Passado um mês após ter voltado do coma e depois de ter sido transferida para o quarto, Márcia recebeu alta. Andressa havia assinado os papéis para a liberação da major e graças a Deus pensava ela, estamos indo para a nossa casa.

O coronel havia preparado uma recepção em sua casa para a volta e pelo reestabelecimento da filha, pois todos estavam felizes pelo retorno de Márcia ao seio dos Mantovanni. A esposa já sabia da pequena comemoração na casa do sogro, mas não disse nada a major, pois ela queria fazer-lhe uma surpresa.

Ao chegarem à casa do coronel, Márcia estava apreensiva, pois a sua preocupação era de como seria recebida pelos parentes, já que temporariamente estaria dependendo da esposa e dos familiares. Márcia não gostava de atrapalhar aos outros, pois sabia que todos tinham seus compromissos. Ao entrarem na casa do coronel, foram ambas recebidas com muita festa. Lágrimas começaram a correr pelo rosto da major tanta era a felicidade que estava sentindo.  Andressa abraçou a major e disse:

-- Calma meu amor, está tudo bem agora, você está em segurança e nunca mais ninguém vai te machucar.

-- Isso mesmo minha filha, agora você está protegida e tudo o que você precisa agora, é se recuperar e voltar às suas atividades, falou o pai que estava todo emocionado.

-- É papai, eu vou fazer isso, pois, a minha esposa está grávida de dois e eu preciso me reestabelecer urgentemente para ajudá-la. E tem mais, se o senhor coronel Magalhães, está pensando em me aposentar, pode tirar o seu cavalo da chuva, pois quando chegar a hora, eu mesmo pedirei a minha.

-- Calma major, tudo dependerá da sua recuperação. Foi só uma hipótese, nada mais.

A major Monteiro e Marieta que era um ano mais nova que Márcia, perceberam que o clima ia esquentar e colocaram panos quentes.

-- Minha querida irmã, deixemos isso para resolver depois. Hoje é dia de festa e o mais importante é você se recuperar, pois logo os meus sobrinhos irão chegar.

-- Você está certa Marieta, agora é me recuperar, voltar ao trabalho e me preparar para o nascimento dos meus filhos, não é amor?

-- Sim minha querida major, agora vamos por etapas. Primeiro a sua saúde e depois pensaremos no seu retorno ao trabalho e no nascimento dos nossos filhos.

Depois de comemorarem o retorno de Márcia, a coronel resolveu fazer um discurso.

-- Meus amigos e minha linda família quero hoje dizer o quanto eu estou feliz com o retorno da minha querida Márcia. Depois de quase quatro meses naquele hospital, eu sinceramente achei que minha filha não retornaria para nós. Se vocês sofreram, imaginem eu como pai e a Carlota como mãe. Mas de tudo isso ficou uma lição. Que quando estamos unidos por um ideal, sempre alcançamos a vitória e foi esse ideal que trouxe a minha filha de volta. A minha nora que aqui está ao meu lado e que está grávida e logo me dará dois lindos netos, também teve uma participação muito importante na sua recuperação. Portanto, senhoras e senhores digo novamente, seja bem vinda ao lar minha filha e que santo Expedito te proteja.

A emoção tomou conta de todos na sala e a major que permanecia em silêncio, pediu ao pai a palavra e esse consentiu.

– Meus amigos, meus pais, meus irmãos, cunhados, cunhadas e minha sogra. Eu quero agradecer a todos os que estiveram torcendo por mim e que de uma maneira ou outra ajudaram. Eu sei que por um certo tempo, vou ficar com algumas sequelas e isso eu já sinto em dois momentos da minha vida. Um é esse que vocês estão vendo, uma cadeira de rodas e o outro a minha visão esquerda que eu já sei estar afetada. Porém, vou fazer tudo o que eu puder para me recuperar, pois, além do meu trabalho que tanto amo, eu tenho ainda a minha esposa que como todos estão sabendo, irá me dar dois filhos e eu quero estar preparada para quando essas crianças chegarem. Portanto, eu novamente agradeço a todos e peço desculpas a você Magalhães, se eu disse algo que te magoou, mas você deve imaginar que é difícil para mim, aceitar a situação ao qual me encontro. Agradeço e todos e obrigada por tudo o que fizeram, e agora vamos comemorar, pois a vida continua e eu não tenho tempo a perder.

