Ouse acreditar por lalis
Capítulo 6 - Há sempre a pequena chance do impossível rolar
- Laaaaaaaaís! Talita gritou, cutucando a amiga.
- Ai! Ta, doeu.
- Que bom, era pra doer mesmo. Tô aqui a duas horas falando com você e você não responde.
- Que isso hein, Talita?! Tá parecendo que a Laís é a sua mulher e você uma louca ciumenta. – Ana entrou na conversa e todas, com exceção de Talita riram.
- Viu só, Ana?! Que amiga dramática eu fui arrumar?! Desculpa, Ta... o que você perguntou?
- Ainda me chama de dramática. Triste! Estávamos combinando de jogar mais um dia na semana e perguntei o que você acha da ideia?
- Olha gente, eu acho ótimo! Mas infelizmente, por agora, não teria tempo. Mas se vocês conseguem se reunir em mais um dia, eu super apoio.
- Eu até disse que iria, mas já que você não vai, mudei de ideia.
- Aiiii Ana, lá vem você. Laís respondeu, rindo.
- Sempre cheia de graça, né Ana?!
- Talita, bonitinha, bebe mais uma dose de tequila pra ver se você melhora esse seu humor, porque tá osso.
- Isso amiga, vamos beber. As outras concordaram.
Laís bebeu sua dose de uma vez, ao abaixar o copo seus olhos procuravam por Roberta, mas não a encontraram. Preciso parar de beber, já estou até vendo coisas, refletiu.
- Ei gata, tá tudo bem?
- Tá tudo bem sim, Ana...
- Hmmmm e por que essa carinha triste?
- Triste?! Ah não, é que eu pensei ter visto uma amiga, mas acho que me enganei.
- Entendi! Sabe que horas são?
- Deve ser quase 1h da manhã, por que Ana?
- Não não, resposta errada! Agora é hora de você me dar o meu presente!
- E qual presente seria este, dona Ana? Respondeu desconfiada.
- Uma dança! Vem!!! Ana saiu puxando Laís para a pista.
As duas dançavam sensualmente ao som da música, com os corpos colados e sincronizados, chamando a atenção de quem estava ao redor. Talita, olhava ao longe com cara amarrada, enquanto as outras meninas comentavam a performance das duas na dança e gritavam.
- Uhuuuuuu, gostosas!
- Quanto sexy appeal!
E as duas continuavam a dança e a cada música nova, parecia que a disputa para ver quem sensualizava mais, aumentava.
- Robets, eu bebi demais ou você tá babando vendo aquelas duas gatas dançando?!
- Ai Tutu, que susto! Que babando o que, estava observando para ver se a morena é uma conhecida.
- Gata, sei uma forma mais eficaz de você descobrir, vem vamos dançar perto delas.
Arthur pegou na cintura de Roberta e os dois foram para a pista muito próximos de onde Laís dançava com Ana. E como desconfiava, no momento em que a morena de vestido preto avistou sua amiga, as duas começaram uma troca de olhares, que pra ele, era no mínimo suspeita.
Roberta tentava se concentrar na dança, mas desde que seus olhos fitaram os olhos de Laís, não conseguia parar de olhar para ela e com isso, já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha pisado no pé do amigo.
- Ei gata, cansou? A música continua rápida e você saiu completamente do ritmo.
- Ai Ana, acho que sim, é que faz tempo que eu não danço tanto assim. Desconversou, na verdade não queria externar que o motivo para ter ficado fora do ritmo, era ter avistado Roberta e não conseguir parar de prestar atenção nela, que dançava com um rapaz, provavelmente seu namorado...
- Relaxa, linda. Podemos sentar se você quiser.
- Quero sim.
Quando as duas estavam virando as costas para sentar, Arthur resolveu intervir, deixou Roberta parada na pista e foi atrás de Ana, encostando nos ombros dela, disse:
- Mona, que babado foi aquele de vocês duas dançando??? Arrasaram!!!
- Ahahaha, obrigada, querido! Ana respondeu gentilmente.
- Obrigada não, preciso mesmo é que você me ensine a dançar assim... e você, querida, por favor, ensina essa nossa amiga dura a rebol*r essa bunda gostosa. Falou para Laís, se referindo a Roberta.
Laís encarava Roberta e viu quando ela ficou vermelha com o que o amigo tinha dito, sorria achando graça da situação e por ter descoberto que ela e o rapaz eram apenas amigos.
- Nossa? Vocês se conhecem?
- É... sim... Ana, voamos juntas uma vez. Falou Laís, encarando Roberta e rindo ao lembrar em como tinha conhecido a outra.
