Capítulo 21
-Vamos amor?
Na entrada da casa estava a mãe de Luiza, que era uma senhora muito parecida com a sua mulher, o diferencial eram as rugas e as expressões de cansaço dos vários anos de trabalho duro, para criar os seus filhos. Mesmo assim uma linda mulher.
- Então, essa é a tão famosa Fernanda!
- E a senhora a famosa dona Aline.
- Aline, sou sua sogra e família não precisa de conveniências. Filha você está linda- ela falava e alisava com carinho a barriga da sua filha.
-E cansada mainha, preciso dormir!
-O seu quarto está arrumado, vão dormir, amanhã a gente tem muito que conversar. - depois de um longo e gostoso abraço entre mãe e filha o casal seguiu para o quarto que antes fora de Luiza, e dona Aline para o seu.
-Falei que ela ia te adorar, vamos tomar banho?
- Eu ainda acho que estou sendo analisada! E não vou tomar banho com você, é falta de respeito, não estamos na nossa casa.
- Minha mãe já está dormindo e as crianças também, deixa de bobeira vem logo. - não era por vergonha da família da esposa, Nanda só estranhava o convite por que a dias que não tinham um contato mais íntimo, seria bem complicado estar perto da sua esposa nua.
O banho foi uma tortura, Maria Luiza encostava seu corpo em Fernanda que decidiu esperar a real intenção da esposa pra saber se a barra estava limpa. Se segurou para não agarrar a mulher naquele momento, juntou todas as suas forças e conseguiu terminar aquele banho.
Seguiram para a cama, deitaram se e Luiza logo adormeceu, Fernanda foi até a janela e se perdeu olhando para imensidão do brilho daquele céu, nunca tinha visto tantas estrelas, era lindo!
-Amor vem pra cama, está frio - Luiza falava com uma linda voz de sono e dengo, Nanda foi para a cama e Malu não voltou a dormir apenas ficou olhando para sua esposa.
- O que foi Luiza? Tudo bem com as crianças? Tá sentindo alguma coisa?
- Obrigada por fazer parte da minha vida! Eu te amo!
- Eu também te amo!
A noite estava fria e ter Luiza tão próxima era quase um martírio, Fernanda desde que iniciou a sua vida sexual, nunca tinha ficado tanto tempo sem sex*. Só havia uma coisa tão gostoso quanto fazer uma mulher goz*r, e isso ela tinha descoberto naquela noite: velar o sono da mulher que tanto amava.
Fernanda acordou com o braço dormente e Luiza ainda dormia profundamente, depois de tomar banho e fazer sua higiene, resolveu sair e conhecer melhor a sua nova família.
- Bom dia Aline!
- Bom dia Fernanda! Dormiu bem? O colchão não deve ser tão bom quanto aos que você está acostumada, mas estava tudo bem limpinho
- Dormi maravilhosamente bem, o colchão é ótimo. --Nanda ainda se sentia avaliada, a mulher a olhava de um jeito estranho.
- É o seguinte, quando minha filha tinha 16 anos ela veio com essa conversa que gostava de mulher, todas as 3 namoradas que ela trouxe aqui, foram bem recebidas, a Rafaela foi uma peste na vida dela, se estiver pensando em brincar com a minha filhinha, já vai logo sabendo que eu viro uma onça pra defender meus filhos.-- A senhora cuspiu as palavras de uma só vez!
-A senhora é bem direta, já sei a quem a Luiza puxou! Olha só dona Aline, até um tempo atrás eu não aconselharia ninguém a se meter comigo, já fiz muita coisa errada, já brinquei com muitas mulheres e não me orgulho disso.
Quando a sua filha entrou na minha vida alguma coisa me modificou, e esse seu instinto de onça é o mesmo que eu sinto em relação aos nossos filhos, te dou a minha palavra que enquanto houver amor, farei da sua filha a mulher mais feliz do mundo.
- Acho bom! Venha tomar café que sua mulher não vai levantar por tão cedo! - A senhora parecia um pouco menos arredia, Fernanda percebeu que a sua sinceridade mudou um pouco as coisas, mas não seria tão fácil conquistar a sua sogrinha. - vou colher umas hortaliças e entregar na cidade, o dia hoje vai ser cheio.
- Posso ajudar a senhora? -- A senhora franzia o cenho duvidando da capacidade da empresaria para realizar as tarefas
- Pode sim, mas o trabalho é puxado!
- Não me incomodo com isso!
Realmente não era uma coisa muito fácil de se fazer. Depois da colheita foram para a cidade onde a senhora fez a entrega em alguns pequenos mercados. No caminho elas conversavam sobre Luiza, dona Aline contava detalhes da vida da enfermeira que Fernanda ainda não conhecia, inclusive sobre o primeiro amor da morena, que causou um pouco de ciúmes na empresaria.
Na metade da manhã chegaram em casa, dona Aline foi preparar o almoço e Fernanda mais uma vez se ofereceu para ajudar a sogra, a conversa fluía como se a muitos anos se conhecessem. Fernanda foi apresentada aos os dois irmãos de Luiza que ainda moravam com a mãe. Uma linda adolescente de 13 anos e um rapaz que deveria ter uns 17, a menina e Fernanda auxiliavam a senhora com o almoço.
- Bom dia família!
- Mana que saudades!
- Oi meu amor, você está enorme, Vem aqui me dá um abraço!
- Enorme está você, parece que comeu uma melancia, ai da agonia de olhar.
- Não fala assim da sua irmã, ela está linda!
O almoço estava uma delícia, o clima familiar encantava Fernanda, que por ser filha única, nunca tinha presenciado tanto carinho e confusões em uma refeição. Luiza junto com os irmãos parecia uma criança, eles discutiam por amenidades e recorriam sempre a mãe. O dia passou rápido e quando perceberam já era noite.