Após dizer essas palavras, Andressa levantou-se e abraçou a major dando-lhe um beijo de tirar o fôlego. Foi a deixa para a goz*ção dos que estavam presentes na comemoração.

– Ei cunhada, cuidado que ela ainda está em recuperação. Já não está mais com essa bola toda, disse Genaro que se divertia com a cena.

– Pode deixar cunhado, eu levanto essa mulher rapidinho, falou Andressa.

Andressa que estava sentada no colo de Márcia, levantou e foi pegar um refrigerante para a major, pois, ela estava com sede e pediu uma coca-cola. Quando voltou, percebeu uma certa tristeza em seu olhar e sentando-se novamente em seu colo perguntou:

– O que foi amor? Porque esse olhar triste assim? Você continua tendo os olhos mais lindo que eu já vi!

– Eu tenho medo Andressa de não corresponder mais às suas expectativas, de não ser mais a toda poderosa major Mantovanni que comanda a cavalaria e de não ser mais aquela pessoa com quem você se casou. Eu estou com certas limitações e você sabe que tudo fica mais difícil. Tenho medo de não ser mais...você sabe o que eu quero dizer.

– Amor escuta bem o que eu vou te falar e não se esqueça: O nosso casamento não é baseado somente no sex*, lembre-se que temos carinho, cumplicidade e muito amor. O mais importante agora é você se recuperar e estar preparada para o nascimento dos nossos filhos. Eu estou aqui e não vou te abandonar, eu demorei muito Márcia para conseguir o seu amor e agora isso que aconteceu, só serviu para fortalecer ainda mais esse amor. Portanto major Mantovanni, vá fazendo uma carinha mais animada e vamos batalhar para que você fique bem. E além do mais, onde anda aquela major por quem eu me apaixonei e casei?

– Creio que ainda está aqui, senhora Andressa Mantovanni, louca para ter você nos braços e te amar muito, falou acariciando o ventre da esposa.

– Então major, vá se preparando, pois logo estaremos em nossa casa e lá sou eu quem dará as regras.

– Eu te amo Andressa.

– Eu também te amo muito meu anjo.

De repente Andressa fez uma cara de dor e Márcia perguntou:

– O que foi amor, está tudo bem? Vamos deitar no quarto de hóspedes, você precisa descansar, afinal a sua barriga está bem grandinha.

– Sim anjo,  está tudo bem. Foram somente seus filhos dando o ar da graça.

– Puxa, ainda bem! É só isso mesmo amor? Mas vou pedir para a Laura te examinar.

Márcia levou Andressa até o quarto e pediu que a doutora a examinasse para saber se estava tudo bem com ela e os bebês. Após examinar a capitã, a doutora Laura que já se tornara praticamente da família falou:

– Está tudo bem com ela e as crianças major, essas reações são normais, mas é bom ficar em alerta, porque ela já está indo para o sexto mês de gestação e daí para a frente poderemos ter surpresas. Mas ela está fazendo o pré-natal direitinho e tudo sairá bem.

– Ouviu mocinha, então sem muito esforço. E a propósito, como está a sua licença?

– Eu peguei a minha licença prêmio amor, portanto, tenho seis meses para ficar em casa, mas o regimento está muito bem comandado, pois o major Delgado está me substituindo e o coronel Gutierrez está no seu lugar temporariamente. Mas tudo está bem e os rapazes gostam muito deles.

– Ainda bem, mas eu quero ir ao regimento e ver o Tornado! Ele está bem, não está?

– Sim amor, o Tornado está bem recuperado, mas continua de licença médica até a major Mantovanni voltar. Ele continua fazendo exercícios leves e está muito bem. Fique despreocupada.

– Amor sabe o que eu queria fazer agora?

– Não anjo, o que você quer?

– Amar você, só um pouquinho e matar esse desejo que me alucina quando estou perto de você.

– Vou conversar com o Magalhães e já volto.

Andressa foi falar com o médico e este autorizou. Porém, fez uma ressalva e falou para a capitã.

