• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • A ESCRAVA ISAURA
  • Capítulo 5 Nós

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,495
Palavras: 51,977,381
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entrelinhas da Diferença
    Entrelinhas da Diferença
    Por MalluBlues
  • A CUIDADORA
    A CUIDADORA
    Por Solitudine

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Meu Amor Por Voce!
    Meu Amor Por Voce!
    Por Chris Vallen
  • Eu sei por onde começar
    Eu sei por onde começar
    Por Miss S

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

A ESCRAVA ISAURA por Natasha Romanova

Ver comentários: 4

Ver lista de capítulos

Palavras: 2218
Acessos: 2603   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 5 Nós

Malvina rapidamente montou em Trovão, estendo a mão para que mais uma vez eu ficasse a mercê de desejos profanos. Não sei onde busquei forças para conseguir guiar-nos até a senzala, no entanto, "levei-a" por entre a mata a beira do rio, passando por um verdadeiro bosque onde podíamos ouvir diversos sons de animais. O rio era curvilíneo, estreito, rodeado por pedras, árvores e arbustos, onde apenas pequenos feixes de luz chegavam. Ao longo do bosque, a mata densa ia tornando-se menos "fechada", possibilitando uma visão mais ampla do que estava mais a nossa frente. Chegamos em um determinado ponto, onde o rio fazia uma curva mais fechada cortando a nossa frente, estávamos num ponto onde era possível ter uma visão de "cima" da senzala mais adiante. Na outra margem do rio a nossa frente, havia uma pequena roda d'água cercada por pequenas pedras emersas. Malvina desmontou do cavalo ajudando-me a fazer o mesmo, para logo em seguida prendê-lo em uma árvore qualquer. Fiquei ali observando-a, enquanto ela alguns passos a minha frente, parecia estarrecida com o que via. A grande construção de dois andares conhecida como senzala, não passava de um alojamento velho, abraçado por árvores trepadeiras e musgo, dando um ar triste e sombrio ao lugar, as grandes janelas não possuíam vidros e sim, madeiras grossas e firmes pregadas pelo lado exterior, certamente para impedir que os escravos tentassem fugir durante a noite. O local parecia deserto, afinal neste horário a maior parte dos escravos se encontravam nas lavouras, enquanto outros estavam no porão da casa grande fazendo serviços domésticos. --Então...isso é uma senzala? Malvina voltou-se em minha direção, fixando seus olhos intensos em mim, não consegui definir o misto de sentimentos expressos em seus o olhos. --Sim senhora. Respondi de imediato, não gostava de estar ali, não queria estar ali, não me agradava em nada aquele lugar, muito pelo contrário. Saber que minha mãe vivera num local como aquele até o dia de sua morte, não era uma das melhores sensações para se sentir. Queria ir embora dali o mais rápido possível, no entanto, não podia simplesmente dizer isso a minha senhora e sair arrastando-a dali. --Como chegamos até lá? Engoli em seco, não bastava ver? ela tinha que ir até lá? Suspirei angustiada, antes de andar até onde minha senhora estava, se ela realmente queria ir até lá, então eu a levaria. --Há uma trilha de pedras logo ali... Mencionei apontando na direção onde havia algumas pedras entre o rio. --Então vamos! Ela nem esperou que me pronunciasse, simplesmente apanhou minha mão entrelaçando nossos dedos, e saiu andando praticamente me arrastando na direção do rio. Eu poderia ter protestado, dito o quão incômodo era pra mim estar ali, dito que ela poderia encontrar coisas que não gostaria de ver se atravessasse o rio, mas tudo parece ter evaporado do meu cérebro, no momento que senti sua mão macia e ao mesmo tempo firme, em contato com a minha, causando-me uma dorzinha desconhecida e incômoda no ventre. Atravessamos o rio, e em silêncio de mãos dadas andamos até ficarmos de frente a senzala, e foi neste instante que pela primeira vez Malvina o vio, mas infelizmente não seria a última. Era uma espécie de altar, que possuía um tronco que com correntes atreladas a si, ele estava fixado bem no centro daquele espaço. Senti sua mão apertar a minha, enquanto seu corpo retesava diante do desconhecido. Ficamos longos minutos diante do tronco, eu relembrando as inúmeras vezes que vi homens, mulheres e até mesmo crianças sendo castigadas naquele local, enquanto Malvina tentada digerir o que aquilo