- Eiiii, agora que já somos todos conhecidos, vamos dançar!!! Arthur falou puxando Ana para o meio da pista, deixando Roberta e Laís paradas se encarando.
- Então, vamos rebol*r essa bunda gostosa?! Quer dizer, vamos dançar?
- Ahahaha, engraçadinha! Roberta respondeu fazendo cara feia.
- Qual é, foi engraçado. Laís respondeu, fazendo charme, não entendia o porque, mas estava flertando com a outra.
- Super, estou rindo internamente! Mas vamos dançar, antes que as piadas recomecem, Roberta falou rindo.
As duas foram para perto de onde Arthur dançava com Ana. Já na primeira música, Roberta sentiu um arrepio, quando Laís se aproximou rebol*ndo atrás dela e respirando perto do seu pescoço. Virou de frente para a outra na tentativa de voltar a respirar, mas foi pior, porque Laís a puxou pela cintura e começou a se esfregar nela, puxando-a para si a cada rebol*da.
Meu Deus, o que é isso?! Ela está me deixando sem ar... preciso sair daqui. Pensou consigo.
- Laís, eu preciso de ar...
- Oi?
Roberta se aproximou perto do ouvido dela e percebeu quando ela prendeu a respiração. Foi descendo seus lábios pela bochecha de Laís e afastou-os a encarando, seus olhos ora encaravam o olhar dela, ora sua boca. Percebeu que Laís fazia o mesmo e estava aproximando a sua boca... seus lábios estavam muito próximos e as duas respiravam aceleradamente, quando Roberta se deu conta do que estava prestes a fazer e se afastou correndo para o banheiro, deixando Laís parada sem reação.
- Mona, vai ficar aí plantada ou vai atrás dela? Arthur incentivou.
- Como é que é?
- Querida, não venha querer me enganar, dá para sentir na China a tensão sexual entre vocês... vai atrás dela e mata logo a vontade de vocês.
- Mas e se ela não quiser isso.
- Baby, “e se” nunca foi solução pra ninguém... você quer, e a Robets também, tá na cara das duas. Vai logo, antes que você perca a oportunidade.
Laís concordou com a cabeça e correu para o banheiro. Chegou, mas não encontrou Roberta, resolveu chamar, pois haviam duas cabines fechadas.
- Roberta? Tá aí? Tá tudo bem?
Roberta sentiu seu coração acelerar quando ouviu a voz de Laís, não sabia se respondia ou ficava lá quieta e trancada.
- Roberta? Olha eu vim aqui para saber se está tudo bem, você saiu correndo, não entendi o que aconteceu...
- Eu... já estou saindo.
- Tudo bem, te espero. Respondeu, Laís identificando a cabine em que Roberta estava.
Roberta abriu a porta e deu de cara com Laís, que a olhava de maneira intensa. Seu coração parecia que ia saltar pela boca, nessa hora não pensou em nada, aproximou-se de Laís e a beijou, um beijo urgente, que expressava toda a vontade que ela havia reprimido, as línguas se roçavam de uma forma sensual, os lábios se tocavam e se ch*pavam de uma forma enlouquecedora, as mãos de cada uma começaram a percorrer o corpo da outra, sem que elas se dessem conta do que acontecia ao redor, até que o beijo foi acalmando e as duas o finalizaram com selinhos. Colaram suas testas de olhos fechados, até que suas respirações voltassem ao normal, abriram os olhos e sorriram.
- Laaaaaís! Talita, gritou, se escorando na amiga.
- Ta, o que aconteceu? Você está bêbada?!
- Euuuu...”nã”... tô... “bêbda”. Disse, virando para o lado e vomitando nos pés de Laís.
- Ai droga, Talita! Eu, eu... preciso levá-la pra casa. Laís falou olhando para Roberta.
- Tudo bem, vai sim, cuida dela. Roberta falou dando passagem para as duas.
- Tá bom, tchau Roberta.
- Tchau, Laís.
Laís saiu da boate, pegou um táxi e foi com a amiga para a casa. Teve trabalho com o taxista, que não gostou nada em ter que parar duas vezes para Talita vomitar. Ao chegar em casa, deu banho em Talita e a colocou para dormir, deitou-se no sofá, colocou os dedos em seus lábios, lembrando do beijo que trocara com Roberta.
- O melhor beijo da minha vida! Pensou e sorriu.
Fim do capítulo
Ei meninas, desculpe-me pelo sumiço, fim de semestre, trabalho a todo vapor, tive que deixar um pouco de lado a escrita. Estou de volta, espero que gostem deste capítulo e continuem comentando. Super beijo!
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