Luiza separava cobertores e travesseiros empilhando tudo, deixando sua esposa intrigada.
-Pra que tudo isso?
- Vou te levar a um lugar especial!
- Amanha nós vamos, estou cansada, e está frio!
- Levanta Fernanda Aragão! Vamos logo.
Luiza foi até o quarto da sua mãe para avisar que sairia com sua esposa, pegou uma sacola e saíram, mato a dentro. Malu toda sorridente arrastava Fernanda por dentro dos arbustos, no caminho se depararam com troncos, folhas e alguns animais, apenas uma lanterna servia de guia e Nanda estava morrendo de medo!
Após alguns minutos de caminhada pararam frente a uma enorme árvore velha, com o troco muito grosso, e galhos retorcidos. No seu topo havia uma casa de madeira pintada de rosa com flores laranjas.
- Venha amor, me siga! Dito isso em um piscar de olhos Luiza já estava a quase dois metros do chão, para o desespero de Fernanda.
- Desça daí agora! Ficou louca? Você está gravida, está colocando a sua vida e a dos meus filhos em risco, vem logo Maria Luiza, vou te ajudar a descer.
- Quanto exagero, vem amor!
Fernanda subia fazendo reclamações da irresponsabilidade da sua esposa.
- Você está sem...? sem calcinha. Luiza observava lá do topo e dava gargalhada do desespero da empresaria, que subia resmungando.
- Deixa eu te ajudar, medrosa!
- Deus eu sei que fui uma mulher má, mas eu não aguento mais, ela vai me enlouquecer! Vou te mostrar quem é a medrosa Maria Luiza.
Mais alguns degraus e ela pode ver quão linda era a pequena casa, mesmo assim, um tanto perigosa para uma gestante. Por um segundo ela parou no tempo, observava com detalhes o que havia ao seu redor. A altura da casa era desproporcional ao tamanho das mulheres.
Nas laterais ficavam algumas prateleiras com pequenos pratos e panelinhas plásticas, algumas bonecas e ursos, também decorava o local. E um baú azul aberto com algumas coisas dentro.
-VOCÊ É MALUCA! Onde já se viu fazer uma artes desta? E...
- Sou, sou maluca por você, para de reclamar e me beija. Após um longo e quente beijo, Luiza se desviou dos braços da esposa deixando-a ofegante, sentou-se frente ao pequeno baú, retirou uma manta de dentro cobriu uma esteira que estava no chão, e jogou os cobertores que tinha trazido criando uma confortável cama.
Pegou uma pequena caixa musical em formato de coração e tirou um par de alianças de dentro. Pegou na mão da sua esposa e a guiou até a cama.
- Amor quando eu era criança, eu ganhei esses anéis de um tio meu, ele as fez de um pequeno coco que é típico aqui da minha região. Segundo ele, só deveria entregar essa aliança para o verdadeiro amor da minha vida. Eu os guardo desde então para entregar a minha outra metade, a pessoa que eu pudesse compartilhar o meu melhor sentimento, que eu pudesse compartilhar a minha vida!
Como um pacto com qualquer Deus, como um casório em qualquer lugar, o dedo anelar esquerdo dava lugar para aquele símbolo que significava um pacto de amor eterno.
- Maria Luiza, minha amada de todos os dias e noites, só tenho a te agradecer por ser essa mulher tão especial, por ser você, por me amar como nunca ninguém me amou e principalmente te dizer... que te ver em cima de uma arvore de vestido e sem calcinha, foi a visão mais linda da minha vida. Eu te amo!
Fim do capítulo
lindas, me perdoem pela demora!
Quero agradecer a duas pessoas especiais que me ajudaram com esse capítulo.
um beijão!
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Mille
Em: 31/12/2015
Ola Clarinha tudo bem?
Nesse Ano Novo te desejo:
Felizes momentos que permaneçam ternos por toda a tua vida.
Estrelas brilhantes que irradiem luz deixando que todos vejam, como é intenso o seu brilho.
Liberdade para voar e alcançar os seus mais lindos sonhos.
Incrível visão do certo e errado.
Compreensão e sabedoria presentes em todos os seus momentos.
Igual respeito ao outro assim como o outro a ti.
Dádiva de viver da maneira mais íntegra possível.
Amor puro e verdadeiro.
Desejo de lutar sempre pelo melhor.
Esperança como chave da tua sabedoria.
Saúde para viver intensamente.
Feliz Ano Novo!
Silvia Moura
Em: 18/12/2015
Nossa!!! Enchi meu coraçao de amor e esperança... uma mulher linda e grávida é o 'retrato' mais lindo de se ver, por toda eternidade não se esquece essa imagem, e uma mulher austera e louca, cheia de vontades, perdida em meio a esse quadro lindo adornado de amor e pêssegos de carinhos... sempre fui apaixonada por esse conto... é de uma força intragável de amor, de amor a outro ser humano que carrega em si o peso da felicidade infinita... Querida... não demora em postar...estou repleta de sua bela estória... abraços de carinho...
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Mariliz Ramos
Em: 16/12/2015
… muito fofas essas duas mulheres acho que agora a Fernanda sai da seca kkkkkkk... tudo perfeito
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lia-andrade
Em: 16/12/2015
Capítulo perfeito. São tão fofas, lindo o amor delas.
Até o próximo.
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graziela
Em: 16/12/2015
Demais. A Nanda e toda linda cuidando da Malu, e não se aguentando mais estar se segurando tanto para não agarrar a esposa. Kkkk
E a Malu tá torturando a Nanda mesmo. Kkkkk
No chuveiro, na cama e agora na casa da árvore. Quero ver quando a Nanda partir pro ataque, os etezinhos vão sentir muita movimentação. Kkkkk
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