representava. --Isso...isso é o que eu estou pensando? --Uhum... Nesse instante ouvimos um barulho vindo de dentro da senzala, ambas atraídas pelo som, encaramo-nos antes de andarmos na direção da grande porta de ferro que dava acesso ao interior do alojamento. Mais um barulho se fez presente, porém desta vez fora uma espécie de gemido, o que fez com que estancássemos no meio do caminho. Eu já imaginava o que ali se passava, e não estava nenhum pouco interessada em presenciar, sem mencionar que também não queria que Malvina visse algo do gênero. --Minha senhora?...acho que devemos voltar... Malvina olhou-me por alguns segundos, como se ponderasse minha proposta, logo após olhou para a porta de ferro, e sentenciou. --Alguém pode estar precisando de ajuda...não podemos ignorar... Senti uma espécie de vazio tomando conta de mim, e uma angústia crescente no instante que minha senhora desprendeu-se de minha mão, andando decidida na direção da porta. Resignada, assustada e temerosa, acabei seguindo-a a passos largos. A porta estava destrancada, no entanto, no momento que Malvina a forçara para entrar um barulho estridente de metal se fez presente, revelando nossa chegada e assustando os responsáveis pelos sons ouvidos por nós, pouco antes. O homem bruto de calças baixadas na altura dos joelhos, que estava sobre o corpo magro de um jovem escrava, levantou-se num rompante, claramente irritado pela interrupção. Ainda pudemos perceber o constrangimento e as lágrimas no rosto da menina, enquanto o homem recompunha suas vestimentas, e vinha raivoso em nossa direção. --Mas que diabos pensam que estão fazendo? Ele avançou ferozmente em minha direção, até porque eu conhecia muito bem o feitor Juvêncio, e certamente ele não conhecia a nova senhora da fazenda, tanto que agiu feito o ogro que era. --Sua escrava infeliz! Veio fazer o que aqui? Tá querendo que eu trace você também é? Ele segurava-me violentamente pelo braço, no entanto, Malvina pôs-se entre nós empurrando-o fortemente, afastando-o de mim, sem dar chances de revide. --Não ouse tocá-la! Sequer dirija-se a ela dessa forma! --E quem você pensa que é pra me dizer isso sua vadia? --Eu sou Malvina Almeida! Sua senhora! Juvêncio calou-se imediatamente, sabia da chegada dos novos senhores, mas não imaginara que a esposa do Sr. Leôncio se daria ao trabalho de ir até a senzala, surpreendê-lo com uma de suas escravas. Malvina percebendo o quão acuado o homem ficara com sua postura, atacou novamente deixando claro quem mandava ali. --Não quero nem saber que diabos você pensava estar fazendo com aquela menina, mas que fique claro que foi a última vez que algo assim aconteceu. Do contrário, você será açoitado com um escravo! Certamente aquela fora a maior afronta que o feitor já sofrera em sua vida, tanto que não conseguiu manter-se no lugar de empregado. Ousou retrucar sua senhora. --Não sou um desses negros pra ser açoitado! Não pode fazer isso. --Pois experimente repetir o que acabo de presenciar, e descobrirá que não só posso mandar açoita-lo, como matá-lo e jogá-lo no rio! Malvina aproximou-se ainda mais do homem, e sentenciou. --Ninguém sentirá sua falta! Torço tremendamente para que pague pra ver! Juvêncio engoliu os diversos xingamentos que estava para proferir, ajeitando o chapéu na cabeça, antes de deixar a senzala a passos largos. Foi nesse instante que Malvina finalmente fixou seus olhos na escrava, que se encolhia no chão frio e fétido da senzala. Minha senhora aproximou-se lentamente, agachando-se próximo a garota, que soluçava baixinho com medo das consequências. --Você está bem? A escrava não respondeu, apenas chorou um pouco mais. --Está tudo bem agora, ele não vai maltrata-la de novo. Malvina levantou-se, deixando a garota onde estava vindo em minha direção. --Vamos embora Isaura! Não esperei que repetisse, acompanhei-a a passos largos para fora da senzala, mas não sem antes olhar piedosa mais uma vez para a pobre escrava que encontrava-se na mesma posição. Malvina andava rápido em minha frente, e assim foi até que chegássemos na outra margem do rio, onde havíamos deixado Trovão. Minha senhora respirava com dificuldade, parecia nervosa, angustiada, parou ao lado do cavalo, com ambas as mãos apertando firme parte da cela do animal. Mantive-me em silêncio pouco atrás dela, não sabia o que falar, e também não sabia se deveria falar. De repente Malvina virou-se em minha