Era umas duas horas da manhã, Layla estava planejando o que fazer no caso do Valentim quando escutou o telefone tocando, seu coração quase para quando olha o visor.

- Oi, Layla falando – Se fez de besta.

- Oi Layla, sou eu a Isa. – Sorriu, ainda bem que o cupido estava acordado – Estava pensando se... se – Travou.

- Bem Isa, quero te chamar pra fazer algo diferente no sábado, aceita? – Ajudou a outra, sabia que Marisa sentia dificuldade com isso.

(Eu aceito tudo com você – Pensou) – Claro que aceito, onde te encontro?

- Eu vou te buscar, beijo até sábado. – Desligou com um sorriso no rosto.

   Marisa tentava dormir, mas toda vez era a mesma coisa... sonhos quentes onde via um certo cupido.

***

Sábado

   Marisa já estava impaciente andava de um lado pra outro em sua casa, era de manhã, mas não sabia se Layla estava atrasada ou não, pois não tinham combinado horários.

Layla estava fazendo esse joguinho da demora de propósito.

   Isa escutou alguém chamando e quando abriu a porta a baba já estava escorrendo. Layla estava a sua frente com um short curto, cabelo solto, regata e por baixo tinha um biquine, sua surpresa foi maior quando viu uma prancha de surf do lado do cupido. Ficou parada olhando Layla.

- Vai querer que eu entre ou vai me pagar pra fazer a segurança da sua porta. – Riu com um charme fora do comum.

- Desculpe. – Disse sem jeito, dando passagem pra outra entrar. – Não sabia que era praia, me deixa colocar um biquine?

- Lógico que deixo, ou você vai tomar banho de calcinha e sutiã? – Riu arqueando a sobrancelha.

   Marisa nada respondeu, correu para o quarto, colocou um biquine preto básico, camiseta e um short rasgado, quase ia esquecendo o óculos de sol (Era o charme – Pensava ela).

   No caminho até a praia as bocas nada falaram, mas os olhos esses falaram e muito. Chegaram rápido pois nem tinha transito, a praia era linda e quase não tinha gente.

- Vamos entrar na água comigo – Falou Layla toda trabalhada no tanquinho, já tinha tirado a roupa e a outra só sabia babar. Internamente Layla sorria feliz, sabia que iria ter Marisa para si.

- Acho que não, prefiro observar você surfando. – Sorriu docemente.

   Layla deu de ombros e saiu em direção a água, era linda surfando, ficou um bom tempo dentro do mar, quando saiu quase que Marisa infarta, essa não perdeu um só momento do cupido na água. Marisa sobressaltou quando viu Layla ser abordada por uma loira gostosona. A mulher a agarrou, passou a mão em sua barriga. Ficaram conversando alguns minutos até que cada uma foi pro seu lado. Layla chegou na mesa e viu os olhos da Isa em chamas de tanta raiva.

- Tudo bem Isa? – Falou como se nada tivesse acontecido.

- Sim. – Foi a única coisa que saiu no momento.

- Quer comer alguma coisa. – Olhou pra ela.

- Não Layla, a única coisa que eu quero é ir embora. – Disse se levantando.

- Calma, vou pagar e vamos embora. – Segurou em seu braço.

   Chegaram até o carro e subitamente Marisa gritou:

- Como você pode ser tão safada? Sua galinha, seu celeiro deve estar cheio. – Falou irada

- O que eu fiz, posso saber? – Falou assustada.

- Pura inocência, não se faça de besta Layla – Gritava sem nem perceber.

- Entra nesse carro agora Marisa. – Falou serio.

   Foram o caminho todo em silêncio. Marisa saiu do carro feito um furacão, Layla a seguiu, entraram no elevador.

- Quem mandou me seguir? – Falou irritada.

Layla segurou firme em seu braço e olhou em seus olhos. – Como você pode ter ciúmes de alguém que nem mesmo beijou? – Deboche.

   Marisa tentou se soltar, mas iria correr pra onde? Estavam no elevador. Layla encostou Isa na parede e avançou na boca dela, beijou de uma forma tão apaixonada que a outra gem*u baixo, os instintos do cupido já estavam aflorados, sugava a língua da Isa de uma forma que parecia bala, das mais doces. Mordeu, ch*pou, foi um beijo intenso, cheio de promessas. Quando a porta do elevador abriu Marisa segurava na mão da outra para saírem do elevador. Layla ficou dentro do elevador e Marisa saiu sozinha sem entender o porque de Layla não te lá acompanhado. A porta foi se fechando.

   Parada em frente ao elevador Marisa não entendia o que tinha acontecido, foi o melhor beijo da sua vida, o coração estava dançando um Sampa caloroso.

   Descendo no elevador estava Layla, queria muito ter acompanhado a outra, mas no final do beijo lembrou da aposta, ficou triste, parecia que espinhos se agarravam em suas costas.

   A noite foi de duvidas, pensamentos quentes, lembranças de um beijo... as coisas precisavam ficar claras.

Marisa não ligou, nem Layla muito menos. Deram um tempo, porém as duas iriam acabar ficando doidas de vez.

***

   Layla estava se segurando pra não ligar, mas só de lembrar do beijo, seu corpo queimava. Não esperava sentir o que sentiu com aquele toque de lábios. Por fim, tomou coragem.

- Marisa, sou eu a Layla – Disse sem jeito, depois daquele episodio não tinham se falado.

- Oi Layla, o que quer? – Disse ríspida, mas adorou a ligação. Estava torcendo pra encontrar o cupido.

- Quero te pedir desculpa Isa, por ter saído daquele jeito, e também quero te chamar pra uma corrida de motocross no sábado, vamos?

- Não é perigoso Lay? – Disse docemente e preocupada, o ar que tentava fazer de irritação acabou rapidinho.

- Não, vamos, prometo que vai se divertir...

- Vou me divertir se você não ficar olhando para os lados – Disse com ironia

- Tudo bem rainha de copas, cê que manda.

Desligaram. Cada uma com um sorriso bobo.

Fim do capítulo