– É claro que vocês podem fazer uma festinha, mas vão com calma, pois você com essa barriguinha saliente e ela se recuperando, não podem se cansar muito. Mas uma relação light, não tem problema, falou dando uma risadinha cínica para a capitã.

Por volta das nove horas da noite, todos já haviam ido embora. Andressa e Márcia ficariam o resto da semana na casa do coronel. Zottar II, estava na casa da major Monteiro e depois foi trazido para a casa do velho e ficou todo faceiro quando viu a major e a capitã. Agora a família estava completa. Ele e o coronel se davam muito bem, pois, o velho fazia todas as vontades do pulguento, ou seja, já estava adotado como neto.

Quando Márcia retornou ao quarto, depois de ter tomado banho, Andressa já a esperava na cama. Ela estava nua e aquela visão deixou a major em êxtase. Há quanto tempo ela não sentia aquela pele maravilhosa e aquele corpo que a deixava alucinada e em brasas. Com uma certa dificuldade, saiu da cadeira que estava encostada na cama e deitou-se   ao lado da esposa. Andressa gem*u quando Márcia encostou seu corpo ao dela e logo a major começou a beijá-la e foi descendo a boca até os seios da esposa que agora estavam um pouco maiores, por causa do leite que agora Andressa trazia neles.

– Hum amor, que saudade desses seios maravilhosos, desse corpo quente e dessa boca quente e sensual.

– Eu também estava louca de saudade pelos seus carinhos, ansiava para que você me possuísse novamente e me fizesse mais uma vez, totalmente sua. Mas agora a barriga não deixa que eu faça tanto esforço.

– Vamos fazer uma coisa diferente. Vire-se de costas para mim e abra as pernas só um pouquinho.

– O que você vai fazer amor?

– Vou tirar esse fogo que te consome e matar esse desejo louco em te possuir.

Com muita calma, Márcia começou a acariciar as costas da esposa e enquanto beijava seu pescoço e passava a língua em seu ouvido, ia arrancando suspiros e gemidos de Andressa. Foi calmamente descendo a mão esquerda até o sex* da esposa e chegou até o clítoris. Massageou calmamente, até que colocou um, dois dedos na bucetinha dela e começou a acariciar. Andressa gemia e gritava palavras desconexas e isso deixava Márcia em êxtase, apesar das suas atuais limitações. O importante para ela era o prazer que a esposa estava sentindo.

– Ai anjo, que gostoso fazer amor assim com você, disse Andressa.

– Eu sabia que você ia gostar amor, desse jeito nenhuma de nós cansará mais do que o necessário. E agora, vem aqui, goz*r que eu quero sentir você molhar meus dedos com o seu prazer. Rebola para mim amor.

– Hummmm...vem amor, como eu senti saudade desse toque...aiaiaiaiaiiiiiiiiii...vou goz*r amor, estou goz*ndo...ahhhhhhhhhhhh...que delícia amor....sente o meu prazer em seu ser, meu anjo.

Márcia retirou lentamente seus dedos de Andressa e ch*pou-os um a um, sentindo o gosto da esposa. Andressa a olhava embevecida e pensou o quanto sentiu falta da major e quanto medo sentiu ao imaginar que não a veria mais. Sim, porque dessa vez, Márcia estava praticamente morta, mas a ajuda divina chegou e ela estava salva.

– Humm...que delícia amor, seu gosto está cada vez melhor.

Andressa virou-se para Márcia e disse:

– Eu amo você major Mantovanni e nada tirara esse amor que eu sinto.

– Eu também te amo senhora Mantovanni e faço tudo que puder para te ver feliz, disse abraçando a esposa. Mas agora, vamos dormir?

– Sim amor, pois já é muito tarde e você precisa descansar.

– Boa noite minha linda esposa e meus filhos lindos, durmam bem.

– Boa noite você também meu anjo, nós três desejamos a você uma ótima noite de sono.

Dormiram abraçadas e como sempre, depois que Andressa engravidara, Márcia acariciava o ventre da esposa, até dormir. Agora a major voltava a viver, mas ainda teria o irmão para enfrentar e dessa vez, ela estaria preparada.

Fim do capítulo