direção, seus olhos aparentavam uma fúria desconhecida, misturada com...medo ou receio, não sei ao certo. --Eu, eu...eu já não sei se agi corretamente interrompendo-os. Como assim? Lógico que ela estivera correta em sua atitude, porquê a dúvida? Ela viu que a escrava não passava de uma garota. --Ela...estava chorando, parecia com medo de mim! Com medo do que eu poderia fazer com ela, ou com medo de ficar sem seu homem... Como? Ela estava brincando comigo né? Era só uma menina. --Não creio que seja esse o motivo minha senhora. O feitor Juvêncio é acostumado a tomar as escravas para si, contra vontade delas. --Foi exatamente isso que pensei quando os surpreendemos, mas aí...eu não entendi o desespero dela quando falei que aquilo não iria se repetir...era como se ela quisesse tudo aquilo de novo... --Não acredito nisso! Ela estava aliviada com sua intervenção...o choro fora uma forma de expressar seu alívio... --E se não for isso? E se ela quisesse estar com o feitor? --Nenhuma escrava quer estar com seu feitor! Houve um breve silêncio, nossos olhos duelavam, ambos imersos nos próprias verdades. --Sua mãe quis! Aquilo foi um tapa na cara, mais que isso, um soco no estômago. Não podia acreditar que Malvina estava comparando aquela menina com minha mãe, menos ainda que estivesse comparando meu pai com aquele monstro. Meu pai jamais maltratara os escravos, menos ainda minha mãe, era uma situação completamente diferente. Não revidei seu insulto, certamente iria para o tronco se o fizesse. Abaixei os olhos, desviando de suas esmeraldas raivosas. Até ouvir mais um insulto vindo dela. --E você Isaura? Costuma se deitar com os feitores? Lágrimas involuntárias marejaram meus olhos, encarei-a mesmo assim. Eu era pura, fui criada pela minha antiga senhora na casa grande, as poucas vezes que estive nas senzalas, estava acompanhada de meu pai. Jamais havia sido cortejada, não permitira que homem algum me tocasse, primeiro porque um homem só deveria tocar uma mulher depois do casamento, e segundo, porque jamais tivera vontade de estar com um. Senti o peso do meu olhar incomodá-la, era como se através do meu olhar ela percebesse que havia sido injusta, maldosa, precipitada. A raiva abrandou, seus olhos antes turvos de ódio transformaram-se em constrangidos, arrependidos, seu rosto antes rígido, agora estava tenso. Permiti que seus dedos enxugassem pela segunda vez desde que nos conhecíamos, lágrimas que desprendiam dos meus olhos, fechei-os engolindo meu orgulho, e abrandando a mágoa que despontava no meu interior. Ela estava errada e sabia disso, era o suficiente para mim, para que pudesse perdoá-la e permitir maior contato. Meu corpo estava tenso, sentia a proximidade do seu, enquanto minha pele sentia o toque suave de suas mãos. Um calor gostoso e certamente pecaminoso, invadia meu corpo o balançando, almejando desavergonhadamente um contato maior, mais...íntimo. Senti quando seus lábios tocaram minha pele, mais especificamente o meu rosto, por onde as lágrimas molharam. Era como se ela estivesse "beijando onde bateu", reprimi a vontade insana de puxá-la de encontro a mim, apertei fortemente as pernas na tentativa de impedir que a pulsação jamais sentida naquele local, insistisse em enfraquecer-me. Malvina era mais alta do que eu, e estava com ambas as mãos segurando firme o meu rosto, enquanto sua testa permanecia encostada na minha, e sua respiração pesada vinha de encontro ao meu rosto. --Ah Isaura... Sua voz fora um sussurro, rouco, sensual, eu sequer sabia o significado da palavra sensual, mas gostava da forma como a pronúncia soava, e naquele momento parecia se encaixar perfeitamente com ela. Estremeci dos pés a cabeça, para logo em seguida prender a respiração, pois o que veio derrubou todas as barreiras que a "igreja" havia levantado, pois eu estava cometendo um grande pecado, e estava adorando. Seus lábios desceram sobre os meus, quentes, úmidos, delicados. Fora só um toque, um toque terno, carinhoso, uma prova de que havia sentimento naquele ato, e não a depravação que a igreja pregava. Malvina deixou sua boca sobre a minha por uns segundos, para em seguida prender meu lábio inferior entre os seus, e tocá-lo com a língua. Não foi um beijo, hoje eu sei que não fora um beijo pois algum tempo depois eu descobriria o que era beijar de verdade, mas fora o suficiente para que minha senhora tomasse para si a minha alma.

