma vez que sou uma profissional experiente e em quem ela confia.

- Ela falou isso, esse negócio da experiência e confiança?

 

Clara sacudiu a cabeça afirmativamente. Becky soltou um longo assobio.

 

- Eu não estava ligando para ela. Apenas ia checar o seu celular, pois me parece que realmente ela não conseguiu contatar você. E isto não é uma ordem, faz parte da minha disciplina checar se ambas estão bem.

 

De repente, Rebecca corou.

 

- Você é a pessoa mais valiosa para aquela mulher. Sinto-me honrada em ter sido escolhida para zelar por você. Não por ela, por temê-la; mas, por saber que devo a você este reconhecimento que ela está me dando. Acredito que sempre existiu, mas ela nunca saberia expressá-lo da maneira que está fazendo, ainda que cheia de disfarces e proteções.

 

Neste momento, o celular de Clara tocou.

 

- É ela. Quer que eu diga que ainda está dormindo?

 

Pegando o celular novamente, Becky atendeu.

 

- Acabei de acordar, amor... Ta bom... Uma hora. Por que Clara tem que me levar? Ta... Beijo. - entregou o celular para Clara, que se afastou para ouvir o que Luciana dizia.

 

Ciente de suas tarefas, a secretária ia saindo.

 

- Clara... Eu estou com vergonha...

 

O olhar da secretária era de pura interrogação.

 

- ...Mas... Eu deixei o celular cair no vaso sanitário.

- O quê?!?!?

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

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Obrigado

 

Lembrando: o valor desta contriuição, para os primeiros 100 kickantes, será abatido na compra do livro. Assim anotem o número do pedido da contribuição.

 

PENTIMENTOS TEM QUE VIRAR LIVRO E, QUEM SABE, UM FILME!!!!KKKK


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