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 5 - Capítulo 5 Nós :
Fanatica
Fanatica

Em: 29/12/2015

Oi autora! 

Estou chegando agora para comentar, confesso que achei a estória muito interessante e de todos esse capítulo foi o mais incrível que li, gostei da emoção que você passou, parabéns!

Malvina é uma mulher e tanto, pegou pesado com Isaura, mas nem dar para julgar, esse era o pensamneto da época, mas é muito bonito ver Isaura cheia dos desejos sem os entender, se é difícil hoje, imagina antes...

Bjs e Feliz ano Novo pra ti e os ama!


Resposta do autor em 31/12/2015: Oi sua linda! Uma imensa honra ter uma grande autora como tu, comentando minha humilde fic, fico imensamente feliz com isso. Um maravilhoso 2016 pra ti. Beijos.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

bia05
bia05

Em: 28/12/2015

Amei esse capitulo *-*
Malvina deveria pensar em suas palavras antes de dizê-las.
Feitor com certeza, não vai deixar barato.

Beijo linda *-* até o próximo hein.
Resposta do autor em 31/12/2015: Próximo Cap: ON KKKKK feliz 2016 sua linda.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

tamaracae
tamaracae

Em: 27/12/2015

Muita criativa sua versão, você manteve os.personagens principais, mas sem abrir mão do seu olhar, parabéns! Espero que a Malvinas se livre do.mala do Leôncio logo, beijo!


Resposta do autor em 31/12/2015: Sério que uma autora do seu calibre está lendo meu humilde conto? Assim eu começo o ano muito bem. Imensamente feliz viu? Beijos e ótimo ano novo.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Nik
Nik

Em: 27/12/2015

Aii mdss, nem preciso dizer q amei esse capítulo amo a maneira como VC escreve da pra sentir nitidamente td o q leio adoro suas personagens 😍nao demore tanto pra postar pfvr ....anciosa por mais rsrs..


Resposta do autor em 27/12/2015: Não irei demorar, obrigada pelo carinho e por estar acompanhando! Beijos sua linda

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web